quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Inauguração do Monsieur Démon Restaurant


Esta confraria tem a honra de apresentar, o seu restaurante sazonal de Halloween, o Monsieur Démon Restaurant.


Nossa Logo
Vocês podem, ainda, não ter ouvido falar da gente, mas garanto que os melhores gourmets do mundo mágico e do tenebroso reino das sobras conhecem nosso primoroso trabalho gastronômico. Desenvolvemos pratos suculentos como o que há de mais especial neste, e no outro, mundo. Não foi à toa que fomos premiados como o melhor local pra se comer num Dia das Bruxas.
Meus queridos ajudantes de cozinha...
Somos o que muitos chamam de restaurante estrelado. No entanto percebemos que somos mais que isso quando proporcionamos encantamentos (literalmente) para nossos mais variados e gulosos clientes.
Alguns de nossos comensais mais fiéis são bastante conhecidos:
Hogwarts inteira vem nos prestigiar. 



Servimos inclusive a melhor Gillywater do mundo (esta é, por sinal, a bebida preferida da nossa amada professora Minerva McGonagall. Servimos lindamente com um par de pés usando saltos altos em um turquesa cintilante que fascinou aquela senhora. Somos nós, os fornecedores oficiais desta bebida para a taverna Três Vassouras, em hogsmeade).


Produzimos gillywater com as melhores gillyweeds do mundo.
Não servimos somente aos bruxos. Temos como clientes os queridos vampiros Marius e Lestat – que sabem apreciar de todas as maneiras possíveis o nosso ambiente moderno e requintado. Eles, inclusive, trazem suas vítimas, digo, companhias, para fazer uma boa refeição - o que lhe aromatiza o sangue que será deliciado por nosso vampiros-clientes. 


Uma foto recente de Lestat se deleitando em nossos salões foi postada no seu perfil do Instagram
Temos espaço privativo para alimentar lobisomens – ao ar livre, como uma ótima visão do cemitério local e uma iluminação romântica e intimista feita pela luza da lua.



Também atendemos aos nobres. O conde Drácula aprecia muitíssimo o nosso serviço de catering quando pretende fazer banquetes interessantes em seu castelo, na Transilvânia.


O conde solicitando nossos serviços de catering via correspondência á moda antiga. 
Já a sedutora Elvira, a rainha das trevas, prefere umas boas doses de Veludo Mofado.


Elvira, rainha das Trevas
Nosso veludo mofado
As estrelas do rock de horror nos visitam assiduamente – dentre os mais chegados está o Dr. Frank N Furter. Ele diz que adora nosso ambiente por sermos Gay & Human Friendly, que somos um exemplo de inclusão social.


O Dr, Frank N Furter posando para os fotógrafos depois da sua apresentação em nossos salões (veja vídeo abaixo)




Depois de terem uma pequena amostra de quem são nossos frequentadores, passo agora a apresentar nosso menu especial para o Halloween 2013.

Demônios a cavalo

Pão pegadas de Goblins

Molho sinistro para acompanha seus snacs



Picles de cérebro


Epiderme curada



Boo’s típicos




Salada de Decomposição


Monsieur Démon à moda da casa



Sopa de sangue com olhos



Fantasmas ao forno



Tarte do senhor skeletor



Doce da última morada



Nossas bebidas

Coração ao martini 



Cidra Sinistra



Sangue Cítrico

Lagoa Negra

Esquenta pirata 

Nosso prato do dia faz a alegria dos zumbis e das crianças mais demoníacas, trata-se da nossa especialidade feita a partir de múmias da melhor qualidade, com DO (denominação de origem) certificada pelo nosso melhor e mais antigo importador: a terroir das pirâmides do Egito. Também temos nossa sessão preparada com múmias gourmands, vindas da China e das Américas – para os paladares mais excêntricos.
Venham nos conhecer e se deleitar com nossas produções gastronômicas ao som da nossa diva local Rossiclea (vídeo no fim do post). Espero que podemos satisfazer seus mais profundos desejos neste dia. Terei o prazer em servi-lo (a) (já imaginei você assando com uma camada generosa de molho barbecue e umas ameixas, hummmm {tenho que apagar isso antes que que alguém leia]). Aproveite – enquanto pode!

Obs.: É fácil de chegar ao Monseur Démon Restaurant: pela auto estrada do além tumulo, vire a esquerda na Rua do desespero - esquina com à beira da morte,666. Horário de aberturas: ao pino da meia noite. Esteja pronto (a) mandarei minha carruagem com para te apanhar...

Cabeça de múmia ao forno (Bolo de carne com pasta)

600kg de carne magra moída
1 cebola pequena branca, finamente picada
1 ovo
1 xícara de leite
1 xícara de farinha de rosca
1/4 colher de chá de sal
1/4 colher de chá de pimenta preta moída
1/3 xícara 2 colheres de sopa de ketchup
2 colheres de sopa de açúcar mascavo
1 pacote de pappardelle (ou macarrão ou lasanha, depois de cozido vc corta ao meio e remove os babadinhos)
1 de 3 onças mozzarella bola, dividida ao meio para fazer os olhos
2 azeitonas pretas sem caroço ou verde

Preparo: Pré-aqueça o forno a 350 º C. Unte levemente uma assadeira redonda. Em uma tigela grande junte a carne, ovo, cebola leite, farinha de rosca , sal e pimenta e misture bem. Faça uma bola com toda a massa, depois achate como se fosse um hambúrguer. A parte, misture catchup e açúcar mascavo – sem seguida espalhe essa mistura sobre o bolo de carne, coloque na assadeira untada e leve ao forno para assar por uma hora. Depois de assado retirar o bolo da assadeira. Enquanto o bolo assa, cozinhar e escorrer o pappardelle conforme as instruções da embalagem. Com a massa cozida faça uma cama de massa no fundo da assadeira, coloque o bolo de carne no meio,e vao cobrindo com o restante da massa cozida, com cuidado, e fazendo o formato dos enrolados de uma múmia. Cubra todo o bolo de carne. Corte a bola de mozzarella ao meio e coloque entre as tiras de massa, envolvendo-a como se fosse um olhar, no meio do queijo coloque as azeitonas – e os olhos estarão prontos. Sirva e aproveite!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

“Pois eu sou um bom cozinheiro” - poesia e culinária com Vinícius de Moraes

Quando a gente acorda romântico, ler uma poesia sempre é bom. Acontece que eu queria ler uma poesia de alguém que também fosse bom na gastronomia, bom de garfo também (às vezes, na maioria das vezes, eu tenho uma ideia meio “perturbadas” [risos]. E eu geralmente acredito nelas, o que me faz pesquisar sempre. Pra minha sorte, essas minhas ideias são perturbadas, mas são legais – pelo menos eu acho assim. Coisa de louco). Pois bem, achei o poeta que eu estava buscando e, de quebra, ainda angariei umas receitinhas dele pra eu preparar enquanto estiver ouvindo as músicas que ele também compunha e cantava... seja bem-vindo a um pedacinho da cozinha do “poetinha”, Vinicius de Moraes.
Descobri o livro “Pois sou um bom cozinheiro – receitas, histórias e sabores da vida de Vinícius de Moraes”, onde se pode encontrar textos, poemas e receitas de comidinhas que o se dedicava a preparar e a comer. A obra editada pela Companhia das Letras (em setembro deste ano) faz parte das comemorações do centenário do nascimento de Vinícius de Moraes (19 de Outubro de 1913).


O livro está dividido em 3 partes. De cara, o sumário logo nos remente a um livro de poesia, pela disposição do texto, que acaba nos apresentando receitas variadas de épocas distintas da vida do poeta. 
A primeira parte, “Receitas da casa, era uma casa muito engraçada”, mostra um pouco da infância de Vinícius, mostrando seu s aromas, sabores e lugares traz as lembranças da sua infância com seus sabores, lugares – pois traz também receitas do período em que Vinicius ficou fora do Brasil e outras onde ele próprio ia para a cozinha preparar como a “feijoada à minha moda”.


“Receitas de rua, eu não ando só, só ando em boa companhia” é título mais que apropriado para a segunda parte do livro, que apresenta as receitas de restaurantes e bares frequentados por Vinícius, não apenas na sua tão amada cidade do Rio de Janeiro, mas  em Minas Gerais, na Bahia, na Itália, em Los Angeles, dentre outras.


Por fim, a terceira parte, “Receita da obra, as coisas que mais gosto”, estão lá descritos os delírios culinários com os quais o poetinha se deleitava, incluindo pratos que ele citou em sua obra como a “rica e gostosa farofinha para depois do amor” e “é importante saber fazer ovos mexidos, molhos, sopinhas..."


Quem acompanha um pouco da obra de Vinícius de Moraes, com certeza, sabe da sua dedicação não só pela poesia e música, seu gosto pelo uísque – bebida que considerava o cachorro engarrafado do homem - , mas também pela gastronomia. Gostava tanto que, por vezes, escrevia poesias envolvendo e descrevendo pratos interessantes como “a feijoada à minha moda”, que você ouvirá agora, na voz do próprio autor:





Tão brasileira como a garota de Ipanema, a poesia acima revela o encanto de Vinicius pelas características da brasilidade, até mesmo na comida, no modo do preparo, na espera...


Luciana de Moraes, filha do poeta foi quem idealizou o livro, escrito por Daniela Narciso e Edith Gonçalves (orgs), dedicado à Luciana de Moraes, quarta filha do poetinha. Seguramente é uma obra interessantíssima para os apaixonados por gastronomia. 
Luciana veio a falecer em 2011, era ela quem reproduzia as ceias de natal na casa dos avós paternos... uma inspiração herdada do pai. Assim, Edith Gonçalves assumiu o projeto ao lado da Chef e produtora gastronômica Daniela Narciso, e ficaram responsáveis pela pesquisa e organização que levou dois anos para ser concluída, inquirindo textos, poemas, letras e acabaram montando o que seria o cenário da vida gastronômica de Vinícius de Moraes, através das receitas, sendo que, sua irmã mais nova Leta é quem até hoje guarda registros das receitas da família.
Uma coisa que me deixou mais ligado ao poetinha, foi descobrir que ele tinha umas ideias meia loucas, com as minhas (lembra que eu comecei o texto falando das minhas ideias loucas?) – e que também davam certo. Tipo: ele desenvolvia novas técnicas para preparar os alimentos, numa dessas, ele acabou desenvolvendo sua habilidade em descascar cenouras utilizando palha de aço (Sei, que vai ter gente reclamando disso depois, gente preocupada com a segurança alimentar. Mas loucura é assim, correr ricos).
 O poetinha era um confesso “assaltante noturno de geladeira” – nem sempre ele escondia os rastros dos seus delitos gastronômicos noturnos. Pois certa vez deixou ele esqueceu os óculos no refrigerador (risos).
O final do livro é apoteótico, uniu o renomado chef brasileiro Alex Atala com textos de Vinícius de Moraes, transformado em receitas – por isso recomendo que você vá a livraria comprar o livro para ler, preparar e saborear as sugestões que estão contidas na leitura.
Se preferir, prepare a feijoada, à moda do Vinicius; E para a sobremesa segue abaixo uma outra receitinha que ele bem adorava.

Baba de moça com calda dourada
(“Essa é a receita original de baba de moça a que Vinícius se referia ao escrever para a mãe, Lydia, na época em que estava no exterior. Também é um doce que leva muitas gemas, lindo aos olhos quando pronto”)
Ingredientes
500 g de açúcar
1 coco fresco ralado
1 copo americano de água fervente
10 gemas passadas em uma peneira fina
Canela em pó a gosto para polvilhar

Preparo: Com o açúcar, faça uma calda grossa, até atingir ponto de pasta (calda grossa, proporção: 2 partes de açúcar para uma parte de água. Deixe ferver por aproximadamente 45 minutos, podendo chegar a 1 hora ou um pouco mais). Coloque o coco fresco ralado em um guardanapo grande de pano. Despeje a água fervente sobre o coco e retire o leite, espremendo bem. Acrescente esse leite à calda de açúcar e leve ao fogo até que ela alcance novamente ponto de pasta. Adicione então as gemas peneiradas, mexendo continuamente, e quando levantar fervura, retire a mistura do fogo. Sirva o doce em copinhos, polvilhando-os com canela moída, ou utilize em recheios de bolos e doces. (8 porções/ 30 minutos)

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O tradicional Colcannon de Halloween

Hoje em dia o dia das bruxas (31 de outubro) é o dia do Saci brasileiro – uma invenção criada por instrumento legal para os brincantes do Halloween brasileiro tentarem ser mais patriotas – pura ingenuidade de quem criou isso. Até porque a cultura do Halloween é forte, consistente, e agrada muita gente por aí. Confesso que é uma data que eu particularmente gosto: pela diversão, pelas decorações assombrosas e hilárias; pela oportunidade de extravasar na loucura pelo desconhecido; pela oportunidade de contar histórias que normalmente as pessoas não estão dispostas a ouvir em outras datas... enfim, gosto e ponto.
Também acho válida a oportunidade que a data traz para se conhecer a cultura de outros lugares, de ver como as pessoas em outras partes do mundo comemoram o mesmo feriado – esta, inclusive, foi a razão para a criação deste post. Normalmente associamos os doces ao Halloween – mas nem só de doces vive este feriado. Fiquei intrigado quando eu encontrei, recentemente, uma receita de Colcannon, um prato tradicional irlandês para o Halloween, em um livro chamado Irish Pub Cooking.




Colcannon (Irish: Cal ceannann, que significa literalmente "couve de cabeça branca") é um prato tradicional irlandês que consiste principalmente num purê de batata com couve (ou repolho) – e outros ingredientes ( cebolinha, alho-porró, cebola, manteiga, leite ou creme de leite, sal) .  É muitas vezes comido com cozido presunto ou toucinho irlandês. Ao mesmo tempo em que é um prato barato, podendo ser uma alimento básico que se pode comer durante todo o ano, é normalmente consumido no outono / inverno, quando a couve entra em temporada por lá.  Colcannon  é também o nome de uma canção folclórica irlandesa sobre o prato.

A velha tradição irlandesa de Halloween manda você servir o colcannon com um anel e um “encanto” escondido no prato. Esses tais encantos eram objetos pequenos, que pudessem ser misturados a comida, como moedas, dedais, botões. Quem encontrasse o anel logo casaria; se encontrasse uma moeda, teria boa sorte no próximo ano; se encontrasse um botão, iria ficar solteiro o ano todo, mas o pior era o dedal, que indicava que a pessoa iria ficar solteirona por toda vida.

O calcannon é tão tradicional que nesta época do ano se encontram a receita até nos sacos de batata dos supermercados...
Também encontrei uma lenda curiosa, na realidade trata-se de uma simpatia que as mulheres solteiras irlandesas faziam no Halloween par arranjar marido: Diz-se por lá que a mulher solteira deveria colocar uma porção de colcannon dentro de uma meia e pendurar a meia na porta e esperar. Assim, o primeiro homem de fora da família que entrasse na porta seria seu futuro marido.
A questão é que é um prato simples e agradável – e se você estiver solteiro, de repente a simpatia pode lhe ajudar [risos];

Halloween Colcannon

7-8 batatas médias descascadas e cozidas
1 cebola média picada
1/2 xícara de cebolinha verde picada
2 xícaras de couve fresca picada (ou repolho cozido)
200g de manteiga dividida em 4 partes
1 e ½ xícara de leite (ou creme de leite)
Sal e pimenta branca a gosto


Preparo: Adicione uma parte da manteiga numa frigideira adicione a cebola picada e refogue por 2 minutos. Depois junte a couve picada e deixe cozinhar por 3 a 4 minutos até murchar. Adicione a cebolinha e cozinhe por mais 2 minutos. Amasse as batatas ainda quentes num espremedor, ou no garfo mesmo, adicione duas partes de manteiga misture bem, junte o creme de leite, mexa para homogeneizar e em seguida junte o refogado de cebola, couve e cebolinha. Tempere com sal e pimenta. Sirva em seguida numa tigela – faça um buraco no centro da porção de colcannon. Coloque uma colher de manteiga para derreter no centro da mistura.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Um bolo para um príncipe e a tradição de guardar o bolo de casamento


Hoje a mídia inglesa esteve eufórica, o motivo: o batizado do príncipe de Cambridge, George Alexander Louis, de três meses. Por conta disso, também resolvi entrar nessa onda...



A cerimônia foi marcada para 14hs local (12hs no horário de Brasília), sedo celebrada pelo arcebispo de Canterbury, Justin Welby – e como os ingleses são criteriosos com seu protocolo, esteve prevista para durar 45 minutos, o que de fato ocorreu. Assim, na hora marcada, com o príncipe George nos braços, o Príncipe William e Kate Middleton, adentraram à capela do Palácio de St. James, em Londres, mostravam-se animados para a ocasião.



O evento foi intimista, só os mais íntimos das famílias foram convidados. Estiveram presentes a rainha Elizabeth e seu marido, o príncipe Philip, o Príncipe Harry, os pais de Kate Middleton, Carole e Michael, os irmãos da duquesa, Pippa e James Middleton, e Camila Parker-Bowles. Um coro de seis homens e 10 crianças cantavam as músicas religiosas, entre elas, "Blessed Jesu! Here we stand", composta especialmente para o batismo de William, em 1982. Pippa e Harry leram trechos da Bíblia durante a cerimônia.
As redes de televisão britânicas mostravam desde cedo a movimentação para o batizado, inúmeras pessoas se aglomeravam na frete da capela – cinco mil pessoas assinaram um cartão gigante em homenagem ao pequeno príncipe.



Mesmo sendo intimista o evento teve sua “pompa”. O príncipe George teve sete padrinhos (um a mais do que William teve em seu batismo), entre eles uma amiga de infância de Kate e uma amiga da princesa Diana, morta em 1997. Os nomes dos padrinhos foram escolhidos pelos pais do bebê, que procuraram colocar parentes e amigos mais próximos, de ambos os lados. Entre os padrinhos está Zara Phillips, prima do príncipe William, filha da princesa Anne; Oliver Baker e William van Cutsem; Julia Samuel, Emilia Jardine-Paterson e o conde de Grosvenor, todos amigos dos duques, e Jamie Lowther-Pinkerton, ex-secretário privado do casal. William e Kate Middleton romperam com a tradição real ao escolher principalmente amigos da infância e da universidade escocesa de St. Andrews ao invés de reis ou príncipes, como foi o caso de William, cujo padrinho é Constantino, deposto rei da Grécia.
De acordo com comunicado oficial, George foi batizado na fonte Lírio com água do rio Jordão, em Israel, onde, segundo a Bíblia, Jesus Cristo recebeu o batismo. A rainha Vitória e o príncipe Albert construíram a fonte em 1841 após o nascimento da princesa Vitória. Desde então, a fonte vem sendo utilizada nos batizados reais.


A pia batismal da realeza britânica 
Kate Middleton mais uma vez seguiu a tradição, e usou vestimenta produzida por estilistas ingleses: um vestido de Alexander McQueen e chapéu de Jane Taylor. Já o traje do pequeno George foi uma réplica dell’abitino, uma roupa feita há cerca de 200 anos para os batizados reais. A criadora do traje é Janet Sutherland, filha de um mineiro escocês que ganhou o título de Bordadeira da Rainha em 1841. 
Na época, a roupinha foi feita de algodão para a filha mais velha da rainha Vitória e desde então foi utilizada por 60 bebês reais – a original encontra-se muito desgastada, mesmo sendo zelosamente guardada. Assim a Rainha Elizabeth II ordenou uma réplica feitos à mão e perfeitamente iguais. A réplica usada por George foi feita em seda e cetim por uma costureira da rainha Elizabeth.



A foto mais esperada é a foto oficial onde a rainha Elizabeth II aparecerá com os três possíveis futuros monarcas britânicos: Charles, William e George, algo que não ocorre desde julho de 1894, quando, no batismo o bebê daquela época tornou-se Edward VIII, imortalizado com o seu pai, o futuro George V, o avô, que será" Edward VII, e a bisavó, a rainha Victoria.


Três sucessores da rainha Vitória foram retratados com ela em 1894


Foto oficial feita após o batismo de George mostra pela primeira vez a rainha Elizabeth II acompanhada de sucessores ao trono britânico (Foto: Jason Bell/Camera Press/AP)


Uma moeda de cinco libras (seis euros) foi cunhada, especialmente por ocasião do batismo, a primeira vez para uma tal cerimônia.
Vocês devem estar se perguntando: cadê o bolo nesta história toda?

A Clarence House, residência oficial dos duques de Cambridge, comunicou, que Kate e William receberão os convidados na Clarence House para um brinde onde uma parte do bolo do casamento real, realizado em 2011, que foi congelado na época, será servido aos presentes na recepção.
Não se assustem, os ingleses tem essa hábito de guardar os bolos de casamento para come-los tempos depois – pra sorte dos comensais, os meios de armazenamentos e as técnicas de conservação de hoje estão avançadas – mas, estes bolos são tão tradicionais e tão perfeitos para o armazenamento, que não estragam. Como? Vamos entender isso direito...
Uma famosa superstição matrimonial dá conta que uma fatia do bolo de casamento deve ser guardada com cuidado e carinho para ser consumida na celebração de um ano de união. Essa tradição não é muito popular no Brasil, e aponta suas origens na Inglaterra, onde acredita-se que partilhar a iguaria nas Bodas de Papel daria sorte para os anos que viriam.
Atualmente, embora não exista uma explicação conhecida para o congelamento de um pedaço do bolo do casamento, essa tradição é tão forte entre os ingleses que a própria Família Real segue o costume. O bolo de frutas servido no matrimônio do príncipe Willian e Kate Middleton, por exemplo, foi conservado de acordo com esse ritual. O mesmo já havia sido feito com os bolos das uniões entre o príncipe Charles e a princesa Diana, em 1981, o príncipe André com Sarah Ferguson, em 1986, e a princesa Anne com o capitão Mark Phillips, em 1973. Todos os bolos tiveram fatias leiloadas anos após a realização do matrimônio, chegando a arrecadar, cada pedaço, mais de R$ 6 mil.
Em fevereiro deste ano chegou a vez de ser leiloada uma porção do bolo servido no casamento da Rainha Elizabeth II, celebrado em 20 de novembro de 1947. Com 65 anos, o pedaço fez parte de uma iguaria de quase três metros de altura que ficou conhecida como o “bolo de casamento de 10 mil milhas”, em referência aos ingredientes usados em sua confecção, oriundos dos mais distantes países que fizeram parte do Império Inglês, como Austrália e África do Sul.


A fatia do bolo do casamento da rainha Elizabeth II


A fatia do bolo de casamento da rainha Elizabeth II que foi leiloada em fevereiro de 2013
O leilão do bolo de casamento da Rainha Elizabeth II aconteceu na internet, pelo site PFC Auctions, e foi encerrado na noite de 28 de fevereiro de 2013. A fatia foi arrematada por valor equivalente a R$ 1,600 (560 libras). O comprador não teve o nome divulgado.

Fatia do bolo de casamento dos duques de Cambridge leiloada em fevereiro deste ano por R$6.000,00 
Assim, os duques de Cambridge acabaram respeitando a tradição, guardaram o bolo e somente agora resolveram degusta-lo. Não sabe-se se haverá fatia a ser leiloada. Para quem não lembra, o bolo do casal real pode dar uma conferida nele (Clique aqui para ver).


O bolo oficial do casamento dos duques de Cambridge 
O bolo especial feito a pedido do príncipe - à base de chocolate e biscoitos. 
O fato é o seguinte: O fruitcake é a escolha mais popular entre os ingleses e é embebido em brandy, a tal ponto que é esse mesmo álcool que o preserva bem durante bastante tempo. Esta é a grande diferença para os nossos bolos e os demais bolos de casamento: é o álcool que permite preservar durante tanto tempo os bolos, já os bolos que são normalmente escolhidos pelos portugueses não são embebidos em álcool pelo que não se preservam da mesma maneira. Você poderá ver mais sobres os suntuosos bolos dos casamentos reais clicando aqui.
Essa história de guardar bolo de casamento, surgiu no século XVII, as convidadas solteiras deveriam pôr uma fatia de bolo debaixo da almofada antes de se deitarem. Dizia-se que assim sonhariam com o futuro marido – as formigas deveriam ter feito a festa com o bolo!!! Um século mais tarde, a fatia foi reduzida para algumas migalhas (que deveriam ser passadas pela aliança da noiva), e, novamente, colocadas debaixo da almofada – ok, o incomodo pode ser menor, mas as formigas, com certeza, continuariam a aparecer.  Esta tradição quebrou-se quando as regras da cerimónia impuseram que a noiva não tirasse a aliança, fosse por que motivo fosse, a aliança não poderia sair depois da cerimónia religiosa.
Hoje quem guarda o Bolo do Casamento são as noivas, na intenção de consumi-lo depois, porque no momento da festa, geralmente, os noivos tem muitos afazeres, não dá tempo de comer bolo. Já guardar bolo para comer tempos depois, não é apenas uma tradição no Reino Unido e na América do Norte, aqui no nordeste brasileiro, as famílias mais bastadas também realizam este feito – pelas influencias recebidas com a colonização.
Esta ideia surgiu no século XIX, numa altura em que era comum os filhos aparecerem pouco depois do casamento. Assim, um andar do bolo podia servir para o batizado do bebê!
Quem é do nordeste, e gosta de seguir as tradições, pode desfrutar de uma receita de Bolo de Casamento de herança britânica pouco comum (feitos à base de massa escura, vinho, ameixas e frutas cristalizadas), e o resultado desse bolo congelado um ano depois é um sabor inigualável, com um delicioso gosto de vinho e aparentará ter sido feito recentemente.
Nesse contexto eu resolvi ir pesquisar as receitas dos bolos do casamento do príncipe William. Pra minha sorte, o que na época foi um segredo de Estado, hoje está publicado nos registro oficiais britânicos, e na mídia em geral, as receitas dos bolos originais daquela cerimonia. O bolo de frutas, contudo, é único que pode ser guardado como manda a tradição; o bolo de chocolate, feito com biscoitos, exigência do príncipe, é mais delicado e por isso mesmo deve ser consumido logo. E como eu não poderia deixar de apresentar, também segue a receita do famoso bolo de casamento de Recife. Escolha o seu, teste e guarde.

The Royal Wedding Fruit Cake (receita original de Fiona Cairns)


1 e 1/2 xícaras de cerejas cristalizadas
2 xícaras de passas brancas
2 xícaras de passas escuras, de preferência Thompson
1 1/4 xícaras de cascas de cítricos cristalizado
2/3 de xícara de gengibre cristalizado
1/2 xícara de ameixas secas
3 colheres de sopa de melaço
3 colheres de sopa de geleia de laranja amarga
1 colher de chá de concentrado de tamarindo
raspas da casca de 1 laranja
raspas da casca de 1 limão
1 colher de sopa cheia especiarias (Mistura de canela, cravo, noz moscada)
6 colheres de sopa de conhaque, mais 3 colheres de sopa para alimentar o bolo
1 xícara de nozes
1/3 xícara de amêndoas moidas
1 1/4 xícaras de farinha com fermento
1 colher de chá de sal
1 xícara mais 2 colheres de sopa de manteiga sem sal, amolecida
1 xícara mais 2 colheres de sopa de açúcar mascavo
1 1/2 xícaras de farinha de amêndoa
5 ovos grandes ligeiramente batidos

Preparo: Um dia antes, lave as cerejas, seque-as bem com papel toalha e corte cada uma em metade. Coloque as passas brancas e escuras, casca de citricos, gengibre, ameixas, cerejas, melado, as geleias, o concentrado tamarindo, as especiarias em uma tigela grande. Despeje em 6 colheres de sopa de conhaque, mexa bem, cubra com filme plástico e deixe descansar durante a noite. No dia seguinte, aqueça o forno a 275 graus. Unte com manteiga uma assadeira 9 polegadas assadeira e forre o fundo e as laterais com papel manteiga. Espalhe as nozes em uma outra assadeira. Asse por 10 minutos no forno, agitando uma vez. Deixe esfriar um pouco, pique grosseiramente e reserve.Junte as farinhas e o sal numa tigela e misture bem. Na batedeira em velocidade alta, bata a manteiga e o açúcar por pelo menos 5 minutos até que fique claro e fofo. Adicione as amêndoas moídas, em seguida, muito gradualmente, os ovos, misturando bem entre cada adição. Com uma colher de pau junte as farinhas misturadas com o sal, em seguida, as frutas embebidas e as nozes. Espalhe a massa na assadeira. Asse em por cerca de 2 e 1/2horas. Se um palito de madeira inserido no centro sair limpo, está pronto. Se dourar demais antes de estar totalmente cozido, faça um círculo de papel alumínio um pouco maior do que o bolo, fure um buraco no centro para abri-lo, em seguida, coloque-o sobre a assadeira. Depois de frio espete todo ele com um palito ou com um garfo e umidifique com o conhaque. Retire da assadeira, descarte o papel. Embrulhe em papel um novo papel manteiga em seguida, numa folha de alumínio e deixe descansar por uma semana ou até três meses. Se quiser uma suculência extra, desembrulhe e regue com 1 colher de sopa de conhaque a mais a cada duas semanas.

The Royal Wedding Cake (Chocolate Biscuit Cake)


115g de chocolateescuro
115g de açúcar granulado
115g de manteiga sem sal (amolecida )
Um ovo.
230g de biscoitos para chá McVitie's (aqueles das latinhas também ficam ótimos, ou pode usar o maisena)
½ colher de chá de manteiga para untar
260g de chocolate escuro para cobertura

Preparo: Unte levemente um aro para tortas de 6 polegadas por 2 ½ polegadas e coloque em uma bandeja com uma folha de papel manteiga por baixo. Quebre cada um dos biscoitos em pedaços do tamanho de uma amêndoa com a mão e reserve. Bata a manteiga e o açúcar em uma tigela até que a mistura começar a clarear. Derreta as 115g de chocolate e adicione à mistura de manteiga, mexendo bem. Adicione o ovo nesta mistura e bata bem. Juntar os biscoitos neste creme até que todos estejam revestidos com a mistura do chocolate. Coloque a mistura dentro do aro já preparado - Tente encher todas as aberturas da parte inferior do aro; leve o bolo à geladeira por pelo menos três horas. Retire o bolo da geladeira e deixe repousar enquanto você derrete as 260g de chocolate. Retire o aro do bolo e vire de cabeça para baixo em prato, retire o papel manteiga, despeje o chocolate derretido sobre o bolo e alise a superfície e as laterais com uma espátula. Deixe o chocolate escorrer e tomar formar  e endurecer. Cuidadosamente usar uma faça para retirar o excesso de chocolate nas laterais, e se quiser, voltar a derreter o excesso para decorar

Bolo de Noiva de Recife

Ingredientes:
500 g de farinha de trigo
500 g de açúcar mascavo
500 g de manteiga ou margarina
1/2 xícara de vinho tinto
1 colher (sopa) de conhaque
1 colher (sopa) de raspas de limão
1 colher (sopa) de fermento em pó
300 g de ameixas bem picadas
300 g de frutas cristalizadas picadas
200 g de passas brancas
200 g de passas pretas
1/2 xícara de nozes picadas
8 ovos
1 pitada de cravo triturado e peneirado
Noz-moscada e canela em pó a gosto
Glacê mole
2 xícaras de açúcar de confeiteiro
3 claras
Glacê duro
8c de açúcar de confeiteiro
2 colheres (sopa) de suco de limão
4 claras

Preparo Massa: Deixe as passas de molho no vinho do Porto de um dia para o outro. Bata a manteiga com o açúcar por 5 minutos ou até ficar esbranquiçado. Junte os ovos e bata até ficar homogêneo.  Acrescente as raspas de limão, a noz-moscada, o cravo e a canela. Em seguida, a farinha e o fermento peneirados, batendo sem parar.  Junte as ameixas e as frutas e misture. Adicione o conhaque e o vinho com as passas e misture. Aqueça o forno em temperatura média. Forre 2 fôrmas com papel manteiga e unte com bastante manteiga. Polvilhe farinha e divida a massa entre as duas fôrmas. Asse por 55 minutos ou até que, ao espetar um palito, ele saia limpo. Deixe esfriar. Modo de Fazer: Glacê mole: Bata as claras até espumarem e acrescente o açúcar. Continue batendo até engrossar. Glacê duro: Bata as claras com o suco de limão até espumarem. Junte o açúcar aos poucos, mexendo com uma colher de pau. Misture até obter uma massa (essa massa ainda gruda nas mãos). Transfira para uma superfície lisa e sove, acrescentando o açúcar restante aos poucos, até obter uma massa lisa e que não grude nas mãos. Cubra com filme plástico para não ressecar. Montagem Desenforme o bolo maior sobre um prato e cubra-o com uma camada do glacê mole. Coloque o segundo bolo por cima e cubra-o da mesma maneira. Reserve a sobra do glacê. Polvilhe açúcar de confeiteiro sobre uma superfície lisa. Abra uma porção da massa dura com um rolo na espessura de 0,5 cm. Corte pedaços com uma faca e cubra toda a lateral e a superfície do bolo. Com as mãos molhadas com água, alise a cobertura e emende os pedaços de glacê. Reserve a sobra da cobertura. Coloque as sobras de glacê em uma tigela e acrescente 1 clara. Mexa até obter uma mistura homogênea. Finalize a decoração do bolo com o saco de confeitar ou moldando pequenas flores com a mistura. A receita original foi dividida por seis para facilitar o preparo. Se quiser um bolo para o dia-a-dia, esqueça a cobertura. Para congelar, basta embalar em filme plástico.