Hoje a mídia inglesa
esteve eufórica, o motivo: o batizado do príncipe de Cambridge, George
Alexander Louis, de três meses. Por conta disso, também resolvi entrar nessa
onda...
A cerimônia foi
marcada para 14hs local (12hs no horário de Brasília), sedo celebrada pelo
arcebispo de Canterbury, Justin Welby – e como os ingleses são criteriosos com
seu protocolo, esteve prevista para durar 45 minutos, o que de fato ocorreu.
Assim, na hora marcada, com o príncipe George nos braços, o Príncipe William e
Kate Middleton, adentraram à capela do Palácio de St. James, em Londres,
mostravam-se animados para a ocasião.
O evento foi
intimista, só os mais íntimos das famílias foram convidados. Estiveram
presentes a rainha Elizabeth e seu marido, o príncipe Philip, o Príncipe Harry,
os pais de Kate Middleton, Carole e Michael, os irmãos da duquesa, Pippa e
James Middleton, e Camila Parker-Bowles. Um coro de seis homens e 10 crianças
cantavam as músicas religiosas, entre elas, "Blessed Jesu! Here we
stand", composta especialmente para o batismo de William, em 1982. Pippa e
Harry leram trechos da Bíblia durante a cerimônia.
As redes de televisão
britânicas mostravam desde cedo a movimentação para o batizado, inúmeras
pessoas se aglomeravam na frete da capela – cinco mil pessoas assinaram um
cartão gigante em homenagem ao pequeno príncipe.
Mesmo sendo intimista
o evento teve sua “pompa”. O príncipe George teve sete padrinhos (um a mais do
que William teve em seu batismo), entre eles uma amiga de infância de Kate e
uma amiga da princesa Diana, morta em 1997. Os nomes dos padrinhos foram
escolhidos pelos pais do bebê, que procuraram colocar parentes e amigos mais
próximos, de ambos os lados. Entre os padrinhos está Zara Phillips, prima do
príncipe William, filha da princesa Anne; Oliver Baker e William van Cutsem;
Julia Samuel, Emilia Jardine-Paterson e o conde de Grosvenor, todos amigos dos
duques, e Jamie Lowther-Pinkerton, ex-secretário privado do casal. William e
Kate Middleton romperam com a tradição real ao escolher principalmente amigos
da infância e da universidade escocesa de St. Andrews ao invés de reis ou
príncipes, como foi o caso de William, cujo padrinho é Constantino, deposto rei
da Grécia.
De acordo com
comunicado oficial, George foi batizado na fonte Lírio com água do rio Jordão,
em Israel, onde, segundo a Bíblia, Jesus Cristo recebeu o batismo. A rainha
Vitória e o príncipe Albert construíram a fonte em 1841 após o nascimento da
princesa Vitória. Desde então, a fonte vem sendo utilizada nos batizados reais.
Kate Middleton mais
uma vez seguiu a tradição, e usou vestimenta produzida por estilistas ingleses:
um vestido de Alexander McQueen e chapéu de Jane Taylor. Já o traje do pequeno
George foi uma réplica dell’abitino, uma roupa feita há cerca de 200 anos para
os batizados reais. A criadora do traje é Janet Sutherland, filha de um mineiro
escocês que ganhou o título de Bordadeira da Rainha em 1841.
Na época, a roupinha foi feita de algodão para a filha mais velha da rainha Vitória e desde então foi utilizada por 60 bebês reais – a original encontra-se muito desgastada, mesmo sendo zelosamente guardada. Assim a Rainha Elizabeth II ordenou uma réplica feitos à mão e perfeitamente iguais. A réplica usada por George foi feita em seda e cetim por uma costureira da rainha Elizabeth.
A pia batismal da realeza britânica |
Na época, a roupinha foi feita de algodão para a filha mais velha da rainha Vitória e desde então foi utilizada por 60 bebês reais – a original encontra-se muito desgastada, mesmo sendo zelosamente guardada. Assim a Rainha Elizabeth II ordenou uma réplica feitos à mão e perfeitamente iguais. A réplica usada por George foi feita em seda e cetim por uma costureira da rainha Elizabeth.
A foto mais esperada
é a foto oficial onde a rainha Elizabeth II aparecerá com os três possíveis
futuros monarcas britânicos: Charles, William e George, algo que não ocorre
desde julho de 1894, quando, no batismo o bebê daquela época tornou-se Edward
VIII, imortalizado com o seu pai, o futuro George V, o avô, que será"
Edward VII, e a bisavó, a rainha Victoria.
Vocês devem estar se
perguntando: cadê o bolo nesta história toda?
Três sucessores da rainha Vitória foram retratados com ela em 1894 |
Foto oficial feita após o batismo de George mostra pela primeira vez a rainha Elizabeth II acompanhada de sucessores ao trono britânico (Foto: Jason Bell/Camera Press/AP) |
Uma moeda de cinco libras (seis euros) foi cunhada, especialmente por ocasião do batismo, a primeira vez para uma tal cerimônia. |
A Clarence House,
residência oficial dos duques de Cambridge, comunicou, que Kate e William receberão
os convidados na Clarence House para um brinde onde uma parte do bolo do
casamento real, realizado em 2011, que foi congelado na época, será servido aos
presentes na recepção.
Não se assustem, os
ingleses tem essa hábito de guardar os bolos de casamento para come-los tempos
depois – pra sorte dos comensais, os meios de armazenamentos e as técnicas de
conservação de hoje estão avançadas – mas, estes bolos são tão tradicionais e
tão perfeitos para o armazenamento, que não estragam. Como? Vamos entender isso
direito...
Uma famosa
superstição matrimonial dá conta que uma fatia do bolo de casamento deve ser
guardada com cuidado e carinho para ser consumida na celebração de um ano de
união. Essa tradição não é muito popular no Brasil, e aponta suas origens na
Inglaterra, onde acredita-se que partilhar a iguaria nas Bodas de Papel daria
sorte para os anos que viriam.
Atualmente, embora
não exista uma explicação conhecida para o congelamento de um pedaço do bolo do
casamento, essa tradição é tão forte entre os ingleses que a própria Família
Real segue o costume. O bolo de frutas servido no matrimônio do príncipe
Willian e Kate Middleton, por exemplo, foi conservado de acordo com esse
ritual. O mesmo já havia sido feito com os bolos das uniões entre o príncipe
Charles e a princesa Diana, em 1981, o príncipe André com Sarah Ferguson, em
1986, e a princesa Anne com o capitão Mark Phillips, em 1973. Todos os bolos
tiveram fatias leiloadas anos após a realização do matrimônio, chegando a
arrecadar, cada pedaço, mais de R$ 6 mil.
Em fevereiro deste
ano chegou a vez de ser leiloada uma porção do bolo servido no casamento da
Rainha Elizabeth II, celebrado em 20 de novembro de 1947. Com 65 anos, o pedaço
fez parte de uma iguaria de quase três metros de altura que ficou conhecida
como o “bolo de casamento de 10 mil milhas”, em referência aos ingredientes
usados em sua confecção, oriundos dos mais distantes países que fizeram parte
do Império Inglês, como Austrália e África do Sul.
O leilão do bolo de
casamento da Rainha Elizabeth II aconteceu na internet, pelo site PFC Auctions,
e foi encerrado na noite de 28 de fevereiro de 2013. A fatia foi arrematada por
valor equivalente a R$ 1,600 (560 libras). O comprador não teve o nome divulgado.
Assim, os duques de
Cambridge acabaram respeitando a tradição, guardaram o bolo e somente agora
resolveram degusta-lo. Não sabe-se se haverá fatia a ser leiloada. Para quem
não lembra, o bolo do casal real pode dar uma conferida nele (Clique aqui para ver).
A fatia do bolo do casamento da rainha Elizabeth II |
A fatia do bolo de casamento da rainha Elizabeth II que foi leiloada em fevereiro de 2013 |
Fatia do bolo de casamento dos duques de Cambridge leiloada em fevereiro deste ano por R$6.000,00 |
O bolo oficial do casamento dos duques de Cambridge |
O bolo especial feito a pedido do príncipe - à base de chocolate e biscoitos. |
Essa história de
guardar bolo de casamento, surgiu no século XVII, as convidadas solteiras
deveriam pôr uma fatia de bolo debaixo da almofada antes de se deitarem.
Dizia-se que assim sonhariam com o futuro marido – as formigas deveriam ter
feito a festa com o bolo!!! Um século mais tarde, a fatia foi reduzida para
algumas migalhas (que deveriam ser passadas pela aliança da noiva), e,
novamente, colocadas debaixo da almofada – ok, o incomodo pode ser menor, mas
as formigas, com certeza, continuariam a aparecer. Esta tradição quebrou-se quando as regras da
cerimónia impuseram que a noiva não tirasse a aliança, fosse por que motivo
fosse, a aliança não poderia sair depois da cerimónia religiosa.
Hoje quem guarda o
Bolo do Casamento são as noivas, na intenção de consumi-lo depois, porque no
momento da festa, geralmente, os noivos tem muitos afazeres, não dá tempo de
comer bolo. Já guardar bolo para comer tempos depois, não é apenas uma tradição
no Reino Unido e na América do Norte, aqui no nordeste brasileiro, as famílias
mais bastadas também realizam este feito – pelas influencias recebidas com a
colonização.
Esta ideia surgiu no
século XIX, numa altura em que era comum os filhos aparecerem pouco depois do
casamento. Assim, um andar do bolo podia servir para o batizado do bebê!
Quem é do nordeste, e
gosta de seguir as tradições, pode desfrutar de uma receita de Bolo de
Casamento de herança britânica pouco comum (feitos à base de massa escura,
vinho, ameixas e frutas cristalizadas), e o resultado desse bolo congelado um
ano depois é um sabor inigualável, com um delicioso gosto de vinho e aparentará
ter sido feito recentemente.
Nesse contexto eu
resolvi ir pesquisar as receitas dos bolos do casamento do príncipe William.
Pra minha sorte, o que na época foi um segredo de Estado, hoje está publicado
nos registro oficiais britânicos, e na mídia em geral, as receitas dos bolos
originais daquela cerimonia. O bolo de frutas, contudo, é único que pode ser
guardado como manda a tradição; o bolo de chocolate, feito com biscoitos,
exigência do príncipe, é mais delicado e por isso mesmo deve ser consumido
logo. E como eu não poderia deixar de apresentar, também segue a receita do
famoso bolo de casamento de Recife. Escolha o seu, teste e guarde.
The Royal Wedding Fruit Cake (receita original de Fiona
Cairns)
1 e 1/2 xícaras de cerejas cristalizadas
1 e 1/2 xícaras de cerejas cristalizadas
2 xícaras de passas brancas
2 xícaras de passas escuras, de preferência
Thompson
1 1/4 xícaras de cascas de cítricos
cristalizado
2/3 de xícara de gengibre cristalizado
1/2 xícara de ameixas secas
3 colheres de sopa de melaço
3 colheres de sopa de geleia de laranja
amarga
1 colher de chá de concentrado de tamarindo
raspas da casca de 1 laranja
raspas da casca de 1 limão
1 colher de sopa cheia especiarias (Mistura
de canela, cravo, noz moscada)
6 colheres de sopa de conhaque, mais 3
colheres de sopa para alimentar o bolo
1 xícara de nozes
1/3 xícara de amêndoas moidas
1 1/4 xícaras de farinha com fermento
1 colher de chá de sal
1 xícara mais 2 colheres de sopa de manteiga
sem sal, amolecida
1 xícara mais 2 colheres de sopa de açúcar
mascavo
1 1/2 xícaras de farinha de amêndoa
5 ovos grandes ligeiramente batidos
Preparo: Um dia antes, lave
as cerejas, seque-as bem com papel toalha e corte cada uma em metade. Coloque
as passas brancas e escuras, casca de citricos, gengibre, ameixas, cerejas,
melado, as geleias, o concentrado tamarindo, as especiarias em uma tigela
grande. Despeje em 6 colheres de sopa de conhaque, mexa bem, cubra com filme
plástico e deixe descansar durante a noite. No dia seguinte, aqueça o forno a
275 graus. Unte com manteiga uma assadeira 9 polegadas assadeira e forre o
fundo e as laterais com papel manteiga. Espalhe as nozes em uma outra
assadeira. Asse por 10 minutos no forno, agitando uma vez. Deixe esfriar um
pouco, pique grosseiramente e reserve.Junte as farinhas e o sal numa tigela e
misture bem. Na batedeira em velocidade alta, bata a manteiga e o açúcar por
pelo menos 5 minutos até que fique claro e fofo. Adicione as amêndoas moídas,
em seguida, muito gradualmente, os ovos, misturando bem entre cada adição. Com
uma colher de pau junte as farinhas misturadas com o sal, em seguida, as frutas
embebidas e as nozes. Espalhe a massa na assadeira. Asse em por cerca de 2 e
1/2horas. Se um palito de madeira inserido no centro sair limpo, está pronto.
Se dourar demais antes de estar totalmente cozido, faça um círculo de papel
alumínio um pouco maior do que o bolo, fure um buraco no centro para abri-lo,
em seguida, coloque-o sobre a assadeira. Depois de frio espete todo ele com um
palito ou com um garfo e umidifique com o conhaque. Retire da assadeira,
descarte o papel. Embrulhe em papel um novo papel manteiga em seguida, numa
folha de alumínio e deixe descansar por uma semana ou até três meses. Se quiser
uma suculência extra, desembrulhe e regue com 1 colher de sopa de conhaque a
mais a cada duas semanas.
115g de açúcar granulado
115g de manteiga sem sal (amolecida )
Um ovo.
230g de biscoitos para chá McVitie's (aqueles das latinhas também ficam ótimos, ou pode usar o maisena)
½ colher de chá de manteiga para untar
260g de chocolate escuro para cobertura
Preparo: Unte levemente um
aro para tortas de 6 polegadas por 2 ½ polegadas e coloque em uma bandeja com
uma folha de papel manteiga por baixo. Quebre cada um dos biscoitos em pedaços
do tamanho de uma amêndoa com a mão e reserve. Bata a manteiga e o açúcar em
uma tigela até que a mistura começar a clarear. Derreta as 115g de chocolate e
adicione à mistura de manteiga, mexendo bem. Adicione o ovo nesta mistura e
bata bem. Juntar os biscoitos neste creme até que todos estejam revestidos com
a mistura do chocolate. Coloque a mistura dentro do aro já preparado - Tente
encher todas as aberturas da parte inferior do aro; leve o bolo à geladeira por
pelo menos três horas. Retire o bolo da geladeira e deixe repousar enquanto
você derrete as 260g de chocolate. Retire o aro do bolo e vire de cabeça para
baixo em prato, retire o papel manteiga, despeje o chocolate derretido sobre o
bolo e alise a superfície e as laterais com uma espátula. Deixe o chocolate
escorrer e tomar formar e endurecer.
Cuidadosamente usar uma faça para retirar o excesso de chocolate nas laterais,
e se quiser, voltar a derreter o excesso para decorar
Bolo de
Noiva de Recife
Ingredientes:
500 g de farinha de trigo
500 g de açúcar mascavo
500 g de manteiga ou margarina
1/2 xícara de vinho tinto
1 colher (sopa) de conhaque
1 colher (sopa) de raspas de limão
1 colher (sopa) de fermento em pó
300 g de ameixas bem picadas
300 g de frutas cristalizadas picadas
200 g de passas brancas
200 g de passas pretas
1/2 xícara de nozes picadas
8 ovos
1 pitada de cravo triturado e peneirado
Noz-moscada e canela em pó a gosto
Glacê mole
2 xícaras de açúcar de confeiteiro
3 claras
Glacê duro
8c de açúcar de confeiteiro
2 colheres (sopa) de suco de limão
4 claras
Preparo
Massa:
Deixe as passas de molho no vinho do Porto de um dia para o outro. Bata a
manteiga com o açúcar por 5 minutos ou até ficar esbranquiçado. Junte os ovos e
bata até ficar homogêneo. Acrescente as
raspas de limão, a noz-moscada, o cravo e a canela. Em seguida, a farinha e o
fermento peneirados, batendo sem parar.
Junte as ameixas e as frutas e misture. Adicione o conhaque e o vinho
com as passas e misture. Aqueça o forno em temperatura média. Forre 2 fôrmas
com papel manteiga e unte com bastante manteiga. Polvilhe farinha e divida a
massa entre as duas fôrmas. Asse por 55 minutos ou até que, ao espetar um
palito, ele saia limpo. Deixe esfriar. Modo
de Fazer: Glacê mole: Bata as claras até espumarem e acrescente o açúcar.
Continue batendo até engrossar. Glacê
duro: Bata as claras com o suco de limão até espumarem. Junte o açúcar aos
poucos, mexendo com uma colher de pau. Misture até obter uma massa (essa massa
ainda gruda nas mãos). Transfira para uma superfície lisa e sove, acrescentando
o açúcar restante aos poucos, até obter uma massa lisa e que não grude nas
mãos. Cubra com filme plástico para não ressecar. Montagem Desenforme o bolo maior sobre um prato e cubra-o com uma
camada do glacê mole. Coloque o segundo bolo por cima e cubra-o da mesma
maneira. Reserve a sobra do glacê. Polvilhe açúcar de confeiteiro sobre uma
superfície lisa. Abra uma porção da massa dura com um rolo na espessura de 0,5
cm. Corte pedaços com uma faca e cubra toda a lateral e a superfície do bolo.
Com as mãos molhadas com água, alise a cobertura e emende os pedaços de glacê.
Reserve a sobra da cobertura. Coloque as sobras de glacê em uma tigela e
acrescente 1 clara. Mexa até obter uma mistura homogênea. Finalize a decoração
do bolo com o saco de confeitar ou moldando pequenas flores com a mistura. A
receita original foi dividida por seis para facilitar o preparo. Se quiser um
bolo para o dia-a-dia, esqueça a cobertura. Para congelar, basta embalar em
filme plástico.
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