quinta-feira, 7 de julho de 2011

Lollo caseiro e minhas guloseimas dos anos 80: nostalgia!!!

            Já estou quase saindo dos meus vinte e poucos anos. E antes que isso aconteça preciso escrever alguma coisa sobre este período da minha vida. Como sou cria dos anos 80 nada mais justo do que falar deles, das minhas descobertas de sabores através das “porcarias” mais gostosas de todos os tempos. Senhoras e senhores mantenham-se em suas poltronas, apertem os cintos, porque os botões da nostalgia já foram ligados e esta nave vai decolar para uma viagem deliciosa.


Quando se é criança a vida parece uma grande brincadeira cheia de guloseimas... Na minha época, pelos idos anos 80, eu não só achava o mundo um grande playground como também achava que a cozinha lá de casa era uma extensão dele. Porque era o ambiente mais movimentado da casa, sempre cheio de  gente – de casa e visitas, sempre cheio de aromas, sempre cheio de ocnversas sobre o  mundo.
Fui criado com fartura e sempre via a cozinha cheia de bolos, doces, salgados, frutas, grãos, queijos, rapaduras, batidas, alfenins, tubérculos, legumes, verduras, carnes dos mais variados tipos e mandioca e seus afins (farinha, beijus, tapioca, goma, fécula). Contudo a graça da descoberta dos sabores da minha infância começara em casa, pelas mãos de minha mãe que sempre foi boa cozinheira. Meu pai também cozinha bem. Mas inegavelmente foi o meu avô paterno a pessoa que me ofereceu sabores diferenciados dos anos 80.
Uma das raras fotos de eu com meu avô Mário.
Quanto as minhas habilidades de forno e fogão, fui autodidata, aprendi muita coisa assistindo a cozinha maravilhosa de Ofélia – e até hoje fico  puto da vida quando alguém, geralmente parentes do lado paterno, fazem comentários de que eu sei cozinhar porque devo ter aprendido com os pais.


Eu ficava putissimo, queria me transformar no Mun-ha pra pegar todos eles. Afinal aprendi a cozinhar sozinho, nunca ninguém me ensinou a fritar um ovo e tenho muito orgulho disso.


Naquele tempo, vivendo numa cidade serrana do interior, toda ida do meu avô ao mercado era uma alegria, porque ele sempre trazia algo pra eu comer – isso quando não me levava com ele pra feira ou até as “bodegas” pra experimentar algo.
Lembro-me bem de uns salgadinhos (uma massa de pastel fritada em quadrados bem pequenos e sem recheio) que sempre ele me trazia da feira em grandes quantidades, num saco enorme. Meu irmão, um ano mais novo, também não ficava sem o saquinho de salgadinho dele, porque afinal, a regra lá de casa era: “o que traz pra um, traz pro outro também”.
Eu e meu irmão, Jr, no meu niver de 3anos - eu mordendo o saco da pelúcia e ele chorando pq queria uma. srsrsr
Tinha também o bolo “manzape” e as madalenas da Rosa (o manzape era um bolo preto, um bolo feito a base de massa de mandioca, coco de babaçu, rapadura, ovos e açúcar. Era enrolado na folha de bananeira para ser assado; Já as madalenas que ela vendi eram pequenos bolinhos assados em formas de empada, que de tanto açúcar na receita chegavam a criar um suor melado ).
Manzape sendo preparado
Meu avô adorava este bolo, comprava sempre da Rosa – uma mulher, na época já pela meia idade e que eu nunca soube o verdadeiro nome, porque meu avô só a chamava de rosa, por ela sempre estar com uma rosa ou qualquer outra flor pendurada num coque, na cabeça. Depois de adulto cheguei a encontrar com a Rosa, certa vez que fui visitar minha mãe, ela já está bem velhinha e necessitando da ajuda dos outros pra sobreviver. Ela chorou quando me viu, disse que se lembrava de mim criança, segurando na mão do meu avô, sempre pela rua desfilando, ou  pelas bodegas do mercando, quando meu e eu saímos pra tomar coca-cola junto com Mickey – o cachorro de estimação da família, um enorme cão mistura de vira-lata com pastor alemão.
O Mickey era engraçado: saia com a gente par tomar coca-cola. Ele tinha a vasilha dele exclusiva pra tomar sua coquinha, depois que ele fazia isso, meu avo comprava um pacote de bolacha cream-cracker, colocava na boca dele e ele ia pra casa, deixar o mando de meu avo. E sempre as bolachas chegavam inteirinhas, sem rasgo no pacote e sem baba de cão – o que era melhor. Tínhamos também outro cão de estimação, porem menor, um pequinês chamado rex – tadinho, era cego de um olho devido um acidente que não me recordo, já faz muito tempo heheheheheh. Mas até hoje me lembro das correrias e batidas do coitado do Rex, nas coisas de casa, quando senti a o  cheiro de manga. Ele era uma alucinado por mangas, só precisava sentir o  cheiro pra rapidinho estar onde estavam as mangas.
Todo mundo tinhas estas miniaturas
Como se vê, lá em casa, até os cães gostavam de bons comes e bebes. Mas os anos oitenta foram marco pra indústria das guloseimas ou coisas sem sustância, como diária minha avó. E mais uma vez, meu avô entrava em cena, era ele quem financiava minhas guloseimas, sempre me dando dinheiro par comprá-las, ou quando ele sabia do que eu gostava, ele mesmo comprava e levava pra casa – ido diretamente pro meu quarto pra entregar o mimo. E com as mãos cheias, a gente pegava nossas espadas do he-man e ia brincar na calçada.


Então, assim eu comecei a gostar da Nestlé por ela produzir gostosuras que eu mais gostava, como; o Lollo (o da vaquinha), Galak (do coelhinho) e kriKri e o chocolate Surpresa– quem lembra deles? Eu adorava colecionar todos os álbuns Surpresa. E não bastassem os chocolates serem bons eles ainda fabricavam caramelos deliciosos.

Mas apareceu a Garoto com o seu baton, e virou febre – e eu amarrava uma linha no baton garoto e ficava rodando pela casa dizendo: compre batom, compre batom. seu  filho merece baton ( como era ridículos, mas funcionava hehehe).


E quando se comia um chocolate mais genérico (risos) eram os chocolápis e os cigarrinhos ou guradachuvas de chocolate – e acho que é por isso que eu detesto estes chocolates hidrogenados.


As guloseimas, quando geladas, que meu avó comprava eram picolés: de cajá, de limão, chicabom e o frutilly, da Kibon – os que eu mais devorava.

As balas soft – eu morria de medo de me engasgar com elas ehhehehe, mas tinha sempre um monte por perto; mas eu gostava muito das balas Kleps, porque vinham individuais com embalagem cheia de bichinhos divertidos – pareciam o zodíaco.
Balas Soft - que de soft não tinha nada.

Porem, quando faltavam as balas preferidas se escapava com as grudentas balas maluquinhas ou com os “comprimidos para dor de cabeça” – um drops da Docile com 7 pastinha nos formato de comprimido. me lembro que num dos aniversariso da minha prima Yara, os drops docile estavam dentro das lembrancinhas (tu estas ficando  velha também , hein prima?! )

Também surgiram os chicletes mini da Adams, e um saquinho só não me satisfazia. Pra não perder o rumo dos chicletes, tinha o ploc monster, com aqueles tranfers terríveis de monstros estranhos e, ping-pong, com seus variso temas, eu adorava o ping-pong pantanal – outro que só me conquistou por conta do álbum de figurinhas.

Eu também devorava, pelo menos, dois lanche do Fofão; chupava os piro-cópteros – que sempre ia parar na casa da vizinha ou ficavam enganchados no  telhado, eles voavam alto demais na hora da brincadeira.

De tarde, eu e meu irmão comíamos bolachas recheadas com Q-suco – que a gente mesmo comprava e preparava, e tomava nos copos dos Thundercats ou do Trapalhões – isso era o máximo.  
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        O Q-suco de uva lembrava o suco de frutas gummi - e se não era igual, bastava sair pulando feito um louco pra fugir do Duque Duro - da imaginação.



E se a fome incistice, comíamos sopinhas encantadas knorr.

Eu sei que tem mais coisa neste meio, mas memória já vai ficando fraca e eu não me lembro dos nomes das guloseimas pra poder citá-las. Não obstante isso já satisfaz minha nostalgia da década perdida.
Agora só me falta colocar a turma da Xuxa e o trem da alegria pra tocar e sentir voltar a me sentir um baixinho – eu acordava, ligava a TV na Rede Globo pra ver  a Xuxa e assistir aqueles desenhos saudosos, e ficava na vida boa porque sabia que minha mãe logo traria meu  café da manha no quarto... 


               E vocês, o que me contam da infãncia?

Lollo Caseiro

400 gr de leite em pó
1 lata de leite condensado
200 gr de nescau
1 colheres (sopa) de glucose de milho
2 colheres (sopa) de manteiga
1 gotas de essência de baunilha
Quanto baste de chocolate ao leite para cobrir 

Modo de Preparo: Misture todos os ingredientes muito bem, a massa deve ficar bem macia (se ficar seca, adicione 1 ou 2 colheres de leite comum ou água). Depois de pronta, forre o mármore com filme plástico, coloque a massa, cubra com o filme e abra com o rolo, até uma espessura média.  Corte em retângulos, forre uma forma com papel alumínio e ponha os retângulos na geladeira para firmar. Quando endurecer um pouco, banhe-os no chocolate.  Ponha na geladeira até secar a cobertura.

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