Estava aqui vendo
umas reportagens na televisão sobre comida gourmet de rua... estão dizendo agora
que é chique comer na rua (por que demoraram tanto tempo para dizer isso de
forma não pejorativa?). Justificam que o aumento desse segmento ocorre graças a
correria do dia-a-dia e ao pouco tempo das pessoas para se dedicar ás refeições
demoradas. Mas na realidade a comida de rua há séculos já existia – só não era
gourmet porque assim não a tinham batizado). Muitos empreendedores estão
montando carrinhos e barracas para vender suas preparações que são vendidas aos
passantes e glutões que, diariamente, caminham por todas as cidades do mundo.
Citam Nova York como
a capital mundial da comida gourmet de rua de excelente qualidade. O que eu
acho uma ousadia, pois no Brasil já é um costume se vender comida de rua de
excelente qualidade e repleta de tradições culturais desde a época colonial,
graças as negras escravizadas, que aprenderam as técnicas de suas sinhás e
aperfeiçoaram receitas a seu modo.
Em Salvador, na
Bahia, por exemplo, nossas primeiras baianas eram escravas e vendiam os famosos
acarajés, abarás, vatapá, cocadas e outras delícias, salgadas e doces, que recheavam
os tabuleiros das baianas faceiras que desfilavam as ladeiras do pelourinho
para alegria os olhos e dos estômagos dos esfaimados, e ninguém pensava em
dieta por aqueles tempos – todos comiam sem culpa.
No Nordeste,
sobretudo, a doçaria era responsável por boa parte desse comércio de comida nas
ruas. Herança da aristocracia do açúcar que reinou no nordeste brasileiro, os doces
coloniais, compotas, doces de corte, biscoitos e bolos, todos com ingredientes
locais encantavam e continuam a encantar o paladar das pessoas. Hoje, Pernambuco
tem entre seus bens patrimonializados o Bolo de Rolo e o Bolo Souza Leão (veja
mais sobre eles AQUI e AQUI); e, Salvador tem o oficio das baiana de acarajé
patrimonializados.
Já no Rio de Janeiro,
por volta do século XIX, era possível encontrar escravos vendendo de tudo pelas
ruas: ervas, frutas, chás, doces, utensílios de cozinha. Vendiam tudo para
gerar lucro para o seu senhor ou para si mesmo – mas para que esse último caso
pudesse ocorrer era necessário um acordo firmado entre senhor e escravo.
O comércio de comida
de rua se intensificou no Brasil por volta de 1888, devido a abolição da
escravatura, e era realmente tão intenso que os estrangeiros residentes na
capital do império brasileiro queixavam-se a todo momento do assedio nas ruas,
em nome das vendas.
Uma coisa é certa: a
comida na rua sempre é mais barata. Mas, se antigamente esse fato significou
solução para quem era menos abastado financeiramente, hoje esse padrão mudou. A
classe média dos grandes centros urbanos acostumou-se a comer na rua por conta
da “falta de tempo” que a vida corrida trouxe para as pessoas. Assim barracas,
carrinhos e até mesmo, simples mesas com comidas exposta à venda na frente de
casa ganham fregueses assíduos, e fizeram o preço aumentar (obviamente ainda é
mais barato comer na rua do que ir a um restaurante. Mas você vai perceber que o
barato é algo relativo, sendo hoje muito observado pela qualidade e conteúdo). Para
a comida de rua a melhor estratégia de marketing para isso é o boca-a-boca –
que dá credibilidade a comida pela confiança de que a provou.
Essa moda de comida
gourmet de rua está chegando aos poucos nas grandes capitais brasileiras, mas o
que me deixa mais feliz nisso tudo é quando encontro comida típica sendo
vendida nessas feirinhas de bairro, nas barracas de ruas, nas lanchonetes ou em
qualquer empreendimento de restauração de micro ou pequeno porte – sempre os
encontro com lotação de pessoas querendo sua porção de uma delícia típica,
Temos alguns bons
exemplos dessas feirinhas que vendem comida típica aqui em Fortaleza - CE: a
Praça da Gentilândia, no Benfica; a Praça da Cidade 2000, no bairro homônimo; a
praça de fronte a igreja Matriz de Messejana, dentre outras de menor expressão
mas que mantem o comercio de comida de rua com iguarias. Nesses locais a comida
é mais em conta e todas as classes sócias podem ser encontradas ali para dar
suas beliscadas nos petiscos mais variados. O boca-boca, a confiança e a
assiduidade dos fregueses fazem com que alguns pontos se destaquem e o
desenvolvimento econômico surja.
Eu fico tão feliz
quando encontro coisas simples e deliciosas na rua que minha boca saliva só de
pensar nelas. Fico ainda mais feliz quando descubro que essas coisinhas simples
e deliciosas acabam sendo patrimonializadas.
É o caso do Encapotado,
ou simplesmente, bolinho de frango de Itapetininga – ou, o primo caipira da
nossa coxinha de frango. Conhecem? Se não, essa é uma oportunidade boa, para saber
mais sobre ele e testar a receita em casa.
Já está se tornando
repetitivo eu escrever aqui que, toda comida boa traz consigo algumas
divergências sobre sua origem e seu criador (o bom disso é que podemos ter
histórias criativas para discutir e se deliciar). Mas isso é um fato e não
posso fugir dele. Então, vamos falar das divergências:
Ao que consta, a
cidade de Itapetininga, situada no interior de São Paulo, a 170 quilômetros da
capital, considerada a "terra do bolinho de frango" – isso é fato,
Não podemos mover a cidade geograficamente (risos. Mas acho que o homem já tem
tecnologia pra isso). Mas a receita do encapotado, bolinho de frango criado a
mais de 100 anos, traz duas versões para a sua origem:
A primeira, e uma das
mais difundidas em textos publicado na internet, diz que o encapotado é de
autoria de uma senhora chamada Dona Cuta - geralmente, os textos não fazem descrições
dessa senhora, apenas contam que Dona Cuta era dona de um bar próximo à rodovia
em Gramadinho, que na década de 30 passou a receita para o filho. Por lá batizaram
o quitute de “encapotado”, provavelmente por conta do preparo do bolinho que
encobre o recheio com a massa com a ajuda de uma concha ou escumadeira.
Já a segunda versão, a
mais acreditada por mim, diz que quem criou o bolinho de franco foi Antônia
Deoclécia Freitas, que não era de Itapetininga, mas de uma localidade próxima.
Embora as histórias se pareçam, tenho algumas hipóteses para os diferentes
nomes das possíveis criadoras do petisco: a senhora que inventou o bolinho
deveria ter mais de um apelido; ou, de fato são duas pessoas diferentes, que
reproduziram um mesmo pensamento na hora de executar o bolinho. Justifico que
meu crédito para a segunda versão se dá por ela ser mais consistente tendo,
inclusive, registro histórico veiculado em jornal da época.
Antônia Deoclécia de
Freitas, nascida em São Miguel Arcanjo, no dia 15 de outubro de 1915, era filha
de Paulino Bicudo, o real inventor do tal bolinho de frango. Com o falecimento
de Paulino, Deoclécia muda-se com o restante da família para o bairro de
Gramadinho, cerca de vinte quilômetros distante da sede do município onde
nascera, onde assumiram um ponto comercial e passaram a vender os bolinhos de
frangos, do jeito que Paulinos lhes ensinou, para os tropeiros vindos do sul e
que por ali tinham de passar a caminho de São Paulo.
Em 1944, Deoclécia
casou-se com Odilon de Freitas, e juntos assumiram de vez o estabelecimento
herdado de sua mãe, conhecido em vários estados por ser o único comércio do
bairro e ponto de parada obrigatória para ônibus que passavam pela rodovia. Quem
conhecia, parava para saborear o “Bolinho de Frango da Totonha”.
Esse bolinho ficou
tão famoso que em 1985, o jornal "O Estado de São Paulo" publicou uma
reportagem sobre o quitute com a receita de Deoclécia, e até fotografou a
quituteira fritando seus bolinhos no seu fogão de lenha. Está tudo lá na edição
do dia 27 de novembro de 1985, como podem ver nas imagens do referido jornal
(Fonte das Imagens: Acervo – O Estado de São Paulo).
Dizem que muitos
personagens importantes da política brasileira se deliciaram com esse bolinho -
Júlio Prestes, Getúlio Vargas, Adhemar de Barros, Costa e Silva, Laudo Natel,
além de Luiz Carlos Prestes, comeram do bolinho de frango do Gramadinho. A quem
diga que até Juan Domingo Perón, presidente argentino, teve o prazer de
saborear dessa iguaria.
O que eu acho mais
legal nisso tudo, é que aconteceu a preservação de uma receita criada a mais de
cem anos – e num tempo onde tudo de perde por descuido e desinteresse, isso é
uma dádiva.
O reconhecimento do
bolinho de frango foi tão longe que em Itapetininga as pessoas passaram a comer
mais e mais desses bolinhos que Deoclécia preparava, torando-se um programa
familiar o hábito de ir à rua par comprar e comer o bolinho de frango pra comer
com tubaína - tipo de refrigerante regional, típico do interior do estado de
São Paulo, tradicionalmente a base de Guaraná, com flavorizantes e
aromatizantes de tutti-frutti (O termo tubaína também é utilizado para quaisquer
outros refrigerantes de produção regional em pequena escala, em especial
aqueles que são vendidos em garrafas de vidro e frascos de cerveja (a mesma da
cerveja tradicional), embora nos dias atuais, são mais usadas garrafas feitas
em PET). O bolinho de frango ficou tão famoso, ao longo dos anos, que hoje pode
ser encontrado na cidade inteira em bares, restaurantes, padarias e barracas.
Ingredientes simples
compõem a massa à base de farinha de milho flocada, com um pouco de polvilho
azedo, ovos, o caldo de frango. Seu recheio é frango desfiado e refogado. É um
bolinho ovalado, um tanto disforme pela fritura, mas que de tão gostoso, e por
acabar virando hábito dos cidadãos de Itapetininga, e declarado patrimônio
cultural da cidade, como se pode observar na Lei n. 4.982, descrita abaixo, na
íntegra (Não sei até que ponto foi as investigações para ocasionar esta lei 9se
é que ouve investigação com mais dados):
LEI Nº 4982, DE 3 DE OUTUBRO DE 2005.
DISPÕE SOBRE A DECLARAÇÃO DE BOLINHO DE FRANGO COMO
PATRIMÔNIO CULTURAL DE ITAPETININGA.
Antônio Fernando
Silva Rosa, Presidente da Câmara Municipal de Itapetininga, Faz saber que a
Câmara Municipal aprovou e, nos termos do § 8º, do art. 54, da Lei Orgânica
Municipal, promulgo a seguinte Lei.
Art. 1º Fica declarado como bem integrante do
patrimônio cultural de Itapetininga, por constituir patrimônio portador de
referência à identidade, à ação e à memória da sociedade itapetiningana, o
bolinho de frango.
Art. 2º Esta Lei entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.
Antônio Fernando
Silva Rosa
Presidente da Câmara
Municipal
Publicada e
registrada na Secretaria da Câmara, aos três dias do mês de outubro de 2005.
Carlos Roberto de
Almeida Bueno
Diretor Geral
FONTE: Leis Municipais
de Itapetininga; Disponível AQUI
Assim como eu, tem
quem defenda a versão de que foi Antonia Deoclécia de Freitas a responsável por
se apropriar da receita de seu pai, e de perpetuar o preparo do encapotado.
Encontrei, inclusive, uma crítica muito bacana sobre esse assunto (AQUI), que de tão legal, transcrevo abaixo:
Crítica ao
bolinho
Moreno forte,
um tanto engordurado, assim era o velho Odilon, mais conhecido que Graham Bell,
inventor do telefone e que morreu de susto com a visão que teve em sonho de uma
mulher nua na tela de um celular.
Odilon
inventou o bolinho de frango, mas não morreu com a visão de um hambúrguer. Nem
teve indigestão. Morte natural.
Odilon
ficava ali entre São Miguel Arcanjo e Itapetininga, um lugar chamado Gramadinho
e ninguém sabe por quê. Nunca se viu grama por lá e o pó da estrada de terra
pintava de vermelho a capela, as sobrancelhas de moças na janela, a careca dos
velhos sem chapéu e os bolinhos de frango que sobravam no balcão.
Gramadinho
não era de São Miguel e muito menos de Itapetininga. Gramadinho era de
Gramadinho e muita gente que se achava grã-fina e vinha de Itapetininga torcia
o nariz quando passava por perto.
Não dá para
entender agora o bolinho de frango virar patrimônio cultural de Itapetininga,
como decidiu a Câmara de Vereadores.
O bolinho
de frango tem um dono só, o Odilon de Freitas, e virou bolinho de todo mundo
que passa com fome em beira de estrada. Outra coisa: bolinho de frango virar
patrimônio cultural é de fazer Nhô Bentico(*) se levantar no túmulo e bater o
pó dos ossos desconsolado.
(*) Nhô
Bentico ou Abilio Victor foi um grande jornalista, poeta e radialista de
Itapetininga. Lembrem-se de Pitoco: "Pitoco era um cachorrinho que eu
ganhei do meu padrinho numa noite de Natá."
O que importa, no fim
de tudo, é que temos uma delícia gastronômica sendo preservada. Um dia iriei a
Itapetininga tentar descobrir mais sobre essa história, até lá vou fritar meus
bolinhos, porque a receita é fácil. Só vai faltar a tubaína pra acompanhar...
Bolinho
de frango
1kg de farinha de milho flocada
1kg de peito de frango
2 ovos
2 copos americanos de polvilho azedo
1 caixa de caldo de galinha
Cheiro verde (coentro e cebolinha)
Salsinha picada, à gosto.
Manjerona picada, à gosto.
Manjericão picado, à gosto.
Alfavaca picada, à gosto.
Sal a gosto
Alho e cebola picados, a gosto
Preparo: Em fogo alto, cozinhe
o peito de frango com sal, alho, cebola e o caldo de galinha em 2 litros de
água, até a carne ficar macia. Quando ficar pronto, retire o frango da panela e
deixe esfriar. Acrescente um litro de água na panela e ferva o caldo. Reserve
até amornar. Umedeça a farinha de milho com um copo de água na temperatura
ambiente. Acrescente o cheiro verde e caldo de frango aos poucos, misture bem
por 10 minutos até conseguir a consistência de uma massa. Em uma vasilha,
coloque os ovos, o polvilho azedo e um pouco de água. Misture bem. Despeje
sobre a massa, mexendo sempre. O ponto da massa não pode ser nem mole, nem
duro, deve ficar firme na colher. Regule com o restante do caldo de carne, se
necessário. Desfie o filé de peito de frango e monte os bolinhos. Segundo Vera,
eles não devem ser lisinhos e redondos; “Precisam ter irregularidades,
significa mais casca crocante na hora de comer.” Assente a massa em uma concha,
coloque o frango no centro e feche delicadamente. Frite no fogo alto, até que a
superfície adquira uma coloração entre o amarelo escuro e o laranja. Antes de
ser fritos, os bolinhos duram três dias na geladeira e podem ser congelados por
seis meses.
Bolinho
de Frango de Gramadinho
1 galinha inteira caipira ou
1 frango grande inteiro + 1 cubo de caldo de
galinha caipira
1 maço de cebolinha
3 ramos de manjerona
3 cebolas media
3 colheres de sopa generosas de polvilho
azedo
Alho, colorau, sal a gosto
1kg de farinha de milho
*salsinha se quiser, no verdadeiro bolinho de
frango caipira não vai salsinha
Óleo para fritar - 1,5 L
Preparo: Refogar o frango com
alho, sal. Já a cebola, temperos em geral, caldo de galinha vão depois para
terminar o refogado - por uns 40 minutos. Depois de refogado colocar 2,5L de
água e cozinhar por 15m em panela de pressão. Coar o caldo, cuidando para não
deixar ossinhos e separar o frango. Picar 1 maço de cebolinha + 3 galhos de
manjerona. Pegar uma bacia grande e colocar 1kg de farinha de milho e umedecer
com água. Afastar a farinha para um canto da bacia, colocar mistura de temperos
verdes no meio e colocar o caldo quente em cima dos verdes e trazer a farinha
para a mistura aos poucos. Em uma xícara colocar 3 colheres de sopa de polvilho
azedo, só adicionar quando a massa estiver morna. Dissolver com água o polvilho
e depois de diluído misturar a massa. O papel do polvilho é dar ao bolinho a
sensação de crocância tipo “pururuca”. Mexer bem deixar a massa descansar
bastante (+/-) 1 hora. Recheio: Desfiar
o frango, enquanto a massa esfria, em pedaços não muito pequenos. E misturar a
cebola ao recheio e pronto! Montagem: Modelar
o bolinho uma concha média, se não der modelar na mão. Fritar o bolinho em
imersão no óleo quente - deep frie. Servir em seguida.
Boa noite S.R Barão .
ResponderExcluirProcurando algo sobre o famoso bolinho de frango ,encontrei o seu blog e achei muito criativo e interessante .Trabalho na escola onde temos a Rita que trabalhou com os sogros ( os criadores da receita ) no bar onde era feito o salgado,mas vendo sua receita vimos que está lá que o bolinho pode ser congelado,mas não pode ,ele tem que ser feito e saboreado na hora ,pois a farinha se desintegra quando congelado.Ontem a Rita fez o bolinho na escola e está na página da escola no facebook E.E. PROF. JOSÉ DA CONCEIÇÃO HOLTZ em Itapetininga,vc pode visitar a página e ver como é feito.
BOA NOITE
Ola sr s.a.r. estou na pesquisa desse bolinho achei muito interessante seu texto e argumentos sou de capão Bonito sp tbm faço curso tec de turismo e todos meus professores disseram q nao ha dono da patente e origem do bolinho mas itapetininga assume isso ai quiz pesquisar seu blog sera referência de minha pesquisa obgda
ResponderExcluirSou de Itapetininga, mas moro em Piracicaba, e depois de amanhã vou fazer a receita para os Piracicabanos descobrirem o que é bom de verdade!!! Bolinho de frango com Tubaína tem sido o cardápio do meu aniversário todo ano para meus amigos de Itapetininga, a pedido deles...A gente nunca enjoa.... Comer bolinho de frango na feira de domingo em Itapê é tudo de bom!!!!Não... É tudo de melhor!!! Confira!!!
ResponderExcluirQuerem saber qual é o melhor???
ResponderExcluirAquele que me dão...Pode ser o bolinho, ou de coxa de frango, de Itapetininga, Capão Bonito, Itapeva, Itararé, Angatuba...
Muito legal a história e você falar sobre as duas origens. Eu particularmente jurava que o bolinho de frango era de Capão Bonito, cidade próxima de Itapetininga e que morei na minha infância. Quem fazia e vendia na cidade era minha mãe. Saudações!
ResponderExcluirBoa tarde, sou filho da dona Antonia e neto da dona Cuta,portanto as duas são mãe e filha. Mas a receita original é a segunda que vc postou Agradeço a publicação
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