Certamente a Primeira
Guerra Mundial (1914-1918) foi o grande divisor de águas desta era, a
"guerra para acabar com todas as guerras" começou com o assassinato
do arquiduque Ferdinando da Áustria e da Grã-Duquesa Sophie, na Sérvia em 1914.
Os homens de infantaria dos EUA, conhecidos como "Doughboys", chegam
na frente ocidental, no verão de 1917 - os Estados Unidos tinham indo fornecer
aos aliados britânicos, franceses, belgas suprimentos alimentares para dois
anos.
Os soldados
norte-americanos eram muito bem provisionados em comparação com seus
companheiros aliados, graças ao desenvolvimento de padarias de “campo”
conseguiram oferecer comidas quentes e frescas no front. Pequenos, os
carrinhos-vagão de comida, levavam para as trincheiras a comida quentinha
preparada atrás das linhas de frente.
Infestados de ratos e
outros animais nocivos, sujeitos a ataques com gás venenoso e bombardeios,
cheias de frio e lama gordurosa, as trincheiras era experiência única e
angustiante para o Doughboys, muitos deles acostumados com o ar fresco das
fazendas nos Estados Unidos.
A chegada de alimentos
cozidos, junto com doces, produtos lácteos, pão fresco e macio foi muito
apreciado mas incongruente no inferno conhecido como guerra de trincheira.
Assim, tinham ainda outro desafio: manter os alimentos secos, limpos e longe de
ratos. Outro problema
conhecido era a segurança das linhas de abastecimento, que sempre foram alvos
de bombas e outros tipos de sabotagens – isso sempre dificultou a alimentação
de tropas.
Nas trincheiras, cada soldado carregava provisões de emergência contendo 12 onças de carne enlatada ou bacon fresco, café moído, açúcar, tabaco e papel para cigarros (e mais tarde, cigarros pré-enrolados).
Trabalhadores da Cruz Vermelha e tropas Americanas na Primeira Guerra Mundial, na França, 1918. Crédito: Arquivo Nacional dos EUA. |
Nas trincheiras, cada soldado carregava provisões de emergência contendo 12 onças de carne enlatada ou bacon fresco, café moído, açúcar, tabaco e papel para cigarros (e mais tarde, cigarros pré-enrolados).
O Exército comprava
carne enlatada francesa, rotulada de "Madagascar" e prontamente
apelidado de "carne de macaco" pelos americanos em desgosto. As
“Reservas de ração" foram projetadas para sustentar as tropas quando as
linhas de abastecimento estivessem impedidas, ou quando eles estivessem muito
longe dos depósitos de suprimentos.
E foi no ambiente rude
da Primeira Grande Guerra que uma aparição doce surgiu para alegrar o menu dos
Doughboys: o bolo de guerra da Cruz vermelha.
Durante a Primeira
Guerra Mundial a Cruz Vermelha realizou um trabalho humanitário que incidia não
apenas no transporte e atendimento aos feridos nos campos de batalha. Os
voluntários transportavam correspondências entre os soldados e suas famílias,
levantava fundos para os hospitais que recebiam os feridos e inválidos,
ajudavam a reunir famílias separadas pelo conflito e garantiam que a comida
enviada pelas famílias chegasse aos soldados.
Uma das várias receitas
divulgadas pela Cruz Vermelha Americana era a de um bolo que poderia chegar ao
front ocidental ainda fresco. Sem leite ou ovos, e feito com gordura vegetal no
lugar de manteiga, o bolo leva ainda frutas secas embebidas em rum ou suco de
laranja, o que ajuda a manter a umidade dentro da massa por mais tempo.
A receita aqui
apresentada é uma adaptação do historiados e chef Libby O’Connel a partir de
publicações da Cruz Vermelha durante o período da Primeira Guerra. A receita
foi testada por ele para o History Channel e por mim, e afirmo: trata-se de um
bolo de fácil preparo e delicioso. Experiemente!
Red Cross
War Cake
1 xícara de suco de laranja ou de rum
230g de uvas passas picadas deixadas de molho
em suco de laranja ou rum por algumas horas ou por uma semana.
2 xícaras de açúcar mascavo
1 xícara de água quente
1 colher de sopa de banha ou gordura vegetal
1 colher de chá de sal
1 colher de chá de canela em pó
1 colher de chá de cravos em pó
100g de nozes picadas
1 colher de sopa de raspas finas da casca das
laranjas
3 xícaras de farinha de trigo
1 colher de chá de bicarbonato de sódio (Ou
fermento em pó)
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