segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Brevidades...


Significado de Brevidade
s.f. Qualidade do que é breve, do que tem pouca duração. Culinária. Pequeno bolo feito de polvilho e ovos

A maior parte das pessoas se queixa do tempo que a natureza lhes dá na terra.  Daí o litígio (de nenhuma forma apropriado a um homem sábio) que Aristóteles teve com a Natureza: “aos animais, ela concedeu tanto tempo de vida, que eles sobrevivem por cinco ou dez gerações; ao homem, nascido para tantos e tão grandes feitos, está estabelecido um limite (3) muito mais próximo.” E eu lhes digo: não é que o nosso tempo seja curto, é que perdemos muito tempo com coisas e pessoas que não deveríamos...
Felizes são as borboletas que mesmo frágeis de vida curta...
nunca deixam de voar. fonte: 
http://jhdocemel.blogspot.com
E o que seria de mim se as pessoas soubessem o que eu realmente ando pensando – e sei – sobre elas?
Imaginem só: Você conseguir fazer raio x das pessoas, vendo-as como bichos selvagens de todos os tipos, canibais por sentimentos alucinados e psicóticos, sendo alimentados por silicone, rações humanas e gorduras trans – na maioria, almas vazias e carentes de cultura, espiritualidade, até mesmo de sentimentos e valores, querendo mudar de cor e de vida; mas que ainda ficam esperando a estrela cadente cair para implorar que alguém surja e lhe roube o coração – como se isso resolvesse os problemas do mundo!
De que adianta um coração roubado?
De que adianta ganhar um coração roubado e ter que aturar uma alma borrada, maculada como companhia?
Essas pessoas sabem de si, mas porque fingem não saberem?
Charme? Loucura?
É assustador o poder da observação... Por mais breve que ela seja.

Cada detalhe, cada movimento, cada espaço, cada reação... um conjunto de energia vibrando tentando se ocupar de uma vida... uma sepultura já criada deste o nascimento... um destino com livre arbítrio defeituoso...
Como não sabem o que sei, não me podem aferir minhas conjecturas, minhas palavras medidas e meus gestos pensados. Mas continuo ácido na língua e nas atitudes porque Falta ousadia nas pessoas.
Onde foram parar as boas atitudes? Cadê a elegância no trato? Ainda existe quem se comova com o cheiro da chuva ou com o aroma de terra molhada?
Perdoem-me por eu não poder falar mais. Mas não os perdôo por não se quererem mostrar.
As pessoas estão perdendo o encanto, ficando sem brilho, fazendo-se opacas na medida em que eu as vou conhecendo, mais e mais.
Tudo bem que pessoas, quando passam por nossas vidas, possam ser breves. Mas ser breve não significa não ser intenso...
Dito isto, deixo um poema o qual tenho muito apreço na esperança de que sirva como reflexão... e a receita de uma brevidade de rapadura (risos, sacaram a analogia?)

Me Encante – Pablo Neruda

Me encante da maneira que você quiser, como você souber.
Me encante, para que eu possa me dar...
Me encante nos mínimos detalhes.
Saiba me sorrir: aquele sorriso malicioso,
Gostoso, inocente e carente.
Me encante com suas mãos,
Gesticule quando for preciso.
Me toque, quero correr esse risco.
Me acarinhe se quiser...
Vou fingir que não entendo,
Que nem queria esse momento.
Me encante com seus olhos...
Me olhe profundo, mas só por um segundo.
Depois desvie o seu olhar.
Como se o meu olhar,
Não tivesse conseguido te encantar...
E então, volte a me fitar.
Tão profundamente, que eu fique perdido.
Sem saber o que falar...
Me encante com suas palavras...
Me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres.
Me conte segredos, sem medos,
E depois me diga o quanto te encantei.

Me encante com serenidade...
Mas não se esqueça também,
Que tem que ser com simplicidade,
Não pode haver maldade.
Me encante com uma certa calma,
Sem pressa. Tente entender a minha alma.
Me encante como você fez com o seu primeiro namorado...
Sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certeza.
Me encante na calada da madrugada,
Na luz do sol ou embaixo da chuva....
Me encante sem dizer nada, ou até dizendo tudo.
Sorrindo ou chorando. Triste ou alegre...
Mas, me encante de verdade, com vontade...
Que depois, eu te confesso que me apaixonei,
E prometo te encantar por todos os dias...
Pelo resto das nossas vidas!!!

Brevidade de rapadura

650 g de rapadura raspada
10 ovos
1 colher (sopa) de bicarbonato
3 colheres (sopa) de óleo
1 colher (sopa, cheia) de cravo moído e canela em pó misturados
1 pitada de sal
900 g de polvilho doce

Preparo: Bater, no liquidificador, os ovos e a rapadura. Despejar a mistura em uma vasilha e juntar o óleo, o polvilho, o bicarbonato, o cravo com a canela e o sal. Bater na batedeira até obter uma massa firme. Untar a fôrma e despejar a mistura. Levar para assar por cerca de 30 minutos em forno pré-aquecido. Rende quatro brevidades.

Um comentário:

  1. Querido, esse teu blog é muito interessante viu. Eu ainda vou aprender coisas que eu nem sabia. E tambem eu vou fazer umas receitas que estão aqui =D. Um beijão grande e muito sucesso ainda. Você vai ficar famoso xxxxx.

    - Judith -

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