Tem dias que a gente precisa acorda com as
baterias fracas... Nesses dias é importante ter por perto algo que lhe faça bem
e lhe ajude a recarregar as baterias. No meu caso, gosto de benção celtas. Como
elas são lindas, profundas e simples. Deste modo, quero dividir duas dessas
bênçãos com vocês antes de começar a tratar do tema de hoje.
Que Deus nos dê
para cada tempestade,
um arco-iris
Para cada lágrima, um
sorriso
Para cada gesto de
ternura, uma promessa
E uma benção em cada
momento difícil.
Que tenhamos sempre
um amigo fiel
para dividir os
nossos problemas.
E que cada oração
seja sempre escutada e respondida.
O dia que o peso
apoderar-se dos teus ombros, e tropeçares, que a argila dance, para
equilibrar-te!
E, quando teus olhos
congelarem, por trás da janela cinzenta,
E o fantasma da perda
chegar a ti...
Que um bando de
cores, índigo, vermelho, verde
E azul celeste, venha
despertar em ti,
Uma brisa de alegria.
Quando a vela se
apagar no barquinho do pensamento,
e uma sensação de
escuro estiver sobre ti,
que surja para ti,
uma trilha de luar amarelo,
para levar-te a salvo
pra casa.
Que o alimento da
terra seja teu!
Que a claridade da
luz te ilumine!
Que a fluidez do
oceano te inunde!
Que a proteção dos
antepassados,
esteja com você!
E assim...
que um vento teça
essas palavras de amor á tua volta,
num invisível manto,
para zelar por tua vida, onde estiveres.
Que assim seja!!
E assim se faça.
Bênçãos feitas,
pretendo ser breve – pois o tempo está contra mim. A história de hoje começa
com uma lenda para então ganhar a realidade. Estou cursando, no mestrado, a
disciplina interessante de economia. No entanto é muita informação condensado
para pouco tempo e humanamente impossível, aprendermos tudo o que nos está
sendo proposto. Amanhã, haverá uma prova dessa disciplina, motivo do surgimento
desse post, vocês já entenderão o porquê.
Existe uma lenda, na
região francesa de Limousin, que um bolo de avelas chamado Creusois é capar de
dar ânimo e coragem aos estudantes nas horas das provas. E se é assim, tudo que
vem pra ajudar é bem-vindo. E um bolo, com essas funcionalidades auspiciosas
ainda fica mais gostoso. Mas, como só essa lenda não iria me bastar, fui
pesquisar mais sobre o tal bolo creusois, e acabei descobrindo motivos que
levaram ao surgimento da lenda.
Atualmente, o bolo
creusois é uma indicação geográfica francesa – trata-se de um produto muito
típico, registrado como bem cultural e que salvaguarda uma tradição local. Mas
a história em rica em fatos e os contarei a seguir.
Quando tomamos a
leitura os livros de história fica evidente que, a partir do século XIV, na
Europa principalmente, os mosteiros floresciam por toda parte, eram fonte de
múltiplo de tesouros espirituais. Pensando bem, nem só de tesouros espirituais.
Imaginem as delicias gastronômicas e os vinhos deliciosos que foram produzidos
dentro dos muros de mosteiros e abadias, em épocas de tempos imemoriais, onde
frades, monges, monjas e todo tipo de religiosos acabaram tratando a
gastronomia com requinte – a doçaria conventual portuguesas é um belo exemplo
do que falo. Mas, além de “criativos da cozinha” os religiosos eram muito
curiosos – talvez essa curiosidade faça uma alusão ao aluno da lenda inicial,
que deveriam ser curiosos por natureza, pra buscar por algo que eles estão
aprendendo a ter: o conhecimento.
Em 1969, a demolição
de uma dessas fontes de tesouros espirituais e gastronômico foi morada de
monges em Crocq, uma comuna francesa na região administrativa de Limousin, mais
precisamente em um antigo mosteiro na cidade de La Mazière-aux-Bons-Hommes, em
Canton. Os monges encontraram nos destroços um pergaminho do XV, bem protegido
do tempo e de olhares indiscretos. Uma sequência de palavras escrita em francês
antigo que escondia uma receita deliciosa para a ressurreição de um bolo
peculiar. Foi traduzido, analisado e acabou se tornando inovador. No
pergaminho, chamava-se "cuit en tuile creuse”, que significa “preparado na
telha oca." Uma cópia deste pergaminho pode ser encontrada atualmente no
l'Office du Tourisme de Crocq, e a receita original manda executar o bolo da
seguinte maneira:
Prenez deux verres de
belles noisettes bien mûres finement rôties, écrasez-les avec le double de
sucre. Mélangez avec cette poudre un verre de blancs d’ufs montés en neige et
une poignée de farine de froment. Pour finir, ajoutez environ 100 g de beurre fondu.
Remuez le tout et cuisez à four moyen;
Pegue dois copos de
boas avelãs levemente torradas, triture-as com o dobro de açúcar. Misture este
pó com uma xicara de claras de ovos batidas em neve e um punhado de farinha de
trigo. Finalmente, adicione 100 g de manteiga derretida. Misture tudo e cozinhe
em forno moderado.
Essa é a simples
receita do bolo creusois que os monges assavam em telhas ocas! O departamento
de turismo de Croq tem um vídeo promocional que resume essa história, confira:
Mas foi graças a
André Lacombe, então presidente des Pâtissiers de la Creuse, uma a associação
de confeiteiros daquela região, que o bolo saiu das sombras. Ele teve a ideia
de tornar o bolo creusois uma especialidade da sua associação e da região onde
moravam. Prontamente, todos os colegas da associação que ele presidia
concordaram em acompanhá-lo nesta aventura. Decidiram que cada um faria um bolo
seguindo a receita base, encontrada no velho mosteiro, para que ele conservasse
as características do original. Assim, o bolo proposto por M. Langlade foi o
escolhido o escolhido e, então, chamado "Le creusois." Ele se saiu
tão bem que os "creusois" poderia começar uma longa viagem ao redor
do mundo para ir bajular os paladares mais exigentes.
A receita é mantida
em segredo, sabe-se que 31 confeiteiros da Associação "Le creusois",
são os únicos autorizados a fazer este bolo de manteiga com avelãs vendidos com
este nome. Eles se envolvem você sob este rótulo, seguem atentamente a receita
e usam apenas ingredientes da mais alta qualidade. Desde o seu lançamento, este
bolo foi um sucesso comercial: a cada ano, mais de 160 mil bolos de 320 gr são
produzidos pelos confeiteiros creusoises bolos com o rótulo de "Le creusois."
Atualmente, uma
confeitaria industrial, Les Comtes de la Marche, criada por Jacques Brunet em
La Celle-sous-Gouzon, fabrica desde 1999 bolos de avelã que são distribuídos
nos supermercados em França, sob diferentes nomes (Moelleux du Limousin, Gâteau
creusois etc).
Encontrei algumas
receitas na internet com poucas variações, mas achei uma excelente, bem
parecida com a receita original do pergaminho. Infelizmente, não é fácil achar
formas em telha de terracota por aqui, mas temos tantas formas legais que o importante mesmo é fazer o bolo. Assim, se vocês está precisando
de uma ajuda extra pra te ajudar com os estudos, prepara o bolo e arrisca.
Le Creusois
200
g de açúcar
7
g de açúcar de abaunilhado ou gosta de baunilha (opcional)
100
g de farinha
100
g de avelãs moídas
125
g de manteiga derretida em temperatura ambiente
Manteiga
e farinha para untar a forma
Preparo: Bata as claras em
neve. Em uma vasilha, misture bem o açúcar, a farinha, a vanilina e as avelãs
moídas. Acrescente a manteiga derretida que deve estar em temperatura ambiente.
Adicione, misturando delicadamente, as claras batidas em neve. Despeje em uma
forma redonda, tipo tabuleiro, untada e enfarinhada. Leve ao forno 170°C por 25
à 30 minutos.
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