terça-feira, 10 de maio de 2011

Lady Godiva: Condessa generosa e inspiração deliciosa

Eu fico completamente sem palavras quando posso me deleitar com uma  verdadeira maravilha gastronômica... E imaginem a minha felicidade: acabo de receber uma caixa dos chocolates de luxo GODIVA.

 O melhor dos prazeres. É assim que os chocólatras do mundo todo definem a marca GODIVA, produtora de um dos melhores chocolates do planeta. Quem já saboreou um legítimo chocolate GODIVA sabe que se trata realmente de uma guloseima digna da realeza. Quando você dá a primeira mordida num bombom retirado de uma caixa dourada, está mergulhando numa mística construída detalhe por detalhe no decorrer dos últimos 84 anos.

A história da fábrica de chocolates GODIVA começou em 1926, num pequeno ateliê da família de confeiteiros Draps, em Bruxelas na Bélgica. O nome foi uma idéia da esposa de Joseph Drap para fazer uma associação elegante ou uma homenagem à lendária Lady Godiva. A idéia da família era ligar a marca de chocolates à elegância e requinte da nobre inglesa. Inicialmente os chocolates eram vendidos na própria cidade, onde mantinham uma loja na calçada da Grande Place (Grande Praça). Nos anos seguintes, o sucesso de seu chocolate levou a abertura de outras muitas lojas pelo país. E hoje já possui lojas espalhadas pelo mundo.

A legendária Lady Godiva

Godiva foi esposa do Conde Mercia, Leofric; seu nome deriva do anglo-saxónico Godgifu, que significa “gif of God” – presente de Deus, sendo Godiva a versão latina para este nome.  Diz a lenda que entre os anos 968-1057, na Inglaterra, na região de Coventry, o Conde de Mercia Leofric III, cobrava pesados impostos de seu povo. Sua mulher, Lady Godiva, implorava ao marido que fosse mais humano com seus súditos. Ele não cedia.
Godiva era uma dedicada esposa, mas que, apesar do papel quase oculto das mulheres nesses tempos, não deixava de fazer, ou tentar, ver os problemas dos camponeses e a miséria em que estes viviam assim como outros assuntos similares.
A determinada altura das suas vidas, o casal resolveu criar uma abadia para receber pessoas que tivessem recebido a chamada da religião e que funcionava ainda como um centro cultural. O exterior da abadia foi escolhido pelos aldeões para as suas atividades de diversão, o que não pareceu aborrecer muito o casal, porque o que interessava era que estes estivessem entretidos e contentes. A abadia foi dedicada a Santa Eunice de Saxmundham, uma das primeiras mártires a morrer às mãos dos romanos.

Estátua de Lady Godiva no centro de Coventry.
         Instalado na propriedade de Conventry, Leofric assumiu um papel crescente no governo e organização dos assuntos públicos da pequena vila. Ao mesmo tempo ficou com a responsabilidade dos assuntos financeiros devido ao crescimento desta. E surgiu-lhe a ideia de organizar esses assuntos com a ajuda de dinheiros públicos.
Entretanto, Godiva tinha-se tornado uma experiente amazona e adquirido o gosto por festas, artes e conhecimento.
Nos seus passeios eqüestres foi conhecendo melhor a vida dos camponeses e teve pena da sua existência miserável em prol de meia dúzia de ricos proprietários. E foi desta forma que se apercebeu de que a maior parte da vida destas pessoas era dedicada ao esforço para conseguirem o seu sustento, algo para vestir e formas de se protegerem sob um teto de que material fosse. Antes de perceber a dura realidade, Godiva tentou levar às massas o gosto pela beleza e pela arte, sem muito sucesso, através da abadia que fundara com o marido.
A acrescentar a todos os problemas dos camponeses estavam os impostos que Leofric cobrava na sua megalomania de fazer mais e melhor por Conventry. Os impostos eram colocados sobre tudo o que ele pensasse, chegando ao ponto de existir mesmo um sobre o estrume vendido e usado nos campos.
Godiva decidiu então que os impostos teriam de baixar para melhorar a vida dos camponeses e para lhes poder proporcionar o acesso às artes. Mas a conversa que manteve com o marido acerca do assunto não lhe correu muito bem e este não aceitou a idéia de diminuir essa fonte de rendimentos. E para castigar a mulher, decretou ainda um imposto sobre todas as obras de arte, a maior parte pertença de Godiva, do qual apenas ficaram livres as igrejas.
Para castigá-lo por sua vez, Godiva começou uma guerra de sexo . um dia, como ela tornasse a insistir, Leofric acabou por capitular e conceder algumas alterações e reduções nos impostos ele fez uma contraproposta, evidentemente, para humilhá-la e mostrar uma vez mais seu poder sobre o povo. Lady Godiva teria de mostrar o máximo da arte de Deus, ou seja, o seu corpo nu nas ruas da vila, por onde desfilaria a cavalo em pleno meio-dia. Para sua surpresa de Leofric ela aceitou desde que tivesse a sua permissão para fazê-lo. Estupefato com a sua coragem, Leofric decidiu ainda que se ela levasse esse ato em frente, levantaria todos os impostos sobre Conventry
O marido, aparentemente liberal, era, no entanto, ciumento, e botou uma condição: ninguém poderia vê-la desfilar nua, todas as portas e janelas deveriam estar trancadas. Pode-se imaginar como essa nudez se tornava logo mais erotizada não só pela presença desse cavalo em pêlo onde ela ia peladíssima, "vestida" apenas de sua longa cabeleira, mas a interdição tornava a cena ainda mais erótica. E no dia ansiado, lá estava Lady Godiva sobre o cavalo ondeando suas formas, oferecendo sua nudez real e imaginária, posto que ninguém deveria ou poderia vê-la.
Mas como em toda lenda, há um transgressor; e um certo Peeping Tom resolveu fazer um buraco na janela de sua casa para ver a nudez real passar. Dizem que é daí que veio a expressão "peeping tom" em inglês, significando o voyeurista, o que sente prazer sexual em ver as intimidades alheias.
O fato é que o cidadão curioso foi punido com a cegueira. Ele viu o que não deveria ver.
Nem sempre a autoridade permite que se veja o que ela não quer que seja visto. Se alguém insiste em ver o interditado deve ser cegado, para que a autoridade e o sistema permaneçam. É interessante, no entanto, observar duas coisas. Primeiro que, apesar deste incidente, o rei aboliu os impostos. E, em segundo lugar, um detalhe que não pode passar em branco na seqüência de histórias que estamos analisando: o voyeurista, aquele que quis ver a nudez da Lady Godiva era um alfaiate.
Não deve ter sido por acaso que a lenda se constituiu deste modo incluindo aí um alfaiate, da mesma maneira que não é à toa que aquela lenda de Andersen os dois tecelões (variantes do alfaiate) tecem a roupa inexistente para o rei.
Ao contrário da lenda de Andersen e de seus tecelões charlatães, aqui o alfaiate, que sabia cobrir o corpo alheio com as roupas mais apropriadas, é aquele que ousa ver a anti-roupa, ou melhor, a roupa original, a Lady vestida pelo esplendor de sua nudez. Portanto, aquele que por profissão cobre a nudez do corpo é o mais curioso para ver a Lady Godiva nua, desvestida.
Essa lenda tem sua parte de verdade, pois esses personagens são reais, há a sepultura da Lady na  Trinity Church, e desde 1678 realiza-se um desfile lembrando o episódio. Uma lenda sobrevive na medida em que expressa conteúdos do imaginário coletivo.
Freud interessou-se por essa história ao estudar o "Conceito psicanalítico das perturbações psicogênicas da visão" (1910). Ele estava interessado em analisar a cegueira histérica estudada por Charcot, Janet e Binet. Nos hospitais e clínicas constatara que a histeria provocava a cegueira. Em circunstâncias de estresse e trauma, uma pessoa pode fabricar, psicologicamente, sua própria cegueira.

Gisele - Godiva à brasileira

Mas na lenda de Lady Godiva, Freud destaca o que lhe interessava - a questão da interdição. Estavam todos proibidos de ver a nudez da senhora. E como os interditos sociais e psicológicos são muito mais fortes do que pensamos, a quebra do pacto do não-ver por aquele que quer ver é punida com a cegueira. É como se o expulsassem da comunidade. No viés erótico freudiano o analista diz: "por haver querido fazer o mal uso de teus olhos, utilizando-os para satisfazer tua sexualidade, mereces ter perdido a vista". Ocorre a lei do Talião, paga-se o crime na mesma moeda, perde a vista quem tentou ver. "Na bela lenda da Lady Godiva", diz Freud, "todos os vizinhos ficam reclusos em suas casas e fecham as janelas para fazer menos penosa à dama a sua exibição, nua sobre o cavalo, pelas ruas da cidade. O único homem que espia através das madeiras de sua janela a passagem da beleza nua perde, como castigo, a vista".
A complementaridade de significados entre "A nova roupa do rei" de Andersen e a Lady Godiva é instigante. Se na primeira era o rei que estava nu, aqui é a Lady - variante da rainha, que exibe sua nudez. O rei fingia estar vestido, a condessa  sabia-se nua. E em ambos os casos é alguém de fora da corte que consegue ver o que os demais não podem ou não querem ver. Ver é uma ousadia. Fazer falar o que se viu ou desmistificar a cegueira alheia é ousadia dupla.
.
Pão de Condessa

1 copo de mel
300grs de farinha de trigo
50grs de manteiga
3 ovos
1/2 colher (café) de cravo moído
1/2 colher (café) de noz moscada ralada
1 copo de leite
1/2 cálice de rum
2 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de fermento em pó
1 colher (café) de canela em pó
Modo de preparo  Aqueça o mel até formar bolhas. Junte as claras batidas em neve e bata até esfriar. Prepare a massa misturando a farinha de trigo peneirada com os demais ingredientes. Bata até ficar consistente. Acrescente à massa a mistura do mel e da clara e mexa até ficar homogênea. Leve para assar em forma untada com manteiga e polvilhada com farinha de trigo. Forno brando. Depois de assado, polvilhe com açúcar de confeiteiro.

Condessa - Drink
1 parte de Vodka
1 parte de Água de coco
Gelo

Como Fazer: Adicione os ingredientes num copo, misture os ingredientes com o canudo. Sirva.

Dica  Pode Decorar com casca de limão, mas não coloque muita pra não interferir no sabor.



Nenhum comentário:

Postar um comentário