quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho (Rudolph, The Red-Nosed Reindeer)

 Eu acredito numa teoria que diz que: tudo que tem nome existe, pois se não existisse não teria nome - não sei de quem é esta teoria, mas eu também a defendo. A partir daí, hoje eu queria falar de sobre a existência de um personagem muito conhecido nestas épocas natalinas: uma rena especial, que lidera o trenó do Papai Noel, conhecida pelo nome de Rudolph. A minha investigação de hoje vai mostra o surgimento deste personagem e como, exatamente, a mais famosa de todos as renas ficou tão famosa.





Muitos personagens ficcionais do natal tem origens enraizadas numa história real. O Papai Noel, por exemplo, é baseado em um bispo chamado São Nicolau conhecido por dar presentes anônimos em uma cidade na atual Turquia. Mas o que dizer sobre um dos fieis ajudantes do Papai Noel, Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho? Teria o Noel enfrentado, com sua equipe de renas mágicas, o épico nevoeiro numa véspera de Natal nos livros de história?
Devo alertar que a história que seque é uma história real, e talvez seja menos “fofa” do que a lenda de Rudolph que se vê nos desenhos animados. Mas precisa ser contada aqui.
Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho, é uma adição relativamente nova no folclore de Natal, fez sua estreia em 1939 como um golpe promocional para a loja de departamentos Montgomery Ward, com sede em Chicago. 



Durante anos, a loja estava comprando e dando livros para colorir com temas natalinos, mas percebeu que poderia economizar alguns dólares, fabricando estes livros em “casa”. Então os dirigente da loja procuraram por Robert L. May, um redator de 34 anos, e lhe perguntaram se ele poderia criar uma história natalina feita especificamente para os clientes da Montgomery Ward.
May então produziu Rudolph, "the rollinckingest, rip-roaringest, riot-provokingest, Christmas give-away your town has ever seen! A laugh and a thrill for every boy and girl in your town (and for their parents, too!)". Ele havia pensado em outros nomes para seu personagem principal, incluindo Rodney, Rollo, Reginald e Romeo (você pode imaginar Rodney a rena do Nariz Vermelho?), mas acabaram por escolher, certeiramente, Rudolph.







O Livro para colorir de May teve um sucesso instantâneo. A empresa doou cerca de 2 milhões de cópias no primeiro ano (em comparação, foram impressas apenas 430 mil cópias de As Vinhas da Ira (The Grapes of Wrath), um best-seller da mesma época escrito por John Steinbeck, publicado também em 1939). 


A linha de produtos Rudolph da Montgomery Ward

No ano seguinte, a Montgomery Ward começou a vender itens temáticos de Rudolph e, mais tarde, uma música também cunhada por May para acompanhar o livro, gravada por Gene Autry em 1949 – só a gravação de Autry vendeu 2,5 milhões de cópias no primeiro ano, eventualmente vendendo um total de 25 milhões, e manteve-se como a segunda canção de natal mais vendida de todos os tempos, até a década de 1980.




Na canção, e mais tarde, na animação de 1964 e num especial de TV, Rudolph é uma rena que sofre bullying (por sua diferença) feito por membros da família de renas do Papai Noel no Polo Norte, antes da viagem fatídica. No livro, porém, o Papai Noel se depara com Rudolph pela primeira vez ao entregar presentes na sua casa numa véspera de Natal com nevasca forte e nebulosa - e já sugestiona que Rudolph poderia ser um auxílio para sua condução noturna: "- É você, " Papai Noel diz no livro, "quem vai salvar o dia! Seu maravilhoso nariz pode abrir o caminho! "



Resumidamente, a história narra as experiências de Rudolph, uma rena (do sexo masculino) juvenil, que possui um nariz vermelho luminoso incomum. Assediado impiedosamente e excluído pelas outras renas, por causa de sua característica luminosa, Rudolph consegue provar a si mesmo numa véspera de Natal com uma forte tempestade de neve quando o Papai Noel avista o nariz de Rudolph e pede para guiar o seu trenó durante a noite. Rudolph concorda, e é finalmente passa a ser tratado melhor por seus companheiros renas por seu heroísmo.

Mas quando o Papai Noel começou a viajar com renas?

Este pedaço da ficção pode ser rastreado até 1823, quando Clement C. Moore escreveu o poema hoje conhecido como The Night Before Christmas. Naquela época, ele foi chamado A Visit from St. Nicholas, e ele falava de " oito minúsculas renas" guiando o Noel (Curiosidade: Donner e Blitzen,cujos nomes se traduzem em Trovão e Relâmpago, foram originalmente chamado Dunder e Blixem ).



As renas do Papai Noel são as únicas renas do mundo que sabem voar, ajudando o Papai Noel entregar os presentes para as crianças do mundo todo na noite de Natal. Quando o Papai Noel pede para serem rápidas, elas podem ser as mais rápidas que um cometa. Mas quando ele quer, elas tornam-se lentas. O mito das renas mágicas foi inventado na Europa, no século XIX.
A quantidade de renas que puxam o trenó do papai Noel eram oito, mas por conta de Rudolph passou para nove (diferente dos trenós tradicionais, puxados por oito renas). O nome das renas, em inglês são: Rudolph, Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen. E em português são: Rodolfo, Corredora, Dançarina, Empinadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago.



Essa história deu tão certo e tornou-se tão popular que além de todo um comércio envolvendo o personagem fez surgir serviços interessantes, e criados por instituições muito respeitadas como, a agência que controla o espaço aéreo americano (North American Aerospace Defense Command) que desenvolveu e instalou um "Santa Tracker" ("Rastreador de Santa" Claus – Papai Noel em Inglês) em sete idiomas, onde se pode ver a localização atual e as próximas paradas de Papai Noel, acompanhado de suas lendárias renas (Confira aqui ).
O programa de rastreamento do Papai Noel pela agência é uma tradição que data de 1955, quando um anúncio no jornal Colorado veio com o número telefônico para conectar as crianças com o bom velhinho e algumas chamadas, por erro, caíram numa linha da NORAD.


E na real, existem renas com narizes vermelhos?

Sim. Algumas renas realmente têm narizes vermelhos, resultado de muitos vasos sanguíneos nas narinas.


É claro que há história real enraizada no mito. Uma grande quantidade de renas da espécie cientificamente conhecida como Rangifer tarandus, nativa da região do Ártico no Alasca, Canadá, Groenlândia, Rússia e Escandinávia, na verdade, têm narizes coloridos com uma cor vermelha característica.
Em 2012, na época natalina, um grupo de pesquisadores da Holanda e Noruega apresentaram ao mundo um estudo feito a partir de suas investigações para descobrir a razão para esta coloração específica nos narizes das renas O estudo, publicado em 17 de dezembro de 2012, na revista médica BMJ (Veja o artigo AQUI), indica que a cor é devido a presença de densos vasos sanguíneos, no nariz das renas, que surgiram com o fim de fornecer sangue e regular a temperatura corporal em ambientes extremos.
"Estes resultados destacam as propriedades fisiológicas intrínsecas do lendário nariz vermelho-brilhante de Rudolph", escrevem os autores do estudo. "ajuda a protegê-lo de congelamento durante passeios de trenó e regulam a temperatura do cérebro da rena, fatores essenciais para renas voadoras puxando o trenó do Papai Noel sob temperaturas extremas."
Obviamente, os pesquisadores sabem que na verdade, que renas não puxa, um trenó com o Papai Noel para entregar presentes em todo o mundo, mas eles encontram uma grande variação das condições meteorológicas em uma base anual, e por conta disso a natureza se encarregou de dar as renas essas camadas densas de vasos para proteger o animal.
Para chegar aos resultados, os cientistas examinaram os narizes de duas renas e cinco voluntários humanos com um microscópio com câmera portátil ligadas a um monitor que lhes permitiu ver os vasos sanguíneos individuais e o fluxo de sangue em tempo real. Eles descobriram que a rena tinha um 25% a mais de concentração de vasos sanguíneos em seus narizes.

Os cientistas ainda colocaram as renas em uma esteira para que caminhassem e tivesse a imagem capturada com um mapeamento de infravermelho usado para medir que partes de seus corpos liberariam mais calor depois do exercício. O nariz , junto com as pernas traseiras , atingiu temperaturas de até 75 ° F- relativamente quente para uma das principais funções principais da existências dos vasos, que seria a de controlar todo esse fluxo de sangue é ajudar a regular a temperatura – e quando as esses narizes estão superaquecidos, o seu calor pode irradiar-se para o ar, dando um leve brilho.


Hoje, Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho, continua a ser um marco, sobretudo na tradição americana de Natal. Certamente, pode-se dizer que Rudolph será por muito tempo uma parte permanente da nossa cultura pop – além de estar no imaginário das crianças e no folclore do Natal.
Pensando na ideia inspiradora de May, a criatividade corre a solta para produzir nossa versão gastronômica de Rudolf. Espero que você prepare esta receita para suas crianças, e possa contar a história de uma rena, que por sua diferença e seu heroísmo, salvou o natal do mundo.




Rudolf – a rena do nariz vermelho


Donuts
Pretzels
Cerejas glaceadas ou ao marasquino

Donuts

14 g de fermento biológico seco
1/4 xícara (60 ml) de água morna (45ºC)
1 e1/2 xícara (360 ml) de leite morno
1/2 xícara (100 g) de açúcar
1 colher (chá) de sal
2 ovos
75 g de manteiga
5 xícaras (625 g) de farinha de trigo
Óleo, para fritar
1/3 xícara (75 g) de manteiga
2 xícaras (250 g) de açúcar de confeiteiro
1 1/2 colher (chá) de extrato de baunilha
4 colheres (sopa) de água quente ou quanto necessário

Preparo: Polvilhe o fermento sobre a água morna, deixe descansar por 5 minutos ou até ficar espumoso. Em uma vasilha, ponha o fermento dissolvido, o leite, o açúcar, o sal, os ovos, 75 g de manteiga e a metade da farinha de trigo. Bata em velocidade baixa durante alguns minutos ou misture-os com uma colher de pau. Acrescente o restante da farinha e bata até que a massa não esteja mais grudando na vasilha. Amasse a massa com as mãos durante 5 minutos, ou até que ela fique macia e elástica. Ponha a massa em uma vasilha untada, e cubra-a. Deixe descansando em um lugar quente até dobrar de volume. A massa terá crescido o suficiente quando, ao pressioná-la com os dedos, a marca deles permaneca funda, não retornando ao ponto original. Coloque a massa numa superfície enfarinhada e, delicadamente, com um rolo, abra na espessura de 1 cm. Modele os donuts usando um cortador de donuts (ver nota) redondo enfarinhado. Retire a massa do centro de cada donut e arrume-as ao lado dos donuts (essa massa também pode ser frita, formando bolinhas de donuts) Cubra tudo com um pano e deixe que os donuts cresçam novamente até dobrarem de tamanho. Em uma panela, derreta a manteiga em fogo médio. Junte o açúcar de confeiteiro e a baunilha, misture-os bem. Retire a panela do fogo e aponha a água quente nessa calda, uma colher de cada vez. Até que o açúcar de confeiteiro fique mais ralo, mas não aguado. Reserve. Em uma frigideira elétrica ou em uma panela grande, esquente o óleo a 175 ºC. Com uma escumadeira, coloque os donuts no óleo quente. Quando os donuts começarem a boiar vire-os. Frite os donuts até estarem com os dois lados corados.Tire-os do óleo e coloque-os para escorrer sobre uma grelha. Coloque uma assadeira por baixo da grelha para facilitar a limpeza. Mergulhe os donuts na calda preparada, que ainda deve estar quente e novamente deixe-os sobre uma grelha, para escorrer qualquer excesso de calda.

Pretzels
1 tablete de fermento biológico (15 g)
1 colher (sopa) de açúcar
2 xícaras (chá) de água morna
5 xícaras (chá) de farinha de trigo (aproximadamente)
1/2 colher (chá) de sal
100 g de manteiga sem sal derretida
50 g de bicarbonato de sódio
açúcar e canela para cobertura
Preparo: Numa tigela, derreta o fermento no açúcar. Junte 1/2 xícara (chá) de água morna e 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo. Misture bem e deixe descansar tampado, por 10 minutos para fermentar. Vai ficar tipo um caldo ralo, não se assuste é isso mesmo. Depois, adicione o restante da água morna e a farinha, aos poucos, misturando com uma das mãos. Pouco antes de dar o ponto, coloque a massa em uma superfície lisa e enfarinhada, e sove a massa por cerca de 5 minutos, até ela ficar lisa e não grudar mais nas mãos (se necessário, adicione mais um pouco de farinha de trigo, tomando cuidado para ela não ficar seca). Coloque a massa em uma tigela levemente untada e leve para crescer por 50 minutos, (eu deixei uma hora, enquanto fritava os Donuts da outra receita) coberta com um pano (e, de preferência, dentro do forno). Em seguida, coloque a massa em na superfície levemente enfarinhada. Abra com os dedos, formando um retângulo de 1 cm de espessura e corte tiras com cerca de 2 cm de largura. Enrole as tiras, no formato de cordões não muito finos e modele-os no formato de pretzel. Encha uma tigela com 1 L de água e nela, dilua o bicarbonato. Mergulhe rapidamente os pretzels crus nessa água e, depois, coloque-os em assadeira antiaderente (ou, untada e enfarinhada). Esse aqui é um dos segredos do sucesso, se não fizer isso não fica crocante por fora. Leve ao forno alto (230ºC), pré-aquecido, por cerca de 12 minutos, ou até eles ficarem dourados.(No meu caso de ontem ficou uns 18 minutos). Quando estiverem assados, pincele-os inteiramente com a manteiga derretida e, em seguida, passe-os numa mistura de canela e açúcar. Sirva morno de preferência. Dicas Para que o pretzel fique macio por dentro e crocante por fora, é essencial que seja banhado na água com bicarbonato. Caso utilize o forno elétrico (mais eficiente que o a gás), nos primeiros 10 minutos, deixe a grelha no centro; depois, coloque a grelha bem próxima a resistência superior, assim os pretzel ficaram mais dourados em menor tempo, favorecendo o grau de maciez.

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