quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Um monumento ao amor - uma descoberta regada a vinho e provoleta


Há momentos em que a inspiração me aparece enquanto estou disperso... ou, quando estou com a mão ocupada com uma generosa taça de um bom vinho e degustando um aperitivo.  Isso é batata de acontecer se eu estiver me deleitando com provoleta com vinho...


Acredito no poder das manifestações de Baco através do consumo de uma boa bebida com um bom acompanhamento – afinal ele é o deus do vinho, da gula, da ebriedade, dos excessos – sobretudo os sexuais. Então vou apelar pra Baco na intenção de ele, hoje, me permitir divagar numa escrita diferente, mas que me permita elucidar um pouco mais das minhas percepções do mundo.
Toda vez que eu estou caminhando pelas ruas históricas, independentemente do lugar onde eu esteja eu fico com uma vontade louca de querer entrar nos velhos casarões com a esperança de tentar descobrir o estilo de vida de quem existiu ali. Isso me persegue desde a infância e é sempre um prazer quando encontro lugares disponíveis para visitações.
Aqui em Fortaleza já visitei muitos lugares assim, antigos, com cheiro de histórias importantes e intrigantes – e falta ainda muitos outros lugares aos quais pretendo  visitar. Em algumas destas visitas me acompanhou a senhora baronesa do Crato de Açúcar, Célia Augusta , consóror desta Confraria; e pelo nosso fiel escudeiro, Jesus Andrade - temos que fazer um roteiro novo pessoal, tirar mais umas fotos...

Da esquerda para a direita: Jesus, Célia e Eu, no último evento em que comparecemos. 
Eu sempre fui encantado com tudo que a historia pode me proporcionar. E quando eu visito esses velhos casarões  é como se me transportasse para aquelas épocas distantes. Sinto-me bem! Infelizmente, a falta de conservação do patrimônio nas cidades é coisas que deixa a desejar. E isso contribui para o desaparecimento de maravilhas como a que irei lhes mostrar hoje. O amor será o mote que eu irei utilizar para tentar exemplificar o que o homem pode construir para externalizar seus sentimentos – e presentear além de sua amada, o mundo. 
Na historia da humanidade é fácil aportar construções majestosas realizadas com a finalidade de impressionar a pessoa amada - seria então uma forma de homenagem. Os Jardins Suspensos da Babilônia, o Taj Mahal e o Trianon são alguns exemplos dessas homenagens que amor fez com que o homem construísse edificações esplendorosas que até hoje deixa envaidecido e admirado o mundo inteiro. (mais informações sobre os edifícios citados no fim deste post)
As construções citadas anteriormente, distintas por seus lugares e épocas, são para mim dádivas da arquitetura e exercem sobre mim uma dimensão poética, de tão romântica que me parecem; E acabam endereçando e revelando, além de pontos reais nas distintas sociedades, questões importantes de suas culturas por trás de eventos e objetos do cotidiano que exaltam a beleza nas suas mais variadas formas. 
Eu que já andei  lendo Fedro de Platão, acho isso até compreensível – pois ele nos faz compreender a experiência da beleza como um veículo para a alma ascender à verdade ( Eros nos dá as asas para isso. E a beleza  quando encarnada no esfera humana, seria  um vestígio da luz do Ser que os mortais raramente podem contemplar diretamente). Mas se eu seguir  minha formação filosófica para esclarecer um pouco mais desta questão poderia levantar este escrito a outro questionamento: será que podemos ser enganados pelo que aparenta ser bom e verdadeiro?  Pensei isso porque provavelmente Baco já esteja me influenciando com seu poder etílico e auspicioso... Porque o fato é que no mundo atual, mesmo quando se vive de aparências, toda beleza é beleza real e verdadeira – e a beleza é exibida, gosta de aparecer, de ser vista – o que pode ser um pensamento platônico num tempo onde tudo pode ser relativo.
Outro fato do qual não se pode fugir é que a imaginação e o amor (Eros) estão intrinsecamente relacionados.  Parece que nosso amor pela beleza nos completa. Parece que é daí que surge uma necessidade fundamental pela imaginação para melhorar o convívio, a relação, o amor.
Talvez eu me pareça um radicalista com o pensamento a seguir, mas vou correr o risco: “A falta de amor e de imaginação pode estar evidenciando a raiz das nossas piores falhas morais”. Acredito que a imaginação é a “surpresa que encanta”. Seria nossa capacidade de expandir amor para valorizar e reconhecer o outro – acima de qualquer diferença (sexo, religião, cor, idade, etc.). A imaginação é nossa capacidade de entrar no jogo da vida e o amor é a arma para ir vencendo o jogo.  Tudo que sair deles são sinais para externalizar sentimentos.
É justamente a imaginação e amor os responsáveis pelas arquiteturas gloriosas que mostra um passado áureo. É como se o edifício construído fosse um ícone para representar um ídolo de adoração. 
O que me surpreendeu ontem foi encontrar uma parte da historia de Fortaleza que eu desconhecia – e que tem a ver com esta minha divagação dionisíaca. Eu estava na internet lendo e me deparei coma imagem de uma construção maravilhosa, dessa que deixam os olhos encantados – coisa bastante comum quando se visita o Velho Continente e coisa rara no Brasil. O mais legal de tudo foi descobrir que a obra foi feita por causa de uma história de amor.
De antemão devo agradecer à Leila Nobre pela revelação desta maravilha no seu  blog Fortaleza Nobre. Foi graças a esta blogueira que tive a oportunidade de ser “apresentado” ao Palácio Plácido de Carvalho. Leila peço-lhe licença mas, acredito que a informação é de necessidade pública, e não posso deixar de exibir as fotos que você encontrou, diante da magnitude do seu achado. 
Aconselho você, amigo leitor, a dar um pulinho logo para a receita da provoleta no fim deste post, prepare-a (é rapidinho), abra um bom vinho e, só depois prossiga com a leitura.

Palácio Plácido de Carvalho – Uma prova de amor!

Rico e de gosto requintado, Plácido de Carvalho fez construir o que se pode classificar como uma das mais monumentais obras arquitetônicas da época no Brasil – o “Palácio do Plácido”, na Aldeota, antigo Outeiro. Foi um presente do rico comerciante à sua amada Pierina, uma italiana de Milão.


Plácido de Carvalho


Foto de 1971 pouco antes de ser demolido



A majestosa construção, cópia de um Palácio Veneziano, que o Sr. Plácido de Carvalho havia mandado construir para a bela Pierina, ficava na Avenida Santos Dumont e possuía pequenos chalés para servirem de moradia dos serviçais do castelo. Nos anos 60 o castelo foi vendido.





O comerciante Plácido de Carvalho, teve forte atuação no cenário empresarial de Fortaleza, nas duas primeiras décadas do Século XX, até a primeira metade dos anos trinta. Registrou seu reconhecido bom gosto em vários prédios que construiu, destacando-se, entre outros, o famoso Palácio do Plácido erigido para homenagear Maria Pierina Rossi; o Cine-Theatro Majestic Palace, o Cinema Moderno e o imponente Excelsior Hotel. Dos quatro monumentos arquitetônicos hoje só resta o Excelsior Hotel. O Majestic foi totalmente devorado por um incêndio.


Cine-Theatro Majestic


Cine Moderno




Excelsior Hotel hoje - famoso por abrigar o coral natalino da cidade.
No início do século XX, Plácido de Carvalho era um bem sucedido comerciante e industrial em Fortaleza, isso nas duas primeiras décadas do século até a metade da década de trinta. Em 1916, viajando pela Europa veio a conhecer em Paris, Maria Pierina Rossi, uma italiana de Milão, que apesar de apaixonada recusava-se a vir morar no Brasil. Ele, porém, também muito apaixonado, prometeu construir para ela em Fortaleza, uma cópia de um belo palácio que ambos viram em Veneza. Com a promessa, ela concordou, chegando a Fortaleza no ano seguinte.





Com o retornod e Plácido ao Brasil logo começaram os preparativos para a obra. Para construção o bairro escolhido foi o Outeiro, que já passava a ser conhecido como Aldeota. Quanto ao construtor, há dúvidas, muitos apontam o feito ao irmão de Pierina, Natali Rossi, este sim foi o arquiteto do Excelsior Hotel. Mas o Palácio do Plácido foi certamente obra do Sr. João Sabóia Barbosa, artista plástico e excelente engenheiro eletricista diplomado em Liverpool, Inglaterra.






O palácio foi erguido entre as ruas Carlos Vasconcelos e Monsenhor Bruno, tendo como cruzamento das duas a Av. Santos Dumont. Foram usados mármores e vitrais importados, bem como raras madeiras brasileiras. Exibindo estilo rico e eclético, a decoração encantava e chamava atenção. Era cercado de jardins com roseiras e plantas nativas, e possuía duas bem trabalhadas fontes. Depois de dois anos de meticulosos esforços a obra finalmente foi inaugurada em 1921.


Vista atual de um dos chalés pertencentes ao Palácio do Plácido que resistiu ao tempo - Praça luixa Távora
Em torno do Palácio do Plácido como passou a chamar-se ou para os mais excêntricos, foram construídos pequenos chalés, a servirem de moradia aos serviçais da imponente construção.





Após a morte do esposo, em 1934, Pierina que já morava desde 1933 no Excelsior Hotel, casou-se com o arquiteto húngaro Emílio Hinko, amigo de Plácido, que a pedido dela desenhou e construiu em 1938, em torno do palácio seis palacetes, para que servissem de aluguel. Todos ainda existentes. O palácio então foi alugado, e lá passou a funcionar o Serviço de Malária, departamento federal que equivale a Sucam.








Em 1957 morre Maria Pierina, e na década seguinte Zaíra, filha e única herdeira, vende o palácio a um grupo comercial local, que no início dos anos 70 faz a demolição do mesmo para a construção de um supermercado, no entanto o terreno ficou abandonado. Em decorrência de dívidas para com o Poder Público, fez-se a quitação da mesma passando o terreno para o Governo do Estado que lá construiu e hoje está o Centro de Artesanato Luíza Távora.


Quanto ao Palácio do Plácido, este ficou no passado, num velho postal e em gasta e antigas fotos, também na lembrança dos que um dia o viram ou nele entraram, contemplando a beleza de sua torre, de suas janelas e belas escadas a quase dobrar-se, dos seus jardins e suas fontes. Um pedaço do passado agora transferido para livros ou fotos raras. A cumprida promessa de um homem apaixonado que o tempo impiedosamente levou.

Outras construções influenciadas pelo amor

Os Jardins Suspensos da Babilônia 



foram uma das sete maravilhas do mundo antigo. É talvez uma das maravilhas relatadas sobre que menos se sabe. Muito se especula sobre suas possíveis formas e dimensões, mas nenhuma descrição detalhada ou vestígio arqueológico foi encontrada, exceto um poço fora do comum que parece ter sido usado para bombear água. Seis montes de terra artificiais, com terraços arborizados, apoiados em colunas de 25 a 100 metros de altura, construídos pelo rei Nabucodonosor II, para agradar e consolar sua esposa preferida Amitis, que nascera na Média, um reino vizinho, e vivia com saudades dos campos e florestas de sua terra. Chegava-se a eles por uma escada de mármore. Também chamados de Jardins Suspensos de Semiramis, foram construídos no século VI a.C., no sul da Mesopotâmia, na Babilônia. Os terraços foram construídos um em cima do outro e eram irrigados pela água bombeada do rio Eufrates. Nesses terraços estavam plantadas árvores e flores tropicais e alamedas de altas palmeiras. Dos jardins podia-se ver as belezas da cidade abaixo. Não se sabe quando foram destruídos. Suspeita-se que sua destruição tenha ocorrido na mesma época da destruição do palácio de Nabucodonosor, pois há boatos de que os jardins foram construídos sobre seu palácio.

O Petit Trianon 



é um palácio construído no século XVIII pelo Rei Luis XV para a sua amante, a Madame de Pompadour. Este palácio fica localizado no interior do parque do Palácio de Versailles. É sob o impulso da sua favorita, Madame de Pompadour, que o Rei Luis XV ordena a construção de um novo Trianon: o Petit Trianon. A obra confiada a Jacques Ange Gabriel dura 6 anos entre 1762 e 1768. O lugar escolhido para esta nova construção é o antigo jardim botânico do Rei. Madame de Pompadour faleceu no dia 15 de Abril de 1764, pelo que não assistiu à conclusão da sua obra. É com a sua nova favorita, Madame du Barry, que Luis XV inaugura o Petit Trianon. Luis XV morreu em 1774 e a Condessa do Barry teve que deixar o palácio. Desde a sua subida ao trono, Luis XVI ofereceu o Petit Trianon à sua esposa Maria Antonieta desta forma: "Vós amais as flores, Senhora, tenho um bouquet a oferecer-vos. É o Trianon." Maria Antonieta empreendeu numerosas obras no palácio e no seu domínio. Depois da Revolução francesa o palácio caiu no esquecimento. Foi restaurado uma primeira vez durante a Monarquia de Julho pela Rainha Marie-Louise e, mais tarde, uma segunda vez durante o Segundo Império pela Imperatriz Eugénia de Montijo. Inspirado pela arquitetura Palladiana e possivelmente desenhado por Jean-François Chalgrin, as elevações exteriores, sobre as bases de um plano quadrado, escondem um planeamento subtil dos níveis interiores. Parecendo aberto sobre os jardins, o piso dos salões está, de facto, situado em volta de um pátio, do lado de Versailles. A fachada sobre este pátio é ornada por pilastras, a fachada oposta por colunas e as fachadas laterais por meias-colunas. A descrição da decoração exterior simboliza o classicismo repensado de Gabriel.

O Taj Mahal 



é um mausoléu situado em Agra, uma cidade da Índia e o mais conhecido dos monumentos do país. Encontra-se classificado pela UNESCO como Património da Humanidade. Foi recentemente anunciado como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno em uma celebração em Lisboa no dia 7 de Julho de 2007. A obra foi feita entre 1630 e 1652 com a força de cerca de 20 mil homens, trazidos de várias cidades do Oriente, para trabalhar no sumptuoso monumento de mármore branco que o imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal ("A joia do palácio"). Ela morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna. Assim, o Taj Mahal é também conhecido como a maior prova de amor do mundo, contendo inscrições retiradas do Corão. É incrustado com pedras semipreciosas, tais como o lápis-lazúli entre outras. A sua cúpula é costurada com fios de ouro. O edifício é flanqueado por duas mesquitas e cercado por quatro minaretes. Supõe-se que o imperador pretendesse fazer para ele próprio uma réplica do Taj Mahal original na outra margem do rio, em mármore preto, mas acabou deposto antes do início das obras por um de seus filhos. Como todas as histórias, esta também começa da mesma maneira... Era uma vez um príncipe chamado Kurram que se enamorou por uma princesa aos 15 anos de idade. Reza a história que se cruzaram acidentalmente mas seus destinos ficaram unidos para todo o sempre. Após uma espera de 5 anos, durante os quais não se puderam ver uma única vez, a cerimónia do casamento teve lugar do ano de 1612, na qual o imperador a rebatizou de Mumtaz Mahal ou "A eleita do palácio". O Príncipe, foi coroado em 1628 com o nome Shah Jahan, "O Rei do mundo" e governou em paz. Quis o destino que Mumtaz não fosse rainha por muito tempo. Ao dar à luz o 14º filho de Shah Jahan, morreu aos aos 39 anos em 1631. O Imperador ficou tremendamente desgostoso e inconsolável e, segundo crónicas posteriores, toda a corte chorou a morte da rainha durante 2 anos. Durante esse período, não houve musica, festas ou celebrações de espécie alguma em todo o reino. Shah Jahan ordenou então que fosse construído um monumento sem igual, para que o mundo jamais pudesse esquecer. Não se sabe ao certo quem foi o arquiteto, mas reuniram-se em Agra as maiores riquezas do mundo. O mármore fino e branco das pedreiras locais, Jade e cristal da China, Turquesa do Tibet, Lapis Lazulis do Afeganistão, Ágatas do Yemen, Safiras do Ceilão, Ametistas da Pérsia, Corais da Arábia Saudita, Quartzo dos Himalaias, Ambar do Oceano Índico. Surge assim o Taj Mahal. O seu nome é uma variação curta de Mumtaz Mahal.. o nome da mulher cuja a memória preserva. O nome "Taj", é de origem Persa, que significa Coroa. "Mahal" é arábico e significa lugar. Devidamente enquadrado num jardim simétrico, tipicamente muçulmano, dividido em quadrados iguais cruzado por um canal ladeado de ciprestes onde se refte a sua imagem mais imponente. Por dentro, o mausoléu é também impressionante e deslumbrante. Na penumbra, a câmara mortuária está rodeada por finas paredes de mármore incrustado com pedras preciosas que forma uma cortina de milhares de cores. A sonoridade do interior, amplo e elevado é triste e misterioso, como um eco que soa e ressoa sem nunca se deter. Sobre o edifício surge uma cúpula esplendorosa, que é a coroa do Taj Mahal. Esta é rodeada por quatro cúpulas mais pequenas, e nos extremos da plataforma sobressaem quatro torres que foram construídas com uma pequena inclinação, para que em caso de desabamento, nunca caiam sobre o edifício principal. Os arabescos exteriores são desenhos muçulmanos de pedras semi preciosas incrustadas no mármore branco, segundo uma técnica Italiana utilizada pelos artesãos hindus. Estas incrustações eram feitas com tamanha precisão que as juntas somente se distinguem à lupa. Uma flor de apenas sete centímetros quadrados, pode ter até 60 incrustações distintas. O rendilhado das janelas foi trabalhado a partir de blocos de mármore maciço. Diz-se que o imperador Shah Jahan queria construir também o seu próprio mausoléu. Este seria do outro lado do rio. Muito mais deslumbrante, muito mais caro, todo em mármore preto, que seria posteriormente unido com o Taj Mahal através de uma ponte de ouro. Tal empreendimento nunca chegou a ser levado a cabo. Após perder o poder, o imperador foi encarcerado no seu palácio e, a partir dos seus alojamentos, contemplou a sua grande obra até à morte. O Taj Mahal foi, por fim, o refúgio eterno de Shah Jahan e Mumtaz Mahal. Posteriormente, o imperador foi sepultado ao lado da sua esposa, sendo esta a única quebra na perfeita simetria de todo o complexo do Taj Mahal.

Fontes: NOBRE, Leila. http://fortalezanobre.blogspot.com.br/ 

Provoleta (provolone grelhado básico)

O provolone é um queijo de leite integral de vaca com uma pele macia. Ele é produzido principalmente nas regiões da Itália da Lombardia e Vêneto – região onde nasceu Pierina a personagem da nossa história de amor. Em homenagem a ela segue as receitas abaixo.

ingredientes
2 fatias de queijo provolone cortadas com 2 cm de espessura
farinha de trigo
1 dente de alho pequeno amassado
6 colheres de sopa de azeite de oliva
1 colher de chá de orégano
1/4 colher de chá de tomilho
sal e pimenta do reino

Preparo: Misture em um recipiente o alho, azeite, orégano e tomilho. Tempere com sal e um pouco de pimenta-do-reino.  Tempere as fatias de provolone com pimenta-do-reino e com pouco sal. Pressione as fatias contra a farinha de trigo e retire o excesso. A farinha ajudará a manter a forma do queijo quando ele estiver derretendo.  Coloque as fatias cobre a grelha de uma churrasqueira ou sobre uma chapa canelada para fogão. Doure rapidamente um dos lados. Vire cuidadosamente e distribua metade do molho sobre o lado já grelhado. Retire da grelha e regue com o molho restante. Sirva imediatamente acompanhado de fatias de pão.

Creme de provolone

Ingredientes:
2 colheres de sopa (cheia) de manteiga
2 colheres de sopa (cheia) de farinha de trigo
de 500ml a 1 litro de leite
1/2 cubo de caldo de legumes ou o preferido
uma pitada de noz-moscada
200g de mozzarella ralada
150g de provolone ralado
1 caixinha de creme de leite
sal, se for preciso (só pra acertar

Preparo:  Colocar a farinha, manteiga e a metade do caldo no fogo até a manteiga derreter e dar uma leve dourada. Depois de levemente dourado, vá colocando o leite, aos poucos, e mexendo, até atingir o ponto desejado (eu devo ter colocado uns 700ml - lembrem-se: o creme fica bem mais espesso depois de frio, por isso não tem problema deixar o molho meio ralo, mesmo porque o queijo ajudará a dar consistência). Deixe o creme ferver um pouco, e enquanto isso rale um pouquinho de noz moscada. Depois de ferver um pouco, sempre mexendo, desligue o fogo. Adicione o creme de leite, e aos poucos vá adicionando os queijos (eu gosto de ralá-los, pois assim ele agrega melhor ao molho e fica "puxa-puxa". Não se esqueça da dica: só adicione o queijo depois do creme de leite. Não sei porque, mas quando eu adicionei antes, o creme não ficou "puxa" como eu queria. Mas enfim... Depois do queijo todo adicionado experimente e se preciso corrija o sal, e sirva.
OBS.: ótimo para acompanhar massas, torradas e até biscoito de polvilho. 

Um comentário:

  1. Caríssimo Barão de Gourmandisme,em primeiro lugar quero revelar-lhe, que fiquei lisonjeada com vossa visita ao Mundo do Sabor,e mais ainda ao saber que testou a minha receita de Blintzes e a aprovou.
    Em segundo lugar quero dizer-lhe que para mim, é um deleite sorver os seus escritos.Na blogosfera contamos a dedo,lugar que junte culinária, bom gosto literário,e história ao mesmo tempo,temperados com escrita impecável.
    Também amo casarões e monumentos antigos,e o que não falta aqui em Salvador,são estes palacetes,casas e mansões antigos,que ocultam histórias, casos e romances.....Como todo patrimônio do nosso país,andam esquecidos, largados ás traças infelizmente.Ficomuito triste quando passo pelas ruas da velha Bahia, e vejo azulejos portugueses descoloridos,janelas antigas arrancadas e dando lugar a janelas de alumínio,ou fechadas por tijolose concreto,paraque não sejam invadidas por marginais.
    Tenho um amigo fotógrafo,João Cabral,que sempre posta no facebook, os destratos a que são impostas estas obras,a qual ele batizou num trocadilho feliz,diante da atual situação de "Patrimônio histérico da Bahia".É uma tristeza ....
    Veio-me lágrimas aos olhos ao tomar ciência da existência do Palácio Plácido de Carvalho,e ao mesmo tempo saber que foi demolido,e não mais existe.
    Quanto amor,quanto dedicação,que paixão avassaladora não deve ter sentido este homem,para mandar construir tal monumento para sua amada...que cá para nós,não o devia amar tanto assim,(venenosa),se amasse vinha sem palácio,uma mansão de bom tamanho já quebrava o galho...muito menos casaria com seu melhor amigo....ficaria morando lá no palácioo ,até o fim dos seus dias!Pronto Falei!rsrsrsrs
    Sabe-se lá as razões da Pierina..visto posição das mulheres nesta época....viúva sozinha, sem um braço de homem para ajudá-la e criar seus filhos...(boazinha).
    Fato mesmo é esta filha desnaturada..Será que era filha do Plácido ou do amigo????? Deu-me vontade de dar-lhe umas boas chineladas,acho melhor uns bons tapas na cara...como é que se vende um patrimônio destes,ainda mais sendo sua própria genitora, a homenageada?Transformasse num museu,numa casa de cultura,lutasse para que fosse nomeado patrimônio histórico.Apagar a história da família de vez, tudo por dinheiro???
    Fato mais que lamentável.
    Talvez a única obra aqui no Brasil,motivada por amor,e com uma história de paixão avassaladora,transformada em pó!
    O que me trouxe a alegria de volta foi a receita de provoleta e creme de provolone e as fotos de dar água na boca!
    E o riso frouxo que dei ao ver no final,o vídeo de Jorge BenJor,pois ao ler a história do Taj Mahal.....foi a primeira música que me veio á cabeça...a voz jocosa de BenJor: "Taj Mahaaaaaal,Taj Mahal!"

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