E
a temporada junina chegou para animar o nordeste brasileiro. Como sempre, o
resgate da tradição junina à vista, é tempo bom para relembrar momentos antigos
e gravar novos na memória. É bonito ver as pessoas resgatando as tradições: comendo
receitas típicas, brincando nas quermesses como brincadeiras ancestrais, dançando
as quadrilhas – dança de origem europeia que foi trazida com a colonização, e
que se transformou numa dos ícones nordestinos; se deleitando com comidas
típicas deliciosas; embalados por uma música pra lá de animada, com muita gente
querendo diversão.
Depois
de eu ter dedicado boa parte das minhas pesquisas cientificas aos estudos culturais
com foco na gastronomia, é sempre um prazer quando chega junho, ou qualquer
outra data comemorativa, pois com ele sempre despontam as comidas típicas.
Nos
festejos juninos, por exemplo, é sempre uma fartura de bolos: de milho, de
aipim, de batata, de massa puba, de amendoim; e ainda tem paçoca carne feita no
pilão; pé de moleque, pamonha, canjica, aluá, e tantas outras guloseimas que
enchem os olhos de alegria por saber que a tradição, a cultura, está sendo de
alguma forma mantida. No entanto isso ainda é pouco, considerando a imensidão
do Brasil, com suas cozinhas distintas e cheias de pratos que podem levam
qualquer um a cometer o pecado da gula sem culpa, e que são parte da identidade
cultural de um povo.
Eu
fico me perguntado: - quando as ações do IPHAN vão dar vez para a preservação de
mais bens gastronômicos brasileiros? Se realmente há um interesse nesse campo,
será que não existe ninguém interessado em aprender as receitas tradicionais da
sua região? Será que a educação, com suas instituições variadas, não
poderia ajudar nesta preservação?
Pensando
nisso hoje eu resolvi trazer um doce especial para apresentar a vocês: o Doce
Seco. Parece estranho o nome, mas é uma das maravilhas da doçaria nordestina
que está se perdendo no ostracismo.
Doce Seco |
Você
sabe onde fica o Seridó? Por que é de lá que vem a origem do doce seco.
Seridó
é uma região interestadual localizada no sertão nordestino brasileiro. Oriunda
da antiga região da "Ribeira do Seridó". Abrange vários municípios do
Rio Grande do Norte e da Paraíba, onde é oficialmente dividida pelo IBGE em
Seridó Ocidental Potiguar e Seridó Oriental Potiguar, Seridó Ocidental
Paraibano e Seridó Oriental Paraibano. No entanto, outros municípios costumam
se identificar como "Seridó" ou seridoense, o que agrega um total de
54 municípios, sendo 28 potiguares e 26 paraibanos, o que levou a uma
subclassificação realizada pelo Ministério da Integração Nacional. Mesmo sendo
uma das regiões mais áridas do Nordeste, o Seridó, principalmente o potiguar,
apresenta a melhor qualidade de vida do interior nordestino.
Há
divergências quanto a origem do topônimo Seridó, segundo o folclorista e
historiador Luiz da Câmara Cascudo, vem do linguajar dos tapuias transcrito
como "ceri-toh" e que quer dizer "pouca folhagem e pouca
sombra", em referência as características da região. No entanto, existe a
teoria que os colonizadores tenham sido cristãos-novos, descendentes de judeus,
os termos "sarid" e "serid", seriam oriundos do hebraico,
que significaria "sobrevivente" ou "o que escapou". Ou
ainda "she'erit" no sentido de "refúgio Dele" ou
"refúgio de Deus".
Quando
eu cursava o bacharelado em Turismo, tive a oportunidade de conhecer o Rio
Grande do Norte, desde a sua capital até boa parte de suas cidades
interioranas. E numa dessas viagens me apresentaram ao doce seco
A
tradição nordestina para a fabricação de doces é nítida deste a época do
período açucareiro, quando as brancas portuguesas introduziram o açúcar na
nossa alimentação e passaram seus conhecimentos para escravas que viraram
eximias doceiras, e sinhazinhas mantinham seus livros de receitas guardadas a
sete chaves.
Aliás,
os portugueses tem influência direta na confecção do doce seco, considerando
que esse tipo de doce, pelo formato, lembra os Ovos moles de Aveiro, um doce
tradicional da doçaria conventual portuguesa. Porém o doce seco tem toda uma
técnica diferenciada, sem falar que não leva ovos.
Ovos moles de Aveiro |
O
doce seco apresenta-se na forma de um pequeno pastel. Porém, não é frito e nem
assado. Sua massa crocante e delicada com recheio cremoso esteve presente nas
mesas comemorativas do Seridó. E por estar cada vez mais raro de ser encontrado,
acabou se tornando puro luxo gastronômico para aqueles que que tem a
oportunidade de se deleitar com essa iguaria que, geralmente marca datas comemorativas como
o São João, o Natal e o Ano Novo, períodos nos quais os parcos conhecedores da
técnica do preparo do doce seco, no Seridó, resolvem presentear aos amigos com
a guloseima.
O
doce seco também é conhecido como doce de espécie. Isso deve se por seu recheio
ser bastante temperado, à base de especiarias como cravo, canela, erva-doce e
pimenta do reino, gengibre. E para deixara mistura ainda mais saborosa,
nela ainda se adiciona o mel de engenho (feito da rapadura escura), coco
ralado, gergelim, castanha de caju e farinha de mandioca.
o doce de espécie que serve de recheio para o doce seco |
O
grande trunfo do doce seco é o casamento perfeito entre sua massa fina e
crocante com a cremosidade do doce especiarado. A massa crocante é simplesmente
feita com farinha de trigo e água (esta última em pouquíssima quantidade,
inclusive). Depois de recheado, o doce fica maturando em temperatura ambiente,
que na região se entende pelo clima seco e quente, para em seguida
transformar-se numa delicia crocante.
E
é impressionante que todo mundo que não conhece esse doce, ao prova-lo, se
questiona se ele é frito ou assado, pela crocância. O mistério é revelado ao
inquisidor com uma simples resposta: - o segredo é do vento. Apenas
o vento é o responsável por deixar o doce no ponto certo (se o ar estiver
úmido, como no nosso litoral, o doce “chora”, como dizem as doceiras mais
experientes, ou seja, não seca e o recheio termina molhando a massa. E perde-se
o encanto).
Quando
eu digo que o doce seco é luxo gastronômico isso tem fundamentação: tanto
é raro encontrar na atualidade quem o prepare, quanto é raro encontrar pessoas
das novas gerações que o tenham provado. Só os mais velhos, os sertanejos
do Seridó e os sortudos (me enquadro nesta categoria) conhecem o sabor especial
deste doce. E dá um aperto no coração constatar isso. Porque daqui alguns dias,
não se vai mais ver o doce circulando por aí; e o que se vai ouvir, caso alguém
questione sobre a existência do doce seco, é a seguinte frase: - ninguém faz
mais esse doce, não (frase que já escuta por lá).
Por
sorte, ainda encontramos três pessoas que fazem o doce seco, pelo Seridó: Dona
Vandilza, doceira, em Jardim do Seridó; Dona Zélia Fernades e sua
filha Desterro Costa (Morena), em São João do Sabugi.
Zélia Fernandes - guardiã da gastronomia tradicional no Seridó |
No
aroma e no sabor, o doce seco lembra o bolo pé-de-moleque nordestino. Isso se
deve a presença de especiarias como cravo, canela, erva-doce, pimenta do reino,
gengibre (além das castanhas e/ou do gergelim que, quanto mais tiver, mais
saboroso fica) que estão presentes nas duas receitas e que dão o aroma e gosto
inconfundível do recheio, mas que pode ser consumido as colheradas como um doce
normal.
Essas
referências de especiarias são associadas à península ibérica numa clara origem
árabe, como o livro “História da Alimentação no Brasil”, de Luís da Câmara
Cascudo, refere-se no capítulo sobre a doçaria portuguesa. “Espécie para
recheio é um doce composto de pão duro ralado, mel, cravo-do-maranhão, etc.”. O
farelo do pão duro teria sido substituído pela farinha de mandioca aqui no
Brasil. Embora não conste o nome doce seco e nem doce de espécie no livro, que
elenca vários doces e suas localidades de origem há o registro da espécie como
recheio de receitas de sobremesas.
A
tradição dos cadernos de receita e preservação das iguarias no Nordeste virou
até motivo de livro – como alguns escritos por Cascudo e Freyre.
A receita do doce seco vem passando, ao longo dos anos, de mãe para filha e
sabemos que está, pelo menos, na quarta geração.
Vandilza Gonçalves da
Silva, 47, conta que não sabe ao certo quando começou a fazer o doce, já que
sempre esteve na cozinha, desde a infância, ajudando a avó Josefa Elvira, a
separar e moer os ingredientes. “E minha avó já aprendeu com a mãe dela,
Francisca Elvira de Freitas”, fala. Depois que a avó não pôde mais continuar
como doceira, a mãe de Vandilza, Francisca das Chagas da Silva, passou a tomar
conta da receita, mas por pouco tempo. Logo a quarta geração de doceiras de
Jardim do Seridó, Vandilza, tomou conta da feitura do doce e vem sendo a
preferida de muitas famílias que guardam a tradição de ter a iguaria na mesa de
Natal e Ano Novo.
Sempre
servido em ocasiões festivas, o registro do consumo deste doce ainda é
relacionado também a festas de santos padroeiros de cada localidade. Se
perguntado aos seridoenses mais velhos sobre o que constava numa mesa de
aniversário, festa de padroeira ou ceia de Natal, sempre vem a doce e temperada
lembrança do doce seco como sobremesa. Os mais antigos também falam que doce seco
era comida de mulher parida: “Isso é muito forte, tem mel de rapadura e dá
muito leite”, afirma Francisca das Chagas, mãe de Vandilza.
O
modo de fazer o doce seco e o doce de espécie não constam do registro do
inventário de referências culturais realizado pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional – Iphan, em sete municípios do Seridó — Caicó,
Acari, Currais Novos, Carnaúba dos Dantas, Cruzeta, Jardim do Seridó e Timbaúba
dos Batistas —, em 2007. Constam chouriço, filhós (que também vem desaparecendo
das cozinhas tradicionais) e doce de jerimum, além dos variados biscoitos de
Caicó.
A
alternativa inicial para fazer com que o doce seco perdure é passar a receita e
o preparo, a cada geração. Mas, infelizmente, não existe muita gente
interessada nos estudos pela gastronomia tradicional – ou pelo menos é isso o
que me pareceu quando estive por lá.
O
doce seco faz parte das lembranças de infância do escritor e sertanejo — como
ele próprio define — Pery Lamartine. Em um artigo publicado em seu blog,
escrevendo sobre o reencontro com um amigo dos tempos das festas animadas em
São João do Sabugi, o dito doce é citado e elogiado. Lembra quem o fazia e onde
a negra já de idade e detentora do mistério do doce crocante que não leva fogo,
morava. “No fim da rua”, tenta lembrar um conterrâneo enquanto consultava sobre
o nome da cozinheira que andou por várias cozinhas das tradicionais famílias
daquele pedaço de Seridó.
Na
fazenda Timbaúba, do avô materno Zuza Gorgônio, em Ouro Branco, sua mãe, Maria
de Lourdes, também fazia a receita. “Ela modificava para ficar mais prática”,
diz, explicando que no lugar da rapadura, colocava açúcar bruto, o escuro, e
também nunca usou a crueira, como os mais antigos usavam, sempre usou a
farinha. Crueira, segundo explica Pery Lamartine, é a parte ralada mais grossa
da mandioca, geralmente colocada como ração para o gado. Mas a receita de dona
Maria de Lourdes, nos idos dos anos 20 para 30, sempre levava gengibre. “Se não
tivesse ela nem fazia porque ficava sem graça”, diz.
A
lembrança dele também remete o sabor do doce às festas juninas, mais
precisamente à noite de São João, festa típica do município de São João do
Sabugi. Lá, os festejos eram mais animados, diferente da programação de sua
cidade, a vizinha Serra Negra do Norte: “Tinha orquestra na praça, diferente de
Serra Negra que era mais programação de igreja”, relembra.
Menino
criado em fazenda até os dez anos de idade, Pery Lamartine avalia como natural
a perda de costumes típicos. Antigamente, sem industrialização de alimentos
cozinhava-se tudo em casa. Hoje, a facilidade dos produtos prontos e a vida
corrida, para ele, concorrem para o fim do conhecimento de receitas de família.
Embora diga que antes era bem melhor, com sabores incapazes de serem
esquecidos.
Para
garantir a continuidade do doce seco deixarei a receita, obtida com o custo de
pesquisas naquela região. E deixo aqui um agradecimento particular aos autores
das fontes por mim consultadas. São iniciativas como a de vocês que fazem valer
a pena o meu trabalho de pesquisador. Obrigado!
FONTES:
Doce
Seco
Ingredientes:
1 e ½ rapadura
2 xícaras de farinha de
mandioca bem fina
2 colheres (sopa) de: cravo
2 colheres (sopa) de canela
2 colheres (sopa) de
erva-doce
1 colher (chá) de pimenta do
reino
1 colher (chá) de gengibre
(se preferir)
1 coco ralado e tirado o
leite
100g de castanha de caju
1 pitada de sal
Para a massa
700g de farinha de trigo
Água até dar o ponto de
soltar das mãos
Preparo: O primeiro passo é
fazer o mel com uma rapadura bem escura. Coloca-se no fogo com um pouco de água
a rapadura quebrada em pedaços grosseiros e vai mexendo para ela desmanchar e
dar o ponto de mel, um pouco grosso. Depois, rala-se o coco para tirar o leite.
As especiarias são trituradas: cravo, canela, erva-doce, gengibre (para quem
preferir) e pimenta do reino. As castanhas também são trituradas, mas algumas
ficam inteiras para enfeitar. Depois de tirar o leite do coco passando no
liquidificador, côa-se e acrescenta-se os ingredientes secos, as especiarias, a
castanha triturada e a farinha de mandioca. Leva-se ao fogo em uma panela com o
cuidado de sempre mexer para não deixar a farinha sentar no fundo da panela e
não queimar. Nesta quantidade, quando começar a fervura espera-se mais ou menos
meia hora para desligar o fogo, sempre mexendo. Quando desgrudar do fundo da
panela, está no ponto. Coloca-se em tigela e o ideal é esperar até o dia
seguinte para montar os doces, pois a espécie tem que estar fria. Massa: Numa
superfície lisa e enfarinhada, abre-se a massa aos poucos. Feita de farinha de
trigo e um pouco de água, é amassada na mão e deve ter consistência macia e
firme. Pequenas quantidades da massa, mais ou menos do tamanho de uma bola de
pingue-pongue, são abertas para serem recheadas e cortadas com formas de
pastel. Depois de montados, os doces recebem generosa quantidade de farinha de
trigo polvilhada para ajudar a secar a massa, sempre em local arejado. De vez
em quando é recomendável virá-los de lado. O mais importante: não pode
ser guardado na geladeira para que a massa não molhe e não amoleça.
Doce de Espécie de Gergelim
1 copo
de gergelim
1 copo
de farinha de mandioca
1
colher de sopa de manteiga
1
colher de sopa de cravo da índia torrado
1/2 copo
de castanha de caju assada
4
copos de mel de rapadura
canela
em pau
Preparo:
Colocar o gergelim numa panela e torrar. Quando estiver estalando, retirar do
fogo e continuar mexendo até esfriar um pouco. Misturar ao gergelim, a farinha
de mandioca, o cravo e as castanhas e misturar bem. Bater aos poucos essa
mistura no liquidificador (ou no mixer, ou em um moinho manual para triturar)
para evitar que a massa grude demais. Verta a massa triturada em uma panela,
juntar o mel de rapadura e a manteiga, acrescentar a canela em pau e levar ao
fogo mexendo sempre. Retirar do fogo quando começar a ferver e colocar em um
recipiente de vidro para esfriar. Para guardar melhor que o recipiente onde
estar o doce tenha tampa para preservar os aromas.
adorei a materia sobre o doce, embore ache que realmente nao iria apreciar, porque nao sou muito fã de cravo. Pode dizer, é uma pena mesmo, mas quem sabe talvez ate gostasse do doce, se o gosto do cravo nao fosse tao forte. No minimo deu vontade de experimentar mesmo assim rsrsrs. Ass. Révia
ResponderExcluirjá saboriei doce seco, há muito tempo,morava na faz. Poço verde do Sr. Teodorico Bezerra no municipio de S.J.de Campestre /RN Mais tarde, perguntava a um e a outro sobre o doce e ninguem. sabia. Felismente, graça a modernidade, agora encontrei. MUITO OBRIGADO. dimas.
ResponderExcluirEu tive o privilégio de um dia saborear esse delicioso doce seco feito pela minha mãe que era paraibana de Catolé do Rocha mas que com certeza morou pelas bandas do sertão do Seridó. Estou feliz porque enfim encontrei alguem que sabe dessa delicia e que publica a receite. Vou fazer e com certeza acertarei a receita.
ResponderExcluirO doce seco é uma iguaria! Tive a oportunidade de apreciá-lo em São João do Cariri-PB e fiquei impressionada com o seu sabor e sua textura. Se depender de mim, essa tradição não acaba tão cedo... já até aprendi a receita de Izabel, na Fazenda Poço de Pedras. A receita dela não leva nem castanha nem coco, o que talvez deixe o sabor do doce menos enjoativo. Fica a dica!
ResponderExcluirAbraços!
Saboreei doce seco quando criança, na escola que estudava na comunidade rural, Bastiões-município de Nova Cruz/RN, a minha professora, Maria Basílio, sempre nos oferecia essa delícia no dia das mães e no dia das crianças.
ResponderExcluirOnde moro, chama-se Beira seca. Realmente está difícil de encontrar. Muitas coisas da nossa cultura estão se perdendo. Lamentável!
ResponderExcluirProcurei muito até aqui, Passado de minha Vó para apenas meu primo e eu, porem nossa Vó nos passou a receita e o com o nome de "Truita" na cidade de Alagoinha/PE. Nao temos parentes nenhum na região do Seridó na cidade conheço apenas mais uma senhora prima de minha Vó que faz. Mas é uma delícia e já estou ensinando minha filha fazer.
ResponderExcluirSempre procurei a receita de dose cero
ResponderExcluirPbrigada.
Provei há 58 anos atrás quando morava em Alagoinhas(PE) com 8 anos . Há muitos anos procuro nas cidades do interior mas nunca encontrei.
ResponderExcluirOlá bom dia!
ResponderExcluirPasseando pelos assuntos que estudo desde os anos 60 do século passado, sei que docê seco é um docê servir o e vendido nas festas de final de ano e não nas festas juninas. Me proponho a discutir esse assunto é outros mais da cultura alimentar Seridoense e potiguar. Pergunto: Qual o primeiro povo serviu salada de frutas do Brasil? E em que época?
Minha Mãe tem 87 anos e minha família é natural da cidade de Monteiro, no cariri paraibano. Ela fala com muita saudade deste doce, que sua avó, dona Mocinha, fazia para ela e suas irmãs.A sua descrição é exatamente igual à receita de que ela fala. Entretanto, o nome do doce, talvez pela tradição portuguesa, chamava-se Beira Seca.
ResponderExcluirParabéns pela pesquisa da memória nacional.
Desde de 1964 que fue para SP que não vejo!Inha fazia Belo Jardim PE! Sou descendente de judeus que vieram pra o Brasil fugindo da perseguição Católica e agora encontrei na internet! Procuro saber se tem ligacao com comida judaica!
ResponderExcluirAchei interessante o doce seco e estou decidida a fazer. O espécie de gergelin eu conheço e lembra demais a minha avó mirtes, ela foi natural de Quixada-Cee na fazenda onde morava era tradição esse doce. Obrigada mesmo pela matéria.
ResponderExcluirAline Sindeaux
Parabéns por nos proporciona a receita deste doce tão delicioso q é o doce seco,comi este doce na minha infância na café de Maria cabocla.
ResponderExcluirEu moro em Goiás Na cidade de Goiás também chamada de Goiás velho, antiga capital do estado. Faço alfenim e luto aqui pra ele sobreviver. As nossas doceiras faleceram, ou por causa da idade não fazem mais. Sei bem como é lutar por uma tradição gastronômica. Cobro cinco reais cada alfenim e te gente que vira a cara ainda por cima.
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