quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Sonhos de Uma Noite de Verão


Toda noite, é incrível, eu sinto uma fome enorme por coisas doces. Já até fui ao médico pra saber se isto era normal. E fiquei  calmo depois que ele disse ser devido a pouca quantidade de açúcar q  consumo durante o dia... não sei se ele tem razão, porque tudo que  a gente come, na maioria das vezes vira glicose.
E com este calor infernal que anda fazendo  parece que a vontade de comer doce a noite só aumenta.
Ontem, acordado depois de um pesadelo  devastador...fui  beber água e arrumar  algo pra comer. Lembrei que tinha saído e comprado  sonhos com recheio de chocolate...não demorei  muito e  já tinha devorado o primeiro quando  peguei  um livro de Shakespeare pra ler: SONHO de uma noite de verão.

Tive  um crise de riso quando automaticamente fiz analogia com o clima e o que eu comia – parecia até algo combinado com o senhor do tempo, me cobrando assunto pra postar aqui. Depois de tanto riso  fui  ler...
Quem já leu essa história de Shakespeare se dá conta que muitas vezes a gente se encontra  num mundo de sonho – comendo, vivendo, bebendo sonho o dia todo. Como se o mundo fosse cor de rosa, sem agressões, sem tormentas e cheio de amor – do louco amor. Prova disso é a bagunça amorosa tema  da história que mais parece texto do Drumond:

 Hérmia amava Lisandro, e era amiga de Helena, que amava Demétrio, que devia casar com Hérmia. Mas Hérmia não queria casar com Demétrio, e resolveu fugir com Lisandro, e foi contar a sua amiga Helena seus novos planos.Helena, que já crescia os olhos em cima do namorado da outra, traiu a confiança da amiga e contou tudo para Demétrio. Que amiga calhorda!!! Mas Helena se deu mal, muito mal. Pois ninguém encontrou os fujões de inico, e  Demétrio ficou bravo com Helena e o rei Oberon, mandou um duende chamado Puck enfeitiçar o nervosinho quando ele dormisse para que ao acordasse, ele se apaixonasse pela primeira pessoa que visse ao abrir os olhos.
Oberon e Titania
 Puck, fazendo a linha, meio lerdo, enfeitiçou o fujão Lisandro, que estava dormindo numas pedras. E a bagunça ta armada novamente: É um gostando de outro, outro gostando de um, troca tudo, destroca, briga quebra pau.. até o duende trapalhão resolver a lambança que havia feito...pra no fim os fujões  perceberem que tudo era um sonho de uma noite de verão...
Terminando de comer o meu sonho e ainda  com a bagunça da historia  na cabeça. Resolvi  botar prumo na coisa e fui atrás de saber de onde veio o sonho que eu comia. Pra depois não dizer que eu sou sonâmbulo e acordar derepente achando que o louco sou eu, sonhando  numa noite quente de verão
Descobri que o sonho, na realidade pode ser chamado de bola de berlim -  um bolo tradicional semelhante à Berliner alemã. Porém, ao contrário desta, normalmente recheada com doces vermelhos (morango, framboesa, etc.), o sonho é normalmente recheado com um doce amarelo chamado creme de confeiteiro ou  creme pasteleiro. O recheio é colocado através de um golpe lateral, sendo sempre visível.As bolas de Berlim são fritas e polvilhadas com açúcar, antes de serem recheadas com o creme pasteleiro.

Conta se que por volta de 1756, quando a Prússia estava prestes a ser invadida, Frederico, o Grande, recrutou todas as pessoas disponíveis para defender Berlim. Um jovem ajudante de padeiro foi selecionado para ajudar na artilharia trabalhando com as balas dos canhões.
Depois de um certo tempo recebendo treinamento e não mostrando talento para a guerra o jovem foi afastado do batalhão, voltando a trabalhar como ajudante de padeiro.
Inspirado pelo seu treinamento de guerra ele decidiu criar uma nova receita, fritando bolas de massa fermentada ao invés de forneá-las, como era o convencional. Dessa mudança nasceu o sonho, chamado de Berliner, em referência a cidade.
Berliner Pfannkuchen
A versão alemã da bola de Berlim é denominada Berliner Pfannkuchen (bolo berlinense de frigideira), Berliner Ballen (bola de Berlim) ou simplesmente Berliner (berlinense), fora de Berlim. É confeccionada com uma farinha doce com fermento, frita em óleo ou outra gordura, recheada com compotas e polvilhada com açúcar em pó. Por vezes, são também recheadas com chocolate, champanhe ou licor advocaat, ou ainda apresentadas sem qualquer recheio. O recheio é colocado, após a fritura.
O nome Bismarck, em homenagem ao chanceler alemão Otto von Bismarck, também já foi utilizado. Em outras regiões da Áustria, são conhecidas como cruller. Na Eslovênia, chamam-lhes krof, enquanto que na Croacia, na Bósnia e Servia as chamam Krafne. Na POLõnia, são designadas como Pączki.
Pączki - Polônia
Todas estas variedades são essencialmente idênticas. Os polacos têm por tradição comer Pączki na quinta-feira que antecede as celebrações carnavalescas. Na Republica Checa, são conhecidas como Kobliha.
Nos países de lingua inglesa a versao sem recheio parece uma rosquinha e é conhecida como donuts. Nos EUA, os com recheio são conhecidos como Bismarcks.
Donuts - EUA

Na França, são conhecidas como Boules de Berlin. Mais a norte, na Finlândia, são designadas como Hillomunkki ("bolos de marmelada") ou Berliininmunkki, possuindo neste último caso uma cobertura de açúcar vitrificado. Na cidade de Turku, no sul do país, são conhecidas como Piispanmunkki ("bolos do bispo").
Na Italia, são conhecidas como krapfen, na região do Tirol meridional, no norte do país, e como bomba ou bombolone no centro e sul do país. A tradição deste doce foi introduzida na Itália por influência austríaca, existindo duas interpretações sobre a origem do nome. A primeira indica que a palavra alemã antiga "krafo" (fritura) teria dado origem a krapfen, enquanto que a segunda aponta para que uma certa Sra. Krapfen, pasteleira vienense do fim do seculo XVII, tenha sido a autora de uma receita deste doce, dando assim origem ao nome. Na Itália, as bolas de Berlim são também consideradas doces de carnaval, podendo ser recheadas com compotas de ameixa.
Em Israel, são conhecidas como Sufganiyah (סופגניה, em hebraico), sendo consumidas na festa judaica de Chanucá.
Sufganiyah - Israel

Na Argentina e no Uruguai, são conhecidas como borlas de fraile, sendo recheadas com diversos doces e cremes e consumidas à hora do desjejum ou como acompanhamento do chimarrão. No Chile, são conhecidas como berlines. E pelo que se sabe, foram introduzidas na América do sul por imigrantes alemães, tendo-se tornado parte das culinárias nacionais locais.

FAÇA OS SEUS SONHOS se tornarem reais: 

Massa:

- 3 ovos inteiros
- 50g de fermento fresco
- 1 xícara (chá) de manteiga
- 1 xícara (chá) de açúcar
- 1 pitada de sal
- 8 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigo
- 1 1/2 xícara (chá) de leite
- óleo para fritar os sonhos

Recheio - Creme de baunilha

- 500ml de leite integral
- 1 1/2 xícara (chá) de açúcar refinado
- 6 gemas passadas pela peneira
- 25g de amido de milho
- 25g de farinha de trigo
- 40g de manteiga
- 1 colher (sopa) de essência de baunilha
- 1 colher (sopa) de licor de cacau

Cobertura - Creme Fondant

- 3 copos (tipo americano) de açúcar (480 g)
- 1 1/2 copo (tipo americano) de água (300 ml)
- 1 1/2 colher (sopa) de suco de limão

Cobertura de chocolate:

- 200g de chocolate meio amargo picado
- 200ml de creme de leite fresco
- 1 colher (sopa) de manteiga sem sal
Modo de Preparo
Massa:

Num refratário, coloque os ovos, o fermento, a manteiga, o
açúcar, o sal, 1 xícara (chá) de farinha de trigo e 1/2 xícara
(chá) de leite. Misture e faça uma esponja.
Deixe descansar por 5 minutos. Acrescente o restante dos
ingredientes e amasse bem até que a massa fique macia e
homogênea.
Deixe descansar por mais 5 minutos. Modele os sonhos e deixe
descansar até dobrarem de volume (mais ou menos 30 minutos).
Frite-os em óleo à temperatura de 170ºC. Recheie a gosto e se
quiser faça a cobertura.

Recheio - Creme de baunilha

Numa panela, coloque o leite, o açúcar, as gemas passadas pela
peneira, o amido de milho, a farinha de trigo, a manteiga, a
essência de baunilha e o licor de cacau. Misture bem e leve ao
fogo, mexendo sem parar até levantar fervura. Quando levantar
fervura deixe mais 30 segundos aproximadamente.

Variações do recheio - chocolate

Acrescente ao creme de baunilha, 150g de chocolate meio amargo
derretido no banho-maria.

Variações do recheio - morango

Acrescente ao creme de baunilha 200g de geléia de morango.

Cobertura - Creme Fondant

Numa panela, misture bem a água e o açúcar e leve ao fogo
(importante: não mexa mais). Deixe ferver até o ponto de calda de
fio grosso (mais ou menos 12 minutos). Retire do fogo e despeje
sobre uma pedra de mármore salpicada com água fria. Espirre o
suco de limão sobre a calda e bata com a colher de pau, de
preferência de fora para dentro, até obter uma pasta branca e
macia.

Para testar o ponto, pegue um pouco nas mãos e modele. Tem de
ficar bem homogênea e não líquida. Guarde em um saco plástico e
quando for usar derreta em banho maria.

Cobertura de chocolate:

Numa panela, leve o creme de leite ao fogo e deixe ferver.
Desligue o fogo e adicione o chocolate picado e a manteiga. Mexa
bem até incorporar e dissolver bem o chocolate. Passe a parte
superior dos sonhos na mistura e deixe secar.


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