Você se sente
importante quando se dá conta que está vivenciando um período, que no futuro,
vai ser um marco respeitável para a história?
Se você é assim, bem
vindo ao grupo. Pois eu me sinto privilegiado por estar experienciando fatos de
suma importância para a Igreja, e que mais tarde poderei contar aos jovens,
como parte da minha história de vida. Falo isso porque hoje, deu-se inicio ao
segundo conclave do século XXI, para a eleição de um novo Papa.
Turistas lotam a Praça São Pedro enquanto aguardam o início do conclave AFP/Getty Images |
Às 16h30 locais
(12h30 de Brasília) desta terça-feira (12/03/13) começou o segundo conclave do
terceiro milênio, do qual participam 115 cardeais procedentes de 50 países, que
estão fechados na Capela Sistina para escolher o 266º papa da história da
Igreja.
Os cardeais, que desde o último dia 4 se reuniram diariamente para preparar a assembleia, ocuparam nas primeiras horas de hoje seus respectivos quartos na residência Santa Marta, onde eles ficarão enquanto durar o conclave.
Os cardeais, que desde o último dia 4 se reuniram diariamente para preparar a assembleia, ocuparam nas primeiras horas de hoje seus respectivos quartos na residência Santa Marta, onde eles ficarão enquanto durar o conclave.
Antes se dirigir à Capela Sistina, às 10h (6h
de Brasília), os purpurados celebraram a missa "Pro eligendo pontifice", que foi oficiada pelo cardeal
decano, Angelo Sodano. Às 16h30, eles entraram na Capela Sistina cantando o
"Veni Creator Spiritus",
com o qual invocaram a ajuda do Espírito Santo.
Após o juramento pelo qual se comprometeram a manter em segredo tudo o que for dito ou feito e a defender fervorosamente os direitos espirituais e temporários da Igreja em caso de ser o eleito, o mestre de cerimônias pontifícias pronunciou a frase "extra omnes" e todos os alheios ao conclave saíram da capela. De acordo com o esquema antecipado pelo Vaticano, já nesta tarde poderá acontecer a votação inicial e haver a primeira fumaça: branca, se o pontífice for escolhido; e preta, em caso contrário (o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse que o mais provável é que hoje seja lançada uma "fumaça preta").
Para ser eleito papa
é necessário alcançar dois terços dos votos dos cardeais eleitores. Como eles
são 115, é preciso somar 77 votos. A legislação vaticana estabelece que no
segundo, terceiro e quarto dias devem acontecer duas votações de manhã e duas à
tarde. Se após esses três dias nenhum candidato tiver alcançado os 77 votos, se
procederá a uma jornada de reflexão e preces na qual não se votará. Depois
serão retomadas as votações para outros sete eventuais escrutínios.
- O cardeal decano, Angelo Sodano, celebrou a missa que deu início ao conclave que vai escolher o novo papa e fez um forte apelo pela unidade da Igreja - Fonte: Reuters |
Todos os cardeais que estão no Vaticano participam da missa, na Basílica de São Pedro, que dá início ao conclave que vai escolher o novo papa |
Os cardeais no Vaticano participando da missa, na Basílica de São Pedro. |
Após o juramento pelo qual se comprometeram a manter em segredo tudo o que for dito ou feito e a defender fervorosamente os direitos espirituais e temporários da Igreja em caso de ser o eleito, o mestre de cerimônias pontifícias pronunciou a frase "extra omnes" e todos os alheios ao conclave saíram da capela. De acordo com o esquema antecipado pelo Vaticano, já nesta tarde poderá acontecer a votação inicial e haver a primeira fumaça: branca, se o pontífice for escolhido; e preta, em caso contrário (o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse que o mais provável é que hoje seja lançada uma "fumaça preta").
Os cardeais entrando na capela Sistina |
Cardeais fazem juramento antes de iniciar a primeira votação do conclave que vai escolher o novo papa |
Cardeais fazem juramento antes de iniciar a primeira votação do conclave que vai escolher o novo papa |
Se também não houver
um novo papa, se procederá a uma nova jornada de reflexão e depois a outros
sete escrutínios. Sem a aguardada fumaça branca, haverá outra pausa de reflexão
e outros sete escrutínios. E assim será até a 34ª vez. A partir desse momento,
a escolha ficará entre os dois cardeais mais votados, mas esses não poderão
participar da votação.
Bento XVI foi eleito,
em 19 de março de 2005, na quarta votação; João Paulo II, em 16 de outubro de
1978, na oitava votação; e João Paulo I, em 26 de agosto de 1978, na quarta.
O conclave teve
início sem um candidato favorito, embora se saiba que todos os olhares estão
postos em cardeais de igrejas dinâmicas e jovens, como os purpurados africanos
e latino-americanos, e são muitos os que asseguram que o futuro papa não será
italiano, devido às manchas lançadas pelo escândalo "Vatileaks".
Nos dias anteriores
ao conclave, os "papáveis" mais citados são o italiano Angelo Scola,
de 71 anos, arcebispo de Milão; o brasileiro Odilo Pedro Scherer, de 63 anos,
arcebispo de São Paulo; o canadense Marc Ouellet, de 69 anos; e o arcebispo de
Boston, o capuchinho Sean O'Malley.
Pensando bem...
O cardeal brasileiro Odilo Scherer (centro) participa da missa, na Basílica de São Pedro, que dá início ao conclave que vai escolher o novo papa |
Já pararam pra
compreender a conjuntura desta eleição? 1) um Papa, que já não era muito bem
visto pela maioria das pessoas que eu conheço, resolveu renunciar. E, de uma
hora pra outra, passou a ser venerado pela coragem desse seu ato; 2) o motivo
da renúncia apresentado pelo Sumo Pontífice em seu discurso (alegando idade
avançada e falta de força para dar continuidade aos trabalhos da igreja) não
convenceu ninguém; 3) o escândalo do Vatileaks
está ganhando cada vez mais força e causando desconfortos imensos; e, 4) a
responsabilidade do no Papa de manter a Igreja no prumo correto vai dar um
trabalho dos céus...
Curiosos observam o início do conclave por um telão instalado na Praça de São Pedro, no Vaticano |
O Escândalo Vatileaks
é um escândalo envolvendo documentos secretos que vazaram do Vaticano, que
revelam a existência de uma ampla rede de corrupção, nepotismoe favoritismo
relacionados com contratos a preços inflacionados com os seus parceiros
italianos. Este termo foi usado pela primeira vez pelo porta-voz do Vaticano,
Federico Lombardi, em comparação com o fenômeno Wikileaks.
O escândalo veio à
tona em janeiro de 2012, quando o jornalista italiano Gianluigi Nuzzi publicou
cartas de Carlo Maria Viganò, anteriormente o segundo administrador do
Vaticano, em que ele implorava para não ser transferido por ter exposto uma
suposta corrupção que custou a Santa Sé um aumento de milhões nos preços do
contrato. Viganò está atualmente no Núncio Apostólico dos Estados Unidos.
Nos meses seguintes,
o escândalo aumentou com documentos que vazaram para jornalistas italianos,
revelando uma luta pelo poder no Vaticano sobre seus esforços para mostrar
maior transparência financeira e cumprir com as normas internacionais de
combate à lavagem de dinheiro. Também no início de 2012, uma carta anônima
virou manchete por seu alerta de uma ameaça de morte contra o Papa Bento XVI. O
escândalo agravou-se em maio de 2012, quando Nuzzi publicou um livro intitulado
Sua Santidade, as Cartas Secretas de Bento XVI que consiste de cartas
confidenciais e memorandos entre o Papa Bento XVI e seu secretário pessoal, um
livro polêmico que retrata o Vaticano como um foco de intrigas, confabulações e
confrontos entre facções secretas. O livro revela detalhes sobre finanças
pessoais do Papa, e inclui histórias de subornos feitos para obter uma audiência
com ele.
Paolo Gabriele, que
foi mordomo pessoal do papa desde 2006, é acusado de ter vazado a informação
para Gianluigi Nuzzi. Gabriele foi preso em 23 de maio depois que cartas
confidenciais e documentos endereçados ao papa e outras autoridades do Vaticano
serem supostamente encontrados em seu apartamento no Vaticano. Documentos
semelhantes haviam sido publicados na imprensa italiana ao longo dos cinco
meses anteriores, muitos deles lidavam com denúncias de corrupção, abuso de
poder e falta de transparência financeira do Vaticano.
Ele foi preso pela
polícia do Vaticano, que alega ter encontrado documentos secretos no
apartamento que divide com sua esposa e três filhos. Gabriele foi libertado em
julho de 2012 e foi movido para prisão domiciliar. Piero Antonio Bonnet, juiz
do Vaticano, foi encarregado de analisar as evidências do caso e decidir se há
material suficiente para prosseguir para julgamento. Se condenado, Gabriele
poderá enfrentar uma pena de até 30 anos por posse ilegal de documentos de um
chefe de Estado. A sentença seria provavelmente cumprida em uma prisão
italiana, devido a um acordo entre a Itália e o Vaticano.
Paolo Gabriele foi
indiciado pelos magistrados do Vaticano em 13 de agosto de 2012 por roubo
agravado. A primeira audiência do julgamento de Paolo Gabriele e Claudio
Sciarpelletti, ocorreu às 9h30, em 29 de setembro de 2012.
No dia 22 de dezembro
de 2012, o Papa Bento XVI concedeu o indulto a Paolo Gabriele. O ex-mordomo
havia sido condenado a três anos de reclusão, reduzidos a 18 meses por causa de
atenuantes: ele não tinha antecedentes criminais, havia trabalhado para o
Vaticano, e reconheceu ter traído a confiança do pontífice. Antes de receber o
indulto, Paolo enviara uma carta a Bento XVI, admitindo erros, não ter cúmplices,
e pedindo perdão. Respondendo-o, Bento XVI lhe mandara um livro dos salmos
autografado e com bênção apostólica dirigida especialmente à pessoa de
Gabriele.
Durante a última
apelação feita em julgamento, Paolo havia declarado: "O que sinto mais
fortemente dentro de mim é a convicção de que agi exclusivamente por amor, eu
diria um amor visceral, pela Igreja de Cristo e seu representante".
Segundo o jornal
italiano La Repubblica, o escândalo influenciou a renúncia do papa Bento XVI,
em fevereiro de 2013.
Uma história pornô vaticana que pouca gente
conhece
Antes de converter-se
no Papa Pio II, Eneas Silvio Piccolomini foi poeta, estudioso, diplomata e
dissoluto. E como escritor, foi de fato o autor de um bestseller do século XV.
Sua novela em latim "História de duobus
amantibus", foi uma das mais lidas de todo o Renascimento. A trama
versa sobre o amor proibido entre Euralio, um oficial com alto cargo do
Imperador Segismundo e Lucrecia, uma senhora casada originária de Siena, Itália.
A obra foi
provavelmente escrita em 1444, mas foi impressa pela primeira vez somente em
Amberes em 1488. No final do século XV já haviam publicadas 37 edições. Apesar
do indubitável interesse histórico desta história "pornô" vaticana, a
obra nunca foi traduzida a um idioma contemporâneo. Abaixo anexo um pequeno
parágrafo traduzido ao Português.
Papa Pio II |
Há de se levar em
conta que lá por mil quatrocentos e tanto as pessoas eram hipocritamente
moralistas, de forma que a obra é bastante sem graça para nossos padrões. Em um
dado momento, Euralio escala um muro para chegar até Lucrecia:
"Quando ela viu
seu amante, segurou-a firmemente entre seus braços. Entre beijos e abraços
lânguidos e descontrolados deixaram-se levar por seu desejo e se fartaram de
Vênus, agora com Ceres e depois refrescaram-se com Baco".
Traduzido a groso
modo quer dizer que "se afogaram na luxúria da carne" (fartaram de
Vênus), depois comeram (Ceres) e ao final tomaram vinho (Baco). Sem dúvida
alguma, para quem já leu, trata-se de um texto bem mais interessante que as
recomendações indevidas contra, por exemplo, o uso de camisinha proferidos pelo
"modernos" inquilinos do Vaticano.
Só pra constar: Pio
II, nascido Enea Silvio Piccolomini (em latim: Aeneas Sylvius; Corsignano, 18
de outubro de 1405 — 14 de agosto de1464), foi papa e líder mundial da Igreja
Católica de 19 de agosto de 1458 até sua morte, seis anos depois. Nascido em
Corsignano, na Itália, no território sienês de uma família nobre, porém em
decadência, também foi um intelectual autor de diversas obras, como a história
de sua vida, intitulada Comentários, a única autobiografia já feita por um papa.
Eleito Papa, providenciou a reurbanização de sua cidade natal, Corsignano, que
passou doravante a chamar-se Pienza, tirando o seu nome de Pio. Teve um
sobrinho que também foi papa, Pio III, assim como um dos descendentes de seu
irmão (Bento XIII).
Depois de tanta
informação ‘interessante’ só me resta esperar o resultado do conclave – com a
esperança de que o próximo Papa tenha forças para aguentar as bombas que ainda estão
por explodir no Vaticano. Até lá, vou comendo papa (risos).
½ xícara de aveia em flocos grossos
2 xícaras de leite (ou de amêndoas)
1/3xícara de leite de coco
1 a 2 colheres (rasas) de coco ralado
½ colher de canela (mais pra polvilhar)
1colher de passas (opcional)
1/2 banana madura (ou 1 banana pequena)
1 punhadinho de oleaginosas (amêndoas, avelãs
ou castanha do Pará)
Preparo: Coloque a aveia, o
leite (de vaca ou de amêndoa), leite de coco, canela, passas e coco ralado em
uma panela pequena e cozinhe em fogo baixo, mexendo sempre, até a aveia ficar
macia e a mistura ficar cremosa (15 a 20 minutos). Se preferir usar aveia em
flocos finos, você vai precisar de menos leite e o tempo de cozimento será bem
menor. Desligue o fogo e deixe a papa descansar coberta enquanto prepara os
outros ingredientes*. Pique as oleaginosas em pedacinhos e reserve. Amasse a
banana no prato em que for servir a papa. Despeje a mistura de aveia por cima,
mexa bem e termine com as oleaginosas picadas. Polvilhe um pouco canela, se
desejar.
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