domingo, 28 de outubro de 2012

Soul Cakes - os Bolos de alma que afastam os espíritos malígnos


Mesmo em sua forma mais leve, o Halloween tem uma “alma fria”...
E não há como negar: o Halloween pertence ao senhor (ou a senhora) da morte, que domina a todos nós no final. Podemos lidar com a ideia de rir da morte, temê-la, respeitá-la - ou, como fazem muitas pessoas mundo a fora, honrá-la - dando-lhe doces, ofertando-lhe deliciosas comidas... Hoje, eu acredito que afastar ou acalmar os maus espíritos está mais difícil. Porque eu acho que eles estão mais modernos, muito exigentes, e eles sabem como negociar.


Há muito tempo, no início da era cristã na Grã-Bretanha, os ritos druídicos ainda eram uma memória fresca e viva. Quatro vezes por ano, grandes fogueiras eram acessas para banir os espíritos mal escondidos na noite, durante quatro grandes Sabás, considerados como principais: Candlemas, Beltane, Lammas e Samhain, que tratam-se de cerimônias religiosas que tem sua origem nos antigos festivais que celebravam as mudanças das estações do ano - e, muitas vezes, eram reconhecidos como Sabás. 
Os Sabás, por vezes, recebem a denominação de: "Grande Roda Solar do Ano". E no dia 31 de Outubro, é festejado o Sabá de Samhain,conhecido atualmente como  Halloween. 
Halloween é o mais importante de todos os Sabás, pois ele é o antigo ano-novo celta/druida, marcando o início da estação da sidra e o solene festival dos mortos.A antiga tradição diz que, no dia 31 de Outubro, os portais dos mundos inferiores são abertas e os mortos e as bestas vem andar no meio dos homens... (Daí a origem do costume de usar fantasias de monstros e bruxos neste dia, assim, os vivos estariam disfarçados e não seriam reconhecidos pelos visitantes indesejados).
No Halloween, ou Samhain naquela época, acendiam-se fogueira para rir do frio e da escassez que logo viria, pois era o inicio do inverno. Pensava-se que alguns seres astrais tinham natureza má e, para se proteger, além de ascender fogueiras, as pessoas faziam lanternas de vegetais com faces horríveis, para afugentar estes espíritos malévolos



Samhain era o festival do deus sol moribundo, e seu poder de “escuridão” ficava cada vez mais potente. Samhain tornou-se dia de Todos os santos e dia de Finados. 
A prática de reunir em volta de uma fogueira diminuiu. Assim, visitantes da noite, das Trevas começaram a se aventurar no mundo, indo de casa em casa. E se eles tivessem sorte, seriam recebidos com um prato de bolos de alma.



Explicações sobre as origens de bolos de alma variam. Alguns dizem que os bolos eram assados n​as fogueiras e que eles eram uma espécie de loteria: escolher um bolo queimado, você teria de se sacrificar para garantir boas colheitas no próximo ano. 
Para outras pessoas os bolos de alma pode ter surgido para apaziguar espíritos malignos condenados a vagar em forma animais. E somente por volta do século VIII, os bolos de alma tinham sido santificados e civilizados. Eles foram usados ​​como doação na véspera de Finados, quando se oferecia junto com orações para falecidos das famílias. Um bolo dado, uma alma salva= um preço barato.

Bolo de Alma decorado com passas

Esta introdução serve para demonstrar a minha afeição pelas tradições gastronômicas... Aprecio imensamente quem preserva as tradições. Acho interessante os costumes e as diferenças deles pelo mundo – e, é sempre bonito ver a quantidade de coisas gostosas que se pode comer a partir das tradições. Uma dessas coisas é bolo de alma (Soul cake), presente em muitos lugares da Europa nessa época do ano.
Antigamente as pessoas faziam a oferenda de bolos a divindades para que elas removessem a influência maligna. Muitas culturas ofereciam bolos para os espíritos dos mortos, acreditando que eles iriam alimentá-los durante a sua longa viagem para o outro mundo. Um dos exemplos mais conhecidos de bolos para os mortos são os bolos de alma (soul cakes), geralmente preparados em 28 de Outubro, no âmbito da comemoração do Halloween e do Dia de Finados. 
Um bolo de Alma (ou souling cake) é um pequeno bolo redondo, como um biscoito, que tradicionalmente é feito para ser distribuído antes (no Halooween) e durante o Dia de Finados (2 de novembro, o dia após o Dia de Todos os Santos) para celebrar os mortos.
A tradição diz que estes bolos simples, muitas vezes referidos apenas como “almas”, eram distribuídos pelos Soulers (geralmente crianças disfarçadas com fantasias variadas), que iam de porta em porta durante o Halloween, fazendo orações e cantando salmos e hinos para os mortos.

Tradicionalmente, cada bolo comido representaria uma alma que seria libertada do Purgatório. A tradição de dar e comer bolo de alma é muitas vezes vista como a origem moderna da brincadeira de Trick or Treating (doce ou travessura), que agora cai no Halloween (dois dias antes do Dia de Finados).
A origem do Trick-or-treating para muitos se originou no velho costume de "souling", quando as pessoas iam de casa em casa, trajados de esfarrapados para receber "bolos de alma", na verdade - orações em forma de doce. Sir James George Frazer escreveu sobre esta prática em The Golden Bough: a Study in Magic and Religion – um clássico da antropologia, apresentando um estudo em magia e religião, publicado pela primeira vez em 1890:
A tradição do bolo de alma para o Halloween e Dia de Finados teve origem na Grã-Bretanha e Irlanda centenas de anos atrás, quando os locais davam bolo de alma ou pão de alma no Dia de Finados, para os devotos durante a Idade Média.
Em 1891, o Rev. M.P. Holme de Tattenhall, Cheshire, coletou uma música tradicional cantada durante o período de “souling”, de uma menina na escola local. Dois anos mais tarde, o texto e melodia foram publicados pela folclorista Lucy Broadwood, que comentou que souling ainda era praticada na sua época em Cheshire e Shropshire (cf. Broadwood, Lucy (1893). English County Songs: Words and Music. Leadenhall Press. p. 185); Depois disso mais gravações da música tradicional para a entrega do bolo de alma foram coletadas em várias partes da Inglaterra até década de 1950. Versões recolhidas posteriormente podem sido influenciadas gravações feitas pro grupos musicista folclóricos como os Watersons. A canção 1891 contém a seguinte letra:

A soul! a soul! a soul-cake!
Please good Missis, a soul-cake!
An apple, a pear, a plum, or a cherry,
Any good thing to make us all merry.
One for Peter, two for Paul
Three for Him who made us all.

(Tradução lietral: Uma alma! uma alma! uma alma bolo!
Por favor, minha senhora boa, uma alma-bolo!
Uma maçã, uma pera, uma ameixa, ou uma cereja,
Qualquer coisa boa para nos fazer feliz.
Um para Pedro, dois para Paulo
Três para aquele que fez a todos nós.)

Em 1963, o grupo americano de folk Peter, Paul and Mary gravou uma versão desta canção tradicional, intitulada "A Soalin '", cujos versos incluem o seguinte:

Soul, soul, a soul cake!
I pray thee, good missus, a soul cake!
One for Peter, two for Paul,
Three for Him what made us all!
Soul cake, soul cake, please good missus, a soul cake.
An apple, a pear, a plum, or a cherry, any good thing to make us all merry.
One for Peter, two for Paul, and three for Him who made us all.

(tradução literal: Alma: Alma, um bolo de alma!
Peço-te, boas senhora, um bolo da alma!
Um para Pedro, dois para Paulo,
Três pora Ele que fez a todos nós!
Bolo da alma, bolo da alma, por favor, boas senhoras, um bolo da alma.
Uma maçã, uma pera, uma ameixa, ou uma cereja, alguma coisa boa para nos fazer feliz.
Um para Pedro, dois para Paulo, e três para aquele que fez a todos nós.



Os Bolos de alma e os pães de alma eram feitos muitas vezes com o desenho na forma de cruz, na massa, antes dela assar, significando a sua finalidade como esmola para os mortos. Esta receita regional particular é da era vitoriana, embora por causa da simplicidade dos ingredientes possa ser provavelmente muito mais velha.
Para muitos povos pagãos - os celtas, por exemplo - este era o dia (finados) em que mortos se levantavam e andavam pela Terra, e a menos que eles não fossem bem alimentados, as pessoas acreditavam, que esses espíritos poderiam prejudicar os vivos.
Em algumas regiões da Alemanha, os bolos de alma são de cor preta, o que sugere a morte. O povo Ainu da Alemanha e da Áustria deixavam esses tipos bolos em cima dos túmulos, enquanto os antigos egípcios os colocavam dentro dos túmulos. em alguns lugares os sinos da igreja eram badalados de noite até a manhã do dia seguinte para ajudar a espantar os espíritos. 
Em toda a Europa, as pessoas ofereciam bolos de alma para os mortos comungando da mesma ideia de alimentar as almas mortas em sua viagem para o outro mundo – ou, esses bolos eram usados como oferendas durante momentos fúnebres e velórios.


Açafrão

Em alguns lugares o açafrão entra na composição dos bolos: na Antuérpia eles dão uma cloração bonita aos bolos de alma quando os assam com bastante açafrão, o tom amarelo profundo seria uma sugestão simbólica as chamas do Purgatório. Lá, na Antuérpia nesse período as pessoas tem o cuidado de não bater portas ou janelas por medo de ferir os fantasmas.
Comer bolos de alma no Dia de Finados tornou-se prática comum. Na Bélgica, as pessoas acreditavam que, nesse dia, uma alma era libertada do purgatório para cada bolo consumido."
De fato, para um amante da cozinha, os bolso de alma parecem tão diferentes tanto na finalidade quanto nas formas. Na  construção deste post vi inúmeras receitas, uns parecidos com bolos; outros mais com biscoitos; uns com gengibre e outros com açafrão; eles podem ser quadrados, ovais ou redondos, marcados com uma cruz - ou não. E não importa como são feitos, isso não diminui o seu poder.
Bolos de alma no formato de sino

Confesso que gostei da ideia do bolo de alma da Antuérpia, com açafrão; isso me traz muitas simbologia – o deus sol, celta moribundo; ou o amarelo representando as fogueiras de Samhain, a partir do qual os celtas levariam tochas acesas para aquecer seus próprios lares para o novo ano; ou, mesmo representando as chamas do purgatório –embora isso ficaria mais próprio par ao fogo do inferno (risos).
A receita do bolo de alma que será apresentada aqui é da região de Cheshire, fronteira com o Norte do País de Gales – trata-se de uma receita tradicional. Mas pode ser compreendida mais do que isso, trata-se de um talismã, uma oferta de paz para os espíritos implacáveis, ou moeda comestível para o barqueiro dos mortos. Ou, ainda, um delicioso acompanhamento para o de suco de abóbora ao estilo Harry Potter - um lanche para depois da escola para uma criança e seu dementador interior.
Está esperando o que para fazer seus bolos de alma?  È melhor prevenir e não deixar os fantasmas com fome.

Fonte: Néctar e Ambrosia: Uma enciclopédia do alimento na mitologia do mundo. Do original: Nectar and Ambrosia: An Encyclopedia of Food in World Mythology, Tamra Andrews [ABC-CLIO:Santa Barbara CA] 2000 (p. 53-4)

Soul (ou Souling) cake

Faz 14 'bolos'
Ingredientes
340g de farinha de trigo (peneirada)
170g de açúcar
170g de manteiga (cortada em cubos)
1/2 colher de canela em pó
1/2 colher de chá de tempero misto
1/2 colher de noz-moscada
1 ovo (batido)
2 colheres de chá de vinagre de vinho branco

Preparo: Pré-aqueça o forno a 200C e unte duas assadeiras. Misture bem todos os ingredientes secos em uma tigela - farinha peneirada, especiarias e açúcar. Esfregue a manteiga em cubos até que a mistura vire uma farofa. Adicione o ovo batido e vinagre de vinho branco e misture com uma colher de pau até obter uma massa firme. Em seguida cobrir e deixa-la descansar pro  20  minutos (o resultado fica melhor quando se coloca na geladeira por 20 minutos). Coloque um pouco de farinha uma superfície de trabalho e com um rolo abra a massa deixando-a com 7 milímetros de espessura e usando o cortador mediano redondo corte círculos de massa. Coloque os círculos na assadeira untada, desenhe uma cruz em cima e leve ao forno por 15 a 20 minutos a 200C até dourar. Sirva quente ou frio.

Suco de Abóbora

1 abóbora pequena (elas são mais doces)
1 copo de suco de maçã
1/2 xícara de suco de abacaxi

Preparo: Descasque a abobora, retire as sementes e corte-a em pedaços pequenos. Coloque no mixer a abobora, e os líquidos e  bata bem. Coar e servir gelado.

Obs: se preferir, faça o suco com a abobora cozida somente em agua, e depois batida com os sucos, irá ficar um líquido  mais grosso mas delicioso.



terça-feira, 23 de outubro de 2012

Coma como um vampiro de Bom Temps


Se existe um personagem que não pode faltar na comemoração do dia das bruxas, depois delas, seria o vampiro. O halloween não é o mesmo sem esses seres das trevas e suas faces pálidas com dentes pontiagudos, sedentos pro sangue fresco.


Eu sempre gostei muito dos vampiros, não sei explicar como e quando comecei a gostar deles. Já li o clássico de Bram Stoker e as crônicas de Anne Rice  milhões de vezes, sem cansar. E antes que alguém me mande um comentário perguntando se eu gosto do Edward Cullen, já adianto que não sou fã da saga crepúsculo, pois prefiro os sedutores vampiros da senhora Rice ou o conde de Abraham "Bram" Stoker.
Gosto não se discute, ou talvez neste caso, ele seja relevante, já que o post de hoje fala sobre o apetite dos vampiros de Bom Temps.


Na atualidade a serie sobre vampiros intitulada de True Blood me agrada em muitas coisas. True Blood  é considerada uma série de TV dramática estadunidense criada por Alan Ball, baseada na série de livros The Southern Vampire Mysteries da americana Charlaine Harris. 
O programa é exibido pela HB Onos Estados Unidos e foi ao ar pela primeira vez no dia 7 de Setembro de 2008. True Blood fala sobre a coexistência de vampiros e humanos em "Bon Temps", uma pequena cidade fictícia localizada em Louisiana. A série é focada em Sookie Starkhouse (Anna Paquin), uma garçonete telepata que se apaixona pelo vampiro Bill Compton (Stephen Moyer). Exibida no Brasil pela HBO, domingo às 22h horário de Brasília.
O sucesso foi tão imediato que a primeira temporada recebeu elogios da crítica e ganhou vários prêmios, incluindo um Globo de Ouro, um Emmy e quatro Satellite Awards. A segunda temporada estreou em 14 de Junho de 2009 e teve indicações e prêmios significativos, além de ser bastante elogiada pela a crítica. Essa boa repercussão do seriado continua e hoje se encontra na quinta temporada, com a sexta já prevista para o ano que vem.



Este fato mostra que os vampiros sempre atraíram as pessoas. Isso evidencia a popularidade que eles exercem nos vários campos do entretenimento, quando eles passam se simples seres míticos para tornar a realidade mais animada com suas manias, hábitos e exotismo, a partir do momento em que deixam de ser sanguessugas para se transformar em estrelas. Era bem assim o Lestat de Anne Rice, um príncipe moleque, com alma de roqueiro, que adora ser visto como ele é: um vampiro temido e encantador.
Acontece que o True Blood agora foi além das expectativas. Recentemente publicou-se nos EUA um livro de receitas, True Blood: eats, drinks and bites from Bon Temps, no qual se pode encontrar as comidas e bebidas apreciadas pelos personagens no bar Merlotte e no restaurante Fangtasia – Tudo compilado pela chef Marcelle Bienvenu.


Na série é inegável a presença da gastronomia ao longo de todos os episódios, e vem justamente deste fato um dos fatores para a criação do livro. Nele as receitas são acompanhadas por fotos e trechos da série. Foi lançado no dia 05 de setembro deste ano pela editora Chronicle, mas ainda sem previsão de lançamento no Brasil.
Porém, pensando no incremento da sua festa de Halloween e na oportunidade de fazer você conhecer um pouco do conteúdo do livro, vou comentar as receitas que tive oportunidade de ler e de postar as que eu já pude experimentar em casa. .
Veja a Introdução escrita por Sookie:





Rubi Mixer por Nan Flanagan



O livro começa com uma receita com True Blood. Uma combinação de refrigerante de laranja gaseificado com grenadine e suco de limão.
4 onças v, como a Orangina, ou  San Pellegrino Aranciata
1 ½ oz Grenadine
1 colher de sopa de suco de limão fresco
Misturar  o refrigerante de laranja, a grenadine e suco de limão. Agitar a mistura antes de a utilizar.

William T Compton Cocktail



Esta receita é escrita pelo personagem de Bill Compton (Stephen Moyer), Rei da Louisiana que já namorou Sookie Stackhouse liderança feminina. "Eu tenho começado recentemente a mistura esta libação para os seres humanos que se juntam a mim para uma bebida", escreve ele. "Vê-los se divertir me dá uma nostalgia que me faz sentir quase. . . humano ".

1 oz vodka laranja
½ oz suco de limão fresco
3 onças de cerveja de gengibre
3 onças Tru sangue ou Ruby Mixer
gelo rachado
fatia de laranja para enfeitar
Despeje a vodka, suco de limão, cerveja de gengibre, e True Blood em um copo alto cheio de gelo. Decore com a laranja. Sirva imediatamente.

E se você está se perguntando o que "True Blood ou Ruby Mixer" significa, é o substituto do sangue sintético que os vampiros de True Blood beber, para que possam viver no mundo humano ... ou, em termos práticos, uma mistura de laranja, soda e grenadine suco de limão, que também vem em uma versão de pré-misturado.

Mama’s Whiskey Sour by Tara Thornton: Na 1 ª temporada, Tara proclama que ela está preparando uísque azedo para a mãe dela desde a primeira série. Agora nós também começamos  a entender a escolha de Lettie Mae Thornton  quanto a sua bebida para o café da manhã:  uma mistura de bourbon com  preparado de suco de limão (sweet and sour mix) é necessário pra fazer a bebida.

Beautifully Broken Bisque by Russell Edgington 




De todas as receitas do livro de True Blood, esta está mais próxima do sangue real. Feita em grande parte de beterraba, esta sopa de legumes capta o espírito de Talbot, o amor de Russell. Para fazer, veja a receita abaixo:
 2 colheres de sopa de azeite de oliva
1 xícara de cebola amarela picada
3 ou 4 beterrabas médias, cortadas, descascadas, e cortadas em cubos (cerca de 4 copos)
½ xícara de cenoura picada
4 xícaras de caldo de legumes ou de frango
1 xícara de água
1 colher de sopa de suco de limão
1 colher de chá de sal
1 colher de chá de pimenta do reino moída
Creme de leite para servir (opcional)
Aqueça o azeite em uma panela grande em fogo médio-alto. Adicione a cebola e cozinhe, mexendo sempre, até ficar macia, de 6 a 8 minutos. Adicione as beterrabas e cenouras e cozinhe, mexendo sempre, por 5 minutos. Adicione o caldo de carne, água, suco de limão, sal e pimenta. Leve a ferver, reduza o fogo para médio-baixo, tampe a panela e cozinhe até que as beterrabas são muito molinhas, de 20 a 30 minutos. Retire do fogo e deixe esfriar um pouco. Usando o liquidificador, bata até ficar em puré.

Brujo Burger por Lafayette Reynolds: No livro de receitas de True Blood não estaria completo sem um hambúrguer do Lafayette – lala, para os íntimos. Trata-se aqui é uma refeição surpreendentemente artesanal, completo com cogumelos brancos, nozes picadas e um pão de hambúrguer macio. E assim foi nomeado em decorrência da presença de seu namorado morto: Jesus!

Sloppy Jason by Jason Stackhouse: Fiquei surpreso ao encontrar receitas by Jason aqui já que ele está sempre esperando pra comer a comida da sua  Gran (RIP) ou da Sookie. Esta receita foi  feita para confortar Hoyt quando Jessica começou a deslizar para longe dele, essa refeição é simples e superficial, assim como Jason.

Plaisir d’Amour Rabbit Stew by Maryann Forrester: Eu estava realmente esperando que haveria uma receita aqui para o famoso Souffle Maryann Hunter, mas eu acho rude e grotesco incluir um prato que requer um coração humano. Este guisado é um bom substituto, no entanto, e, como a introdução de Maryann à receita nos informa, é a refeição pós-orgia perfeita (risos). Entenderam?


Just Desserts Blood (Orange) Gelato by Talbot: Eu me lembro de ver este gelato na tela e fiquei pensando no gosto incrível (apesar do fato de que era, você sabe, feito de sangue), então eu fiquei  extasiado quando  o  vi incluído no livro. Felizmente, é com laranjas de sangue, uma espécie de laranja cujo interior é rubro, e decorado com hortelã, para dar um frecor.

Last Rites Pecan Pie by Tara Thornton Não havia nenhuma maneira deste livro não incluir a  torta de nozes pecan. O único problema que percebi é que  a receita foi escrita pro tara e não pela Gran de Sookie, no entanto, a introdução de Tara para a receita – onde ela agradece a Gran por ser mais uma mãe para ela do que Lettie Mae - é muito doce.  A torta parece ser tão boa quando a vovó em questão.



Way Back to Joy Banana Pudding by Sarah Newlin:  Aparentemente, pudim de banana de Sarah é mais do que apenas insinuações.

Sookie Stackhouse’s Gin and Tonic. A receita mais complicada de todas. É feito de gin e espere por isso ... tônica. Esta é uma receita real no livro True Blood.







Depois disso tudo, se você sabe ler em inglês compra seu livro pela internet e prepare algumas das receitas para o momento em que estiver vendo o seriado, assim tudo fica mais real e divertido. Ademais, o halloween está aí e você pode oferecer os pratos no menu da sua halloween party.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Pumpkin Pie, Jack O’Lantern e Will-o'-the-wisp : todos, farinha do mesmo saco!


Para não fugir do tema sobre terror nesta preparação para o halloween, hoje trarei a história de alguns personagens bastante conhecido nesta época do ano, mas que poucas pessoas sabem suas reais origens. Falo da Pumpkin Pie (torta de abóbora), Jack O’Lantern (jack, o lanterna) e Will-o'-the-wisp (o fenômeno que serviu de inspiração para Jack o lanterna).

Desde pequeno eu convivo com abóboras nas preparações culinárias de minha casa. Lá, todo mundo gostava desse fruto – tanto nas preparações salgadas quanto para comer cozida, com açúcar. Estes hábitos são bem comuns aqui no nordeste brasileiro onde os nordestinos têm, inclusive, nome próprio para chamar a abóbora (Jerimum). E pelo que se sabe são os sertanejos grandes consumidores dessa iguaria.
Eu, que nasci nas montanhas, numa região serrana, sempre vi abóboras, das mais variadas, porque a região onde eu nasci é dedicada á agricultura – dentre outras coisas. Confesso que o gosto da abóbora só veio me fazer gostar do fruto depois de adulto, quando certa vez resolvi  me arriscar fazer um pão de abóbora com leite condensado – e tudo com leite condensado fica gostoso - , e desde então, comecei a gostar de comer abóboras em outras preparações (e hoje posso dizer que eu adoro um feijãozinho bem temperado com abóbora e coentro hummm). Mas como é que a abóbora deixou de ser ingrediente gastronômico para virar símbolo do halloween? Para responder a esta pergunta vamos fazer uma retrospectiva histórica contando inicialmente a origem da Pumpkin pie para em seguida chegarmos ao conto de terror do senhor lanterna.



Abóbora ou Jerimum são designações comuns do fruto da aboboreira (Cucurbita spp.), planta hortícola da família das cucurbitáceas, tal como a melancia, o melão, o chuchu e o pepino. Originária da América era base alimentar substancial para a civilização Olmeca. Posteriormente foi absorvida pelas civilizações Asteca, Inca e Maia. No Brasil, espécies do gênero Cucurbita faziam parte da alimentação dos povos indígenas antes da sua colonização.
Os gregos chamavam as abóboras de ‘pepon’, ou 'grande melão'. Com os franceses, o pepon virou ‘pompon’. Os ingleses então a transformaram em 'pumpion' ou 'pompion'. E mais tarde surgiu o termo pumpkin.
O ano é 1621. Os primeiros colonos americanos de plantação de Plimoth (1620-1692), o primeiro assentamento permanente Europeu, no sul da Nova Inglaterra, poderiam ter feito tortas de abóbora. Ao desembarcarem em território americano, os exploradores ingleses se estabeleceram na região de Plimouth, trazendo consigo dentre outras coisas, técnicas de cocção e livros de culinária da época. Em recepção aos colonizadores, os nativos trouxeram vários presentes, dentre eles a abóbora; que ao que dizem alguns historiadores, não foi bem aceita pelso imigrantes ingleses até que um longo período de inverno dizimou metade de população de colonos -  que morreram de escorbuto e exposição ao frio. O fato, no entanto, é que a abóbora já era conhecida há séculos pelas tribos nativas americanas, que a cozinhavam em água ou secavam ao sol para estocarem. Essas e outras técnicas os ingleses mesclaram ao conhecimento que haviam trazido do Velho Mundo, como a cocção a vapor, o uso de especiarias e o açúcar.
Por outro lado, a torta como a conhecemos - seja ela de abóbora ou de outro recheio qualquer -, com sua crosta de pâte sucreé (massa doce), não é equivalente a esse período histórico da colonização. Ou seja, se é que há indícios de que essa população preparou abóboras dessa maneira, por certo as receitas de tortas de abóboras eram bem diferentes das tortas como as conhecemos hoje.
Nesse sentido, algumas fontes afirmam que os colonos faziam algo semelhante a uma torta de abóbora quando, retirando sua tampa e as sementes; então, preenchendo-a com leite, mel e especiarias para em seguida assá-la em cinzas. Outras fontes, falam que a abóbora ao invés de ir no recheio, era usada na confecção da própria massa. Em todo caso, foi a partir dessas condições, que, cerca de 50 anos após o primeiro Thanksgiving Day (Dia de ação de graças), se tem notícia das primeiras tentativas em se fazer tortas com abóboras. Em muitos casos, a data chegava a ser postergada pela espera dos navios mercantes, que traziam o melaço, ingrediente de suma importância em muitas das receitas.
Em 1651: Francois Pierre la Varenne, famoso cozinheiro francês e autor de um dos mais importantes livros de culinária do século XVII, escreveu ‘Le Vrai Cuisinier François’, que em 1653, foi traduzido e publicado em inglês, contendo a seguinte receita de Tourte of pumpkin: Ferva a abóbora com leite de qualidade. Passe a mistura por um coador de malha grossa e a ela adicione açúcar, manteiga, uma pitada de sal e, se desejar, amêndoas em lâminas. Cubra a mistura com uma folha de massa e asse-a. Depois de assada, salpique com açúcar e sirva.

1670: Nesta época as receitas para uma espécie de "pumpion pie" foram aparecendo nos livros de receitas inglesas como The Queen-like closet, rico escrito que armazenava todos os tipos de receitas raras e que visava sua preservação. O livro The Queen-like closet, escrito por Hannah Wooley, trazia uma receita bastante diferente da apresentada em 1651: Para fazer Pumpion Pie, corte uma abóbora em fatias finas, mergulhe-a em ovos batidos com ervas bem picadas e frite. Então, coloque as abóboras fritas numa base de massa com manteiga, passas, açúcar e maçãs. Assim que estiver assada, coloque manteiga e sirva.
Em 1796 foi publicado por Amelia Simmons o primeiro livro de culinária em território norte-americano, que trazia receitas para a alimentação nativa ita de pumpkin puddings (pudins de abóbora) assados sobre crostas de massa, muitos semelhantes às tortas de hoje:

Pompkin Pudding No. 1. One quart stewed and strained, 3 pints cream, 9 beaten eggs, sugar, mace, nutmeg and ginger, laid into paste No. 7 or 3, and with a dough spur, cross and chequer it, and baked in dishes three quarters of an hour.
Pompkin Pudding No. 2. One quart of milk, 1 pint pompkin, 4 eggs, molasses, allspice and ginger in a crust, bake 1 hour.


Um fato curioso, e que é diferente aqui no Brasil é tanto na Europa quanto nos EUA, existe o hábito de se comprar a abóbora já cozida e processada. Uma dessas produtoras, a Libby’s, chegou às prateleiras dos armazéns em 1929. Diferente da abóbora que se usa para fazer Jack o'lantern - famosas lanternas de Haloween -, a Libby usa a Dickinson, uma variedade mais dourada, cremosa e pura em sabor. Segundo afirma a fabricante, o produto é isento também de conservantes e outros aditivos químicos. Confesso que prefiro ficar com abóboras fresquinhas que se pode comprar nas feiras daqui. Feiras que por sinal tem movimentado as vendas de abóboras para as festas de halloween no mês de outubro.

Significado da abóbora e do nabo na comemoração do halloween

Qual o significado da abóbora no Dia das Bruxas? Essa pergunta é muito frequente nesta época do ano. E merece ser respondida com bastante informação.
O costume surgiu com os irlandeses através de uma lenda (por lá eles dizem ser uma história real) que conta que um homem chamado Jack, após a morte, foi proibido de entrar no paraíso porque enquanto esteve na terra foi pão-duro. Já as portas do inferno lhe foram fechadas porque ele fez o diabo de bobo, escavando, no interior do tronco de uma árvore, uma cruz. O demônio ficou aprisionado lá dentro até jurar que nunca mais iria provocá-lo com tentações.

Sem ter para onde ir Jack foi condenado a andar na escuridão até o juízo final. Então, ele implorou a Satã que acendesse brasas para iluminar seu caminho. O diabo deu-lhe um pequeno pedaço de carvão incandescente. Para proteger a luz do carvão, o irlandês colocou o carvão dentro do buraco de um nabo. E assim surgiu assim o Jack o'lantern (Jack da Lanterna) como é conhecido. Este talismã (que virou abóbora) simbolizava uma alma condenada. 

A ideia de usar um nabo surgiu com os Celtas, povo que se espalhou pela Europa entre 2 000 e 100 a.C. Um dos símbolos do seu folclore era um grande nabo com uma vela espetada. Quando os irlandeses chegaram aos Estados Unidos, encontraram pouquíssimos nabos nos campos. Mas havia abóboras em abundância. Os imigrantes então fizeram a substituição.
Em toda a Irlanda e Grã-Bretanha, há uma longa tradição de esculpir lanternas de vegetais, particularmente o nabo, mangelwurzel, ou sueco. [3] O nabo tem sido tradicionalmente utilizado na Irlanda e na Escócia no Halloween [1], mas os imigrantes à América do Norte usados a maior abóbora nativas, que são prontamente disponíveis e muito maior -. tornando-os mais fáceis de esculpir que nabos [1] Apesar de nabos sempre foram utilizadas na Irlanda, na Escócia lanternas foram originalmente feitos de tronco grosso de uma planta de couve, e foram chamados de "kail runt-tochas". [4] não foi até 1837 que jack-o'-lanterna apareceu como um termo para uma lanterna esculpida vegetais [5], e a associação lanterna esculpida abóbora com Halloween é gravado em 1866. [6] Nos Estados Unidos, a abóbora esculpida foi associada com a época de colheita, em geral, muito antes de ela se tornou um emblema de Halloween. [7] Em 1900, um artigo em Ação de Graças divertido recomendou um iluminadojack-o'-lanterna, como parte de as festas [7].

O phenomenon Will-o'-the-wisp

Na realidade jack o lanterna já foi uma transformação de uma lenda chamada Will-o'-the-wisp. O will-o'-the-wisp /ˌwɪl ə ðə ˈwɪsp/ or ignis fatuus (ɪɡnɨs ˈfætʃuːəs/; Medieval Latin: "foolish fire" [fogo de tolo]) é uma luz fantasmagórica vista por viajantes durante a noite, especialmente sobre pântanos, brejos ou pântanos. Assemelha-se a uma lâmpada piscando e é dito para recuar se uma delas se aproximar de você – pois ela tem retirado os viajantes  caminhos seguros. Trata-se uma crença popular bastante comum no folclore Inglês e em grande parte do folclore europeu. Este fenômeno é conhecido por uma variedade de nomes, incluindo jack-o'-lanterna, hinkypunk, e hobby lanterna (lanterna passatempo) em Inglês. [1]


O termo "will-o'-the-wisp" vem de "wisp", um feixe de varas ou de papel usado às vezes como uma tocha, e o nome de " Will ": assim ficaria "Will-of-the-torch"," Will-da-tocha". O termo jack-o'-lantern" tem um significado semelhante. Sua aplicação a abóboras esculpidas em Inglês Americano é uma inovação do século 19. Nos Estados Unidos, eles são frequentemente chamados de  "spook-lights" Luzes assustadores, "ghost-lights" fantasmas de luz, ou "orbs" esferas [ 2 ] por folcloristas e paranormais entusiastas. [ 3 ] [ 4 ]
A Crença popular atribui o fenômeno à fadas ou espíritos elementais, explicitamente o termo " "hobby lanterns" [lanternas passatempo]  encontrados no século 19 nos textos do  Tracts Denham .
No seu Dicionário de fadas, Katharine Mary Briggs, fornece uma extensa lista de outros nomes para o mesmo fenômeno, embora o lugar onde eles são observados (cemitério, pântanos, etc) influencia a sua nomeação consideravelmente. Quando observada em cemitérios, eles são conhecidos como "fantasmas luzes", também um termo da Tracts Denham (Os Tracts Denham constituem uma publicação de uma série de folhetos e anotações sobre folclore, 54 ao todo, coletados entre 1846 e 1859 por Michael Aislabie Denham , um comerciante de Yorkshire. A maioria das vias originais foram publicados com 50 cópias (embora alguns deles com 25 ou até 13 cópias). Os setores foram mais tarde re-editado por James Hardy para a Sociedade de Folclore e imprimiu em dois volumes em 1892 [ 1 ] e 1895. É possível que JRRTolkien tomou a palavra hobbit a partir da lista de fadas em Tracts Denham).



Esta é uma longa lista de spirites e bogies, baseado em uma antiga lista, encontrada no livro Discoverie of Witchcraft, datado de 1584, [ 3 ] com muitas adições, algumas repetições e Menção de muitas criaturas que não aparecem em outros lugares, o assunto é mais profundamente do que outros de seu tempo, a falta de outras fontes faz alguns acharem icomo uma fonte confiável de informações.

"What a happiness this must have been seventy or eighty years ago and upwards, to those chosen few who had the good luck to be born on the eve of this festival of all festivals; when the whole earth was so overrun with ghosts, boggles, Bloody Bones, spirits, demons, ignis fatui, brownies, bugbears, black dogs, spectres, shellycoats, scarecrows, witches,wizards, barguests, Robin-Goodfellows, hags, night-bats, scrags, breaknecks, fantasms, hobgoblins, hobhoulards, boggy-boes, dobbies, hob-thrusts, fetches, kelpies, warlocks, mock-beggars, mum-pokers, Jemmy-burties, urchins, satyrs, pans, fauns, sirens, tritons, centaurs, calcars, nymphs, imps, incubuses, spoorns, men-in-the-oak, hell-wains, fire-drakes, kit-a-can-sticks, Tom-tumblers, melch-dicks, larrs, kitty-witches, hobby-lanthorns, Dick-a-Tuesdays, Elf-fires, Gyl-burnt-tales, knockers, elves, rawheads, Meg-with-the-wads, old-shocks, ouphs, pad-foots, pixies, pictrees, giants, dwarfs, Tom-pokers, tutgots, snapdragons, sprets, spunks, conjurers, thurses, spurns, tantarrabobs, swaithes, tints, tod-lowries, Jack-in-the-Wads, mormos, changelings, redcaps, yeth-hounds, colt-pixies, Tom-thumbs, black-bugs, boggarts, scar-bugs, shag-foals, hodge-pochers, hob-thrushes,bugs, bull-beggars, bygorns, bolls, caddies, bomen, brags, wraiths, waffs, flay-boggarts, fiends, gallytrots, imps, gytrashes, patches, hob-and-lanthorns, gringes, boguests, bonelesses, Peg-powlers, pucks, fays, kidnappers, gallybeggars, hudskins, nickers, madcaps, trolls, robinets, friars' lanthorns, silkies, cauld-lads, death-hearses, goblins,hob-headlesses, bugaboos, kows, or cowes, nickies, nacks, waiths, miffies, buckies, ghouls, sylphs, guests, swarths, freiths, freits, gy-carlins[1], pigmies, chittifaces, nixies,Jinny-burnt-tails, dudmen, hell-hounds, dopple-gangers, boggleboes, bogies, redmen, portunes, grants, hobbits, hobgoblins, brown-men, cowies, dunnies, wirrikows, alholdes,mannikins, follets, korreds [2], lubberkins, cluricauns, kobolds, leprechauns, kors, mares, korreds, puckles, korigans, sylvans, succubuses, blackmen, shadows, banshees,lian-hanshees, clabbernappers, Gabriel-hounds, mawkins, doubles, corpse lights or candles, scrats, mahounds, trows, gnomes, sprites, fates, fiends, sibyls, nicknevins,whitewomen, fairies, thrummy-caps[3], cutties, and nisses, and apparitions of every shape, make, form, fashion, kind and description, that there was not a village in England that had not its own peculiar ghost. Nay, every lone tenement, castle, or mansion-house, which could boast of any antiquity had its bogle, its spectre, or its knocker. The churches, churchyards, and crossroads were all haunted. Every green lane had its boulder-stone on which an apparition kept watch at night. Every common had its circle of fairies belonging to it. And there was scarcely a shepherd to be met with who had not seen a spirit!"[4]

Os nomes Will-o-the-wisp e jack-o'-lantern são explicados em contos folclóricos, registrados em muitas formas variantes na Irlanda , Escócia , Inglaterra , País de Gales , Appalachia , e Terra Nova . Nestes contos, protagonistas são nomeados e condenados a assombrar os pântanos com uma luz por algum delito. Uma versão de Shropshire , recontada por Katharine Mary Briggs em seu livro Dicionário de fadas , refere-se à Will the Smith. Will é um ferreiro ímpios a quem é dada uma segunda chance por São Pedro nos portões para o céu, mas leva uma vida tão ruim que acaba sendo condenado a vagar pela Terra. O Diabo lhe proporciona uma queima de carvão única com que aquecer-se, que ele usa para atrair viajantes tolos nos pântanos.
Uma versão irlandesa do conto tem um patife chamado Jack ou bêbado Stingy Jack  que faz um pacto com o Diabo, oferecendo sua alma em troca do pagamento de sua conta num pub. Quando o diabo vem para recolher seu pagamento, Jack o faz subir em uma árvore e depois de esculpir uma cruz na parte de baixo da árvore, impedindo-o de descer. Em troca de retirar a cruz, o diabo perdoa a dívida de Jack. No entanto, como alguém tão mau como Jack nunca iria ser permitido para o Céu, Jack é forçado após a sua morte a viajar para o inferno e pedir um lugar lá. O Diabo lhe nega a entrada em vingança, mas, como uma bênção, ele concede a Jack uma brasa do fogo do inferno para iluminar seu caminho pelo mundo crepuscular em que as almas perdidas estão para sempre condenado. Jack coloca em um nabo esculpido para servir como uma lanterna. [ 5 ]



No folclore galês, diz-se que a luz é "fairy fire" [fogo de fadas] na mão de um púca, puck ou pwca, um pequeno duende-como fada que maliciosamente leva os viajantes solitários fora do caminho à noite. Como o viajante segue o Púca através do pântano ou brejo, o fogo é extinto, deixando o homem perdido. Púca é dito como um ser Tylwyth Teg, ou seja, da família das fadas. No País de Gales a luz prevê um funeral, que terá lugar logo na localidade. Wirt Sikes, em seu livro Goblins britânicos menciona o conto seguinte Welsh sobre Púca: Um camponês viajando para casa ao anoitecer vê uma luz brilhante viajando a sua frente. Olhando mais de perto, vê que a luz é uma lanterna na posse de uma "figura um pouco sombria", que ele segue por vários quilômetros. De repente ele se encontra à beira de um vasto abismo quem embaixo corre uma torrente que ruge de água. Naquele exato momento o carregador da lanterna dá saltos n o espaço que levanta a alta luz sobre sua cabeça, enquanto solta uma risada maliciosa e some na luz, deixando o pobre camponês a um longo caminho de casa, em pé na escuridão na borda da um precipício.


Puck

Este é um conto bastante comum de advertência a respeito do fenômeno, no entanto, o fatuus ignis nem sempre foi considerado perigoso já que outras histórias falam de viajantes se perdendo na floresta e vindo sobre uma vontade do  will-o'-the-wisp e dependendo de como eles trataram a criatura, o espírito que quer deixá-los ainda mais perdido na mata passa a orientá-los para fora dela.
Na Ásia, o mais parecido com isso seria Aleya (ou fantasma de luz do pântano) nome dado a inexplicáveis fenômenos que ocorrem envolvendo luz nos pântanos, como observado pelo povo bengali, especialmente os pescadores de Bengala. Esta luz do pântano é atribuída a algum tipo de aparições inexplicáveis de gás do pântano que confundem pescadores, que os faz perder o rumo e pode até levar a um afogamento se o pescador decidir segui-lo. As comunidades locais daquela região acreditam que esses estranhas luzes pairando no pântano são, na verdade fantasmas de luz, que representam os fantasmas de pescador que morreram durante a pesca - algumas vezes eles confundem os pescadores e algumas vezes eles ajudem a evitar perigos futuros. [6] [7]



Na América do Sul encontramos dois exemplos dessas lanternas sombrias: no Brasil, o Boi-tatá é o equivalente brasileiro do will-o-the-wisp [8]. O nome vem da língua tupi e significa "serpente", Ele tem grandes olhos de fogo que o deixe quase cego durante o dia, mas à noite, pode ver tudo, para isso se esconde nas cavernas. Segundo a lenda, Boi-tatá era uma serpente grande, que sobreviveu ao grande dilúvio. E pode ainda ser conhecido como "boiguaçu" (uma anaconda da caverna) que deixou sua caverna após o dilúvio e, no escuro, atravessou os campos predando os animais e cadáveres, come exclusivamente o seu pedaço favorito, os olhos. A luz coletada a partir dos olhos comidos deu ao "Boitatá" seu olhar ardente. A expressão "fogo-fátuo" também é usado ("fogo falso", do latim "Ignis Fatuus") em todo o Brasil.
Boitatá

Na Argentina, o fenômeno como Luz Mala (luz mal) ou fátuo Fuego e é um dos mitos mais importantes no folclore argentino e uruguaio. Este fenômeno é bastante temido e é visto principalmente em áreas rurais argentinas. Ele consiste em uma esfera extremamente brilhante de luz, flutuando a poucos centímetros do chão. Tradicionalmente se diz que "Se a luz é branca, isso implica uma alma em dor e é recomendado para fazer uma oração, mas se a luz for vermelha, a testemunha deve fugir imediatamente, assim, o fenômeno representa a tentação de Satanás."
Tirando o lado folclórico, ouve quem  explicasse o fenômeno will-o’-the-wisp pelo meio cientifico. E a  primeira tentativa de explicar cientificamente as causas para este ignes fatui foi dada pelo físico italiano Alessandro Volta, em 1776, quando se descobriu o metano. Ele propõe que isso nada mais são do que fenômenos naturais elétricos (como raios) interagindo com gás do pântano [9]. Teoria apoiada pelo britânico Joseph Priestley em sua obra Experiments and Observations on Different Kinds of Air (1772–1790) (Experiências e Observações em Diferentes Tipos de Ar (1772. - 1790)), e pelo físico francês Pierre Bertholon de Saint-Lazare, em De l’électricité des météores (1787) [10]. Isso foi observado nas contas detalhadas de várias interações estreitas com ignes fatui publicados anteriormente, em 1832, pelo major Louis Blesson depois de uma série de experimentos em várias localidades onde foram conhecidos por ocorrer. [11] Destaca-se seu primeiro encontro com ignes fatui em uma região pantanosa entre um vale profundo na floresta de Gorbitz, Newmark, Alemanha.
Na literatura dois will-o’-the-wisp aparecem num conto de fada escrito por Johann Wolfgang von Goethe chamado The Green Snake and the Beautiful Lily (1795, A sepente verde e a bela Lily). Eles são descritos como luzes que consomem ouro, e são capazes de sacudir peças de ouro a partir de si mesmo. [12]
Um Will O 'the Wisp faz uma aparição no primeiro capítulo de Drácula de Bram Stoker, é o próprio Conde, que aparece como seu motorista particular, para levar Jonathan Harker em seu castelo a noite. Na noite seguinte, quando Harker inquire a Drácula sobre as luzes (pela falta delas), ao responder a pergunta que lhe foi feita pelo hóspede o Conde faz referência a uma crença popular comum sobre o fenômeno, dizendo que eles marcam onde o tesouro está enterrado.

Na obra de JRR Tolkien, O Senhor dos Anéis, will-o’-the-wisps estão presentes nos Pântanos Mortos fora de Mordor. Quando Frodo e Samwise Gamgee fazem o seu caminho através dos pântanos Gollum lhes diz "para não seguir as luzes", significado dado para os will-o’-the-wisp  Ele diz que se o fizerem, eles vão levar a empreitada para a morte. Além disso, Gandalf orienta a Irmandade através da escuridão de Moria (A Journey in the Dark) e sua "luz de bruxo" é comparado a um will-o’-the-wisp, Dado que Moria era uma antiga fonte de mithril, isso pode ser uma associações escandinava para a ligação de will-o’-the-wisp com tesouros.
O hinkypunk, o nome dado a will-o’-the-wisp no Sudoeste da Inglaterra alcançou a fama como um animal mágico na série de JK Rowling, Harry Potter. Nos livros, um hinkypunk é um perneta, criatura de aparência frágil que parece ser feito de fumaça. Diz-se de levar uma lanterna e enganar os viajantes.




O romance de fantasia alemão escrito por Michael Ende “The Neverending Story” [A História Sem Fim, em alemão: Die unendliche Geschichte 1979, e Ralph Manheim's na tradução inglesa, 1983] começa em Fantastica, quando um will-o'-the-wisp vai pedir a Imperatriz-menina ajuda contra o Nada, que está se espalhando sobre a terra. O filme baseado no livro não contém o will-o'-the-wisp.



Saindo do campo literário e entrando na música, especialmente na música clássica, um dos estudos mais desafiadores de Franz Liszt para piano (o Transcendental Etude n º 5), conhecido por ser volúvel e de uma qualidade misteriosa, traz o título "Follets Feux" (o termo francês para will-o’-the-wisps) .
O fenômeno também aparece em "Canción del fuego fátuo" no balé Manuel de Falla, El amor brujo, [36] depois coberta por Miles Davis como" Will O'-o Wisp "na Sketches Of Spain. O nome alemão do fenômeno, Irrlicht, tem sido o nome de uma música do compositor clássico Franz Schubert em seuciclo de canções conhecido como Winterreise.

Bela encenação, ótimo som...

O will-o'-the-wisp  também aparece na canção  "skylark" (cotovia), cantada por Ella Fitzgerald, Aretha Franklin, Sullivan Maxine e outros. Enquanto na terceira parte , Cena 12 de Berlioz The Damnation of Faust" " é intitulada "Menuet des Follets" - "Minueto de will-o’-the-wisp".
Depois de se ter tanta informação e divagar por várias áreas da cultura, nada melhor do que preparar uma torta de abóbora e ficar na esperança de ver um will-o’-the-wisp passando por você, na noite de halloween (isso falo para os corajosos. Para os medrosos, é melhor comer muito da torta e ir dotmir...)

Fonte

1.     ^ Marie Trevelyan (1909). Folk-Lore and Folk-Stories of Wales. London. p. 178. Retrieved 2010-09-18.
2.      "Ghost Lights and Orbs". Moonslipper.com. Retrieved 2011-11-18.
  1. ^ Stephen Wagner. "Spooklights: Where to Find Them"About.com. Retrieved 2007-12-08.
  2. ^ Randall Floyd (1997). "Historical Mysteries: Ghostly lights as common as dew in Dixie"Augusta Chronicle. Retrieved 2007-12-08.
  3. ^ Mark Hoerrner (2006). "History of the Jack-O-Lantern"buzzle.com. Retrieved 2007-05-09.
  4. ^ "Bengali Ghosts; byAmbarish Pandey; Apr 7, 2009; PAKISTANTIMES website". Pak-times.com. 2009-04-07. Retrieved 2011-11-18.
  5. ^ "Blog post by the author Saundra Mitchel of the novel "Shadowed Summer" at Books Obsession". Booksobsession.blogspot.com. 2009-10-09. Retrieved 2011-11-18.
  6. ^ "ref". Terrabrasileira.net. Retrieved 2011-11-18.
  7. ^ Marco Ciardi (2000). "Falling Stars, Instruments and Myths: Volta and the Birth of Modern Meteorology". In Fabio Bevilacqua & Lucio Fregonese. Nuova Voltiana: Studies on Volta and His Times. Editore Ulrico Hoepli. p. 43.
  8. ^ a b c d Charles Tomlinson (1893). A. Cowper Ranyard. ed. "On Certain Low-Lying Meteors". Knowledge: An Illustrated Magazine of Science. Simply Worded—Exactly Described (Witherby & Co.) 16 (New Series, Vol. III): 46–48.
Pumpkin pie

Massa
6 colheres de sobremesa de manteiga sem sal
6 colheres de sobremesa de Gordura vegetal (se preferir usar somente manteiga)
1 xicara e meia de Farinha de trigo
2colheres de sobremesa de Açúcar
meia colher de chá de Sal refinado
entre 4 a 5 colheres de sobremesa de Água gelada
Para o recheio
2 xicaras de abobora cozida
3/4 xícara de Açúcar mascavo
3 colheres de Melaço  - pode ser mel karo
1 colher de chá de Canela em pó
1/4 colher de chá de Noz moscada
1/4 colher de chá de Cravo em pó
½ colher de chá de Sal refinado
3 Ovos
1 litro de Creme de leite fresco batido como para chantily
3 colheres de sobremesa de Brandy ou licor de laranja
Chantilly para guarnecer
1 xicara de Chantilly
2 colheres de sobremesa de Açúcar
1/4 colher chá Canela em pó
Noz moscada a gosto

Preparo:  Massa Refrigere a manteiga e a gordura por cerca de 30min. Numa tigela combine a farinha, açúcar e o sal. Mistures com a ponta dos dedos a manteiga e a gordura em pedacinhos sobre a mistura de farinha. Não amasse demais! A massa deve ficar com textura de crumbles, empelotada e com um leve tom amarelado. Esse é o momento de adicionar 3 colheres de água e misturar com uma espátula ou colher de madeira para agregar toda a massa. Adicione mais se for preciso, mas não perca a textura de massa que racha aos dedos e quer se desfazer.  Faça uma bola e amasse até virar um disco grosso. Agora passe um filme e leve à geladeira por cerca de 1 hora. Em forma de disco, nossa massa gela mais rápido e também recupera a temperatura ambiente mais rápido para nela passarmos o rolo. Ainda não comece o recheio. Espere essa 1 hora para a massa gelar e, só depois, asse-a em forno pré aquecido entre 190 a 200ºC. A alta temperatura selará a massa tão rápido, que ela não terá tempo de regredir na fôrma. Assim que notar as bordas escurecendo, rapidamente, abaixe a temperatura para algo entre 170 a 180 ºC. Esse processo não leva mais que 10min.Retire a massa e deixe-a esfriar na fôrma.  Para fazer o recheio Amasse a abóbora como para purê e passe-o em peneira ou processador. Nele adicione o açúcar mascavo, o melaço, as especiarias e o sal. O próximo passo é adicionar o creme batido e a bebida alcóolica. Lembre-se de não bater demais este creme, ele fica num ponto anterior ao de picos firmes de chantilly...fica leve. Você também deve incorporar o creme de leite batido suavemente, de baixo para cima e com uma espátula. Nada de fouet aqui!  Coloque o recheio na massa e asse sua torta por mais 10min, numa temperatura de 200graus. Após esse tempo, abaixe a temperatura para 180ºC e deixe a torta no forno por mais 20 a 30min. Lembre-se, o centro da torta se ergue mas ainda tem uma certa mobilidade quando vc chacoalha a fôrma. É o ponto perfeito, a torta está assada, mas ainda tem umidade. Não deixe mais tempo, vai ficar seca e chata! Deixe a torta esfriar em temperatura ambiente e somente depois leve-a à sua geladeira. Para o chantilly, basta juntar os ingredientes no creme de leite ainda líquido e bater com seu fouet até o ponto de picos firmes. Coloque-o sobre uma fatia e sirva!