terça-feira, 26 de abril de 2011

À mesa com Monteiro Lobato: resgatando sabores da minha infância...

Eu devo confessar que eu nasci no século passado (risos). Falando assim até parece muito tempo, mas não é.
Nasci numa época boa – famosos anos 80. E dentre as muitas coisas que eu gosto de relembrar daqueles anos de infância, está uma obra muito importante pra minha vida: toda a coleção infantil de Monteiro Lobato, conhecida pelos famosos personagens do Sítio do Pica-Pau-Amarelo. Sempre fui fã daquelas histórias pela oportunidade que Lobato me dava de viajar por culturas diferentes. Porem, tendo uma visão brasileira de tudo aquilo.
Sempre assisti ao Sítio do Pica-pau-amarelo n TV Globo e pelas reprises da TV Cultura. Mas, não me contentava apenas em ver e acabava lendo e relendo todos os livros. E lembro bem: os exemplares que eu não tinha em casa, eu os alugava na biblioteca pública da minha cidade pra ler (e reler, dezenas de vezes).
Sempre gostei muito de ler. Identifiquei-me muito com vários dos personagens que viviam as reinações naquele fantástico lugar, onde tudo podia acontecer. E talvez deva a Lobato toda a formação da minha capacidade de crítica e do desenvolvimento do meu sentimento de apego pelas coisas regionais, culturais e nacionalistas – itens estes que estão impregnados em todas as histórias.
Outro fato importante que me aproxima muito de Lobato é que ele, assim como eu nascemos no mês de abril.  Monteiro Lobato nascido em  18 de abril de 1882; e eu, nascido em 29 de abril de 1982 – um século e poucos dias de diferença.
E só para completar os fatores que me atraem nas obras Lobatianas, está ainda a constante presença da gastronomia. A gastronomia em todos os momentos daquelas historias, fosse no decorrer das conversas de Dona benta e Tia Nastácia, ou mesmo nos momentos mais estranhos e perigosos.
Na descrição de um banquete oferecido por Branca de Neve ao Gato de Botas, no livro Fábulas, por exemplo, cita a carne-seca desfiada com angu de farinha de milho, suã de porco com torresmo, mandioquinha frita, lombo com farofa, cuscuz e cambuquira, pratos da melhor tradição culinária de São Paulo e Minas Gerais.
Adepto do leitão pururuca, picadinho e feijoada, entre outros petiscos da terra, apreciava a boa comida “mastigável”, que nutre e sustenta. Biscoito de polvilho, sequilhos, curau e paçoca eram seus quitutes da roça preferidos, mas não dispensava goiabada cascão, sagu, banana frita e bolo de fubá. Sem falar na rapadura que ele picava e punha no bolso para ir mastigando durante o dia.
E, como se pode ver por uma carta de 1903, enviada ao escritor mineiro Godofredo Rangel, Lobato era adepto de um tira-gosto inusitado:
“Não és capaz, nunca, de adivinhar o que estou comendo. Estou comendo... Tenho vergonha de dizer. Estou comendo um companheiro daquilo que alimentava S. João no deserto: içá torrado!”. Perdendo o medo de parecer estranho, ele divaga, exagerando: “Sabe, Rangel, que o içá torrado é o que no Olimpo grego tinha o nome de ambrosia? Está diante de mim uma latinha de içás torrados que me mandam de Taubaté. Nós, taubateanos, somos comedores de içás”, referindo-se às saúvas caçadas no verão quando saem em revoada. Para Lobato, içá era o caviar do Vale do Paraíba, que ele degustava devagar enquanto escrevia.
Tanajura (Içá)
Bundinhas de Tanajura - só o que eu uso pra farofa,
Inquieto, com a cabeça o tempo todo na busca de soluções para os grandes problemas de seu País, pouco se sentava à mesa, que rodeava, mordiscando uma coisa aqui, outra ali. Na hora do almoço ou jantar servia-se de feijão com farinha, carne moída com quiabo, picadinho, chuchu e abobrinha. Cozidos em toucinho de porco, esses pratos típicos do interior foram aprovados por Dom João VI na quinta onde, em 1808, teria comido seu primeiro jantar na América, conforme registrado em Idéias de Jeca Tatu:
“O Rei trava relações com o tutu de feijão e gosta; já a rainha assusta-se com a travessa de bananas de São Tomé assadas. Dois mordomos confabulam apreensivos. E o trono?” Diante das vacilações sobre onde colocá-lo, o “Rei percebe do que se trata e com a boca cheia de lombo resolve: aqui mesmo, ao pé do guarda-comidas”. Junto com a refeição pesada, a falta de boas maneiras é caricaturada: “Finda a janta, o primeiro arroto real ecoa. D. João, contente, de papo cheio, os pés já metidos no chinelão (...) sorve goles de café... e assina a Declaração de Guerra à França”.
O nacionalismo lobatiano, sintomático da vontade incontrolável de transformar o Brasil num país desenvolvido e próspero, levava-o a propor a exploração de plantas e frutas nativas como as grumixamas, espécie de cereja silvestre que, se cultivada a sério, não faria feio frente à similar estrangeira. Adido comercial em Nova Iorque de 1927 a 1930 chamou a atenção para o potencial econômico de produtos como o coco babaçu. De volta ao Brasil, disposto a investir no petróleo e na siderurgia, escreveu ao antropólogo e folclorista potiguar Câmara Cascudo que tomou uma bebida que o entusiasmou. “No dia em que vocês abrirem os olhos para o caju”, disse, “uma belíssima indústria poderá ser criada. Para vinho, por exemplo, creio que é o caju a única fruta capaz de competir com a uva.”
Na contramão da tendência de imitar Paris, Monteiro Lobato ensina, na sua literatura infantil, que a culinária nacional é uma das mais saborosas do planeta. Principalmente quando saída do fogão de Tia Nastácia que sabia manejar o “violino do gostoso”, tirar dele mil harmonias, transformando o mais simples guisado em perfeita obra prima. Para fazer frente aos “pratos boniteza” para “comer com os olhos”, servidos no casamento de Branca de Neve, como faisão recheado de línguas de rouxinol, javali assado ao molho de néctar furtado aos deuses do Olimpo e omeletes de ovos da Fênix, Tia Nastácia oferecia “pratos-gostosura”: mocotó à baiana, bem apimentado, quibebe e costela com angu de fubá. Assim, de Heródoto, o historiador grego, a São Jorge, para quem ela teve a “maior honra” de passar uma temporada cozinhando na Lua, não havia quem resistisse à magia de sua comida.
E para prestigiar este velho autor amigo e até memso a mim, pela proximidade do meu aniversário. Hoje velho  lhes trazer uma dica de livro  muito interessante e duas receitas que muito  gosto – advindas das minhas leituras sobre Monteiro Lobato.
Encontrei um livro muito interessante: “À mesa com Monteiro Lobato”(Editora Senac), escrito pelos jornalistas e pesquisadores Márcia Camargos e Vladimir Sachetta. Na publicação foram compiladas receitas do caderno de Dona Purezinha, esposa de Monteiro Lobato.
Em "À mesa com Monteiro Lobato" estão  64 receitas do caderno de Dona Purezinha, que data de 1908. Para isso os autores fizeram uma pesquisa para descobrir o que era servido no dia-a-dia na mesa de Monteiro Lobato. E entre as gostosuras caipiras estão farofa de torresmo, quiabo com carne, virado de feijão, bolinho caipira, o arroz com suã, bolinho caipira, canjiquinha, costela assada com banana, virado de couve, quibebe, mingau de inhame, doce de marmelo, espera-marido, bolão de fubá, queijadinha e pé-de-moleque de rapadura. Aliás, a rapadura era um de seus doces prediletos. “Monteiro Lobato colocava pedaços no bolso para comer durante o dia”, conta a pesquisadora no livro.
As receitas refletem, mais do que a defesa da cultura gastronômica brasileira, a realidade culinária da época, restrita aos alimentos produzidos na região – as receitas do livro são as típicas do Vale do Paraíba, região onde o escritor nasceu. “São predominantes carnes de vaca e porco. Só há uma receita de peixe”, diz. E ainda tem espaço para exóticas: como o içá, “chamada de caviar do Vale do Paraíba”.

CÉLEBRES BOLINHOS DA TIA NASTÁCIA

Essas maravilhas aparecem na maioria dos livros para crianças. Como conta Pedrinho em O Saci, quem os comia uma vez não podia “nem sequer sentir o cheiro de bolos feitos por outras cozinheiras”.
De fato, não há que não fique com água na boca ao ler as páginas que falam dos bolinhos. Mal saíam da frigideira eram servidos com café fresquinho, em cenas tão aromáticas como apetitosas.
Sua fama alastrou-se de tal modo que a quituteira acabou seqüestrada pelo Minotauro para garantir seu suprimento permanente. Mas, no final, acabaram por salva-la de ser devorada pelo monstro, rendido à delícia produzida no labirinto de Creta.
Ainda que apavorada, ao ver o fogão e muita farinha, Nastácia teve a idéia de fritar uns bolinhos. “Me lembrei de todos lá no sitio e disse comigo: Vou fazer pela última vez o que eles gostavam tanto, não para comer, porque numa ocasião dessas o estômago da gente até some”. De repente, a fome apertou e o Minotauro foi chegando, lambendo os beiços. Mas aconteceu um milagre.”Viu a peneira com os bolinhos e tirou um. Provou. Ah, que cara ele fez! Aqueles olhos de coisa ruim brilharam. Pegou outro, e outro e outro, e comeu a peneirada inteira. Depois me apontou para o fogão num gesto que entendi que era pra fazer mais”. Desde aquele dia ela não parou, pois o apetite do homem boi não tinha fim. E tantas peneiradas comeu que foi engordando, engordando, a ponto de acabar completamente manso, esquecido até da mania de comer gente.
 Outra que se encantou com os bolinhos foi Alice, a do País das Maravilhas. Depois de experimentar um, no livro Memórias da Emília, arregalou os olhos e pediu a receita. “Receita, dou; mas a questão não está na receita – está no jeitinho de fazer”, a cozinheira respondeu.
São justamente esses conhecimentos e especialidades que fazem de Tia Nastácia a detentora do saber popular e da tradição oral na obra lobatiana. Ela representa aqueles que, sem ter realizado um estudo formal, adquirem no cotidiano um aprendizado que não se encontra nos manuais ou enciclopédias. E que nem por isso são menos úteis e importantes como ilustra a observação de Emília em suas Memórias:
“Ciência e mais coisas dos livros, isso ela ignora completamente. Mas nas coisas práticas da vida é uma verdadeira sábia. Para um tempero de lombo, um frango assado, um bolinho, para curar uma cortadura, para remendar meu pé quando a macela está fugindo, para lavar e passar roupa – para as mil coisas de todos os dias é uma danada!”.
Uma verdadeira fada para toda sorte de doces e quitutes, como a boneca fazia questão de recordar, Tia Nastácia era imbatível nos lambarizinhos fritos e no mexido de galinha que, de tão cheiroso, fez o Barão de Münchausen, em O Pó de Pirlimpimpim, perder a cerimônia, sentar-se em torno do farnel levado por Dona Benta e dar cabo de tudo quase sozinho. D. Quixote, porém, teve que se contentar só com o café cheiroso, pois os bolinhos Sancho Pança comeu todos – junto com o quem mais havia na copa, incluindo o pernil de porco e a pamonha de milho verde da sobremesa. Ainda pior que Rabicó, o leitão adotado pelas crianças do Sítio, o fiel escudeiro reafirmava, em O Picapau Amarelo, sua gulodice e uma admiração sem precedentes: “Nasci para comer, e nesta casa os petiscos têm qualquer coisa que bole no coração da gente. Acredite, senhora Nastácia, que cozinheira como vosmecê nunca jamais houve no mundo – nem haverá. Sou entendidíssimo em toda sorte de comidas, gordas ou magras, de sal ou açúcar, de forno ou fogão, e juro sobre a lança de meu amo que petisqueiras como as daqui, nem no céu”.
O melhor prêmio que Tia Nastácia dava aos meninos nas grandes ocasiões, contudo, não eram comidas exóticas feitas de ingredientes inusitados. Este consistia numa gemada prosaica, mas tão bem batida que ficava amarela feito manteiga e macia como veludo. Vendo Pedrinho e Narizinho raspar a tigela às ‘colheradinhas’, ‘poupadamente’, Emilia e o Visconde entreolhavam-se, entristecendo-se de não serem gente de verdade – gente que come. Só nessas ocasiões a boneca falante sentia inveja da espécie humana – o que não a impediu de ter a idéia brilhante de fazer o livro comestível. Fundindo a fome de saber com a fome fisiológica, em A reforma da Natureza Emília propunha que fossem impressos em papel fabricado de trigo e muito bem temperados. A tinta inofensiva à saúde seria estudada pelos químicos. “O leitor vai lendo o livro e comendo as folhas; lê uma rasga-a e come. Quando chega ao fim da leitura, está almoçado ou jantado.”
Além disso, cada capítulo teria um sabor diferente. Às primeiras páginas com gosto de sopa, seguiriam-se as de salada, assado, arroz e tutu de feijão com torresmo. As últimas seriam a sobremesa – manjar branco, pudim de laranja, doce de batata. As folhas do índice fariam às vezes do cafezinho. “Dizem que o livro é o pão do espírito. Porque não ser também pão do corpo? As vantagens seriam imensas. Poderiam ser vendidos nas padarias e confeitarias, ou entregues de manhã pelas carrocinhas, juntamente com o pão e o leite”. Quem soubesse ler, lia, senão bastava comê-lo. “Desse modo o livro pode ter entrada em todas as casas, seja dos sábios, seja dos analfabetos”.

E depois de tanta prosa, nada melhro do que as receitinhas. Primeiro a da farofa de tanajura (Içá), comidinha que desde pirralho eu já catava pra comer – realmente uma delicia da minha infância – faz tempo que eu não como, por que aqui em Fortaleza a população das tanajuras quase não  é vista – sorte delas srsrsrsr. E depois, segue a receita dos bolinhos da Tia Nastácia, que ainda faço até hoje pra comer quando bate a melancolia.
Farofá de Içá (Tanajura)
Sal a gosto
Óleo ou Azeite
Farinha
Formigas Tanajura ou Içá (Atenção: somente as fêmeas aladas rainhas são utilizadas nesta receita)

Modo de Fazer limpam-se as içás das perninhas, asas e cabeças. Em seguida, põe-se de molho em água e sal por cerca de 1/2 hora. Escorre-se bem e leva-se ao fogo, em frigideira com gordura mexendo-se sempre para não queimar. Quando estiverem bem torradas,acrescenta-se farinha de mandioca, mexendo-se sempre, resultando a farofa, ja pronta para ser comida acompanhada de café. Se quiser, coloca-se em pequeno pilão, juntando-se farinha a gosto, daí resultando uma paçoca de içás.

Verdades sobre as tanajuras: O gosto é bom, levemente semelhante a crustáceos.Paladar crocante delicioso. Rico em ferro e proteína, já que as “bundinhas” das tanajuras na verdade estão cheias de ovas que darão origem um novo formigueiro. Mentiras: Comer tanajura faz mal à saude. Içás alimentam-se de lixo e animais em putrefação.Tanajuras fazem formigueiros em cemitérios para alimentar-se dos defuntos. (Pura mentira)
Bolinho de chuva Tia Nastácia –  do livro "À mesa com Monteiro Lobato". A receita do clássico bolinho de Tia Nastácia foi extraída dos cadernos de Dona Purezinha, esposa do escritor.
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
3 colheres (sopa) de açúcar
1 pitada de sal
1 colher (sopa) de fermento em pó
2 colheres (sopa) de leite
1 colher (sopa) de manteiga
3 ovos
1 colher de (sopa) de queijo parmesão ralado
Erva-doce a gosto
Óleo para fritar
Açúcar e canela em pó

Modo de fazer Misturar a manteiga e o açúcar, acrescentar os ovos um a um, pôr aos poucos o trigo já peneirado com o fermento, misturar; acrescentar o sal, a erva-doce e o queijo ralado. Mexer mais um pouco. Fritar em óleo quente, pingando aos poucos com colher de chá sobre papel absorvente; Abaixar o fogo, quando o óleo estiver muito quente; Salpicar os bolinhos já prontos com o açúcar e canela.


6 comentários:

  1. No Livro do Saci, é mencionado o 'bolinho de polvilho'. Não seria esse o famoso Bolinho da Tia Nastácia?

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    1. Caro anônimo bom dia,
      Fico grato pela sua contribuição, é sempre bom receber feed back dos leitores. Mas vamos ao que interessa. O que este texto tentou demonstrar foi o interesse de Lobato em incluir elementos da tradição gastronômica regional dentro das obras sobre o Sítio do Pica pau Amarelo. Bem como, lisonjear as preparações da personagem Tia Nástacia – reiterando que tudo que ela preparava sairia perfeito. Quanto à questão dos bolinhos, realmente, existe uma fama recaindo sobre eles... No livro Emília no país da gramática, capítulo XIII A casa da gritaria, apresenta um enunciado que o identifica assim:
      [...] - E agora este Quindim, que é perola dos gramáticos.
      - E há ainda mais coisas por lá – continuou Emília, depois duma pausa – há os famosos bolinhos de tia Nastácia, feitos de polvilho, leite, uma colherzinha de sal, etc. depois ela frita. Quando rabicó sente de longe o cheiro desses bolinhos, vem na volada. Mas não pilha um só. É comida de gente e não de marquês. [...]
      O bolinho de polvilho, certamente seria o que se destacava dentre os outros – no entanto compreende-se que se tudo que Tia Nastácia preparava era maravilhoso, os demais não poderiam ser piores.

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  2. A receita foi extraída literalmente do livro de receitas de Dona Purezinha? Os bolinhos eram fritos em fogão a lenha; então como aparece a expressão 'abaixar o fogo', típica de fogão a gás e similares?

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    1. Resolveu-se postar a receita dos bolinhos de chuva do livro em questão, por ser um dos tipos de bolinhos que eu particularmente aprecio, desde a infância. E a receita postada usou os termo moderno “abaixar o fogo” simplesmente para facilitar a produção na atualidade. No entanto os ingredientes e suas quantidades permanecem como no livro.
      No nordeste brasileiro, a expressão abaixar o fogo também pode ser utilizada para o fogão de lenha. Aqui, para se abaixar o fogo neste tipo de equipamento, se tapa a boca do fogão a lenha com o uso das tampas do fogareiro(esferas de ferro que esquentam o suficiente para não deixar esfriar o preparo)ou utiliza-se trempes.

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  3. Cheguei até o seu blog, fazendo pesquisa no google sobre biscoitinhos de Natal, e simplesmente amei.Que bom comprovar que existe vida inteligente na net.
    Também ,tive a minha infância nos anos 80,e adorava assistir o Sítio do Pica-pau Amarelo.
    Todos estes personagens fizeram parte da minha, e com certeza os quitutes de Tia Nastácia,também me influenciaram ,além dos quitutes da minha mãe,a gostar de gastronomia.
    Sou de Salvador - Bahia, terra do dendê e do coco,e me aventuro no fogão fazendo quitutes de todo o mundo, sou eclética,não me contento em fazer sempre as mesmas coisas,adoro provar novos sabores,por isto mesmo o nome do meu blog é Mundo do Sabor.
    TE coloquei nos meus favoritos.
    Parabéns,se desejar fazer uma visitnha ,fique á vontade:
    www.mundodosabor.blogspot.com

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  4. A.D.O.R.E.I o seu BLOG, muito obrigada por compartilhar conosco as infinitas obras do saudoso Monteiro Lobato. Amei. Sucesso.

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