Eu sempre gostei de
uma boa história de terror. Sempre assisti a muitos filmes desse gênero, mas
confesso que muitos acontecimentos da realidade atual chegam a ser mais
aterrorizantes.
Como se constrói uma
lenda urbana? E o que fazer quando nos deparamos com ela na realidade? O post
de hoje vem falar de uma dessas lendas, os doces mortais – mas que estão se
tornando cada vez mais realidade e acabam virando página dos jornais na sessão policial.
Sabe quando sua mãe
lhe dizia, quando criança, para não aceitar doces de estranho? A preocupação
dela era real. Mas, nos Estados Unidos de 1974, sobretudo na época do
Halloween, essa preocupação das famílias em alertar as crianças para não
receber doces ou frutas de estranhos aumentou consideravelmente- de fato esta
preocupação tinha um motivo bem fundamentado...
Quem gosta de contos
de terror sabe que a lenda dos doces mortais possui varias vertentes onde o
final é sempre o mesmo: os
investigadores policiais acabam encontrando lâminas de barbear (a popular
gilete, o objeto mais usado), ou pregos, ou vidro, ou drogas, dentro dos doces
ou das frutas. E acriança que recebeu o doce acaba morrendo na hora, com a boca
rasgada/ferida ou acaba se drogada, morrendo de overdose por ter recebido uma
dose letal de drogas pesadas.
Se pararmos só um
pouquinho para analisar sobre estas historias que podem ter acontecido ao nosso
redor, poderemos encontrar ela sendo contadas de várias maneiras:
•
A
famosa maça que a bruxa dá á Branca de neve é ícone – delas derivam historias
de velhas senhoras colocando veneno em maçãs e pipoca;
• Com
as giletes, podemos ter ouvido, por exemplo, algo assim: aquele senhor
insuportável e estranho, que não gostava de crianças distribuiu doces com
laminas de barbear e matou as crianças da vizinhança;
• Pros
mais moderninhos e hypes, versões mais criativas também foram inventadas, como
esta: Um viciado em cocaína que encheu Pixie Sticks (uma espécie de doce em pó,
tipo nosso Dip Lick) da droga e distribuiu às crianças, matando-as com overdose.
Nos anos 70 essas
historinhas causaram muito medo na população norte-americana chegando ao ponto
de levar hospitais a fazerem exames de
Raio-X em doces “suspeitos”. Tudo isso dá roteiro pra filme de terror. Mas o que
dizer quando se tem a seguinte realidade:
Em 1974, os jornais americanos
anunciavam que, um homem colocou cianureto em alguns doces e os deu para seus
dois filhos e mais duas crianças. O único que comeu o doce foi seu filho, que
acabou morrendo. Dizem que a causa mais provável do crime foi o dinheiro do
seguro das crianças.
Ronald Clark O'Bryan
(posteriormente apelidado de Candyman) (19 de outubro de 1944 - 31 de março de
1984) foi um assassino de Deer Park , Texas, condenado por matar seu filho de
oito anos de idade, Timothy, no Dia das Bruxas de 1974, com cianureto colocado
em doces em fim de reivindicar o dinheiro do seguro de vida.
Ele também distribuiu doces envenenados para outras crianças numa tentativa de encobrir o crime, mas nem a sua filha Elizabeth, nem qualquer outra criança comeu nenhum doce envenenado. O'Bryan foi executado em 31 de março de 1984 por injeção letal . Depois desse crime O'Bryan tornou-se bastante conhecido, ganhou o apelido de Candyman - programas de segurança para o Halloween foram implementados em Deer Park, ensinando os pais métodos para avaliar a segurança de porta-a-porta das guloseimas por inspeção visual.
Durante a execução do candyman, uma multidão de estudantes universitários vestindo máscaras de Halloween apareceram para aplaudir. O grupo musical Siouxsie and the Banshees gravou uma canção sobre O'Bryan chamado de "Candyman", a primeira faixa do seu álbum de Tinderbox .
A vítima |
The Candyman |
Ele também distribuiu doces envenenados para outras crianças numa tentativa de encobrir o crime, mas nem a sua filha Elizabeth, nem qualquer outra criança comeu nenhum doce envenenado. O'Bryan foi executado em 31 de março de 1984 por injeção letal . Depois desse crime O'Bryan tornou-se bastante conhecido, ganhou o apelido de Candyman - programas de segurança para o Halloween foram implementados em Deer Park, ensinando os pais métodos para avaliar a segurança de porta-a-porta das guloseimas por inspeção visual.
Durante a execução do candyman, uma multidão de estudantes universitários vestindo máscaras de Halloween apareceram para aplaudir. O grupo musical Siouxsie and the Banshees gravou uma canção sobre O'Bryan chamado de "Candyman", a primeira faixa do seu álbum de Tinderbox .
Enquanto isso, anos
depois, no Brasil, em março de 2012, os jornais noticiavam a seguinte noticia:
A adolescente Talita
Machado Teminski, de 14 anos, filha de um policial militar, recebeu em casa uma
encomenda na tarde dia 12 de março. A caixa, entregue por um taxista, continha
doces e um bilhete informando que eles eram uma amostra e caso a jovem tivesse
interesse poderia encomendá-los para a festa de 15 anos, marcada para abril
deste ano.
Talita dividiu os doces com outros três amigos. Logo após ingerirem
os chocolates todos passaram mal e foram levados para o hospital com quadro de
intoxicação. A garota que recebeu a encomenda chegou a ter duas paradas
cardíacas. Ela ficou internada no Hospital de Clínicas de Curitiba por oito
dias. Todos já receberam alta.
A mulher suspeita de
enviar doces envenenados à adolescente Talita Machado Teminski, de 14 anos, Margarete Aparecida Marcondes, confessou o crime em depoimento no dia 31 de março de 2012, segundo a Polícia
Civil de Santa Catarina. De acordo com o delegado da Divisão de Investigações
Criminais de Joinville, a mulher de 45 anos não explicou o motivo do crime.
“Não me pareceu um comportamento de uma pessoa equilibrada”, disse o delegado
Marcel de Oliveira sobre o depoimento.
Talita depois de sua passagem pelo hospital após o envenenamento - com o pai. |
A versão brasileira do candyman americano, Margarete Aparecida Marcondes. |
O delegado afirmou
também que a suspeita tinha consciência dos crimes que comentou – a agressão ao
marido e a intoxicação de três jovens – e que não há indícios de que ela não
teria entendimento sobre as consequências do que fez.
Investigações
Os jovens foram
envenenados em 12 de março. A mulher foi presa na madrugada deste sábado, em
Barra Velha, no litoral do estado catarinense. A doceira foi encontrada pela
Polícia Militar por volta das 4h, dormindo dentro de um carro. No período em
que ficou foragida, também passou por Itajaí e Navegantes. No fim da manhã ela
foi transferida para Curitiba.
Os doces mortais do caso brasileiro - inocentes, não? |
Conforme a polícia, a
ida da doceira a um banco de Itajaí foi fundamental para as investigações. A
informação foi recebida por meio de uma denúncia anônima. “Ela foi fazer um
seguro de vida para a filha de 26 anos”, acrescentou o delegado.
Ainda de acordo com
Oliveira, pelas imagens do circuito interno de segurança foi possível ver que a
suspeita estava bem. “Vimos as imagens e tivemos certeza, convicção que ela
tinha participação no crime contra o marido.”
À polícia, a suspeita
disse que agrediu o companheiro para que ele não descobrisse a participação
dela no crime cometido contra os adolescentes em Curitiba. Ele foi encontrado
na casa do casal em estado gravíssimo e está internado na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI), sem condições de prestar depoimentos.
O delegado afirmou
ainda que a suspeita se disse arrependida e como pensava que o marido estava
morto queria que ele fosse enterrado, por isso, mandou duas mensagens de texto
do próprio celular para um grupo de amigos. “N. [Nome do marido] está na casa
esperando ser enterrado, a mulher viu tudo, está dopada. Já que não recebi vou
me divertir um pouco, empréstimo não pago morre, doces tudo armação”, dizia a
primeira das mensagens. Na outra, escreveu: “Empréstimo não pago, casal morto
ele já foi”.
Segundo o delegado, a
mulher tinha a intenção de mandar a mensagem para um amigo específico do
marido, mas acabou enviando para toda a lista de contato. Com a mensagem,
complementou, ela tentou criar uma justificativa para seu desaparecimento e
evitar qualquer desconfiança contra ela. (Fonte: http://g1.globo.com)
Aí eu pergunto: será
que não é a realidade brutal que anda transformando fatos do cotidiano em
historinhas de terror? De toda forma deixo aqui algumas observações para
prevenir futuros acidentes com doces:
•
Não
coma doce ou guloseimas antes de examinar bem a aparência deles – qualquer
coisa estranha descarte-os;
•
Não
coma nada que esteja mal embrulhado ou com o embrulho semiaberto;
•
Procure
evitar comer doces que não saiba da procedência, sobretudo quando eles não
tiverem embalagem de fábrica;
•
Se
qualquer coisa tiver um gosto "engraçado", cuspa-o e guarde para
qualquer exame que seja necessário mais tarde (risos maldosos) kkkkkkkkkkkkkkk
E como esta historia
de doces me deu fome, que tal preparar um brigadeiro “envenenado”? Calma, não
vai ter nada de estranho nele, só vai
ser uma surpresa na hora de comer, porque ele foge ao tradicional e eleva
queijo. Experimente.
Brigadeiro
de queijo
Ingredientes:
1 lata de leite condensado
1 caixinha de creme de leite (200g)
1 colher de sopa de farinha de trigo
(peneirada)
2 colheres de sopa de queijo parmesão ralado
1 colher de sopa de margarina sem sal
Raspas de chocolate meio amargo ou granulado
Preparo:
Em
uma panela misture todos os ingredientes, exceto a raspas de chocolate, e leve
ao fogo baixo mexendo sem parar até atingir o ponto de brigadeiro, ou seja,
desgrudando da panela. O processo é rápido, cerca de 5 minutos. Despeja o
brigadeiro ainda quente em copinhos e deixe esfriar em temperatura ambiente, ou
faça como eu, coloque na geladeira por 15 minutos ou até ter a certeza de que
estão frios. Após esfriar, salpique as raspas de chocolate meio amargo ou o
granulado.
Olá, boa tarde!
ResponderExcluirVim fazer-lhe uma visita e adorei o seu cantinho! É uma delicia! Os textos são muito bons e as sugestões são uma verdadeira delicia.
Voltarei muitas mais vezes! ;)
Aguardo uma visita sua ao meu blogue de Receitas de Sedução.
Beijinhos;
Aurea Sá