Comidas
tradicionais sempre são bem-vindas para minha apreciação, principalmente
aquelas que eu ainda não conheço. Por isso, hoje, este post fala sobre SEMLA,
um pequeno pão feito de trigo, aromatizado com cardamomo e preenchidos com
pasta de amêndoa e chantilly, um ícone gastronômico sueco.
Semla
deriva do Latin” semilia”, termo usado para designar a mais fina farinha de
trigo ou semolina. Embora a semla tenha surgido na Roma antiga, e tenha sido
saboreada em quase toda a Europa, é na Escandinávia que a tradição se mantem,
sendo a Suécia um dos principais países da região a manter a tradição, tendo
inclusive uma academia dedicada a essa iguaria: a Svenska Semleakademin.
A semla é uma produção culinária típica da "terça-feira gorda", dia em que é quase obrigatório comer esse pãozinho que também é conhecido como "fettisdagsbulle” ou seja, bolinho ou pãozinho da terça-feira gorda, que é encontrado em todas as confeitarias, padarias e supermercados suecos.
Os suecos mais tradicionais, para manter as tradições, gostam de comer semla em uma tigela de leite quente – essa combinação é popularmente conhecida como “hetvägg” (literalmente, parede quente). Porém, na atualidade, a semla (ou semlor, plural de semla) é acompanhada por chá ou café.
A semla é uma produção culinária típica da "terça-feira gorda", dia em que é quase obrigatório comer esse pãozinho que também é conhecido como "fettisdagsbulle” ou seja, bolinho ou pãozinho da terça-feira gorda, que é encontrado em todas as confeitarias, padarias e supermercados suecos.
Os suecos mais tradicionais, para manter as tradições, gostam de comer semla em uma tigela de leite quente – essa combinação é popularmente conhecida como “hetvägg” (literalmente, parede quente). Porém, na atualidade, a semla (ou semlor, plural de semla) é acompanhada por chá ou café.
Inicialmente, a tradição sueca instituía que a semla fosse comida na terça-feira gorda, em
tempos antigos, período onde o jejum era uma prática comum. Mais tarde, quando
o interesse dos suecos pelo jejum diminuiu, tornou-se tradição comer semla toda
terça-feira durante um período de 7 semanas, nas quais o jejum era instituído.
Há quem diga que a semla, inicialmente, fora um pão achatado e sem nenhum tipo de recheio, sendo uma das poucas preparações que os suecos poderiam comer nos períodos de jejum. Para burlar essa prática as pessoas começaram a fazer buracos na semla para esconder algum tipo de guloseima dentro do pão.
Um
fato histórico importante envolvendo semla ocorreu em 1771: após um lauto banquete num jantar, composto de lagosta, caviar, chucrute, arenque defumado e regado a muito champanhe, e encerrado com 14 porções de sua sobremesa favorita “hetvägg” (semla com leite), o rei sueco Adolf
Frederick morreu de indigestão no dia 12 de fevereiro de 1771.
Esse
acontecimento quase iniciou uma espécie da caça às bruxas em relação a semla,
que foi considerada como uma das causas da morte do rei.
As crianças suecas aprendem na escola, até hoje, que o reio Adolf é lembrado por como "o rei que comeu até morrer". Mas isso não impediu que ela se tornasse uma das iguarias mais populares da Suécia, sendo consumida principalmente de janeiro até a Páscoa. Esse pãozinho deve realmente ser gostoso e não é difícil de fazer. Confira a receita abaixo.
As crianças suecas aprendem na escola, até hoje, que o reio Adolf é lembrado por como "o rei que comeu até morrer". Mas isso não impediu que ela se tornasse uma das iguarias mais populares da Suécia, sendo consumida principalmente de janeiro até a Páscoa. Esse pãozinho deve realmente ser gostoso e não é difícil de fazer. Confira a receita abaixo.
Semla (12-15 porções)
125g amêndoa sem casca
e laminada
100ml leite
100ml açúcar de
confeiteiro
Corbertura:
300ml chantilly
50ml leite
1 colher de chá de
açúcar ou essência de baunilha
Semlor (Massa):
100g manteiga ou
margarina sem sal
300ml leite
50g fermento biológico
seco
1/2 colher de chá sal
100ml açúcar
1 ovo
Em torno de 1 litro
(560g ou 4 xícaras de 250ml) de farinha
1 colher de chá
cardamomo
1 ovo extra para
pincelar
Preparo pasta de amêndoa:
Triturar o máximo possível as amêndoas até ficar uma farinha. Misturar com o
açúcar e depois com o leite. Preparo
cobertura: Misture tudo delicadamente e reserve. Preparo Massa: Pré-aquecer o forno à 250 C. Derreter a manteiga e
despejar o leite. Aquecer até atingir 37C (quando colocar o dedo, tem que estar
quente, mas não muito). Despejar o fermento em um bowl. Colocar o sal, o açúcar
e o ovo. Colocar a mistura de manteiga e leite e misturar com uma colher de
madeira. Colocar a farinha aos poucos e trabalhar a massa com as mãos até ficar
lisa e branquinha. Deixar descansar por 30 minutos no bowl coberto com uma
toalha. Sovar a massa mais um pouco, por uns 5 minutos. Dividir em pequenas
bolinhas. Colocar em uma forma untada ou com papel manteiga. Deixar descansar
de 10-20 minutos até crescer mais um pouco. Pincelar com um ovo rapidamente
batido. Assar os pãezinhos de 10-15 minutos. Retirar do forno e deixar esfriar.
Cortar as “tampinhas” deles. Retirar um pouco do miolo ou apenas amassar com os
dedos formando um buraco. Rechear com a pasta de amêndoa. Colocar o chantilly
por cima. Tampar e polvilhar açúcar de confeiteiro.
Adorei ler, especialmente a história do rei.
ResponderExcluirOs pães são muito apetitosos.