quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A morte faz feriado com comida: El Pan de Muertos


Quem gosta de um feriado que cai ainda na semana?
Pergunto isso, porque vejo muitas vezes as pessoas comemorando isso, como se fosse um milagre... e se considerarmos, que no Brasil, temos muitos feriados, não é de se estranhar quando alguns jornalistas estrangeiros escrevem que o brasileiro é preguiçoso; que tudo vira festa – quando não acaba em pizza!
O que eu nunca tinha parado pra pensar, é que durante todo feriado sempre tem alguém querendo resgatar uma tradição culinária; querendo apresentar para os “folgados do feriado” uma comidinha diferente (ou mesmo, aquela conhecida, mas de uma maneira caprichada).
O feriado de amanhã trata-se do Dia de Finados. E você acha que a morte não celebra com comida? Só para ter uma ideia existe artigo cientifico  sobre como a morte ajuda a vender comida:


Boa dica para os publicitários: um estudo feito por pesquisadores dos EUA e da Holanda e publicado no Journal of Consumer Research diz que nada abre tanto o apetite quanto a morte – por menos saborosa que ela pareça. Segundo a pesquisa dos caras, a exposição a estímulos (no caso, campanhas publicitárias) que fazem referência à morte aumenta o desejo do consumidor de sair comprando comida – e o faz, consequentemente, comer mais. A principal hipótese apontada é que esse efeito (que ocorre, principalmente, entre pessoas com baixa autoestima) seja um tipo de fuga mental que a gente adota ao sermos lembrados da nossa própria mortalidade – um “escape da autoconsciência”, como o estudo chama. Ou seja: para não ficar encanando com o “vou morrer!”, a solução natural pode ser manter a boca cheia. (Clique aqui para ler o artigo)

E se eu fosse fazer terrorismo com comida, eu citaria inicialmente, oito alimentos “venenosos” que nós comemos e achamos maravilhosos – mas que podem até matar. Como eu não sou terrorista eu explico que os alimentos que serão citados abaixo só fazem mal se preparados de forma incorreta ou ingeridos em altas quantidades. Vamos a eles:

1. Batata

A batata comum, assim como os tomates, contém quantidades consideráveis de glicoalcalóides nas suas folhas. Essa substância tóxica causa fraqueza, confusão e pode levar ao coma e à morte. Mas, tudo bem, ninguém come essa parte das batatas mesmo. O problema é que esse veneno pode estar presente também na própria batata. Mas há uma maneira fácil de identificar se ela pode ser consumida: altas concentrações do veneno glicoalcalóide mudam a coloração da batata para verde.

2. Tomate

Lembra quando você descobriu que tomate era uma fruta? Está na hora de mais uma lição. Os caules e folhas do tomate contêm glicoalcalóides, que pode causar extremo nervosismo e transtornos gastrointestinais. Essas partes não são usadas na salada, mas são muito úteis para realçar o sabor na hora de cozinhar. Se forem removidos antes do consumo, não há chance de o veneno escapar em quantidade suficiente para causar qualquer problema.

3. Maçã

Assim como as amêndoas e as cerejas, as sementes da maçã também contém cianeto, mas em quantidades muito menores. Por isso, mesmo que você consuma sem querer uma semente dessas, não precisa sair correndo para o hospital. É preciso mastigar e ingerir um número bem alto de sementes de maçã para ficar doente. Mesmo assim, pode acontecer. E você com medo de comer aquela maçã que, depois de cortada, escurece.

4. Mandioca

A mandioca é a terceira fonte mais importante de calorias nos países tropicais, por isso é de assustar que ela contenha substâncias tóxicas. Suas raízes e folhas, quando mal processadas, liberam o já citado cianeto de hidrogênio. Para evitar que isso aconteça, a mandioca precisa ser preparada com cuidado e existem diferentes maneiras de retirar o veneno: desde cozinhar a fermentar a mandioca. Sem o devido preparo, ela pode causar intoxicação aguda, o que leva a vertigem, vômitos e, em alguns casos, à morte dentro de uma ou duas horas.

5. Cereja

As cerejas são frutinhas populares, principalmente na cobertura de bolos de aniversário (elas costumam ser disputadas). Porém, o que pouca gente sabe é que, quando as sementes das cerejas são esmagadas ou mastigadas, elas produzem cianeto de hidrogênio, a mesma substância tóxica e letal das amêndoas amargas. Pensando nisso, ainda bem que nem sempre o que vem no bolo é cereja de verdade!

6. Amêndoas

As amêndoas amargas, apesar de muito populares por seu sabor, possuem um componente nada saudável: elas são cheias de cianeto (chamado antigamente de cianureto). Isso mesmo, aquela substância letal usada pelos assassinos em romances da Agatha Christie. Mas não é preciso criar pânico! Antes de serem liberadas para consumo, elas são obrigatoriamente processadas para remover o veneno. Alguns países, como a Nova Zelândia, preferem não arriscar e tornam ilegal a venda das amêndoas amargas.

7. Noz moscada

Existem dois casos documentados de morte por noz moscada: um em 1908 e outro em 2001. Mas calma, é preciso ingerir uma noz moscada inteirinha para que a substância alucinógena que ela contém possa te matar. Infelizmente, quantidades menores da especiaria também causam efeitos colaterais perigosos. A ingestão de 10 gramas leva a alucinações e apenas 2 gramas da noz moscada causam uma sensação parecida com a de consumo de anfetaminas, levando a náusea, febre e dores de cabeça.

8. Cogumelo

Você já sabe que alguns tipos de cogumelo “dão barato” e que podem até alterar a sua personalidade. Por outro lado, tem também os cogumelos inofensivos e que podem ser ingeridos sem problemas, como o shiitake. O perigo está justamente na hora de diferenciar os cogumelos comestíveis dos venenosos. Apesar de existirem maneiras de identificar se um cogumelo é venenoso ou não, elas não são infalíveis e todos os cogumelos de origem desconhecida são, portanto, perigosos.

Logo, cuidado com o que você ingere. Afinal são antigos os casos de envenenamentos por comida... mas o que a maioria das pessoas não espera é que exista, ainda hoje, comemoração onde a comida é preparada exclusivamente para honrar os mortos – tradição bastante encontrada nas civilizações antigas, como na região do Egito e da Mesopotâmia.
Hoje este post vem apresentar um dessas tradições que envolvem mortos e comida. Uma tradição conhecida no continente americano, sobretudo no México, onde é conhecida com o nome de Pan de Muerto.



O pão é um dos alimentos mais antigos do mundo. Mas nesta época do ano ele tem ainda mais significado para os mexicanos. O pan de muertos (espanhol para Pão dos mortos) (também chamado de pan de los muertos) é um tipo de pão doce tradicional feito no México, durante as semanas que antecederam o Día de los Muertos, que é comemorado em 01 e 02 de novembro. É um pão adocicado suavemente, moldado em formas diversas e com decorações variadas.

Pan de muertos é comido no Día de los Muertos, no túmulo ou no altar do falecido. Em algumas regiões é comido por meses antes da celebração oficial do Dia de los Muertos. Geralmente, a receita clássica para Pan de Muertos é uma receita simples de pão doce, muitas vezes com a adição de sementes de anis, e outras vezes aromatizado com água de flor de laranja.



Para se entender sobre esta tradição é preciso entender melhor o contexto ao qual ela se aplica. Vamos a ele: 
No México, o Dia dos Mortos é uma celebração de origem indígena, que honra os defuntos no dia 2 de novembro. Começa no dia 31 de outubro e coincide com as tradições católicas do Dia dos Fiéis Defuntos e o Dia de Todos os Santos. Além do México, também é celebrada em outros países da América Central e em algumas regiões dos Estados Unidos, onde a população mexicana é grande. A UNESCO declarou-a como Patrimônio da Humanidade.

Em cerimônia realizada em Paris, França em 7 de novembro de 2003, a UNESCO distinguiu a festividade indígena do Dia dos Mortos como Obra Mestra do Patrimônio Oral e Intangível da Humanidade. A distinção por considerar a UNESCO que esta festividade é:” uma das representações mais relevantes do patrimônio vivo do México e do mundo, e como uma das expressões culturais mais antigas e de maior força entre os grupos indígenas do país". Além disso, no documento se destaca: "Esse encontro anual entre as pessoas que celebram e seus antepassados, desempenha uma função social que recorda o lugar do indivíduo no seio do grupo e contribui na afirmação da identidade..." Além de: "...embora a tradição não esteja formalmente ameaçada, sua dimensão estética e cultural deve ser preservada do crescente número de expressões não indígenas e de caráter comercial que tendem a afetar seu conteúdo imaterial". UNESCO (2003). UNESCO Culture Sector - Intangible Cultural Heritage - 2003 Convention: Mexico (em Espanhol, Francês e Inglês). Página visitada em 14 de novembro de 2008.



As origens da celebração no México são anteriores à chegada dos espanhóis. Há relatos que os astecas, maias, purépechas, náuatlese totonacas praticavam este culto. Os rituais que celebram a vida dos ancestrais se realizavam nestas civilizações pelo menos há três mil anos. Na era pré-hispânica era comum a prática de conservar os crânios como troféus, e mostrá-los durante os rituais que celebravam a morte e o renascimento.


Segundo prega a tradição da Igreja Católica, o Dia dos fiéis defuntos, Dia dos mortos ou Dia de finados é celebrado no dia 2 de Novembro, logo a seguir ao dia de Todos-os-Santos. Desde o século II, os cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual, que até então era comemorado no dia 1 de novembro, passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. A história real nos mostra que o Dia de Finados só passou a ser um dia de dor e lamúria após o advento dos culposos dogmas católicos, ao contrário das filosofias reencarnacionistas que, não temendo a morte e entendendo esta como o fim de um período transitório em retorno a vida verdadeira (espiritual), só tem a celebrar e enviar boas emanações aos entes queridos que se foram do corpo carnal e continuam sua vida verdadeira, cada um na sua condição de elevação espiritual. Por isso, o Dia de Finados hoje em dia em nosso país ainda é um dia de vibrações muito negativas, pois a maioria Cristã em nosso país e em boa parte do mundo é católica e evangélica, mantendo - na sua grande maioria - pesares em suas preces com evocações saudosistas e egoístas pelos que já "partiram", querendo que de alguma forma retornem ou deem algum "sinal de vida", não entendendo muitas vezes "porque foram abandonadas" e coisas do tipo, que só fazem sofrer os espíritos que já desencarnaram, especialmente àqueles que ainda se mantêm presos por laços pouco evoluídos aqui junto aos encarnados, muitas vezes ainda até ligados ao corpo que já praticamente não existe mais.

Quando os espanhóis derrotaram os astecas por volta de 1500, converteram os índios ao catolicismo. No entanto, eles encontraram resistência na tentativa de erradicar todas as tradições nativas religiosas. Em um compromisso sancionado pela Igreja, Día de Muertos foi fundido com dois feriados cristãos Dias de todos os Santos (1 de novembro) e Dia de Finados (2 de novembro).



O festival que se tornou o Dia dos Mortos era comemorado no nono mês do calendário solar asteca, por volta do início de agosto, e era celebrado por um mês completo. As festividades eram presididas pela deusa Mictecacíhuatl, conhecida como a "Dama da Morte" (do espanhol: Dama de la Muerte) - atualmente relacionada à La Catrina, personagem de José Guadalupe Posada - e esposa deMictlantecuhtli, senhor do reino dos mortos. As festividades eram dedicadas às crianças e aos parentes falecidos.
É uma das festas mexicanas mais animadas, pois, segundo dizem, os mortos vêm visitar seus parentes. Ela é festejada com muita comida, bolos, festa, música e doces preferidos dos mortos, os preferidos das crianças são as caveirinhas de açúcar.
Fiel às suas raízes, o Día de Muertos ou Dia dos Mortos é uma celebração, não de morte, mas da continuação da vida. Ele consiste de oração, reflexão, alegria e folia para honrar aqueles que vieram antes. Assim, também são preparadas as comidas prediletas dos falecidos; suas paixões e posses são discutidas, junto com seus triunfos, suas fraquezas e todos os tipos de outros detalhes anedóticos sobre suas vidas e assim surge um link, tangível emocional entre o passado e o presente.
Dentre os principais símbolos dessa festividade, a gastronomia está sempre presente entre eles:
Caveiras de doce. Têm escritos os nomes dos defuntos (ou em alguns casos de pessoas vivas, em forma de brincadeira que não ofende em particular o aludido) na frente. São consumidas por parentes e amigos.



Pan de muerto (do espanhol: pão de morto). Prato especial do Dia dos Mortos. É um pão doce enfeitado com diferentes figuras, desde simples formas redondas até crânios, adornados com figuras do mesmo pão em forma de osso polvilhado com açúcar.
Flores. Durante o período de 1 a 2 de novembro as famílias normalmente limpam e decoram as tumbas com coloridas coroas de rosas, girassóis, entre outras, mas principalmente de margaridas, as quais acredita-se atrair e guiar as almas dos mortos. Quase todos os sepulcros são visitados.
A oferenda e as visitas. Acredita-se que as almas das crianças regressam de visita no dia1º de novembro, e as almas dos adultos no dia 2. No caso de não poder visitar a tumba, seja porque a tumba não exista, ou a família esteja muito longe para visitá-la, também são feitos altares nas casas, onde se põe as ofertas, que podem ser pratos de comida, o pan de muerto, jarras de água, mezcal, tequila, pulque ou atole. cigarros e inclusive brinquedos para as almas das crianças. Tudo isto se coloca junto com retratos dos defuntos rodeados de velas.

Para os antigos mexicanos, a morte não tinha as mesmas conotações da religião católica, na qual as ideias de inferno e paraíso servem para castigar ou premiar. Pelo contrário, eles acreditavam que os caminhos destinados às almas dos mortos era definido pelo tipo de morte que tiveram, e não pelo seu comportamento em vida.
Desta forma, as direções que os mortos poderiam tomar são:
O Tlalocan, o paraíso de Tláloc, deus da chuva. A este lugar iam aqueles que morriam em situações relacionadas com água: os afogados, os que morriam atingidos por raios, os que morriam por doenças como a gota ou hidropsia, sarna ou pústula, bem como as crianças sacrificadas ao deus. O Tlalocan era um lugar de descanso e abundância. Embora os mortos fossem geralmente cremados, os predestinados ao Tlalocan eram enterrados, como as sementes, para germinar.

O Omeyocan. paraíso do sol, governado por Huitzilopochtli, o deus da guerra. Neste lugar chegavam apenas os mortos em combate, os escravos que eram sacrificados e as mulheres que morriam no parto. Estas mulheres eram comparadas a guerreiros, que já haviam combatido uma grande batalha - a de dar à luz - e as enterravam no pátio do palácio, para que pudessem acompanhar o sol desde o nascente até o poente. Sua morte provocava tristeza e alegria, já que, graças à sua coragem, o sol as levava como companheiras. Dentro da tradição centro-americana, o fato de habitar o Omeyocan era uma honra. O Omeyocan era um lugar de eterno gozo, no qual se celebrava o sol acompanhado com música, cantos e bailes. Os mortos que iam ao Omeyocan, depois de quatro anos, voltavam ao mundo, encarnados em aves de penas coloridas e bonitas.
Morrer na guerra era considerado como a melhor das mortes pelos astecas. Por incrível que pareça, dentro da morte havia um sentimento de esperança, pois ela oferecia a possibilidade de acompanhar o sol no seu nascimento diário e voltar encarnado em pássaro.


Oferenda asteca do Dia dos mortos
O Mictlan, destinado a quem morria de morte natural. Este lugar era habitado por Mictlantecuhtli e Mictecacíhuatl, senhor e senhora da morte. Era um lugar muito escuro, sem janelas, de onde era impossível sair.
O caminho para o Mictlan era tortuoso e difícil, pois para lá chegar, as almas deviam caminhar por diferentes lugares durante quatro anos. Ao longo deste tempo, as almas chegavam ao Chignahuamictlán, onde descansavam ou desapareciam as almas dos mortos. Para percorrer este caminho, o defunto era enterrado com um cão, o qual o ajudaria a cruzar um rio e chegar perante Mictlantecuhtli, a quem deveria entregar, como oferenda, trouxas de gravetos e jarras de perfume, algodão, fios coloridos e cobertores. Aqueles que iam ai Mictlan recebiam quatro flechas e quatro trouxas de fios de algodão.
Por sua vez, as crianças mortas tinham um lugar especial, chamado Chichihuacuauhco, onde se encontrava uma árvore da qual os ramos pingavam leite para as alimentar. As crianças que chegavam lá voltariam à Terra quando sua raça fosse destruída. Desta forma, da morte nasceria a vida.



Os enterros pré-hispânicos eram acompanhados de oferendas que continham dois tipos de objetos: os que o morto havia utilizado em vida, e os que poderiam precisar em sua viagem ao submundo. Assim, a elaboração de objetos funerários era muito diversificada: instrumentos musicais de barro, como ocarinas, flautas, tímpanos e chocalhos em forma de caveiras; esculturas que representavam os deuses mortuários, crânios de diversos materiais #pedra, jade, cristal#), braseiros, incensários e urnas.
As datas em honra aos mortos eram, e são, muito importantes, tanto que lhes dedicavam dois meses. Durante o mês chamado Tlaxochimaco, era realizada a celebração chamada Miccailhuitntli ou festa dos pequenos mortos, por volta de 16 de julho. Esta festa começava quando se cortava no bosque a árvore chamada xócotl, a qual descascavam e punham flores para enfeite. Todos participavam da celebração e faziam oferendas à árvore durante vinte dias.
No décimo mês do calendário, celebrava-se a Ueymicailhuitl, ou festa dos grandes mortos. Esta celebração era feita por volta de 5 de agosto, quando diziam cair o xócotl. Nesta festa realizavam procissões que culminavam com vigílias ao redor da árvore. Costumava-se realizar sacrifícios humanos e grandes banquetes. Depois, punham uma estatueta de caruru na copa da árvore e dançavam, vestidos com penas e guizos. No fim da festa, os jovens subiam na árvore para tirarem a estatueta, derrubavam-na e assim terminava a celebração. Nesta festa, as pessoas costumavam colocar altares com oferendas para recordarem seus mortos, o que é o antecedente do atual altar dos mortos.


Encanto-me com as tradições – não me canso de dizer isso... E o que me resta agora é passar a receitinha do pan de muertos  - na esperança de alguns de vocês o prepararem com o mesmo sentido de continuação da tradição, da vida, que empolga os mexicanos. E não deixe de ver o vídeo no final deste post, extraído do conto "Hasta los huesos", onde Eugenia León põe voz a La Catrina para interpretar a canção Llorona, numa das suas interpretações imemoráveis.

Pan de Muertos

1 colher de chá de fermento seco de padeiro
2 colheres de sopa de água
320 gramas de farinha
1 colher de chá de sal
3 ovos batidos
70 gramas de manteiga derretida
2/3 de chávena de açúcar
1 colher de chá de sementes de anis/erva-doce
1 colher de sopa de água de flor de laranjeira
Raspa  da casca de uma laranja
Açúcar para decorar

Preparo: Dissolvam o fermento na água. Numa tigela grande misturem a farinha com o sal. Façam um pequeno poço no centro e acrescentem o fermento dissolvido. Com uma mulher de pau misturem farinha suficiente para que se forme no centro da tigela uma pasta. Cubram com um pano e deixem descansar 20 minutos. Passado este tempo acrescentem os restantes ingredientes (reservem um pouquinho dos ovos) Misturem, incorporando a farinha, até obterem uma massa bastante húmida e pegajosa. Amassem a massa na vossa bancada, ligeiramente polvilhada de farinha, durante 10 minutos. Deixem a massa levedar durante 2 horas ou até a massa duplicar de volume. Retirem um pedaço da massa para as decorações. Formem uma bola com a restante massa e coloquem-na no tabuleiro de ir ao forno. Com os pedacinhos de massa façam uma bola pequenina para topo do pão (representa um lágrima), e 8  tirinhas de massa mais pequenas que cruzadas aos pares, representam os ossos. “Colem” os “ossos” à bola usando o restinho dos ovos que reservaram diluído num pouco de água. Se os “ossos” caírem, prendam-nos com palitos. Deixem o pão fermentar mais 30 minutos. Pincelem com ovo, polvilhem levemente com sal e levem ao forno a uma temperatura de 180ºC durante aproximadamente 35 minutos. O pão deve estar douradinho e ter um som “oco” o que indica que está cozido.

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