A presença de anjos e
demônios nas sociedades está presente em todos os âmbitos – inclusive na
cozinha. A prova disto são as preparações das quais trataremos hoje: Angels on Horseback e Devils on Horseback.
Embora angels on
horseback seja um parto de origem inglesa, o nome pelo qual ele é mais conhecidos
mais vem em francês “anges à cheval”. A aparecimento deste prato na literatura,
confirmada pelo Oxford English Dictionary, e por outras fontes, é em 1888, no
livro Mrs Beeton's Book of Household
Management. No entanto, há uma referência em um jornal australiano, que inclui
uma receita rápida, a partir de 1882.
"Queer Name for a Dish". Maitland Mercury: p. 8. 1882-06-08. |
Uma das primeiras
referências em um jornal norte-americano é um artigo de 1896 do New York Times,
onde o prato é sugerido como um aperitivo, e de acordo com o New York Times, o
prato deve ser creditado ao Urbain Dubois, chef do imperador alemão. Nesta
versão, são espetinhos, polvilhada com um pouco de pimenta caiena, e assado, e,
em seguida, servido com limão e salsa (sem brinde). Leia o texto aqui.
Curiosamente, na
década de 1930, os anjos a cavalo são sugeridos, por exemplo, como parte do
menu de piquenique, e em 1948 novamente como um aperitivo. Na década de 1950, umas séries de artigos
aparecem em jornais americanos cujos próprios títulos sugerem que o prato é
pouco conhecido:
For Oyster Treat, Try Angels on Horseback: They're Delectable Appetizer
Sunday Menu Leia aqui
Angels on Horseback, English Monkey? Those Are Recipes! Leia aqui
These Angels on Horseback Are Oysters Leia aqui
Esse hors d'oeuvre (aperitivo) da era
vitoriana praticamente encontra-se desaparecido das mesas nas ultimas décadas.
E quando ao nome que levam não se sabe muita coisa sobre eles. Alguns dizem que
a principal razão para isso é que as ostras antigamente eram então o alimento
de homens pobres e agora elas são uma iguaria – por este motivo não se
importaram e deixar claro o porquê do termo. É estranho pensar que esse era o
jantar da classe trabalhadora na era vitoriana, em vez de estar nas mesas das
classes médias e superiores. Mas naturalmente, essa situação se inverte pelo
tempo no limiar do século 20. E se você nunca experimentou ostras antes, esta é
uma boa maneira de introduzir-se a elas.
Um anjo a cavalo nada mais é do que
simplesmente uma ostra envolta em bacon para, em seguida, serem grelhados. E um
demônio a cavalo é uma ameixa enxertada com pedaços de bacon e tratada da mesma
maneira. A referência aos diabos a cavalo, já vierem depois que os anjos a
cavalo chegaram a solo americano. A referência ao diabo viria do calor criado
pelo molho tabasco quando quente.
O aspecto mais intrigante de fazer tanto
"Angels on Horseback" e "Devils on Horseback", ao mesmo
tempo é que ambos os pratos parecem idênticos quando bem enrolados e grelhados.
Não se sabe se se trata de um anjo ou um diabo, até a primeira mordida. Nesse
ponto, a verdadeira identidade é revelada.
Devils on Horseback |
Os anjos a cavalo alcançaram certa popularidade na década de 1960 em Washington, DC; quando Evangeline Bruce, esposa do embaixador David K.E. Bruce e famoso por seus "saraus em Washington", serviu-lhes essas preparações regularmente durante a administração Kennedy - mas até lá, o nome em si não era comum, como sugerido pelas palavras do colunista Liz Smith : "Às vezes, as ostras eram cruas, às vezes eles eram grelhados e envoltas em bacon. Então a Sra. Bruce chamava-as de Anjos a cavalo."
No final dos anos
1980, o Chicago Tribune chama o prato "intrigante", sugerindo o prato
ainda não havia se tornado comum nos Estados Unidos.
Confesso que os anjos
a cavalo são deliciosos. Mas não custa preparar um pouco dos demônios a cavalo.
Porque para mim eles são ficam melhores quando acompanhados um do outro.
As melhores ostras
para preparar os anjos são as grandes, encontradas no Pacífico - especialmente
se você pode obtê-las ainda na concha. Mas se não for possível, não tem
problema. Quantos as ameixas, as melhore são as 'gigantes', com mais polpa.
Anjos à cavalo |
Podemos encontrar
muitas receitas elaboradas para preparar essas iguarias, principalmente os
anjos a cavalo. Mas essas receitas ficam melhores quando preparadas de forma
simples, como na época em que foram desenvolvidas – o segredo só é ter as
matérias-primas de boa qualidade e as deixar falarem por si, conversando e
surpreendendo seu paladar.
Você pode fazer essas
deliciosas em tamanhos de petiscos,
sendo acompanhadas com fatias de pão torrados com manteiga aromatizada e um bom
vinho
Anjos a
cavalo (Angels on Horseback)
12 ostras grandes
Pimenta caiena
molho Tabasco
6 fatias (do tipo tiras) de bacon defumado
cortado ao meio
Preparo: Primeiro, deixe de
molho as ostras em um pouco de água com molho tabasco e ligue o seu forno para
que ele fique quente (Caso queira pode ser preparada no grill ou na
churrasqueira).
Tempere as ostras com um pouco de pimenta caiena, Em seguida enrole-as com um pedaço de bacon, prendendo-as com um palito. Coloque-as em uma assadeira e grelhe até que o bacon ficar crocante e as ostras ficarem macias. Sirva imediatamente.
Tempere as ostras com um pouco de pimenta caiena, Em seguida enrole-as com um pedaço de bacon, prendendo-as com um palito. Coloque-as em uma assadeira e grelhe até que o bacon ficar crocante e as ostras ficarem macias. Sirva imediatamente.
Diabos
a cavalo (Devils on Horseback)
12 ameixas secas grandes (ou 24 pequenas)
½ copo de vinho branco
12 Palitos
12 fatias finas de assado (o que você
preferir)
Molho tabasco
Amêndoas torradas
6 fatias de bacon defumado e cortado ao meio
Preparo: Cubra as ameixas com
o vinho branco quente e sobre elas despeje o molho tabasco á gosto (deixar bem
picante é o ideal) e deixe hidratar por 30 minutos. Remover os caroços e em seu
lugar colocar uma amêndoa torrada. Se você estiver usando ameixas pequenas,
faça um sanduíche com duas ameixas e uma amêndoa entre as duas. Em seguida
enrolar com uma fatia de assado, enrolar um pedaço do bacon, prender com um
palito e levar ao forno ate o bacon ficar crocante. DICA: se preferir, pode ser
feita apenas com o bacon – sem as fatias
de assado.
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