Hoje o dia é de
festa! Esta Confraria celebra cinco anos de existência. E eu, celebro bodas de
madeira com ela.
A simbologia da
madeira é muito forte. Inicialmente, quando se pensa em madeira, se projeta a
imagem de árvores frondosas com troncos fortes, mas a simbologia vai além.
Florestas são
consideradas reservatórios de vida e sabedoria, são locais de meditação,
adoração, de purificação e de reencontro coma essência. Geralmente há uma
arvore, que se destaca dentre outras, e ela torna-se a anciã, cheia de
sabedoria, de poder. Bosques eram “sagrados”, na Antiguidade, sendo dedicados a
deuses cujas arvores de diferentes espécies os personificava. E ainda existe a
filomancia, estudo capaz de prever o futuro através dos sons que as árvores e
folhas fazem com o rajar dos ventos.
A madeira ainda
representa calor, energia sexual e criatividade. Tais características foram
adquiridas com as mitológicas ninfas gregas que habitavam árvores e plantas,
fecundando a natureza. Madeira também serve pra espantar coisas ruins. Quem
nunca “bateu na madeira” para afastar maus pensamentos? Essa superstição
oriunda da antiga tradição de se invocar o espírito de uma árvore para se ter
boa sorte.
Por essa simbologia,
a madeira se faz presente hoje nessas bodas, com todos os seus significados
fortalecendo e evoluindo este espaço de guarda-memória, fortalecendo também
quem aqui vem beber
A madeira é um de
nossos recursos naturais mais preciosos. Ela representa força, solidez, vida e
sabedoria. O quinto aniversário é um marco em qualquer casamento. É o primeiro quinquênio
de muitos outros. Com cinco anos a relação entre marido e mulher é, sem dúvida,
mais sólida e forte, como resultado de um crescimento conjunto! Símbolo certo
para a ocasião certa, como todos os outros!
Outro episódio
simbólico envolve árvores, e um dos mais bonitos que eu, particularmente, conheço
a história de um iluminado.
Bodhgaya ou Bodh
Gaya, na Índia, é um dos locais mais sagrados do Budismo, por ser o lugar
Sidarta Gautama, alcançou a iluminação por volta do século V a.C. São quatro os
principais lugares ligados a Buda Gautama: Lumbini, local onde ele nasceu;
Bodhgaya, local onde ele alcançou a iluminação; Sarnath, local de seu primeiro
sermão; Kushinara, local onde ele morreu. Porém Bodhgaya é considerado o mais
sagrado desses quatro locais por ser onde o o Príncipe Sidarta Gautama alcançou
sua iluminação espiritual. Depois de 49 dias e 49 noites em meditação; Desde
então, ele passou a ser chamado de Buda, termo derivado do sânscrito, que
significa “desperto, iluminado, o que sabe”. Ele é conhecido no Budismo como
Buda Gautama ou Buda Sakyamuni, o Iluminado da tribo dos Shakya.
O nascimento de Buda |
Bodgaya |
A Figueira Sagrada, a árvore de Bodhi
A atual figueira sagrada em Bodhgaya, uma descendente da figueira original (Internet) |
O rei Asoka, que
reinou de 273 a 232 a.C., foi o primeiro soberano indiano a se converter ao
Budismo e tornou-se um grande propagador da religião pela Ásia. Ele tinha
reverência especial pela Árvore Bodhi. Todos os anos, no mês de kattika, ele
promovia uma festividade em reverência ao que essa árvore significava.
Entretanto, segundo se conta, a rainha de Asoka, sua esposa, num momento de
raiva do marido, mandou envenenar a figueira que tanto seu marido estimava. A
árvore quase morreu, mas renasceu. Depois disso, por precaução, Asoka mandou
respeitosamente plantar mudas da Árvore de Bodhi no Sri Lanka e em outros
locais.
Os monges budistas recebendo ensinamentos na figueira sagrada |
As arvores estariam
ligada a Buda noutro episódio crucial, o de sua morte. Aos oitenta anos,
acometido por uma doença possivelmente ocasionada pela ingestão de comida
envenenada. Muito ruim e percebendo a iminência da morte Buda pediu que fosse
colocado sob a copa de duas arvores .As
últimas palavras que dirigiu aos discípulos, foram: "O fim e inerente a
todos os seres! Procurem a sua salvação com persistência!"
A lenda budista
afirma que as duas arvores sala gêmeas transformaram-se em flores,
desabrochando fora da estação. Houve uma chuva de flores e pó de sândalo, que
cobriram todo o corpo de Buda, e a música celeste soou pelos ares...
A beleza da
representatividade desse episódio é muito significativa pra mim. Permite que eu
deseje a iluminação e coisas boas para todos nós, amigos leitores. Agradeço a
todos que dedicam parte do seu tempo para ler o que eu escrevo aqui; agradeço
aqueles que, vez por outra, se incomodam com o que leem e me escrevem xingando;
agradeço pela oportunidade de adquirir conhecimento e de transmiti-lo
Abaixo fica um bolo
de figos com vinho madeira, representando toda a simbologia desta data. Prepare
enquanto ouve a canção inspirado no fim desta postagem. Eque a evolução, a
iluminação seja uma constante em nossas vidas, e que possamos estar sempre
produzindo boas coisas para chegarmos a iluminação. Obrigado.
Bolo de
figo com vinho madeira
500 gr de açúcar
150 gr de manteiga
1/2 xicara de óleo
2 cálices de vinho madeira
1 xícara de leite
250 gr de figo seco triturado grosseiramente
2 colheres de chá de fermento
450 gr de farinha
1 frasco de 250 gr de doce de uva
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