Talvez
seja, o Mil-Folhas, uma das sobremesas francesas clássicas mais fáceis de se
encontrar pelo mundo. A combinação de massa crocante com um delicioso creme de
baunilha é um sabor que agrada fácil. No entanto, o que parece ser simples é
sempre mais difícil!
A
aparente simplicidade da sobremesa tem por traz a paciência no preparo da
massa, complexa para muitos; a delicadeza do creme perfumado com baunilha - que torna-se ainda mais especial quando se tem a fava de baunilha para preparar o
creme doce e firme que sustentará a massa crocante sem deixá-la molhada. Que resulta em delicadeza pura que, geralmente, ainda é servida com uma geada de açúcar impalpável por
cima.
Nos dias de hoje os recheios podem variar: encontra-se mil-folhas de chocolate, caramelo, amêndoas, e ainda com frutas para acompanhar. Mas o clássico, com creme de baunilha, é infalível.
Nos dias de hoje os recheios podem variar: encontra-se mil-folhas de chocolate, caramelo, amêndoas, e ainda com frutas para acompanhar. Mas o clássico, com creme de baunilha, é infalível.
No
que tange a origem do mil-folhas, geralmente, se encontra o ano de 1651 como a
data de criação do mil-folhas: pelo fato da publicação do livro de François
Pierre de la Varenne intitulado "Cuisinier François", que faz menção
ao termo, embora não traga receitas de mil folhas na sua coleção de receitas, no
máximo, apresenta uma receita para "Tourte a la Frangipane" que lembra
vagamente um mil-folhas.
Embora
se saiba que já existia um tipo de massa folhada desde o Império Novo no Egito
antigo (Aqui se abre um parêntese: não se pode falar de mil-folhas sem falar
sobre a massa folhada. Então, considerando que pretendo construir uma postagem (no futuro) exclusivamente para tratar desse tipo de massa, aqui, serei superficial nesta parte para ter o que comentar depois).
O Império Novo é uma época da história do Antigo Egito que se inicia por volta de 1 550 a.C. e termina em 1 070 a.C.. Inclui as XVIII, XIX e XX dinastias que governaram a partir capital da cidade de Tebas. Trata-se de uma era de prosperidade e de imperialismo, durante a qual os faraós governaram um império que ia da quarta catarata do Nilo até ao rio Eufrates, e por lá a criatividade dos egípcios já faziam biscoitos e pães especiais com massa folhada.
Mas foi na Roma de 1635 que a pasta sfoglia (massa folhada em italiano), conhecida em francês como pâte feuilletée, foi bem trabalhada , sendo desenvolvida pelo brilhante pintor do barroco francês Claude Lorrain, ou Claude Gellée, seu verdadeiro nome. Embora, um documento oficial italiano afirme que, já em 1525, um decreto do Conselho de Veneza, citava claramente a pasta sfoglia (massa folhada em italiano) naquele lugar.
A
primeira receita que usa creme de confeiteiro ou o creme frangipane como recheio
para camadas de massa folhada foi publicado no "Almanach des Gourmands", publicada em 1810, pelo famoso Grimod de la Reyniere, e é completamente idêntica ao mil folhas da
atualidade.
O Império Novo é uma época da história do Antigo Egito que se inicia por volta de 1 550 a.C. e termina em 1 070 a.C.. Inclui as XVIII, XIX e XX dinastias que governaram a partir capital da cidade de Tebas. Trata-se de uma era de prosperidade e de imperialismo, durante a qual os faraós governaram um império que ia da quarta catarata do Nilo até ao rio Eufrates, e por lá a criatividade dos egípcios já faziam biscoitos e pães especiais com massa folhada.
Mas foi na Roma de 1635 que a pasta sfoglia (massa folhada em italiano), conhecida em francês como pâte feuilletée, foi bem trabalhada , sendo desenvolvida pelo brilhante pintor do barroco francês Claude Lorrain, ou Claude Gellée, seu verdadeiro nome. Embora, um documento oficial italiano afirme que, já em 1525, um decreto do Conselho de Veneza, citava claramente a pasta sfoglia (massa folhada em italiano) naquele lugar.
Claude Lorrain |
O
nome Napoléon que aparece no título, surge graças a um grande divulgador da
confeitaria francesa o chefe de Napoleão, Dunand, um grande amigo da Carême e
de Grimod de la Reynieree, e que associou o nome de seu ilustre
imperador com este doce chamando-o Gâteau
Napoléon – bastante conhecido em terras russas como le millefeuille Gâteau Napoléon).
Na
França, depois de Waterloo e da queda de Napoleão, quaisquer nomes relativos a
este período desapareceram e o le
millefeuille Gâteau Napoléon voltou a ter seu nome original: Gâteau Millefeuille.
Na
Rússia existe uma sobremesa chamada Наполеон
(Napoleão) que é parecida com o Mil Folhas, mas feita como um bolo e
servida em fatias triangulares, feita em 1912 para comemorar o centenário da
vitória russa sobre Napoleão, então lá a relação é clara e declarada.
Mas
que tal preparar seu mil-folhas?
Deixo abaixo uma receita prática para que se deliciem.
Deixo abaixo uma receita prática para que se deliciem.
1 gema
peneirada para pincelar
2
gemas peneiradas
1/2
colher (sopa) de farinha de trigo
1
colher (sopa) de amido de milho
50 g
de açúcar
200 ml
de leite
1 fava
de baunilha ou 1 colher (chá) de essência de baunilha
1/2
colher (sopa) de manteiga
50 g
de açúcar de confeiteiro para polvilhar
Preparo: Massa folhada: Abra
a massa com um rolo, polvilhe açúcar de confeiteiro e passe o rolo novamente,
para fixar o açúcar. Corte a massa em retângulos com 8 X 4 cm e vá colocando os
pedaços em uma assadeira ligeiramente umedecida. Com um garfo, fure várias
vezes cada retângulo, pincele um pouco de gema na superfície e leve para assar
a 180 ºC, por 20 minutos, até a massa ficar bem dourada e crocante. Retire do
forno e deixe esfriar. Creme de
confeiteiro: Em uma tigela, misture as gemas, a farinha de trigo, o amido e
o açúcar e, com um batedor de arame mexa até formar um creme espumoso. À parte,
em uma panela, aqueça o leite e a fava de baunilha aberta ao meio. Quando o
leite levantar fervura, retire a fava de baunilha e junte metade do leite
fervente ao creme de gemas (reservado) e misture bem. Volte a panela com o
leite ao fogo e deixe ferver novamente. Em seguida, acrescente todo o creme e
mexa bem. Deixe o creme ferver por cerca de três minutos, mexendo sempre.
Retire do fogo, adicione a manteiga e misture até ela se dissolver por
completo. Coloque o creme em uma vasilha rasa e cubra com filme plástico,
totalmente aderido à superfície do creme. Isso evita a formação de uma película
seca sobre o creme e sua textura ficará sempre macia. Reserve e mantenha na
geladeira até o momento de usar. Para a
montagem: Disponha um retângulo de massa assada e fria sobre um prato.
Acrescente um pouco do creme, cubra com outro retângulo de massa assada e
adicione um pouco mais de creme e, novamente, coloque mais um retângulo de
massa. Peneire o açúcar de confeiteiro e sirva em seguida.
Your Highness,
ResponderExcluirO mil folhas mais maravilhoso que aprecio quando vou ao Rio é feito pela Chez Anne, no shopping da Gávea. Impecável.
Cheers,
Moema Galvão
Mons Le Baron, excelente o POST!
ResponderExcluirMinha memória afetiva me remete ao Rio, dos anos 1950!! Agora aprendi mais sobre essa maravilha!!
Merci!