É pra se comer bastante esta idéia de combinar gastronomia, cultura e história unidas num lugar acessível. Principalmente numa época onde as pessoas se entopem de gorduras trans e não alimentam a alma.
Sabendo que o homem não nasce da fome, mas do apetite. Te convido a conjugar o verbo comer em todas as suas possibilidades.
Um brinde a você por estar aqui! Bon apetit!!!
Eu sempre gostei de
uma boa história de terror. Sempre assisti a muitos filmes desse gênero, mas
confesso que muitos acontecimentos da realidade atual chegam a ser mais
aterrorizantes.
Como se constrói uma
lenda urbana? E o que fazer quando nos deparamos com ela na realidade? O post
de hoje vem falar de uma dessas lendas, os doces mortais – mas que estão se
tornando cada vez mais realidade e acabam virando página dos jornais na sessão policial.
Sabe quando sua mãe
lhe dizia, quando criança, para não aceitar doces de estranho? A preocupação
dela era real. Mas, nos Estados Unidos de 1974, sobretudo na época do
Halloween, essa preocupação das famílias em alertar as crianças para não
receber doces ou frutas de estranhos aumentou consideravelmente- de fato esta
preocupação tinha um motivo bem fundamentado...
Quem gosta de contos
de terror sabe que a lenda dos doces mortais possui varias vertentes onde o
final é sempre o mesmo: os
investigadores policiais acabam encontrando lâminas de barbear (a popular
gilete, o objeto mais usado), ou pregos, ou vidro, ou drogas, dentro dos doces
ou das frutas. E acriança que recebeu o doce acaba morrendo na hora, com a boca
rasgada/ferida ou acaba se drogada, morrendo de overdose por ter recebido uma
dose letal de drogas pesadas.
Se pararmos só um
pouquinho para analisar sobre estas historias que podem ter acontecido ao nosso
redor, poderemos encontrar ela sendo contadas de várias maneiras:
•A
famosa maça que a bruxa dá á Branca de neve é ícone – delas derivam historias
de velhas senhoras colocando veneno em maçãs e pipoca;
•Com
as giletes, podemos ter ouvido, por exemplo, algo assim: aquele senhor
insuportável e estranho, que não gostava de crianças distribuiu doces com
laminas de barbear e matou as crianças da vizinhança;
•Pros
mais moderninhos e hypes, versões mais criativas também foram inventadas, como
esta: Um viciado em cocaína que encheu Pixie Sticks (uma espécie de doce em pó,
tipo nosso Dip Lick) da droga e distribuiu às crianças, matando-as com overdose.
Nos anos 70 essas
historinhas causaram muito medo na população norte-americana chegando ao ponto
de levar hospitais a fazerem exames de
Raio-X em doces “suspeitos”. Tudo isso dá roteiro pra filme de terror. Mas o que
dizer quando se tem a seguinte realidade:
Em 1974, os jornais americanos
anunciavam que, um homem colocou cianureto em alguns doces e os deu para seus
dois filhos e mais duas crianças. O único que comeu o doce foi seu filho, que
acabou morrendo. Dizem que a causa mais provável do crime foi o dinheiro do
seguro das crianças.
Ronald Clark O'Bryan
(posteriormente apelidado de Candyman) (19 de outubro de 1944 - 31 de março de
1984) foi um assassino de Deer Park , Texas, condenado por matar seu filho de
oito anos de idade, Timothy, no Dia das Bruxas de 1974, com cianureto colocado
em doces em fim de reivindicar o dinheiro do seguro de vida.
A vítima
The Candyman
Ele também
distribuiu doces envenenados para outras crianças numa tentativa de encobrir o
crime, mas nem a sua filha Elizabeth, nem qualquer outra criança comeu nenhum
doce envenenado. O'Bryan foi executado em 31 de março de 1984 por injeção letal
. Depois desse crime O'Bryan tornou-se
bastante conhecido, ganhou o apelido de Candyman - programas de segurança para
o Halloween foram implementados em Deer Park, ensinando os pais métodos para
avaliar a segurança de porta-a-porta das guloseimas por inspeção visual. Durante a execução do
candyman, uma multidão de estudantes universitários vestindo máscaras de
Halloween apareceram para aplaudir. O
grupo musical Siouxsie and the Banshees gravou uma canção sobre O'Bryan chamado
de "Candyman", a primeira faixa do seu álbum de Tinderbox .
Enquanto isso, anos
depois, no Brasil, em março de 2012, os jornais noticiavam a seguinte noticia:
A adolescente Talita
Machado Teminski, de 14 anos, filha de um policial militar, recebeu em casa uma
encomenda na tarde dia 12 de março. A caixa, entregue por um taxista, continha
doces e um bilhete informando que eles eram uma amostra e caso a jovem tivesse
interesse poderia encomendá-los para a festa de 15 anos, marcada para abril
deste ano.
Talita depois de sua passagem pelo hospital após o envenenamento - com o pai.
Talita dividiu os doces com outros três amigos. Logo após ingerirem
os chocolates todos passaram mal e foram levados para o hospital com quadro de
intoxicação. A garota que recebeu a encomenda chegou a ter duas paradas
cardíacas. Ela ficou internada no Hospital de Clínicas de Curitiba por oito
dias. Todos já receberam alta.
A versão brasileira do candyman americano, Margarete Aparecida Marcondes.
A mulher suspeita de
enviar doces envenenados à adolescente Talita Machado Teminski, de 14 anos, Margarete Aparecida Marcondes, confessou o crime em depoimento no dia 31 de março de 2012, segundo a Polícia
Civil de Santa Catarina. De acordo com o delegado da Divisão de Investigações
Criminais de Joinville, a mulher de 45 anos não explicou o motivo do crime.
“Não me pareceu um comportamento de uma pessoa equilibrada”, disse o delegado
Marcel de Oliveira sobre o depoimento.
O delegado afirmou
também que a suspeita tinha consciência dos crimes que comentou – a agressão ao
marido e a intoxicação de três jovens – e que não há indícios de que ela não
teria entendimento sobre as consequências do que fez.
Investigações
Os jovens foram
envenenados em 12 de março. A mulher foi presa na madrugada deste sábado, em
Barra Velha, no litoral do estado catarinense. A doceira foi encontrada pela
Polícia Militar por volta das 4h, dormindo dentro de um carro. No período em
que ficou foragida, também passou por Itajaí e Navegantes. No fim da manhã ela
foi transferida para Curitiba.
Os doces mortais do caso brasileiro - inocentes, não?
Conforme a polícia, a
ida da doceira a um banco de Itajaí foi fundamental para as investigações. A
informação foi recebida por meio de uma denúncia anônima. “Ela foi fazer um
seguro de vida para a filha de 26 anos”, acrescentou o delegado.
Ainda de acordo com
Oliveira, pelas imagens do circuito interno de segurança foi possível ver que a
suspeita estava bem. “Vimos as imagens e tivemos certeza, convicção que ela
tinha participação no crime contra o marido.”
À polícia, a suspeita
disse que agrediu o companheiro para que ele não descobrisse a participação
dela no crime cometido contra os adolescentes em Curitiba. Ele foi encontrado
na casa do casal em estado gravíssimo e está internado na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI), sem condições de prestar depoimentos.
O delegado afirmou
ainda que a suspeita se disse arrependida e como pensava que o marido estava
morto queria que ele fosse enterrado, por isso, mandou duas mensagens de texto
do próprio celular para um grupo de amigos. “N. [Nome do marido] está na casa
esperando ser enterrado, a mulher viu tudo, está dopada. Já que não recebi vou
me divertir um pouco, empréstimo não pago morre, doces tudo armação”, dizia a
primeira das mensagens. Na outra, escreveu: “Empréstimo não pago, casal morto
ele já foi”.
Segundo o delegado, a
mulher tinha a intenção de mandar a mensagem para um amigo específico do
marido, mas acabou enviando para toda a lista de contato. Com a mensagem,
complementou, ela tentou criar uma justificativa para seu desaparecimento e
evitar qualquer desconfiança contra ela. (Fonte: http://g1.globo.com)
Aí eu pergunto: será
que não é a realidade brutal que anda transformando fatos do cotidiano em
historinhas de terror? De toda forma deixo aqui algumas observações para
prevenir futuros acidentes com doces:
•Não
coma doce ou guloseimas antes de examinar bem a aparência deles – qualquer
coisa estranha descarte-os;
•Não
coma nada que esteja mal embrulhado ou com o embrulho semiaberto;
•Procure
evitar comer doces que não saiba da procedência, sobretudo quando eles não
tiverem embalagem de fábrica;
•Se
qualquer coisa tiver um gosto "engraçado", cuspa-o e guarde para
qualquer exame que seja necessário mais tarde (risos maldosos) kkkkkkkkkkkkkkk
E como esta historia
de doces me deu fome, que tal preparar um brigadeiro “envenenado”? Calma, não
vai ter nada de estranho nele, só vai
ser uma surpresa na hora de comer, porque ele foge ao tradicional e eleva
queijo. Experimente.
Brigadeiro
de queijo
Ingredientes:
1 lata de leite condensado
1 caixinha de creme de leite (200g)
1 colher de sopa de farinha de trigo
(peneirada)
2 colheres de sopa de queijo parmesão ralado
1 colher de sopa de margarina sem sal
Raspas de chocolate meio amargo ou granulado
Preparo:
Em
uma panela misture todos os ingredientes, exceto a raspas de chocolate, e leve
ao fogo baixo mexendo sem parar até atingir o ponto de brigadeiro, ou seja,
desgrudando da panela. O processo é rápido, cerca de 5 minutos. Despeja o
brigadeiro ainda quente em copinhos e deixe esfriar em temperatura ambiente, ou
faça como eu, coloque na geladeira por 15 minutos ou até ter a certeza de que
estão frios. Após esfriar, salpique as raspas de chocolate meio amargo ou o
granulado.
Eu
acordei com uma chuva que tinha a cara de Londres! Acho que a chuva queria me dizer algo – que
só entendi quando liguei o notebook e li que a Dama de Ferro havia falecido
esta manhã. Sei que tem muita gente por aí que não ia muito com a cara dela –
nem com as atitudes que ela tomou num passado não tão distante. Mas eu acredito
que, de alguma forma, ela melhorou alguns pontos na Inglaterra... Assim
sendo, o post de hoje vem trazendo a receita do doce preferido da baronesa
Thatcher – sim, ela tinha títulos de nobreza.
A
invenção da torta é reivindicada por Nigel Mackenzie e Ian Dowding,
respectivamente o proprietário e o chef do Restaurante The Hungry Monk (O Monge
faminto) em Jevington, East Sussex, Inglaterra: eles afirmam ter desenvolvido a
sobremesa em 1971, alterando uma receita americana pouco confiável para
"Torta de Caramelo de Café Blum" (Blum's Coffee Toffee Pie) com um
caramelo macio feito com uma delícia que nós brasileiros amamos – o doce de
leite feito com uma lata fechada de leite condensado cozido por horas, ou como
nós fazemos, cozido na panela de pressão. O Nome da sobremesa oi derivado da junção de banana com toffee.
The Hungry Monk, Jeviington, East Sussex.
Nigel Mackenzie
Ian Dowding
Depois
de vários testes e alterações, incluindo a adição de maçã ou tangerina,
Mackenzie sugeriu banana. Foi quando Dowding percebeu, fazendo o teste, que
imediatamente sabiam que tinham acertado na escolha. Mackenzie sugeriu o nome
"Banoffi Pie", e o prato se tornou tão popular entre seus clientes
que eles não conseguiram retirá-lo do menu do The Hungry Monk.
A
receita, entretanto, foi publicada em Os segredos mais profundos do monge
faminto (The Deeper Secrets of the Hungry Monk), em 1974, com reimpressão no
livro de receitas de 1997, In Heaven with The Hungry Monk (No céu com o monge
faminto). Dowding já havia confessado seus "ódios” por massas feitas com
biscoitos triturados e recheadas com cremes horríveis vendidos em aerossóis.
O livro The Celebrity Cookbook: Kitchen Secrets of the
Rich and Famous; Brooks, Marla (1993), aponta que essa era a sobremesa favorita de Margaret Thatcher, consumida por ela muitas vezes.
A
receita era tão boa que foi adotada por muitos outros restaurantes em todo o
mundo. Em 1984, vários supermercados começaram a vendê-la como uma “Torta
Americana”, levando Nigel Mackenzie a oferecer um prêmio de £ 10.000 a qualquer
um que pudesse contestar sua afirmação de serem os inventores ingleses os
criadores da torta.
Um
fato interessante, é que a palavra "Banoffee" entrou na língua
inglesa e passou a ser usada para descrever qualquer alimento ou produto com
gosto ou cheiro de banana e toffee. Isso justifica as apropriações e receitas
diferentes da original que são, inclusive, apresentadas no Brasil como
Banoffee.
A placa do restaurante O Monge Faminto afirmando sobre o local do nascimento da Banoffee.
Outro
fato, e que deixaria os autores se revirando, é que uma receita para a torta,
usando uma base de biscoitos triturados é frequentemente impressa em latas de
leite condensado da Nestlé, embora essa receita exija que o conteúdo da lata
seja fervido com manteiga e açúcar adicionais em vez de ferver a lata fechada -
provavelmente por razões de segurança – ou medo de cozinheiros sem técnica
suficiente para preparar com os devidos cuidados uma banoffee original.
Mai sobre Margaret Thatcher?
A
ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher morreu na manhã desta
segunda-feira em Londres, aos 87 anos, após sofrer um derrame. Thatcher foi a
primeira mulher a ocupar o posto de primeiro-ministro no país, e permaneceu no
cargo de 1979 a 1990, pelo Partido Conservador.
"É
com grande tristeza que Mark e Carol Thatcher anunciam que sua mãe, a baronesa
Thatcher, morreu pacificamente após um derrame nesta manhã", disse o
porta-voz da ex-premiê, Lord Bell.
Thatcher
foi uma das mais influentes figuras públicas do século 20. Seu legado teve um
efeito profundo nas políticas de seus sucessores, tanto conservadores como
trabalhistas, enquanto seu estilo considerado radical e agressivo definiu seus
11 anos no comando da Grã-Bretanha.
Durante
seu governo conservador, milhares de britânicos conseguiram comprar casas
populares e ações de empresas recém-privatizadas nas áreas de energia e
telecomunicação. Mas sua rejeição à chamada "política de consenso"
fez dela uma figura desagregadora, e a oposição ao seu governo culminou com
rebeliões nas ruas e dentro de seu próprio partido.
Margaret
Hilda Thatcher nasceu em 13 de outubro de 1925 no condado de Lincolnshire,
filha de um dono de mercearia, que era pregador metodista e político local. Ele
teve enorme influência na vida da filha - bem como nas políticas que ela
adotou. "Devo quase tudo a meu pai, de verdade", ela diria mais
tarde. Thatcher estudou Química em Oxford, com o auxílio de uma bolsa de
estudos, e se tornou a terceira mulher a presidir a Associação Conservadora da
universidade.
Jovem
candidata
Depois
de se formar, trabalhou para uma empresa de produtos plásticos e se envolveu em
um grupo político conservador, até que, a partir de 1949, começou a concorrer a
cargos no governo local em Kent. Mesmo sem vencer, ela atraiu atenção da
imprensa por ser a mais jovem candidata eleitoral conservadora da História. Em
1951, ela se casou com o empresário divorciado Denis Thatcher, com quem teve os
gêmeos Mark e Carol, dois anos depois.
Em
1959, finalmente obteve um assento no Parlamento britânico. Foi nomeada logo em
seguida ministra-júnior e, após a derrota dos conservadores em 1964, entrou
para o "shadow cabinet" (gabinete de oposição que monitora o trabalho
do governo).
Ganhando
proeminência no partido, Thatcher passou a fazer campanha vigorosa contra
impostos no governo trabalhista e a favor da construção de casas populares.
Quando
o conservador Ted Heath foi eleito premiê, em 1970, Thatcher foi promovida a
secretária da Educação e ordenada a reduzir os gastos da pasta. Um dos cortes
resultou no fim de uma campanha de leite gratuito nas escolas, o que gerou
fortes críticas dos trabalhistas e o apelido de "Margaret Thatcher, milk
snatcher" (algo como ladra de leite).
Ela
própria havia se oposto ao corte dos subsídios para a compra do leite. Depois
do episódio, escreveu: "Aprendi uma lição valiosa. Incorri no máximo de
ódio político (em troca) do mínimo de benefício político".
Primeira-ministra
O
governo Heath, afetado pela crise do petróleo de 1973, caiu no ano seguinte.
Crítica da condução da economia promovida pelo premiê, Thatcher disputou com
ele a liderança do partido em 1975 e, para surpresa geral, venceu. Tornou-se a
primeira mulher a liderar um partido de grande porte na Grã-Bretanha.
Margaret Thatcher, Líder da oposição, 18 de setembro de 1975
Logo
começou a deixar sua marca na política. Um discurso de 1976 contra as políticas
repressoras aplicadas na antiga União Soviética lhe rendeu o apelido de
"Dama de Ferro"- título que lhe agradava.
Quando
o premiê trabalhista Jim Callaghan recebeu um voto de desconfiança do
Parlamento, o Partido Conservador venceu as eleições gerais em 1979, e Thatcher
foi alçada ao poder.
Livre
mercado
Como
primeira-ministra, ela estava determinada a moralizar as finanças públicas, e
partiu para a redução do papel do Estado e o incentivo ao livre mercado.
O
controle da inflação era uma meta central do governo, que introduziu um corte
radical nos gastos e nos impostos. Privatizou empresas estatais, fomentou a
compra de casas populares e aprovou leis para coibir a militância sindical.
As
novas políticas monetárias fizeram do centro financeiro de Londres um dos mais
vibrantes e bem-sucedidos do mundo.
Em
busca de um país mais competitivo, antigas indústrias foram desativadas. O
desemprego cresceu. Apesar de pressão popular, Thatcher não cedia. Em uma
conferência partidária de 1980, ela declarou: "Aos que esperam por uma
guinada, só tenho uma coisa a dizer: dêem a guinada se quiserem. Essa dama não
volta atrás".
No
fim de 1981, sua taxa de aprovação havia caído para 25%, nível mais baixo
registrado para qualquer premiê até então. No ano seguinte, a economia iniciou
sua recuperação e, com isso, cresceu a popularidade de Thatcher.
Guerra
e terceiro mandato
A
aprovação deu um salto maior em abril, com sua guerra contra a Argentina pelas
ilhas Malvinas, vencida em 14 de junho. A vitória bélica, somada a desarranjos
no Partido Trabalhista, resultaram em nova vitória conservadora nas eleições de
1983. Nessa época, Thatcher enfrentou desafios na Irlanda do Norte, como greves
de fome de membros do IRA (Exército Republicano Irlandês), e manteve uma
abordagem linha-dura perante o grupo.
Em
outubro de 1984, o IRA detonou uma bomba numa conferência do Partido
Conservador em Brighton, deixando quatro mortos e dezenas de feridos.
Em
resposta, Thatcher declarou: "Este ataque falhou. Todas as tentativas de
destruir a democracia com terrorismo falharão".
Sua
política externa era focada em reconstruir laços externos da Grã-Bretanha. Teve
como parceiro o presidente americano Ronald Reagan, com quem compartilhava
opiniões semelhantes sobre a economia, e manteve uma aliança improvável com
Mikhail Gorbachev, presidente soviético reformista.
Ronald Reagan, Margaret Thatcher, Nancy Reagan e Denis Thatcher, em recepção na Casa Branca, em 1988.
Ante
a desestruturação do Partido Trabalhista, a premiê foi, de forma inédita,
eleita para um terceiro mandato em 1987.
Uma
de suas primeiras ações foi impor uma taxação sobre serviços públicos, que
despertou uma forte onda de protestos violentos no país e insatisfação dentro
do próprio Partido Conservador. Mas o que acabou levando a sua queda foi a
questão da unidade do continente europeu.
Após
um debatido simpósio sobre o euro ocorrido em Roma, Thatcher ela rechaçou a
possibilidade de aumento de poder da comunidade europeia. Após a saída de
importantes membros de seu gabinete e sob pressão do partido, a premiê disse se
sentir traída e anunciou sua renúncia em novembro de 1990. John Major foi
eleito para sucedê-la.
Títulos
de nobreza
·
·Lady Thatcher, MO, MP (4 de Fevereiro de 1991 -
16 de Março de 1992).
·Lady Thatcher, OM (16 de Março de 1992 - 26 de
Junho de 1992)
·A Baronesa Thatcher, MO, PC (26 de Junho de
1992 - 22 de Abril de 1995).
·A Baronesa Thatcher, LG, MO, PC (22 de Abril de
1995 - 08 de abril de 2013).
·Baronesa Thatcher de Kesteven, título
nobiliárquico de Baronesa, que em 1992, foi-lhe concedido pela Rainha Elizabeth
II dando-lhe um lugar na câmara dos Lordes.
Legado
Após
deixar o poder, ela recebeu o título de baronesa, escreveu dois livros de
memórias e se manteve ativa na política, fazendo campanha contra o Tratado de
Maastrich (que pavimentou terreno para a adoção do euro) e contra a política
sérvia de limpeza étnica na Bósnia.
Foi
forçada a reduzir sua atuação pública em 2001, quando sua saúde começou a se
deteriorar. Após sofrer uma série de pequenos derrames, seus médicos advertiram
contra aparições públicas, nas quais ela se revelava cada vez mais fragilizada.
Além disso, Thatcher sofria de problemas mentais, que afetavam sua memória de
curto prazo.
Em
2003, seu marido Denis morreu aos 88 anos de idade. "Ser primeira-ministra
é um trabalho solitário. (...) Mas com Denis ali eu nunca estava sozinha. Que
homem. Que marido. Que amigo", disse ela, na ocasião, em um discurso
emocionado.
Para
seus críticos, Thatcher foi uma política que colocou o livre mercado acima de
tudo. Foi acusada por muitos de deixar que parte da população pagasse o preço
por iniciativas que aumentavam o desemprego e geravam distúrbios sociais.
Para
seus simpatizantes, a ex-premiê reduziu o tamanho de um Estado inflado e a
influência dos sindicatos, além de restaurar a força britânica no mundo. Acima
de tudo, ela foi uma política de opiniões firmes. Sua crença de que não deveria
ceder em suas convicções mais enraizadas foi sua maior força e, ao mesmo tempo,
sua maior fraqueza, diziam muitos.
Sua
filosofia pode ser ilustrada por uma entrevista que deu em 1987. "Acho que
passamos por um momento em que muitas crianças e pessoas foram levadas a crer
que 'se tenho um problema, cabe ao governo lidar com ele'. 'Sou sem-teto, o
governo tem de me dar uma casa. Eles (as pessoas) jogam seus problemas sobre a
sociedade, e quem é a sociedade? Isso não existe! (...) É nosso dever cuidar de
nós mesmos e então ajudar a cuidar de nossos vizinhos. A vida é um negócio
recíproco, e as pessoas mantêm em mente os direitos, (mas) sem as
obrigações."
A
Torta de Banoffi do 'Monge Faminto' Original
Serve
8 a 10
Para a
massa:
255g de
farinha de trigo
28g de
açúcar de confeiteiro
130g
de manteiga
1 ovo
e 1 gema
Para o
creme Banoffi:
1 e 1/2
latas de leite condensado
5-6
bananas firmes, mas maduras
1 e 1/2
xícara de creme de leite fresco
1 colher
de chá de café solúvel instantâneo
1
colher de sopa de açúcar refinado
1
colher de chá de café moído na hora
Preparo: Para
a massa, coloque a farinha e o açúcar numa tigela, corte a manteiga em cubos e
a seguir esfregue a mistura até ficar com aspecto de migalhas de pão. Junte o
ovo na massa para formar a massa homogênea, não sove. Depois de tudo homogêneo,
cubra e leve à geladeira por meia hora. Pré-aqueça o forno a 200 graus. Quando
estiver pronto, unte levemente uma forma de torta de fundo solto de 10
polegadas x 1 1/2 polegadas de profundidade e forre com a massa bem enrolada.
Pique toda a base da massa com um garfo, forre com papel manteiga e coleque um
pesinho pra assar, pode ser aqueles feijões de cerâmica próprios para este fim,
ou mesmo feijão normal que você vai usar pra isso. Asse por 15 minutos e retire
o feijão e o papel. Coloque a forma de massa de volta no forno e cozinhe até
dourar por igual. Retire do forno e deixe esfriar. Para o creme: comece colocando as latas de leite condensado
pra cozinhar (40 minutos na panela de pressão, conte depois que começar a
chiar; ou, 3 horas e meia em panela grande coberta com água). Retire as latas
da água e deixe esfriar completamente antes de abrir. Quanto mais tempo eles
cozinham, mais escuro e mais espesso o toffee ficará. Para compor a torta, espalhe o toffee com
cuidado sobre a massa cozida e cubra com as bananas descascadas e fatiadas.
Bata o creme de leite com o açúcar e o café instantâneo, até obter uma consistência
espessa e homogénea. Para finalizar, coloque o creme de leite sobre as bananas,
até a borda da massa, em seguida, polvilhe levemente com café moído na hora e
decore com algumas fatias de banana por cima, antes de servir.
Banoffee
Pie II
Para a massa:
Biscoito maria, 400 g
Manteiga integral sem sal, 200 g
Para o recheio 1:
Doce de leite, 350 g (pode ser comprado pronto ou aquele cozido na
panela de pressão, o importante é que seja consistente)
Creme de leite fresco, 150 ml
Para o recheio 2:
Bananas nanicas maduras, 12 unidades
Manteiga integral, 2 colheres (sopa)
Para o recheio 3:
Chocolate meio amargo, 200 g
Creme de leite fresco, 150 ml
Para a cobertura:
Cream cheese, 300 g
Açúcar de confeiteiro, 60 g
Suco de limão, ½ colher (chá)
Creme de leite fresco, 250 g
Preparo: Passe o biscoito pelo processador
ou bata no liquidificador até virar uma farinha fina. Derreta a manteiga e
junte à essa farinha de biscoito. Depois, em uma fôrma de fundo removível,
disponha a mistura e aperte bem, formando uma camada de 1 cm de espessura. Leve
ao forno a 180ºC por 15 minutos. Recheio 1 - Bata o creme de leite em ponto de
chantili e misture delicadamente ao doce de leite. Reserve. Recheio 2 - Doure
rapidamente as bananas com a manteiga em uma frigideira. Reserve. Recheio 3 -
Primeiro aqueça o creme de leite. Em seguida, junte o chocolate ao creme de
leite aquecido e mexa até formar uma massa lisa e brilhante. Cobertura - Bata o
cream cheese com o açúcar e o suco de limão. Separadamente, bata o creme de
leite em ponto de chantili. Montagem da torta - Coloque uma fina camada de
ganache de chocolate sobre a massa. Adicione o doce de leite e cubra com as
bananas douradas. Finalize com a cobertura e leve à geladeira por 3 horas.
Decore com raspas de chocolate
Quando abril inicia,
o meu reloginho interno vai disparando, pois é o mês do meu aniversário – e
parece que o meu corpo e a minha mente sabem disso, ficam eufóricos e me
aprontam algumas surpresas... Sou um taurino quase que tradicional, não fosse
por já dominar algumas características que muitos estudiosos das ciências
holísticas dedicam a nós taurinos (como teimosia, ciúmes, por exemplo).
Porém uma
característica fundamental está, cada vez, mais enraizada, e duplamente
impregnada em mim; Sou touro com ascendente em Touro e Lua em Câncer (isso não
é uma informação muito adequada pra se colocar aqui, mas vem dela a inspiração
ao post de hoje), e essa mistureba toda só servem pra dizer que eu sou TODO DE
VÊNUS – indo e voltando. E as influências de Vênus são uma delícia! Isso não é
atoa... Se repararmos bem as origens para todo este simbolismo, vamos encontrar
muito amor, muita beleza, o pode de sedução, de atração, a lascívia, a luxúria
e mais algumas coisas que você quiser incluir como artifícios de vênus. E não
poderia deixar de esquecer os afrodisíacos, comentados como exóticos, e de
cunho puramente místico para resplandecer a sexualidade...
Abril é o quarto mês
do calendário gregoriano e tem 30 dias – disso todo mundo sabe. Mas o seu nome deriva do Latim Aprilis,
que significa abrir, numa referência à germinação das culturas. Outra hipótese
sugere que Abril seja derivado de Aprus, o nome etrusco de Vénus, deusa do amor
e da paixão. Outra versão é que se relaciona com Afrodite, nome grego da deusa
Vênus, que teria nascido de uma espuma do mar que, em grego antigo, se dizia
"abril".
O Nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli, 1485.
Afrodite, segundo
algumas versões de seu mito, teria nascido perto de Pafos, na ilha de Chipre,
motivo pelo qual ela é chamada de "Cípria", especialmente nas obras
poéticas de Safo. Seu principal centro de culto era exatamente em Pafos, onde
uma deusa do desejo havia sido cultuada desde o início da Idade do Ferro na
forma de Ishtar e Astarte. Outras versões do mito, no entanto, afirmam que a
deusa teria nascido próximo à ilha de Citera (atual Kythira), pelo qual também
recebia o nome de "Citereia". A ilha era um entreposto comercial e
cultural entre Creta e o Peloponeso, portanto estas histórias podem ter
preservado traços da migração do culto de Afrodite do Levante até a Grécia
continental.
Na versão mais famosa
do mito, seu nascimento teria sido a consequência de uma castração: Cronos
teria cortado os órgãos genitais de Urano e arremessado-os para trás, dentro no
mar. A espuma surgida da queda dos genitais na água, que alguns autores identificaram
com o esperma do deus morto, teria dado origem a Afrodite, enquanto as Erínias
teriam surgido a partir de suas gotas de sangue. Nas palavras de Hesíodo,
"o pênis (...) aí muito boiou na planície, ao redor branca espuma da
imortal carne ejaculava-se, dela uma virgem criou-se." Esta virgem se
tornou Afrodite, flutuando até as margens sobre uma concha de vieira. Esta
imagem, de uma "Vênus erguendo-se das águas do mar" (Vênus
Anadiômene), já totalmente madura, foi uma das representações mais icônicas de
Afrodite, celebrizada por uma pintura muito admirada de Apeles, já perdida,
porém descrita na História Natural de Plínio, o Velho.
Em outra versão de
sua origem, ela seria filha de Zeus e Dione, a deusa-mãe cujo oráculo
situava-se em Dodona. A própria Afrodite é por vezes referida comop
"Dione", que parece ter sido uma forma feminina de "Dios",
o genitivo de Zeus em grego, e poderia apenas significar "a deusa",
de maneira genérica. A própria Afrodite seria então uma equivalente de Réia, a
mãe-terra, e que Homero teria deslocado para o Olimpo. Alguns estudiosos
levantaram a hipótese de um panteão proto-indo-europeu, no qual a principal
divindade masculina (Di-) representaria o céu e o trovão, e a principal
divindade feminina (forma feminina de Di-) representaria a terra, ou o solo
fértil. Depois que o culto a Zeus tomou o lugar do oráculo situado no bosque de
carvalhos em Dodona, alguns poetas o teriam transformado em pai de Afrodite. Em
algumas versões do mito, Afrodite seria filha de Zeus e Talassa (o mar).
Após destronar
Cronos, Zeus ficou ressentido, pois, tão grande era o poder sedutor de Afrodite
que ele e os demais deuses estavam brigando o tempo todo pelos encantos dela,
enquanto esta os desprezava a todos, como se nada fosse. Como vingança e punição,
Zeus fê-la casar-se com Hefesto, (segundo Homero, Afrodite e Hefesto se amavam,
mas pela falta de atenção, Afrodite começou a trair o marido para melhor
valorizá-la) que usou toda sua perícia para cobri-la com as melhores jóias do
mundo, inclusive um cinto mágico do mais fino ouro, entrelaçado com filigranas
mágicas. Isso não foi muito sábio de sua parte, uma vez que quando Afrodite
usava esse cinto mágico, ninguém conseguia resistir a seus encantos.
O Casamento de Afrodite e Hefesto - Johann Georg Platzer.
Alguns de seus filhos
são Hermafrodito (com Hermes), Anteros (com Ares, a versão mais aceita ou com
Adônis, versão menos conhecida), Fobos, Deimos e Harmonia (com Ares), Himeneu,
(com Apolo),Príapo (com Dionísio), Eryx (com Posídon) e Eneias (com Anquises)
Os diversos filhos de
Afrodite mostram seu domínio sobre as mais diversas faces do amor e da paixão
humana.
Afrodite sempre amou
a alegria e o glamour, e nunca se satisfez em ser a esposa caseira do
trabalhador Hefesto. Afrodite amou e foi amada por muitos deuses e mortais.
Dentre seus amantes mortais, os mais famosos foram Anquises e Adônis, que
também era apaixonado por Perséfone, que aliás, era sua rival, tanto pela
disputa pelo amor de Adônis, tanto no que se diz respeito de beleza. Vale
destacar que a deusa do amor não admitia que nenhuma outra mulher tivesse uma
beleza comparável com a sua, punindo (somente) mortais que se atrevessem
comparar a beleza com a sua, ou, em certos casos, quem possuísse tal beleza.
Exemplos disso é Psiquê e Andrômeda.
Na mitologia grega,
Afrodite era acompanhada pelas Cárites, ou Graças como eram também conhecidas.
Seus nomes eram Aglae ("A Brilhante", "O Esplendor"), Tália
("A Verdejante") e Eufrosina ("Alegria da Alma").
Suas festas eram
chamadas de afrodisíacas e eram celebradas por toda a Grécia, especialmente em
Atenas e Corinto. Suas sacerdotisas representavam a deusa]. Seus símbolos
incluem a murta, o golfinho, o pombo, o cisne, a rosa, a romã e a limeira.
Entre seus protegidos contam-se os marinheiros e artesãos.
Com o passar do
tempo, e com a substituição da religiosidade matrifocal pela patriarcal,
Afrodite passou a ser vista como uma Deusa frívola e promíscua, como resultado
de sua sexualidade liberal. Parte dessa condenação a seu comportamento veio do
medo humano frente à natureza incontrolável dos aspectos regidos pela Deusa do
Amor.
No templo de Corinto,
praticava-se prostituição religiosa no templo da deusa. O sexo com as
prostitutas, geralmente escravas, era considerado um meio de adoração e contato
com a Deusa].
No final do século V
a.C., os filósofos passaram a considerar Afrodite como duas deusas distintas,
não individualizando seu culto: Afrodite Urânia, nascida da espuma do mar após
Cronos castrar seu pai Urano, e Afrodite Pandemos (ou Pandemia), a Afrodite
comum "de todos os povos", nascida de Zeus e Dione. Entre os
neoplatônicos e, eventualmente, seus intérpretes cristãos, a Afrodite Urânia é
vista como uma Afrodite celeste, representando o amor de corpo e alma, enquanto
a Afrodite Pandemos está associada com o amor puramente físico. A representação
da Afrodite Urânia, com um pé descansando sobre uma tartaruga, mais tarde foi
tida como a descrição emblemática do amor conjugal, a imagem é creditada a
Fídias, em uma escultura criselefantina feita para Elis, numa única citação de
Pausânias.
Assim, de acordo com o
personagem Pausânias no Banquete de Platão, Afrodite são duas deusas, uma mais
velha a outra mais jovem. A mais velha, Urânia, é a "celeste" filha
de Urano, e inspira o amor/Eros homossexual masculino (e, mais especificamente,
os efebos), a jovem é chamada Pandemos, é a filha de Zeus e Dione, e dela emana
todo o amor às mulheres. Pandemos é a Afrodite comum. O discurso de Pausânias
distingue duas manifestações de Afrodite, representadas pelas duas histórias:
Afrodite Urânia (Afrodite "celestial"), e Afrodite Pandemos (Afrodite
"Comum").
Alimentos afrodisíacos
O termo afrodisíaco
tem origem no grego aphrodisiakós, relativo ou pertencente à afrodisia, que
restaura as forças geradoras, ou excita os apetites carnais. E, levando em
consideração a leitura anterior advinda
da mitologia, verificamos que existiu uma deusa que provocava este
apetite nos homens, Afrodite. Quando entendemos que os elementos afrodisíacos
restauram as forças geradoras, voltamos ao que já aprendemos sobre elementos
que possuem mais ou menos energia. Os que possuem mais, produzem a fraqueza ou
a sonolência, os que possuem menos, produzem a força. Isso quer dizer que, os alimentos que possuem
mais energia em seus elementos, não são bons para quem quer ter um bom
desempenho sexual. Já os que possuem menos energia em seu interior, tornam o
sujeito pau para toda a obra.
Ao longo de toda a
história da humanidade os indivíduos estiveram preocupados com o declínio da
função sexual em consequência do processo de envelhecimento. Eles sempre procuraram
em diversos produtos da natureza um “elixir da juventude” capaz de restabelecer
o vigor dos impulsos sexuais. Esses produtos são conhecidos como
“afrodisíacos”, que são substâncias utilizadas com o objetivo de aumentar o
desejo e a capacidade de manter relações sexuais.
O Antigo Testamento,
por exemplo, relata que Raquel serviu-se da planta mandrágora para facilitar
uma gravidez. Os antigos hebreus acreditavam que o suco das raízes e dos frutos
dessa erva tinha o poder de provocar excitação sexual e facilitar a concepção.
Cientificamente conhecida como Mandragora officiarum, a mandrágora pertence à
família das Solanáceas, que inclui outras espécies, como a batata, o tabaco, o
tomate, o pimentão e vários tipos de pimenta. Dentre as substâncias ativas existentes
na mandrágora, destacam-se a atropina e a escopolamina. Elas têm grande emprego
medicinal, mas não propriamente com finalidades afrodisíacas.
Mandragora officiarum
A atropina é
utilizada para aliviar cólicas intestinais ou biliares e diminuir as secreções
dos aparelhos digestivo e respiratório. A escopolamina tem basicamente os
mesmos efeitos da atropina, mas difere desta pela sua ação sobre o sistema
nervoso central. Enquanto a atropina provoca, em doses elevadas, agitação,
nervosismo e, às vezes, alucinações e delírios, a escopolamina atua como
depressor, causando cansaço e sonolência.
Cientificamente
apenas se conseguiu comprovar que os extratos das raízes da mandrágora causam
sonolência. Assim, caso se atribua algum efeito afrodisíaco a essa planta, ele
se manifestaria de maneira indireta. Em outras palavras, o homem teria à sua
disposição uma parceira sexual devidamente entorpecida pela substância ativa da
mandrágora. Dessa maneira, ela se tornaria mais dócil e submissa.
A crença na eficácia
da mandrágora como afrodisíaco não ia além da forma de sua raiz, semelhante a
um pênis ereto. Segundo o imaginário humano, os efeitos medicinais de uma
planta estavam relacionados com a semelhança entre suas formas e os órgãos do
corpo humano. Existe em diversas culturas humanas um conjunto de associações
simbólicas entre elementos da natureza e suas funcionalidades.
Poucas substâncias
usadas como afrodisíacos provocam efetivo aumento do interesse sexual. As
demais atuam exclusivamente por sugestionamento. Ou seja, quem as toma se
convence a tal ponto da eficácia desses preparados que acredita realmente
“sentir” seus efeitos. Tais pessoas não se dão conta de que, melhor do que
qualquer recurso artificial, elas possuem dotes naturais capazes de
proporcionar maior estímulo sexual: a imaginação e a fantasia.
Os alimentos que são
considerados afrodisíacos podem ser divididos em três grupos: os mitológicos e
exóticos, os estimulantes que são quimicamente comprovados e os que se associam
ao sexo por seu formato. Os primeiros são aqueles que derivam de lendas, como o
mel, que era conhecido como o néctar de Afrodite ou “manjar dos deuses”.
Na Grécia, era muito
usado em celebrações de casamento: a noiva consumia uma colher de mel, pois
eles acreditavam que dessa forma só sairiam palavras doces de sua boca. Vem daí
a origem do termo “lua-de-mel”. Entretanto, o mel também está na segunda
categoria, graças à presença de vitaminas B e C e de minerais do pólen das
flores, que podem estimular a produção de hormônios sexuais.
Ainda na Grécia, o
culto a deuses como Afrodite, tornava permitido às pessoas cederem aos prazeres
do sexo. Eles costumavam realizar orgias em que o orgasmo era buscado em sua
totalidade, com o uso de poções afrodisíacas para este fim. Alimentos como
cebolas, trufas, peixes eram consumidos por homens e mulheres para estimular o
apetite sexual. Perfumes, como o da violeta, eram passados nas zonas erógenas
das cortesãs para que os homens aumentassem seu desejo sexual.
Os romanos também tinham
suas receitas afrodisíacas, utilizando vísceras de animais para este fim. A
diferença é que além de alimentos, eles tinham um apelo visual forte para
estimular a sexualidade. Utilizavam aromas e flores para enfeitar os quartos,
presenciavam cenas eróticas ao vivo em peças teatrais, o que é um grande
estímulo, levando, consequentemente, ao aumento do desejo sexual.
O cristianismo trouxe
a culpa e o pecado. O sexo já não era mais para o prazer, mas para a
procriação. Estimular a sexualidade não era mais considerado um ritual
religioso, pelo contrário, era mundano e proibido. Afrodisíacos eram
considerados produtos mágicos, oriundos de bruxas e magos que trabalhavam
contra a virtude.
Mas nem com todo este
discurso os afrodisíacos foram esquecidos. Propriedades afrodisíacas ainda eram
encontradas em alimentos e plantas, e a curiosidade permanecia grande. Era
muito comum que a alimentos de origem exótica fosse creditada a propriedade de
estimular a libido sexual. Ingleses, franceses, e outros povos de todos os
continentes, tratavam de melhorar seu desempenho sexual com estas descobertas.
Para facilitar melhor
a compreensão do que pode ou não ser um
afrodisíaco, muitos estudiosos se
debruçam até hoje para definir alimentos que possuem mais ou menos energia em
relação ao homem. A conclusão mais generalista que chegaram sobre este assunto
foi de que normalmente os elementos com muita caloria, possuem menos energia e
os que possuem baixa caloria possuem mais energia. Assim, entre o doce e o
salgado, por exemplo, você mesmo definirá a diferença. Abaixo segue a
característica geral dos alimentos que possuem pouca quantidade de energia e
assim são fontes de geração de força:
• As raízes (ex.: alho, cebola, mandioca,
cenoura, beterraba, etc..).
• As plantas rasteiras de folhas finas ou
pequenas (ex.: cebolinha.).
• As frutas rasteiras que possuem muitos caroços
espalhados (ex.: melancia).
• As frutas aéreas que possuem muitos caroços
espalhados (ex.: limão e laranja).
• A gordura animal ou vegetal.
• Carne de aves em sua maioria.
• Carne de peixe de escama.
• Cartilagem de peixe.
Para diferenciar veja
agora alguns alimentos que normalmente possuem muita energia em suas células:
• As plantas rasteiras de folhas grandes (ex.:
alface e couve).
• As frutas rasteiras com um caroço ou vários no
lugar de um (ex.: melão.).
• As frutas aéreas com um só caroço ou vários no
lugar de um (ex.: abacate).
• Carne de peixe de pele.
• Leite desnatado.
• Açúcar.
Nas duas definições
acima podemos definir os exemplos práticos:
• Normalmente para os homens com pouca potência
sexual são receitadas raízes.
• Para mulheres fracas após o parto são
receitadas aves.
• Para pessoas doentes de várias doenças são
receitados chás de algum capim.
Aspargos
Estes talos são um
triunfo afrodisíaco. Receberam o estado de afrodisíaco pela primeira vez na
Doutrina de Firmas (também conhecida como Lei dos Parecidos) no século XVI. A
teoria diz que se uma coisa se parece com a outra, vai melhorar ou ajudar
aquilo que se parece com ela. Ou seja, se a comida parece sexual, então vai
ajudar a melhorar o sexo.
Os aspargos são ricos
em potássio, fósforo, cálcio e vitamina E. "Para os casais que têm fome de
amor, os aspargos são uma energia adicional, mantêm o sistema urinário e rins
em bom funcionamento, e são uma dose natural de "vitamina do sexo"
necessária para aumentar a produção de hormônios.
Massa
com Aspargos e Parma
Ingredientes
500g de espaguete ou capelini
2 colheres de sopa de azeite de oliva
2 dentes de alho
1 cebola pequena fatiada
150g de presunto de parma, cortado em tiras
400g de aspargos, aparados e cortados em
pedaços 2cm.
1 1/4 xícaras de creme de leite fresco
1/3 xícara de queijo parmesão ralado
sal e pimenta
Preparo: Cozinhe a massa
conforme as instruções do pacote. Enquanto isso, aqueça o óleo em uma
frigideira grande em fogo médio. Refogue a cebola e o alho por uns 5-7 minutos.
Adicione o presunto de parma e os aspargos até que estes fiquem verdes e
brilhantes, cerca de 3 minutos. Depois adicione o creme de leite, 1/3 xícara de
queijo, sal e pimenta. Reduza o fogo para ferver e cozinhe até que o molho
tenha engrossado, cerca de 4 minutos. Despeje o molho sobre o macarrão pronto e
misture bem. Sirva com o restante do queijo parmesão.
Aspargos
Grelhados com Presunto Parma
ingredientes
Aspargos frescos (4 unidades)
Azeite
Sal
Pimenta moída
Presunto Parma (4 fatias)
Pão Italiano
Preparo: Pegue 4 aspargos. Segure
cada um pela base, entorte, ele vai se quebrar em algum lugar perto de onde
você está segurando, é a parte dura, que deve ser jogada fora. Feito isso, é
hora de descascá-los. Se tiver um descascador de legumes use, senão apare com
uma faca tomando cuidado. Você vai chegar ao “miolo” do aspargo que tem cor
verde bem claro. Tempere-os com azeite, sal e pimenta. Reserve. Aqueça uma
frigideira ou grelha e coloque os aspargos para grelhar (1 minuto e meio de
cada lado). Pegue 2 fatias de presunto Parma e enrole dois aspargos juntos, sem
cobrir até a ponta. Corte algumas fatias de pão italiano. Delicie-se.