Eu acordei com uma chuva que tinha a cara de Londres! Acho que a chuva queria me dizer algo – que só entendi quando liguei o notebook e li que a Dama de Ferro havia falecido esta manhã. Sei que tem muita gente por aí que não ia muito com a cara dela – nem com as atitudes que ela tomou num passado não tão distante. Mas eu acredito que, de alguma forma, ela melhorou alguns pontos na Inglaterra... Assim sendo, o post de hoje vem trazendo a receita do doce preferido da baronesa Thatcher – sim, ela tinha títulos de nobreza.
A
invenção da torta é reivindicada por Nigel Mackenzie e Ian Dowding,
respectivamente o proprietário e o chef do Restaurante The Hungry Monk (O Monge
faminto) em Jevington, East Sussex, Inglaterra: eles afirmam ter desenvolvido a
sobremesa em 1971, alterando uma receita americana pouco confiável para
"Torta de Caramelo de Café Blum" (Blum's Coffee Toffee Pie) com um
caramelo macio feito com uma delícia que nós brasileiros amamos – o doce de
leite feito com uma lata fechada de leite condensado cozido por horas, ou como
nós fazemos, cozido na panela de pressão. O Nome da sobremesa oi derivado da junção de banana com toffee.
Nigel Mackenzie
Ian Dowding
Depois
de vários testes e alterações, incluindo a adição de maçã ou tangerina,
Mackenzie sugeriu banana. Foi quando Dowding percebeu, fazendo o teste, que
imediatamente sabiam que tinham acertado na escolha. Mackenzie sugeriu o nome
"Banoffi Pie", e o prato se tornou tão popular entre seus clientes
que eles não conseguiram retirá-lo do menu do The Hungry Monk.
A
receita, entretanto, foi publicada em Os segredos mais profundos do monge
faminto (The Deeper Secrets of the Hungry Monk), em 1974, com reimpressão no
livro de receitas de 1997, In Heaven with The Hungry Monk (No céu com o monge
faminto). Dowding já havia confessado seus "ódios” por massas feitas com
biscoitos triturados e recheadas com cremes horríveis vendidos em aerossóis.
O livro The Celebrity Cookbook: Kitchen Secrets of the Rich and Famous; Brooks, Marla (1993), aponta que essa era a sobremesa favorita de Margaret Thatcher, consumida por ela muitas vezes.
A
receita era tão boa que foi adotada por muitos outros restaurantes em todo o
mundo. Em 1984, vários supermercados começaram a vendê-la como uma “Torta
Americana”, levando Nigel Mackenzie a oferecer um prêmio de £ 10.000 a qualquer
um que pudesse contestar sua afirmação de serem os inventores ingleses os
criadores da torta.
Um
fato interessante, é que a palavra "Banoffee" entrou na língua
inglesa e passou a ser usada para descrever qualquer alimento ou produto com
gosto ou cheiro de banana e toffee. Isso justifica as apropriações e receitas
diferentes da original que são, inclusive, apresentadas no Brasil como
Banoffee.
Outro
fato, e que deixaria os autores se revirando, é que uma receita para a torta,
usando uma base de biscoitos triturados é frequentemente impressa em latas de
leite condensado da Nestlé, embora essa receita exija que o conteúdo da lata
seja fervido com manteiga e açúcar adicionais em vez de ferver a lata fechada -
provavelmente por razões de segurança – ou medo de cozinheiros sem técnica
suficiente para preparar com os devidos cuidados uma banoffee original.
Mai sobre Margaret Thatcher?
A
ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher morreu na manhã desta
segunda-feira em Londres, aos 87 anos, após sofrer um derrame. Thatcher foi a
primeira mulher a ocupar o posto de primeiro-ministro no país, e permaneceu no
cargo de 1979 a 1990, pelo Partido Conservador.
"É
com grande tristeza que Mark e Carol Thatcher anunciam que sua mãe, a baronesa
Thatcher, morreu pacificamente após um derrame nesta manhã", disse o
porta-voz da ex-premiê, Lord Bell.
Thatcher
foi uma das mais influentes figuras públicas do século 20. Seu legado teve um
efeito profundo nas políticas de seus sucessores, tanto conservadores como
trabalhistas, enquanto seu estilo considerado radical e agressivo definiu seus
11 anos no comando da Grã-Bretanha.
Durante
seu governo conservador, milhares de britânicos conseguiram comprar casas
populares e ações de empresas recém-privatizadas nas áreas de energia e
telecomunicação. Mas sua rejeição à chamada "política de consenso"
fez dela uma figura desagregadora, e a oposição ao seu governo culminou com
rebeliões nas ruas e dentro de seu próprio partido.
Margaret
Hilda Thatcher nasceu em 13 de outubro de 1925 no condado de Lincolnshire,
filha de um dono de mercearia, que era pregador metodista e político local. Ele
teve enorme influência na vida da filha - bem como nas políticas que ela
adotou. "Devo quase tudo a meu pai, de verdade", ela diria mais
tarde. Thatcher estudou Química em Oxford, com o auxílio de uma bolsa de
estudos, e se tornou a terceira mulher a presidir a Associação Conservadora da
universidade.
Jovem candidata
Depois de se formar, trabalhou para uma empresa de produtos plásticos e se envolveu em um grupo político conservador, até que, a partir de 1949, começou a concorrer a cargos no governo local em Kent. Mesmo sem vencer, ela atraiu atenção da imprensa por ser a mais jovem candidata eleitoral conservadora da História. Em 1951, ela se casou com o empresário divorciado Denis Thatcher, com quem teve os gêmeos Mark e Carol, dois anos depois.
Em
1959, finalmente obteve um assento no Parlamento britânico. Foi nomeada logo em
seguida ministra-júnior e, após a derrota dos conservadores em 1964, entrou
para o "shadow cabinet" (gabinete de oposição que monitora o trabalho
do governo).
Ganhando
proeminência no partido, Thatcher passou a fazer campanha vigorosa contra
impostos no governo trabalhista e a favor da construção de casas populares.
Quando
o conservador Ted Heath foi eleito premiê, em 1970, Thatcher foi promovida a
secretária da Educação e ordenada a reduzir os gastos da pasta. Um dos cortes
resultou no fim de uma campanha de leite gratuito nas escolas, o que gerou
fortes críticas dos trabalhistas e o apelido de "Margaret Thatcher, milk
snatcher" (algo como ladra de leite).
Ela
própria havia se oposto ao corte dos subsídios para a compra do leite. Depois
do episódio, escreveu: "Aprendi uma lição valiosa. Incorri no máximo de
ódio político (em troca) do mínimo de benefício político".
Primeira-ministra
O
governo Heath, afetado pela crise do petróleo de 1973, caiu no ano seguinte.
Crítica da condução da economia promovida pelo premiê, Thatcher disputou com
ele a liderança do partido em 1975 e, para surpresa geral, venceu. Tornou-se a
primeira mulher a liderar um partido de grande porte na Grã-Bretanha.
Margaret Thatcher, Líder da oposição, 18 de setembro de 1975 |
Logo
começou a deixar sua marca na política. Um discurso de 1976 contra as políticas
repressoras aplicadas na antiga União Soviética lhe rendeu o apelido de
"Dama de Ferro"- título que lhe agradava.
Quando o premiê trabalhista Jim Callaghan recebeu um voto de desconfiança do Parlamento, o Partido Conservador venceu as eleições gerais em 1979, e Thatcher foi alçada ao poder.
Livre mercado
Como
primeira-ministra, ela estava determinada a moralizar as finanças públicas, e
partiu para a redução do papel do Estado e o incentivo ao livre mercado.
O
controle da inflação era uma meta central do governo, que introduziu um corte
radical nos gastos e nos impostos. Privatizou empresas estatais, fomentou a
compra de casas populares e aprovou leis para coibir a militância sindical.
As
novas políticas monetárias fizeram do centro financeiro de Londres um dos mais
vibrantes e bem-sucedidos do mundo.
Em
busca de um país mais competitivo, antigas indústrias foram desativadas. O
desemprego cresceu. Apesar de pressão popular, Thatcher não cedia. Em uma
conferência partidária de 1980, ela declarou: "Aos que esperam por uma
guinada, só tenho uma coisa a dizer: dêem a guinada se quiserem. Essa dama não
volta atrás".
No fim de 1981, sua taxa de aprovação havia caído para 25%, nível mais baixo registrado para qualquer premiê até então. No ano seguinte, a economia iniciou sua recuperação e, com isso, cresceu a popularidade de Thatcher.
Guerra e terceiro mandato
A
aprovação deu um salto maior em abril, com sua guerra contra a Argentina pelas
ilhas Malvinas, vencida em 14 de junho. A vitória bélica, somada a desarranjos
no Partido Trabalhista, resultaram em nova vitória conservadora nas eleições de
1983. Nessa época, Thatcher enfrentou desafios na Irlanda do Norte, como greves
de fome de membros do IRA (Exército Republicano Irlandês), e manteve uma
abordagem linha-dura perante o grupo.
Em
outubro de 1984, o IRA detonou uma bomba numa conferência do Partido
Conservador em Brighton, deixando quatro mortos e dezenas de feridos.
Em
resposta, Thatcher declarou: "Este ataque falhou. Todas as tentativas de
destruir a democracia com terrorismo falharão".
Sua
política externa era focada em reconstruir laços externos da Grã-Bretanha. Teve
como parceiro o presidente americano Ronald Reagan, com quem compartilhava
opiniões semelhantes sobre a economia, e manteve uma aliança improvável com
Mikhail Gorbachev, presidente soviético reformista.
Ronald Reagan, Margaret Thatcher, Nancy Reagan e Denis Thatcher, em recepção na Casa Branca, em 1988. |
Ante
a desestruturação do Partido Trabalhista, a premiê foi, de forma inédita,
eleita para um terceiro mandato em 1987.
Uma
de suas primeiras ações foi impor uma taxação sobre serviços públicos, que
despertou uma forte onda de protestos violentos no país e insatisfação dentro
do próprio Partido Conservador. Mas o que acabou levando a sua queda foi a
questão da unidade do continente europeu.
Após
um debatido simpósio sobre o euro ocorrido em Roma, Thatcher ela rechaçou a
possibilidade de aumento de poder da comunidade europeia. Após a saída de
importantes membros de seu gabinete e sob pressão do partido, a premiê disse se
sentir traída e anunciou sua renúncia em novembro de 1990. John Major foi
eleito para sucedê-la.
Títulos de nobreza
·
Lady Thatcher, MO, MP (4 de Fevereiro de 1991 -
16 de Março de 1992).
·
Lady Thatcher, OM (16 de Março de 1992 - 26 de
Junho de 1992)
·
A Baronesa Thatcher, MO, PC (26 de Junho de
1992 - 22 de Abril de 1995).
·
A Baronesa Thatcher, LG, MO, PC (22 de Abril de
1995 - 08 de abril de 2013).
· Baronesa Thatcher de Kesteven, título nobiliárquico de Baronesa, que em 1992, foi-lhe concedido pela Rainha Elizabeth II dando-lhe um lugar na câmara dos Lordes.
Legado
Após
deixar o poder, ela recebeu o título de baronesa, escreveu dois livros de
memórias e se manteve ativa na política, fazendo campanha contra o Tratado de
Maastrich (que pavimentou terreno para a adoção do euro) e contra a política
sérvia de limpeza étnica na Bósnia.
Foi forçada a reduzir sua atuação pública em 2001, quando sua saúde começou a se deteriorar. Após sofrer uma série de pequenos derrames, seus médicos advertiram contra aparições públicas, nas quais ela se revelava cada vez mais fragilizada. Além disso, Thatcher sofria de problemas mentais, que afetavam sua memória de curto prazo.
Em
2003, seu marido Denis morreu aos 88 anos de idade. "Ser primeira-ministra
é um trabalho solitário. (...) Mas com Denis ali eu nunca estava sozinha. Que
homem. Que marido. Que amigo", disse ela, na ocasião, em um discurso
emocionado.
Para
seus críticos, Thatcher foi uma política que colocou o livre mercado acima de
tudo. Foi acusada por muitos de deixar que parte da população pagasse o preço
por iniciativas que aumentavam o desemprego e geravam distúrbios sociais.
Para
seus simpatizantes, a ex-premiê reduziu o tamanho de um Estado inflado e a
influência dos sindicatos, além de restaurar a força britânica no mundo. Acima
de tudo, ela foi uma política de opiniões firmes. Sua crença de que não deveria
ceder em suas convicções mais enraizadas foi sua maior força e, ao mesmo tempo,
sua maior fraqueza, diziam muitos.
Sua filosofia pode ser ilustrada por uma entrevista que deu em 1987. "Acho que passamos por um momento em que muitas crianças e pessoas foram levadas a crer que 'se tenho um problema, cabe ao governo lidar com ele'. 'Sou sem-teto, o governo tem de me dar uma casa. Eles (as pessoas) jogam seus problemas sobre a sociedade, e quem é a sociedade? Isso não existe! (...) É nosso dever cuidar de nós mesmos e então ajudar a cuidar de nossos vizinhos. A vida é um negócio recíproco, e as pessoas mantêm em mente os direitos, (mas) sem as obrigações."
A
Torta de Banoffi do 'Monge Faminto' Original
Serve 8 a 10
Para a massa:
255g de
farinha de trigo
28g de
açúcar de confeiteiro
130g
de manteiga
1 ovo
e 1 gema
Para o
creme Banoffi:
1 e 1/2
latas de leite condensado
5-6
bananas firmes, mas maduras
1 e 1/2
xícara de creme de leite fresco
1 colher
de chá de café solúvel instantâneo
1
colher de sopa de açúcar refinado
1 colher de chá de café moído na hora
Preparo: Para
a massa, coloque a farinha e o açúcar numa tigela, corte a manteiga em cubos e
a seguir esfregue a mistura até ficar com aspecto de migalhas de pão. Junte o
ovo na massa para formar a massa homogênea, não sove. Depois de tudo homogêneo,
cubra e leve à geladeira por meia hora. Pré-aqueça o forno a 200 graus. Quando
estiver pronto, unte levemente uma forma de torta de fundo solto de 10
polegadas x 1 1/2 polegadas de profundidade e forre com a massa bem enrolada.
Pique toda a base da massa com um garfo, forre com papel manteiga e coleque um
pesinho pra assar, pode ser aqueles feijões de cerâmica próprios para este fim,
ou mesmo feijão normal que você vai usar pra isso. Asse por 15 minutos e retire
o feijão e o papel. Coloque a forma de massa de volta no forno e cozinhe até
dourar por igual. Retire do forno e deixe esfriar. Para o creme: comece colocando as latas de leite condensado
pra cozinhar (40 minutos na panela de pressão, conte depois que começar a
chiar; ou, 3 horas e meia em panela grande coberta com água). Retire as latas
da água e deixe esfriar completamente antes de abrir. Quanto mais tempo eles
cozinham, mais escuro e mais espesso o toffee ficará. Para compor a torta, espalhe o toffee com
cuidado sobre a massa cozida e cubra com as bananas descascadas e fatiadas.
Bata o creme de leite com o açúcar e o café instantâneo, até obter uma consistência
espessa e homogénea. Para finalizar, coloque o creme de leite sobre as bananas,
até a borda da massa, em seguida, polvilhe levemente com café moído na hora e
decore com algumas fatias de banana por cima, antes de servir.
Para a massa:
Biscoito maria, 400 g
Manteiga integral sem sal, 200 g
Para o recheio 1:
Doce de leite, 350 g (pode ser comprado pronto ou aquele cozido na
panela de pressão, o importante é que seja consistente)
Creme de leite fresco, 150 ml
Para o recheio 2:
Bananas nanicas maduras, 12 unidades
Manteiga integral, 2 colheres (sopa)
Para o recheio 3:
Chocolate meio amargo, 200 g
Creme de leite fresco, 150 ml
Para a cobertura:
Cream cheese, 300 g
Açúcar de confeiteiro, 60 g
Suco de limão, ½ colher (chá)
Creme de leite fresco, 250 g
Preparo: Passe o biscoito pelo processador
ou bata no liquidificador até virar uma farinha fina. Derreta a manteiga e
junte à essa farinha de biscoito. Depois, em uma fôrma de fundo removível,
disponha a mistura e aperte bem, formando uma camada de 1 cm de espessura. Leve
ao forno a 180ºC por 15 minutos. Recheio 1 - Bata o creme de leite em ponto de
chantili e misture delicadamente ao doce de leite. Reserve. Recheio 2 - Doure
rapidamente as bananas com a manteiga em uma frigideira. Reserve. Recheio 3 -
Primeiro aqueça o creme de leite. Em seguida, junte o chocolate ao creme de
leite aquecido e mexa até formar uma massa lisa e brilhante. Cobertura - Bata o
cream cheese com o açúcar e o suco de limão. Separadamente, bata o creme de
leite em ponto de chantili. Montagem da torta - Coloque uma fina camada de
ganache de chocolate sobre a massa. Adicione o doce de leite e cubra com as
bananas douradas. Finalize com a cobertura e leve à geladeira por 3 horas.
Decore com raspas de chocolate
sem palavras maravilhosa fina eu quero
ResponderExcluirlinda e maravilhosa eu quero
ResponderExcluirAdorava essa mulher. Um espetáculo
ResponderExcluir