sábado, 18 de julho de 2020

De quando gim-tônica combatia a malária...


No meio desse isolamento social no qual vivemos, por causa da Covid19, acabei me interessando por estudar a evolução das pandemias no mundo, desde a antiguidade, na ambição de produzir um texto acadêmico que continua em processo de investigação. Entre achados históricos curiosos, muitas histórias terríveis por ações impensadas e por falta de conhecimento e tecnologias o mundo sofreu – e continua sofrendo – com inimigos letais infectocontagiosos que aparecem de tempos em tempos causando rebuliço nas sociedades e ceifando a vida de milhares de pessoas. Com a existência de uma pandemia, tudo muda nas sociedades, inclusive a maneira de comer e beber. Um reflexo disso é a medicalização da alimentação, tão remota quanto o mais remoto dos tempos, onde o alimento torna-se o medicamento, e vice e versa.
Analisando cuidadosamente alguns casos onde a alimentação se transformou por conta da pandemia acabei chegando a conclusão de que, existem algumas coincidências que se repetem em tempos diferentes em lugares igualmente diferentes, uma dessas coincidências eu trago a público agora; é o caso da gim-tônica: uma bebida que serviu como medicamento numa época onde a febre amarela assombrava a vida humana.


E tudo começa com a quinina, já ouviu falar dela? A quinina é retirada de um arbusto conhecido como Quina (Cinchona) típico das áreas tropicais da América, usado como remédio contra a malária. É um alcaloide de gosto amargo que tem funções antitérmicas, antimaláricas e analgésicas. A descoberta da quinina pelo Ocidente data do final do século XVI e início do século XVII, durante a conquista do Império Inca pelos espanhóis na região do Peru. Nessa época, os invasores espanhóis tomaram conhecimento de uma árvore usada pelos índios para curar febre.
Uma lenda espanhola diz que um soldado, sofrendo de um acesso de malária no meio da selva, bebeu a água amarronzada de uma pequena lagoa onde árvores de quinina haviam caído. Ele então foi dormir, e quando acordou sua febre havia desaparecido. O soldado concluiu que a água foi responsável pela cura e que ela era um tipo de "chá" feito do tronco e casca das árvores embebidos na água. Maravilhado, ele espalhou a notícia. Outra lenda conta que os índios observavam que animais doentes bebiam água nas lagoas onde árvores de quinina se encontravam.


Cinchona - ilustração do século XIX.





Em 1633 um jesuíta chamado Padre Antonio de la Calancha descreveu as propriedades de cura da árvore em seu livro Crônica Moralizada da Ordem de Santo Agostinho: "Uma árvore cresce, que eles chamam de árvore da febre, na região de Loxa, cuja casca tem cor de canela. Quando transformada em pó, juntando-se uma quantidade equivalente ao peso de duas moedas de prata, e oferecida ao paciente como bebida, ela cura febre e ... tem curado miraculosamente em Lima."



Jesuítas no Peru começaram a utilizar a casca da árvore para prevenir e tratar malária. A cinchona é uma árvore especial até para padrões amazônicos. Ou melhor: várias, já que existem pelo menos 40 membros dentro desse gênero, plantas que são parentes distantes dos cafeeiros. Elas têm entre 15 e 20 metros de altura e crescem na área oriental da Cordilheira dos Andes – aquela que é voltada para o Brasil e perto da nascente do Rio Amazonas.
Algumas das árvores do gênero cinchona têm casca rica em quinina, uma molécula alcaloide. O poder de cura de uma infusão da casca já era bem conhecido pelos povos nativos. Com o desembarque dos conquistadores – e da malária – a quinina foi logo escalada pelos andinos no tratamento contra a nova doença. E deu certo.
Mais de cem anos e várias gerações depois, o poder da quinina contra a malária já era conhecimento comum nos Andes, mas a informação ainda não tinha viajado para a Europa. É nesse ponto da história que entram uma lenda referente ao conde e a condessa de Chinchón, um título da nobreza espanhola e que em 1630 era ocupado por Luis Jerónimo de Cabrera, Vice-Rei do Peru. A mulher dele, Ana de Osório (1599-1625), a primeira condessa de Chinchón, teve malária em 1638. Depois de tentarem todos os remédios europeus disponíveis, sem sucesso, ela foi tratada com quinina por recomendação de médicos e políticos locais, o que a salvou da morte. 
Publicada em 1663 por Sabastiano Bado, essa história não é verdadeira, pois Ana de Osório morreu na Espanha três anos antes de seu marido ser nomeado Vice-rei do Peru.  mesmo assim, tal não foi o impedimento para que no século XVIII, o botânico sueco Carolus Linnaeus chamasse Cinchona spp. à árvore cuja casca era a base da produção de quinino, usada no tratamento da malária. Dessa forma, o nome da condessa, que nunca foi ao Peru, ficou ligado para sempre a esta plante, cujo nome vulgar é Quina.
Depois de salvar a vida da condessa e impressionar o Vice-Rei, a quinina não era mais um segredo do conhecimento andino. Era informação. Naquela década, a Companhia de Jesus passou a usar a quinina no tratamento e até na prevenção da malária.
Alguns anos depois, o padre Bartolomé Tafur levou cascas da cinchona para Roma. Não demorou para a quinina conquistar o clero. E bastou a morte do Papa Inocêncio X para que o poder da substância ficasse ainda mais evidente. “O conclave papal de 1655 foi o primeiro em que não se registrou nenhuma morte por malária entre os cardeais participantes. Logo os jesuítas começaram a importar grandes quantidades de quina e a vendê-la por toda a Europa”, contam Penny Le Couteur e Jay Burreson.

 Em 1654 a casca peruana foi introduzida na Inglaterra , onde para tornar esse ingrediente potável, os britânicos da Índia do século XIX o misturaram com açúcar e água.
Apesar de a fama da casca peruana ter se espalhado rapidamente, sua classificação botânica permanecia desconhecida. Nenhum botânico havia publicado descrição ou desenho da árvore da qual se originava, pois ela crescia somente em florestas tropicais de difícil acesso, na região dos Andes.
Em 1735 um botânico francês chamado Joseph de Jussieu viajou à América do Sul, e depois de muitas viagens descobriu e descreveu a árvore como sendo da família Rubiaceae, ou família do café.
Em 1739, o taxonomista sueco Carolus Linnaeus batizou o gênero de Cinchona, um anagrama do nome de uma condessa espanhola que, diz a lenda, foi curada pela casca. Cinchona spp é como geralmente se definem as espécies produtoras de quinina. É difícil a classificação devido à ocorrência de cerca de 40 variedades diferentes. O gênero com maior teor de quinina são C. ledgeriana e C. officinalis.
Em 1820, os químicos franceses Joseph Pelletier e Joseph Caventou isolaram a quinina das cascas de Cinchona e a identificaram como sendo um alcalóide. Só muito mais tarde foi reconhecida como um alcaloide da classe dos quinolínicos. A biossíntese da quinina envolve a condensação da triptamina e secologanina, levando a estriquitosidina, posteriormente ao corinanteol e finalmente após sucessivos rearranjos à quinina.


Cascas de Quina (Cinchona)



A exportação de cascas de Cinchona tornou-se um negócio lucrativo, pois os produtores de quinina dependiam de grandes demandas de cascas coletadas de árvores silvestres. Em 1880 a Colômbia sozinha exportou 6 milhões de libras para a Europa. O valor de exportação da casca de Cinchona era tão grande que Bolívia, Colômbia, Equador e Peru proibiram a exportação de sementes e plantas, em uma tentativa de manter o monopólio das exportações.
Mas a tentação de quebrar o monopólio latino-americano tornou-se irresistível. Em 1852, Justus Hasskarl, diretor de um Jardim Botânico holandês em Java, começou secretamente a contrabandear sementes de Cinchona da América do Sul. Entretanto, a quantidade de quinina contida nas cascas era muito pequena. Claramente, a quantidade de alcaloides produzidos variava devido às inúmeras variedades existentes. Uma segunda coleta de sementes seria necessária para produzir uma indústria viável em Java.
Outra oportunidade para estabelecer uma indústria de quinina holandesa surgiu com o australiano Charles Ledger em 1861. Ledger havia tentado em várias ocasiões coletar sementes de Cinchona, mas foi confundido pela diversidade do gênero - existem 40 espécies e cada uma possui inúmeras variedades. As sementes que Ledger vendia para o governo inglês continham quase nenhuma quinina. Ledger acabou convencendo um índio Aymará, Manuel Incra, a contrabandear sementes de uma espécie boliviana de Cinchona que, dizia-se, possuía grande quantidade de quinina. Ledger voltou à Europa e tentou vender as sementes para o governo inglês que, decepcionado com a pequena quantidade de quinina contida nas árvores de Cinchona fornecidas por Ledger no passado, recusou-se a comprá-las. A notícia chegou ao governo holandês, que pagou a quantia de 20 dólares pelas sementes.
Enquanto as árvores cresciam, o governo holandês espantava-se com a quantidade de alcaloides contidos nas cascas, um recorde de 13%. Com o crescimento da produção de variedades ricas em quinina em Java, o comércio de exportação na América do Sul entrou em declínio. Em 1930 as plantações holandesas em Java produziam 22 milhões de libras de casca, equivalente a 97% da quinina mundial.
Em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, o exército alemão apoderou-se de toda a reserva de quinina da Europa quando invadiu Amsterdã. Quando os japoneses invadiram a Indonésia em 1942 os EUA e seus aliados ficaram quase sem fornecimentos de quinina.
Havia uma pequena plantação de quinina nas Filipinas, mas esta também foi tomada pelos japoneses algumas semanas depois da invasão de Java. Entretanto, o último avião aliado a deixar as Filipinas, antes desta cair nas mãos dos japoneses, levava uma preciosa carga: 4 milhões de sementes de Cinchona. Estas foram diretamente para Maryland, EUA.
Depois de germinadas, estas foram enviadas para a Costa Rica para serem plantadas. Entretanto havia poucas esperanças de que estas plantas amadurecessem a tempo de atender às necessidades de quinina na guerra. Mais de 600.000 soldados das tropas americanas na África e Pacífico Sul haviam contraído malária, e a média de mortalidade era de 10%.
A falta de cascas de Cinchona tornara-se um problema sério. Poucas semanas depois da captura das Filipinas, o botânico Raymond Fosberg recebeu a missão, juntamente com outros botânicos americanos, de coletar novas espécies de Cinchona na América do Sul e assegurar um carregamento de cascas para os EUA , estabelecendo plantações.
Para assegurar a rapidez das coletas, os EUA mandaram grupos de pesquisa para Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Durante estas expedições Fosberg e seus colegas aprenderam muito a respeito da biologia da Cinchona.
Entre 1943 e 1944, Fosberg e seus colegas asseguraram 12,5 bilhões de libras de cascas de Cinchona para os países aliados. Enquanto isso, químicos das forças aliadas procuravam por substitutos da quinina, porém os fármacos sintéticos antimaláricos não tinham a eficácia da quinina, além de produzir efeitos desagradáveis como náuseas, diarreia, e amarelamento da pele.
Entende-se que o Gim-tônica se originou no exército da Companhia Britânica das Índias Orientais como a única maneira de fazer com que os soldados consumissem limões /limas (para a prevenção do escorbuto) e quinino (para evitar a malária). É conhecido a partir de referências de meados do século XIX, embora, em 1883, Hugh Wilkinson em suas terras e mares ensolarados: uma viagem na SS. 'Ceilão' tinha que explicar o que era um 'gin-tônica'.
Definitivamente conhecido por esse nome apenas desde uma referência no artigo 'A Morning With a Bobbery Pack' reproduzida em vários jornais e revistas de 1882: "Estávamos bebendo gim e tônica sob a velha árvore no maidan de Calcutá, depois de um jogo muito disputado no pólo." 


Gim-Tônica está associado ao jogo de Polo na Índia

Surpreendentemente, o termo atual 'gim e tônico' não parece aparecer na ficção antes de 'Right Ho, Jeeves ', de PG Wodehouse em 1922, embora' Gin and Bitters 'seja conhecido pelo menos em um artigo de' The Reading Mercury 'na segunda-feira 07 de agosto de 1780 (p3); "O capitão me disse que eu era bem-vindo a bordo e perguntou me se tivesse um copo de gin e bitters? "
Winston Churchill, um grande fã de levantar um copo, supostamente disse certa vez, e por boas razões: "Gim-tônica salvará mais vidas e cabeças inglesas do que todos os médicos do Império". Uma metáfora para o mundo colonial globalizado, no qual uma bebida genuinamente europeia e uma mistura sul-americana se reuniram em um país asiático para apoiar o Império Britânico. O casamento entre gim e a tônica foi consumado no Raj britânico do século XIX.
As guerras coloniais travadas pelos britânicos durante os séculos XVII e XVIII foram salpicadas de desastres causados por doenças tropicais transmitidas por mosquitos. Demorou meio século para aprender a lição.



Desde o final do século XVIII até meados do século XIX, a Companhia das Índias Orientais (British East India Company) anexou à força grandes áreas da Índia. Essa era a joia da coroa e a exploração de seus recursos possibilitou a revolução industrial no país anglo-saxão, mas a Grã-Bretanha teve que pagar um preço muito alto. Dezenas de novas doenças dizimaram invasores, colonos e soldados de pele branca. A malária era uma delas, talvez a pior.


Tropas coloniais britânicas da Índia tomam quinino diariamente.

O controle britânico da Índia colonial exigia a capacidade de combater a doença. Na década de 1840, soldados e cidadãos britânicos residentes na Índia usavam 700 toneladas de casca de quinino em pó anualmente - uma árvore reconhecida como um antídoto para a malária que foi testada pela primeira vez na condessa de Chinchón - importada dos domínios espanhóis na América tropical.
O quinino é amargo; portanto, para tornar o pó remotamente potável, eles o misturaram com açúcar e água. Assim nasceu um refrigerante medicinal, Indian Tonic Water, que ainda continua a aparecer nas modernas latas de tônicos.
Tornou-se a bebida preferida dos anglo-indianos e manteve as tropas britânicas vivas. Permitiu que as autoridades sobrevivessem nas terras insalubres e nas regiões úmidas da Índia e, finalmente, possibilitou que uma população britânica estável prosperasse nas colônias tropicais
Mas algo estava faltando. A amargura da quinina não foi interrompida com o açúcar de cana. A coragem do soldado não foi reforçada por algumas gotas de água tônica. Álcool barato era um ingrediente mais eficaz para mitigar a amargura e incutir valor. Ideal para lidar com as longas campanhas de guerra nas colônias britânicas. E se misturarmos o refrigerante com um gim, deve ter sugerido algum intendente que gosta de mollate.
O gim pode ser destilado a partir de qualquer grão. Começou a ser usado na Holanda sob o nome holandês Jenever e tornou-se popular na Grã-Bretanha quando o holandês William of Orange se tornou o rei William III da Inglaterra. Naquela época, o gim já estava sendo produzido na Inglaterra, porque a mistura havia sido descoberta por marinheiros britânicos quando apoiaram a Holanda durante a Guerra da Independência Holandesa em 1568 e puderam verificar que o destilado transformou seus aliados holandeses em javalis. Eles chamaram isso de "coragem holandesa" e levaram a receita para seu país.
Durante o conturbado reinado inglês de Guilherme III e Maria II, iniciado em 1688, a fabricação de gim se tornou uma ferramenta de política econômica para fornecer uma alternativa ao conhaque francês em um momento de conflito político e religioso entre a Grã-Bretanha e a França. Entre 1689 e 1697, o governo aprovou uma série de leis destinadas a restringir as importações de conhaque através da imposição de tarifas pesadas. Ao mesmo tempo, para aumentar a venda de produtos domésticos, ele ofereceu benefícios fiscais para ajudar súditos britânicos a destilar seu próprio espírito de "bom cereal inglês".
Gin era mais seguro que beber água (para chamar assim) e dez vezes mais barato que cerveja ou qualquer outro refrigerante, e era inesgotável. Como não podia ser menor, tornou-se o licor dos pobres, que era uma maioria esmagadora. Ao final dos dois primeiros anos de execução das leis que favoreciam seu consumo, a produção nacional de gin subiu para mais de dois milhões de litros por ano.
Em 1721, as contas fiscais especiais da Inglaterra indicaram que cerca de um quarto dos residentes de Londres estavam empregados na produção de gim. Isso foi equivalente a quase 9,1 milhões de litros de produtos isentos de impostos por ano.
Na década seguinte, o consumo de gim (permitido para maiores de 15 anos) dobraria novamente, e as cidades de meio milhão de pessoas poderiam comprar um copo de gim por pouco mais de um centavo de uma gama de quase 7.000 gins diferentes.
Portanto, se restava alguma coisa na Inglaterra, era a capacidade de destilar o gin. E se os marinheiros da Marinha Real tinham direito a uma porção de rum por dia, por que não adicionar gin barato à água da Índia para reduzir seu sabor amargo e, sem dúvida (embora não tenha sido dito), por causa do efeito intoxicante que infundia. coragem para as tropas?
A mistura com álcool foi a desculpa para socializar um medicamento essencial para a sobrevivência da colônia. Quando os soldados retornaram ao Reino Unido e pediram a combinação dos clubes, eles se identificaram como os heróis do Oriente, o que incentivava seu consumo por emulação. A combinação quintessencial do império britânico e de outro império nascera, a de um alemão inteligente, Johann Jacob Schweppe (1740-1821).
Schweppe desenvolveu um método para carbonatação de água na cidade suíça de Genebra (bastante premonição), onde fundou a Schweppe's em 1783. Em 1792, mudou-se para a populosa Londres para desenvolver o negócio até se aposentar em 1798, deixando o negócio aberto para ele. Futura expansão sob o nome de J. Schweppe & Co. A expansão internacional ocorreu por volta de 1870, quando o tônico apareceu, uma água gaseificada com vários ingredientes, entre outros com quinina.



Era uma empresa com boa sorte. Quando ele quis estabelecer seu negócio na América, enviou seu primeiro chefe de exportação, Walter James Hawksford, a bordo do Titanic: ele foi um dos passageiros que escaparam vivos do naufrágio.
Em 2012, uma das garrafas Schweppes originais, que Hawksford carregou com ele e afundou com o navio, foi encontrada em perfeitas condições. A partir de então, decidiu-se relançar a primeira versão da garrafa para ser utilizada na linha tônica Premium.
O tônico era uma bebida direta e original herdada dos ingleses que haviam servido (ou enriquecido) na Índia. Lá eles tomaram quinino e se acostumaram a misturá-lo com limão e refrigerante. O resultado, sozinho ou misturado com o gim, acabou sendo tão bem-sucedido que eles o levaram de volta à Inglaterra e o tornaram a bebida nacional. Nasceu a gim-tônica, uma bebida "longa, animada e leve", uma companhia perfeita tanto para um aperitivo quanto para o jantar ou depois da noite.
No Brasil, após uma visita da realeza inglesa, a bebida foi inicialmente recomendada por Juscelino Kubitschek a Joaquim Pires Sobrinho, que viraria prefeito da pacata cidade de Jaguariúna (SP) em 1963, o que a ajudou a difundi-la pelo interior de SP. A garrafa doada por Juscelino se encontra no museu da Maria-Fumaça de Jaguariúna.
O mercado da bebida destilada, à base de zimbro, vem crescendo no Brasil. Só de 2016 para 2017, o consumo de gim cresceu 111% no país, de acordo com um levantamento da International Wine and Spirits Research (IWSR), consultoria de consumo de bebidas alcoólicas. Só em São Paulo já existem mais de 10 bares que servem somente gin; e nos últimos três anos, mais de 20 marcas brasileiras começaram a produzir gin. Os produtos nacionais já estão até ganhando destaque e prêmios mundo afora. É o caso do Amázzoni, que menos de um ano após o lançamento conquistou o prêmio de melhor produto artesanal do ano no World Gin Awards 2018.
Atualmente é bastante difundido no mundo, especialmente no Reino Unido e consiste na mistura de gim, água tônica de quinino gaseificada (uma espécie de refrigerante) e lima, em variadas proporções.
Se você gosta de gim-tônica, esqueça o caráter medicinal da combinação moderna. Não há desculpa terapêutica que conta. A tônico está sem a quantidade original de quinino (algumas versões Premium estão voltando às origens) devido aos efeitos colaterais de sua ingestão, e a maioria dos gins, filhas da química, está a anos-luz do London Gin original : um destilado seco, sem adoçantes, com um sabor puro de nebrina obtido de zimbros de Menorca e feito com conhaque de cereais.

Gin-tônica Vapt e Vupt

falite fitas fininhas de pepino e acomode-as em espiral dentro de um copo alto (tipo long drink) 
Encha de gelo até a borda. 
Despeje gim até encher um terço do copo. 
Complete com água tônica. e decore com uma fatia de limão ou laranja.

Gin-tônica perfeita

60 ml de gin (deixe sua garrafa de gin no congelador antes de preparar, isso pode deixar a bebida ainda mais geladinha)
1 limão siciliano (você pode fazer com limão taiti e limão galego, mas o siciliano é menos ácido!)
cubos de gelo
100 ml de água tônica

Preparo:  em um copo de boca larga coloque 1 rodela de limão no fundo do copo. Adicione os cubos de gelo até o topo, o copo precisa estar cheio.
Despeje o gin e a água tônica com cuidado. Com a ajuda de uma colher, dê uma leve misturada. Sirva muito gelado e consuma logo!

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