quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Luxo gastronômico: "As pérolas de Afrodite"


Eu sempre gostei de novidades! Sinto-me imensamente feliz quando encontro algo que possa me estimular à curiosidade. Tenho prazer pela descoberta. E posso me considerar um hedonista por isso.
Mas quando a novidade vem do mundo gastronômico e, ainda por cima, remete à mitologia, aí eu perco os sentidos, fico aturdido, querendo experimentar aromas e sabores, texturas e harmonizações. E de repente, hoje, quando eu verificava meus emails, eis que leio um, encaminhado pela FAAP, que tratava da nova febre de luxo comestível: “As pérolas de Afrodite” E é exatamente este assunto do post de hoje.

O nascimento de Vênus - Botticelli
Afrodite não rege o amor doméstico, o amor entre irmãos, as parcerias; ela rege a atração física. Não podemos chamá-la de deusa do sexo, afinal, podemos sentir uma forte atração até por coisas anímicas como quando contemplamos uma obra de arte ou mesmo um lindo momento da natureza. Afrodite na verdade seria a Deusa da Graça (graciosidade), do que nos arrasta para mais perto. Esta Deusa pode ser encontrada no perfume de uma rosa ou nos olhos escuros e misteriosos de um desconhecido que te olha insistentemente no trânsito. Ela é um símbolo mítico de tudo o que nos une, uns aos outros e nós com o cosmo. O Amor de Afrodite pode crescer e se expandir mas essa não é a preocupação dessa Deusa. Corações partidos? Troia em chamas? Vidas arruinadas? Nada disso era problema dela, desde que a paixão esteja presente Afrodite com nada mais se importa. Símbolos de Afrodite: as flores são seus símbolos principais, assim como os frutos vermelhos, a água salgada e as pérolas naturais, alguns pássaros e o ouro também simbolizam o mito de Afrodite. Mesmo sendo muito bela, Afrodite não é uma deusa fácil, porque ela é amoral, não chega a ser imoral, vai além disso. Ela pode com a mesma facilidade provocar a dor e a alegria, causar problemas ou criar harmonia. Afrodite, assim como a energia que ela representa, não é nem seletiva, nem calculista. Na condição de deusa dos sentidos, Afrodite é homenageada sempre que você se abre para a beleza que te cerca.  Afrodite vem até nós para despertar nossa força sexual. Na cultura grega clássica, as pérolas são dedicadas a Afrodite, deusa do Amor e Luxúria, pois a beleza das pérolas só poderia ser igualada por esta deusa. Desta forma, ela era representada surgindo dos mares dentro de uma concha, como uma pérola. Neste período, também se acreditava que as pérolas eram formadas por raios que caiam no mar. Na versão mais famosa do mito de Afrodite, seu nascimento teria sido a consequência de uma castração: Cronos teria cortado os órgãos genitais de Urano e arremessado-os para trás, dentro no mar. A espuma surgida da queda dos genitais na água, que alguns autores identificaram com o esperma do deus morto, teria dado origem a Afrodite, enquanto as Erínias teriam surgido a partir de suas gotas de sangue. Nas palavras de Hesíodo, "o pênis (...) aí muito boiou na planície, ao redor branca espuma da imortal carne ejaculava-se, dela uma virgem criou-se." Esta virgem se tornou Afrodite, flutuando até as margens sobre uma concha de vieira. A etimologia do nome Afrodite não é conhecida com segurança. Hesíodo o associou a ἀφρός (aphros), "espuma", interpretando-o como "erguida da espuma". Esta origem, no entanto, foi classificada como etimologia popular por diversos autores, e diversas outras etimologias especulativas, muitas derivadas de idiomas não-gregos, foram sugeridas por estes autores. O indo-europeísta Michael Janda (2010) considera genuína a conexão com "espuma", identificando o mito de Afrodite se erguendo das águas após Crono derrotar Urano como um mitema do período proto-indo-europeu. De acordo com esta interpretação, o nome seria derivado de aphrós, "espuma", e déatai, "[ela] parece" ou "brilha" (infinitivo *déasthai[4]), significando "aquela que brilha da espuma [do oceano]", uma alcunha também atribuída à deusa da alvorada (Eos)

Fiquei tão encantado com “As pérolas de Afrodite” que não consegui escrever nada que fosse tão empolgante de ser ler. Então, busquei duas das matérias mais gostosas que eu li sobre este tema, pra dividir com vocês. Espero que gostem o tanto quanto eu  gostei – e já quero provar isso!!!


Ovas albinas à altura das pérolas negras - Caviar de escargot surge para rivalizar com as delicadas ovas de esturjão no reino das iguarias exóticas e raras, por Davi Goldman

Helix aspersa maxima, nome e sobrenome do escargot, idílio de muitos gourmets. O que pouca gente sabe é que esse molusco — apreciado pelos gregos antigos (pelos quais era considerado comida dos deuses, ao lado da ambrosia), catalães e provençais, entronizado por Carême (1784-1833) como glória gastronômica da Borgonha —, meio esquecido, vivendo do passado, se reinventou: saiu do ostracismo (com o perdão do trocadilho) e triunfante rastejou de volta ao mundo dos alimentos fabulosos.
Suas ovas (isso mesmo), pérolas cheias de sabor, evocam um piquenique de perfeições, quintessência da arte de viver. Estamos falando de um quase-nada que é tudo: esferas de 4 milímetros de diâmetro (um pouco maiores do que as de caviar beluga, que medem 3,5 milímetros), pesando 30 miligramas, de vistoso branco acetinado — belo contraste possível com o preto untoso da iguaria russa. Sugestão para um chef apaixonado por raridades? Colocá-las lado a lado no mesmo prato, digo, colherinha de madrepérola.
Em 1980 o produto começa, modestamente, a ser conhecido na França. As ovas, contudo, pasteurizadas, perdiam quase tudo de sabor e textura, tornadas, miseravelmente insípidas e duras. A reviravolta se dá, em 2007, com o desenvolvimento de técnicas de preparação em infusão de flor de sal de Guérande, acondicionamento em latinha especial (protegendo da luz) e manutenção em temperatura controlada por volta dos 4oC — tratamento similar ao recebido pelo caviar. Além disso, a data permitida para consumo, inferior a quatro meses, garante excepcional frescor e qualidade.


Cada escargot — independentemente de ser macho ou fêmea, já que são animais hermafroditas — produz, anualmente, em fazendas de helicicultura, por volta de uma centena de ovas (equivalente a quatro gramas). O suficiente para encher uma colherinha de café. Coisa pouca, mas capaz de, após rolar pela língua, gerar febril agitação e explodir formidável numa volúpia indizível.
Cada escargot produz em torno de cem ovas por ano, o equivalente a quatro gramas. O suficiente para encher uma colherinha de café
A sensação agradável, macia, gelatinosa, remete a um conjunto sutil e original de múltiplas dimensões, nitidez de contorno e força do sabor. Traz notas de champignon e raiz-forte, e aromas de carvalho-vermelho, musgo e turfa. Com boa-vontade, e alguma poesia gustativa, a imaginação passeia, umidamente, por um outonal bosque francês.
O trabalho gigantesco de cuidado com os gastrópodes e a preparação manual das ovas — uma hora para afinar cem gramas — explica o preço: dois mil euros o quilo. A celebração pode ser auxiliada pelos blinis e creme fresco, como se acolhe costumeiramente o caviar. O bom champanhe não parece má ideia. Para maior hedonismo, todavia, apenas a colherinha, nenhum outro acompanhamento. Com a atenção concentrada, total e absoluta, a alegria plena explicará, em profundidade, o sentido da palavra “suficiente”.
  
Um novo caviar -  O caviar de escargot é uma das iguarias mais cobiçadas no universo da gastronomia de luxo. Por Tatiana Silvestri - http://www.gestaodoluxo.com.br/

A incessante busca por novos sabores, texturas e aromas, faz dos chefs de cozinha verdadeiros artistas, capazes de transformar o simples ato de degustar em uma experiência singular. Suas criações viram tendências e, mais que isso, ditam o que é luxo e exclusivo na gastronomia em todo o mundo. Fruto dessas experimentações, o caviar de escargot – conhecido como caviar branco ou ainda pérola de Afrodite – virouhit entre os paladares gourmets, sendo um dos manjares mais pedidos nos seletos restaurantes da mais alta culinária.


Assim como o famoso caviar de esturjão, a nova délicatesse é dona de um sabor e aroma inigualáveis e encanta pela beleza. Sua textura e cor acetinada se assemelham ao de uma pérola, daí o apelido "pérolas de Afrodite", atribuído também por seu poder afrodisíaco. "Um sabor que remete à sensação de um passeio pelo bosque depois da chuva, com notas de champignon e folhas de carvalho salpicadas por essências de musgo, uma viagem pelos aromas do outono", define Dominique Pierru, um dos gênios da culinária francesa que esteve envolvido em seu complexo processo de criação.
Para chegar ao patamar de um manjar seleto e exclusivo, o caviar de escargot passou por anos de experimentações. Desde meados de 1980, começou, modestamente, a ser conhecido na França. Mas as ovas, quando pasteurizadas, perdiam sabor e comprometiam sua textura. Foi somente em 2007, com o desenvolvimento de técnicas de preparação em infusão de flor de sal de Guérande que o produto ganhou espaço na gastronomia de luxo com sabor e texturas preservados.


Atualmente, o quilo do caviar de escargot tem um custo médio de 1.600 euros, já que sua produção é limitada e laboriosa. Cada escargot coloca entre 80 a 150 ovas por ano, o equivalente a quatro gramas, o que enche uma colherinha de café. Para conseguir um quilo, são necessários 22 mil ovos, resultantes da desova de 300 escargots.
Um trabalho minucioso
A produção do caviar de escargot exige cuidados extremos. Esses moluscos da espécieHelix Aspersa Maxima são criados em estufas entre exuberante vegetação com ar-condicionado, iluminação artificial, e seguem ainda uma dieta baseada em plantas e complementos cereais específicos, tudo isso ao som de música clássica.
Depois da reprodução, desovam em caixas que contêm uma terra especialmente fina. As pérolas passam por uma rigorosa seleção de qualidade e, posteriormente, são submetidas a uma esterilização, o que requer precisão para não danificar sua frágil estrutura. Finalmente, são submergidas em uma salmoura de flor de sal de Guérande com alecrim. A iguaria é conservada no vácuo e no escuro sob temperatura controlada por volta dos 4º C.


No prato
Atualmente, o caviar de escargot pode ser degustado em templos de délicatesse na Inglaterra, França, Espanha, Holanda, Rússia e Estados Unidos. Normalmente, é servido como aperitivo acompanhado por um bom champagne, mas a criatividade dos chefs de cozinha vai mais além. A iguaria ganha versões em pescados, massas e sushis.


De olho na nova sensação gourmet, a Blanc Luxury Gastronomy acaba de lançar o produto em latas para consumidores diretos na Excellence Fair 2011, que aconteceu em meados de agosto em Girona, Espanha. Para Blas Hervías, idealizador e dono da companhia, o conceito de luxo mudou. "Antes o luxo significava possuir algo exclusivo, agora luxo é mais emocional, é viver novas experiências", filosofa. Há quem garanta que somente uma pequena porção do delicado manjar em uma colher de café já é suficiente para descobrir uma sensação inesquecível.
Os consumidores podem encontrar a latinha com 30 gramas por 80 euros, em média, na Harrods, em Londres; Hediard e La Grande Epicerie, em Paris; Boucherie du Molard e Lyzamir, em Genebra; Loegismose ,na Dinamarca; Plantin, em Beverly Hills; e na Caviar House, na Holanda.

Blinis Demidoff

PARA O BLINIS:
½ tablete de fermento fresco.
1 xícara de chá de leite quente.
1 ½ xícara de chá de farinha de trigo peneirada.
2 gemas ligeiramente batidas.
2 claras batidas bem firmes.
¼ de xícara de chá de creme de leite fresco.
1 pitada de sal, manteiga sem sal para untar a
frigideira.
120 g. de caviar sevruga.

PARA O CREME AZEDO:

½ litro de creme de leite fresco.
½ limão pequeno.
Algumas gotas de vinagre.

Preparo: BLINIS: Numa tigela grande, dissolva o fermento no leite quente. Acrescente uma xícara de farinha e bata, até a mistura ficar uniforme. Cubra com um pano limpo e deixe em lugar aquecido, durante duas horas, para a massa crescer. Após esse tempo, misture as gemas, o creme de leite fresco e a farinha de trigo restante. Acrescente sal e claras batidas, misturando delicadamente. Cubra e deixe a massa crescer novamente, por trinta minutos. Unte  uma frigideira pequena. Leve-a ao fogo e junte-lhe três colheres de sopa de massa. Quando começar a dourar em baixo, vire e doure do outro lado. Retire o blinis, reserve-o em lugar aquecido e repita a operação, até terminar a massa. CREME: Em batedeira ou processador, coloque o creme de leite e vá batendo com o suco de limão e as gotas de vinagre. Retire assim que encorpar. MONTAGEM: Na hora de servir, coloque um pouco do creme azedo sobre cada blinis. E, por cima, o caviar.

Obs.: Uma boa bebida para acompanhar o prato seria Champagne com o Veuve Clicquot La Grand Dame

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Reciclagem com menu

Você se lembra quando e qual foi e como foi o primeiro curso que você fez? Se lembra da metodologia  utilizada nele? Você se lembra de tudo isso, mesmo? Se for sim sua resposta, fico contente de você ser uma pessoa de boa memória e espero que esteja usando, na prática, o que aprendeu. Se não, melhor voltar a dar uma estudada. Que tal uma reciclagem?
Reciclo-me – de tempos em tempos...  Viro do avesso, jogo fora o que não mais me serve e faço uso renovado do que restou...
Ontem, por exemplo, terminei mais um destes cursos que me serviram pra refrescar a memória: Excelência em gestão de alimentos e bebidas. Fui acompanhado, como de costume, pela companhia da Baronesa do Crato de Açúcar, Sua Graça Dona Célia Augusta; e por Dom Jesus Andrade – ambos, membros desta confraria.


Particularmente acredito nas vantagens da reciclagem profissional para auxiliar no entendimento das atualizações do mercado. Sendo ela uma modalidade de formação que visa à atualização ou aquisição de conhecimentos, capacidades e atitudes, dentro da mesma profissão; devido aos progressos científicos e tecnológicos.
No entanto, o que talvez me agrade mais neste tipo de formação é a oportunidade de conhecer e interagir com pessoas novas, de áreas afins a sua, e  que podem oferecer uma fonte inacabável de sabedoria – se você  for daqueles bons observadores. Conheci muita gente divertida, dei muitas risadas (Não  é, Sônia? rsrrsrs), falei um bocado – e ouvi outros muitos tantos.


O curso foi ministrado pelo querido Stefano Vilar, que posteriormente, veio a ser substituído por Rosana Lima (já conhecida nossa desde a ABBTUR-CE). O objetivo central era trabalhar a gestão de A&B, com foco para o entendimento da importância dos Menus e seu gerenciamento no dia-a-dia do profissional que lida com restauração nos seus mais  variados âmbitos.

Dentre os exercícios propostos durante o curso, o que mais movimentou a turma foi a construção de menus, onde cada um colocaria em prática o qu e estava sendo debatido em sala. Abaixo segue o que apresentei como minha sugestão de menu:

Curso: Gestão de Alimentos e Bebidas – Módulo II
Aluno: Ewerton Reubens
Empreendimento: Château de la Gourmandise (Castelo da Gula)

MENU

Entrada

·         Panier  Château (Cesta do Castelo) ...........................................R$
Cestinha de pão-folha recheada com presunto Parma e dip árabe à base de iogurte, pepino, cebolinha e hortelã.

·         Réel Salade Aphrodisiaque (Salada Real Afrodisíaca).............R$
Salada de kani desfiado, ciboullette, alface-broto, pedaços de manga Haden, bagas de romã, amêndoas em lascas e pinholes regados com aceto balsâmico

·         Salade d’Épinard et Fraise ........................................................R$
(Salada de Espinafre com Morango) Salada de espinafre refogado  com azeite e ciboullette, morangos e laranjas fatiados sem casca, regados com azeite trufado e pimenta branca


Prato Principal

·         Rôle Suprême (Rolê Supremo) .....................................................R$
Rolê de Vitela recheado com queijo prato, damasco e aspargos regados com molho de hortelã.

·         Crevette au Créme Bries aux Hortillon Confit (camarões ao creme de queijo bries com legumes)................................................................R$
Camarões salteados na manteiga com confit de legumes cobertos com creme de queijo brie

·         Réel Cailles au Sarcophage (Codornas reais no sarcófago).......R$
Codornas assadas recheadas com fois gras e trufa negra, servidas numa caixinha de massa folhada com cogumelos paris e molho d e vinho branco.

Sugestão do chefe

·         Gratin  Express (gratinado expresso)...........................................R$
Gratinado de batatas ao leite com queijo e noz-moscada

Sobremesa

·         Noblesse Oblige  (Nobreza Obriga).............................................R$
Sorvete de creme servido com profiteroles recheadas com trufa de chocolate branco, coberto com ganache de chocolate ao leite, decorados com  chantili, framboesas e folhas de ouro comestível.

Bebidas
Vinhos
·         Chateau Haut-BERGEY 2004 (Branco) ........................................R$
·         Clos L’Église 2002 (Tinto) .............................................................R$
·         Drappier Carte D’or (Espumante) .................................................R$

Cardápio Light

·         Palmier dês Légumes (palmas de legumes) ..............................R$
Palmier feitas de pão –folha recheado com abobrinha e cenoura refogada, tofu amassado, cebolinha e shoyu.

Cardápio infantil

·         Petite Surprise (pequena surpresa) ...........................................R$
Mini salsichas enformadas cobertas com creme de queijo  acompanhadas de nuggets assados.

·         Masse des Enfant (Massa dos filhos) ........................................R$
Espaguete com molho de queijo servido com um hambúrguer de frango decorado no formato de rosto com catchup
Fortaleza-Ce, 19 de outubro de 2011

Pensando no conceito da reciclagem, eu hoje queria postar uma receita bacana, diferente. E mais uma vez resolvi reciclar... Peguei um dos pratos existentes no meu menu  Fictício, dei uma repaginada nele para que se vocês pudessem testá-lo das duas maneiras, e se sentissem comendo a comidinha do meu empreendimento imaginário (quem sabe, um dia próximo, ele não sai do papel e vocês poderão me visitar e provar a receita do menu real?). Espero que vocês aprovem. E como trilha sonora, deixo-lhes a música que mais ouvi quando saía de casa rumo ao curso.

Salade d’Épinard et Fraise

150g de folhas de espinafre (um molho)
12 morangos fatiados
50g de Amêndoas fatiadas
Vinagrete
¼  copo vinagre de cidra ou vinho
½  xícara de azeite
1 colher de chá de açúcar
2 colheres de sopa de sementes de gergelim
2 colheres de sopa de sementes de papoula
1 e ½ cebola roxa cortada em rodelas finas
½  colher de chá de páprica

Preparo: Mistures todos os ingredientes do vinagrete. Servir a salada individualmente e deixar a vinagrete para ser colocada á gosto pelo comensal.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O tradicional Pudim de Yorkshire

Eu lembro como se fosse hoje do meu primeiro trabalho apresentado no meu primeiro ano do bacharelado em Turismo: era aula de inglês e logo nas semanas iniciais do curso o professor já pedia pra apresentarmos, em inglês,  um pouco da cultura do país o qual nós, da equipe, sorteássemos. Ficamos com o Reino Unido... Depois de algumas semanas buscando bibliografia,  material expositivo de todos os gêneros que remetesse ao país em questão, como a prataria, porcelanas, vestimentas, hinos, etc. Lá se foi eu para a cozinha pra apresentar a gastronomia da terra da Rainha.


É até estranho quando eu falo em “gastronomia da terra da rainha” porque na minha impressão a maioria das pessoas do mundo gastronômico não considera relevante a gastronomia britânica. Mas enfim, esse então era o desafio: mostrar algo relevante e delicioso que pudesse ser degustado pelos comensais da sala. Lembro que comecei a fazer o mise em place às seis da manhã e só me retirei da cozinha as 18h, quase na hora de ir pra aula apresentar o trabalho.
Foi divino!!! A faculdade até então não tinha visto trabalho naquele nível. O professor absorto teve que se render ao que apresentamos. E no fim da apresentação, já podíamos notar que outras salas, de outros cursos, estavam ocupando todos os cantos da sala, pendurados nas janelas. E eis que liberamos a comida, muita comida, e pude ver que na terra da Rainha existem coisas que podem deixar marmanjos suspirando eheheh. Um problema foi instaurado: como fomos a primeira equipe a ser apresentada as próximas teriam que ser melhores do que nós... e foi assim, que depois do trabalho d eingl~es nós conseguimos fazer de todos os trabalhos do bacharelado verdadeiros espetáculos, sobretudo usando da gastronomia pra encantar o público, que só ia crescendo, até chegar a um ponto que só podíamos apresentar os trabalhos no auditório grande da faculdade.


Uma pena que na época, devido a correria pra chegar a tempo e montar a mesa, esquecemos a maquina fotográfica. E ficamos sem recordação daquele dia, que ficará gravado apenas na memória. Uma pena, mas acontece – nas melhores famílias de Londres eheheh.
Dentre os muitos pratos que eu fiz naquele dia, um em especial o pudim de Yorkshire, que ainda faço, vez por outra, e que quando estou preparando lembro daquela situação na faculdade com um prazer inigualável de mostrar competência e ser no que faço.engraçado era ver a reação dos comensais quando mordiam o pudim; todos esperavam um doce... E a curiosidade aguçava ao perceberem que aquele pudim era salgado... Ri muito, e tive que passar horas, semanas depois explicando como eu  aprendi a cozinhar aquelas comidas.


Devo confessar que o sucesso do trabalho se deve, em parte, ao Governo Inglês, que através da Embaixada Britânica, me enviou uma gama enorme de material por onde eu pude divagar nas pesquisas. Foi justamente lendo que eu descobri a importância cultural do Pudim de Yorkshire para os súditos da Rainha.
Pudim de Yorkshire é um prato salgado criado na região de Yorkshire, Inglaterra. Ele é feito com uma mistura de ovos, leite e farinha de trigo e é geralmente servido com carne assada ou frango com molho. Embora originando em Yorkshire eles são popular em todo o país, e já famosos pelo  mundo. Na Inglaterra são raros os lugares que não servem o legendário pudim de Yorkshire “tradição britânica na mesa de domingo”.



Feito para enganar o estômago em tempos de escassez. O pudim de Yorkshire é uma espécie de bolinho de massa assada para aproveitar a gordura e o molho do rosbife. O pudim era assado embaixo da grelha onde estava a carne, para absorver o sumo que dali pingava. Geralmente consumido antes do rosbife, para encher o estômago e saciar a fome antes do prato de carne.


A origem do pudim Yorkshire é, ainda, desconhecida. Não há desenhos rupestres, hieróglifos e até agora, ninguém desenterrou um prato de pudim Yorkshire antigo enterrado sob as ruas de York. Os pudins podem ter sido trazidos para estas terras por qualquer um dos exércitos invasores através dos séculos, mas, infelizmente, qualquer evidência de isso ainda tem que ser descoberta.
A primeira receita já registrada aparece no livro, The Whole Duty of a Woman, em 1737 e listado como A Pudding Dripping (Pudim de gotejamento) - o gotejamento proveniente de carne assada no espeto.

Pudding Dripping - 'Make a good batter as for pancakes; put in a hot toss-pan over the fire with a bit of butter to fry the bottom a little then put the pan and butter under a shoulder of mutton, instead of a dripping pan, keeping frequently shaking it by the handle and it will be light and savoury, and fit to take up when your mutton is enough; then turn it in a dish and serve it hot.'


A próxima receita registrada fez do pudim com vísceras, uma iguaria local se tornar o prato favorito de uma nação após a publicação no The Art of Cookery Made Plain and Easy (A arte da culinária Feitos Simples e fáceis)  por Hannah Glasse, em 1747.

Take a quart of milk, four eggs, and a little salt, make it up into a thick batter with flour, like a pancake batter. You must have a good piece of meat at the fire, take a stew-pan and put some dripping in, set it on the fire, when it boils, pour in your pudding, let it bake on the fire till you think it is high enough, then turn a plate upside-down in the dripping-pan, that the dripping may not be blacked; set your stew-pan on it under your meat, and let the dripping drop on the pudding, and the heat of the fire come to it, to make it of a fine brown. When your meat is done and set to table, drain all the fat from your pudding, and set it on the fire again to dry a little; then slide it as dry as you can into a dish, melt some butter, and pour into a cup, and set in the middle of the pudding. It is an exceeding good pudding, the gravy of the meat eats well with it.


Glasse foi um dos escritores de gastronomia  mais famosos de sua época, pela popularidade de seu livro  espalhou o termo pudim de Yorkshire, dizendo que “tratava-se de um pudim muito bom para ser comido com molho de carne ". Deve-se a  Hannah Glasses a fama que o pudim ganhou dali por diante.
Outra referencia famosa sobre o pudim de Yorkshire encontra-se numa das obras da escritora Agatha Christie:

– I say, that fat’s corking hot. What are you going to put in it?
– Yorkshire pudding.
– Good old Yorkshire. Roast beef of old England, is that the menu for today?
Mas já chega de literatura, o negócio é por a mão na massa e preparar o pudim para o almoço – ou para o jantar.

Pudim de Yorkshire

125 gramas de farinha de trigo
1/4 colher de chá de sal
1/4 colher de chá de fermento em pó
2 unidades de ovo (grandes)
275 ml de leite
1 colher de sopa de manteiga derretida
24 colheres de chá de óleo (para as formas)
Preparo: Junte todos os ingredientes em uma tigela e bata até obter uma massa homogênea. Transfira para outro recipiente e deixe descansar por 2 horas. Pre-aqueça o forno a 200°C. Coloque aproximadamente duas colheres de chá de óleo em cada uma das 12 forminhas. Arranje-as na assadeira e coloque-as no forno para esquentar o óleo. Retire a assadeira do forno. Distribua a massa pelas forminhas, enchendo-as até a metade. devolva ao forno e asse por 25 - 30 minutos ou até que os pudins fiquem estufados e dourados. Retire das forminhas e sirva imediatamente. Acompanhe com carne assada e molho.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Bolos de São Benedito

Era para eu ter  postado este escrito alguns dias atrás... No entanto acho justo tê-lo aqui  neste mês... No dia 05 de outubro  comemora-se o dia de São Benedito.
Particularmente tenho alguma devoção por este santo, pelos seguintes motivos: nasci numa cidade chamada São Benedito; o santo é conhecido como o Santo dos alimentos e protetor dos cozinheiros; e, meu pai, até hoje, todos os dias, quando ele faz o café, o primeiro "gole" a ser tirado do coador é o que ele dedica ao santo em questão. A imagem do  santo, que fica no comercio do meu pai, tem sempre do lado o seu copinho americano com café - que é trocado todo santo dia desde sei  lá quando ehehehhehe - tipo muito tempo atrás, antes de eu nascer meu pai ja devia fazer isso, que  deve ter vindo de tradições herdadas pelos meus avós - Pedro e Tereza.

Igreja Matriz de São Benedito - Ce
São Benedito, cultuado inicialmente pelos escravos negros, por causa da cor de sua pele e de sua origem - era africano e negro -, passou a ser amado por toda a população como exemplo da humildade e da pobreza. Esse fato também lhe valeu o apelido que tinha em vida, "o Mouro". Tal adjetivo, em italiano, é usado para todas as pessoas de pele escura e não apenas para os procedentes do Oriente. Já entre nós ele é chamado de são Benedito, o Negro, ou apenas "o santo Negro".
Há tanta identificação com a cristandade brasileira que até sua comemoração tem uma data só nossa. Embora em todo o mundo sua festa seja celebrada em 4 de abril, data de sua morte, no Brasil ela é celebrada, desde 1983, em 5 de outubro, por uma especial deferência canônica concedida à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB.
Benedito Manasseri nasceu em 1526, na pequena aldeia de São Fratelo, em Messina, na ilha da Sicília, Itália. Era filho de africanos escravos vendidos na ilha. O seu pai, Cristóforo, herdou o nome do seu patrão, e tinha se casado com sua mãe, Diana Lancari. O casamento foi um sacramento cristão, pois eram católicos fervorosos. Considerados pela família à qual pertenciam, quando o primogênito Benedito nasceu foram alforriados junto com a criança, que recebeu o sobrenome dos Manasseri, seus padrinhos de batismo.



Cresceu pastoreando rebanhos nas montanhas da ilha e, desde pequeno, demonstrava tanto apego a Deus e à religião que os amigos, brincando, profetizavam: "Nosso santo mouro". Aos vinte e um anos de idade, ingressou entre os eremitas da Irmandade de São Francisco de Assis, fundada por Jerônimo Lanza sob a Regra franciscana, em Palermo, capital da Sicília. E tornou-se um religioso exemplar, primando pelo espírito de oração, pela humildade, pela obediência e pela alegria numa vida de extrema penitência.
Na Irmandade, exercia a função de simples cozinheiro, era apenas um irmão leigo e analfabeto, mas a sabedoria e o discernimento que demonstrava fizeram com que os superiores o nomeassem mestre de noviços e, mais tarde, foi eleito o superior daquele convento. Mas quando o fundador faleceu, em 1562, o papa Paulo IV extinguiu a Irmandade, ordenando que todos os integrantes se juntassem à verdadeira Ordem de São Francisco de Assis, pois não queria os eremitas pulverizados em irmandades sob o mesmo nome.
Todos obedeceram, até Benedito, que sem pestanejar escolheu o Convento de Santa Maria de Jesus, também em Palermo, onde viveu o restante de sua vida. Ali exerceu, igualmente, as funções mais humildes, como faxineiro e depois cozinheiro, ganhando fama de santidade pelos milagres que se sucediam por intercessão de suas orações.
Eram muitos príncipes, nobres, sacerdotes, teólogos e leigos, enfim, ricos e pobres, todos se dirigiam a ele em busca de conselhos e de orientação espiritual segura. Também foi eleito superior e, quando seu período na direção da comunidade terminou, voltou a reassumir, com alegria, a sua simples função de cozinheiro. E foi na cozinha do convento que ele morreu, no dia 4 de abril de 1589, como um simples frade franciscano, em total desapego às coisas terrenas e à sua própria pessoa, apenas um irmão leigo gozando de grande fama de santidade, que o envolve até os nossos dias.
Foi canonizado em 1807, pelo papa Pio VII. Seu culto se espalhou pelos quatro cantos do planeta. Em 1652, já era o santo padroeiro de Palermo, mais tarde foi aclamado santo padroeiro de toda a população afro-americana, mas especialmente dos cozinheiros e profissionais da nutrição. E mais: na igreja do Convento de Santa Maria de Jesus, na capital siciliana, venera-se uma relíquia de valor incalculável: o corpo do "santo Mouro", profetizado na infância e ainda milagrosamente intacto. Assim foi toda a vida terrena de são Benedito, repleta de virtudes e especiais dons celestiais provindos do Espírito Santo.

Corpo Intacto de São Benedito - Igreja de Santa Maria de Jesus - Palermo/Itália
LENDAS DE SÃO BENEDITO
Quando criança, encontrei lá em casa um livreto religioso, que acho ser do meu pai, tratando da história de São Benedito. Nele, além da biografia do santo, encontravam-se os milagres que ele operou pelo mundo e algumas histórias interessantíssimas. Dentre ela separei uma que mais gostei de ter lido:

SÃO BENEDITO E O BANQUETE DOS ANJOS
O convento de Santa Maria de Jesus era um recanto silencioso e apropriado para retiros e acolhimentos. Era o lugar preferido por Dom Diogo D'Abedo,arcebispo de Palermo,para seus retiros espirituais.Como Dom Diogo sabia que os frades viviam em extrema pobreza,ele levava os mantimentos para suas refeições,que Benedito preparava com todo carinho.Uma dessas visitas foi feita durante as festas de Natal.
Durante a Missa do Galo, Benedito recebeu, emocionado, a Santa Comunhão.Voltando para seu lugar,ao lado do altar-mor,pôs-se a rezar,diante de um belíssimo quadro do Menino Jesus.Com Jesus no coração e os olhos fixos no Menino Deus,Benedito sentia-se presépio. Caiu em êxtase e assim permaneceu até quase meio-dia, hora do almoço festivo de Natal.
Pouco antes do meio-dia o superior da casa foi até a cozinha para conferir se tudo estava conforme a importância do hóspede. Ficou assustado com o que viu:
-Santo Deus! Quase meio-dia e o fogo ainda está apagado! Por onde andará Benedito?
Os Irmãos foram chamados às pressas. Notificados, saíram, cada um para seu lado, à procura de Benedito. Na cela onde o frade rezador dormia, nada; na despensa, ninguém.Na horta, nem viva alma. Depois de muita procura, alguém se lembrou da capela. Só podia estar lá. E estava.
-Benedito, rezar tem hora! Esqueceste que temos visita para o almoço?
-Meu Deus! O almoço de Dom Diogo! Ai de  mim se Deus não me ajudar!
-Pensas que Deus é teu criado?
-Não! Deus não é meu criado. Mas é meu Pai e sei que não vai me faltar. Tu preparas a mesa que faremos o resto.
-Faremos? Tu e quem mais?
Benedito não teve tempo para responder. Saiu correndo na direção da cozinha. Os frades, curiosos, foram espiar pela fechadura. E o que viram? Dois anjos e Benedito dando os últimos retoques em apetitosas travessas.
Naquele dia Dom Diogo pôde fartar-se de manjares celestiais.

Já a próxima lenda, eu li  em Estórias e lendas de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro (Afonso Schmidt, baseado em Alcibíades Delamare, em Vila Rica. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1935. p. 31-38 in APOCALIPSE, Mary (org.). Estórias e lendas de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro):

SÃO BENEDITO DAS ROSAS


O humilde frade era despenseiro do convento. Mas, como bom franciscano, confundia a despensa dos seus irmãos com a sacola dos esfomeados que vinham pedinchar diante da porta da casa de Deus. Não sabia dizer não. Ficava aflito sempre que ouvia um pobrezinho de Cristo dizer que ainda não tinha comido um bocado de pão. Por isso, costumava desencaminhar o melhor da despensa para acudir à fome dos deserdados da terra. Mas à hora das refeições, os frades, coitados, só encontravam à mesa o caldinho ralo, as folhas de hortaliça e os bocados de pão de rala. Passaram a reprovar a conduta do ecônomo. E o superior, zeloso da boa ordem conventual, teve de chamar à sua presença o negro, aconselhando-o a moderar um pouco os excessos da sua caridade, sob pena de matar de fraqueza os santos religiosos…
Ele, porém, por mais que se esforçasse, não conseguia mudar de conduta. Sempre que podia, apanhava alguns comestíveis, metia-os nas dobras do burel e lá ia, disfarçadamente, levá-los aos infelizes. Mas aconteceu que numa dessas escapulidas, no comprido e umbroso corredor do convento, encontrou-se com o superior. Sentiu-se surpreendido em pecado e não soube o que fazer.

- Que levas aí, na dobra do teu manto, irmão Benedito?

- Rosas, meu senhor.

– Ah! Mostra-mas… Quero ver de que qualidade são!

Benedito, confuso, trêmulo, desdobrou o burel franciscano. E, em lugar dos alimentos suspeitados, apresentou aos olhos pasmos do superior uma braçada de rosas.

É comum nas tradicionais quermesses que celebram os santos pelo Brasil, a gente encontrar bolos que levam o nome do santo. Abaixo segue duas receitas que eu encontrei durante as Festas de São Benedito.

Bolo São Benedito
(Esta é uma receita tradicional de MG)
5 ovos
4 xícaras de chá de açúcar cristal
2 xícaras de chá de manteiga de leite
2 xícaras de chá de queijo de minas ralado
5 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de leite
2 colheres de fermento em pó rasa

Bata os ovos bem batidos (não é necessário separar clara e gema) Depois de bem batidos acrescente os outros ingredientes na ordem acima. Não mude a ordem dos ingredientes, bata bem até ficar uma massa bem homogênea. Unte 2 formas de buraco no meio e leve ao forno a 150º, pré-aquecido, em torno de 40 minutos
Obs.: Este bolo no dia seguinte fica mais saboroso. Não substitua a manteiga de leite por margarina, pois o bolo não ficará saboroso. Deixe os ingredientes em temperatura ambiente.

Bolo de São Benedito II
Bolo de São Benedito/ São Benedito-Ceará
Fonte; http://lucioalc.blogspot.com/2010_07_25_archive.html 

3 xícaras de farinha.de trigo
2 xícaras de açúcar
1.xícara de ameixa
1. lata de coca cola
4. ovos
3.colheres de manteiga
1.colher de fermento em pó
Cobertura
1/2 xícara de leite
1.colher de manteiga
4colheres de chocolate em pó
1 xícara de açúcar
3. colheres de mel karo

 Preparo: bata as gemas com o açúcar, a margarina, e ameixa depois acrescente o trigo junto com coca cola e o fermento, misture tudo. Para a cobertura coloque tudo para ferver, quando  engrossar retire do fogo e jogue sobre o  bolo.