sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A Carnavália de fevereiro – pode ser regada a massa com molho de limão e a tequila sunrise


Todo começo de ano eu escuto que, no Brasil, o ano só começa de fato depois do carnaval. E hoje eu fique me perguntando se antigamente ocorria o mesmo na Grécia – país de origem do carnaval.
Eu, particularmente não sou dado ao carnaval. Mas acho interessantíssima a movimentação para observar o comportamento humano. Vejo muita gente hipócrita recriminando este período, tecendo adjetivos dos mais baixos para desqualificar os brincantes carnavalescos. E isso não é de hoje. Se formos observar a história de como tudo isso começou, a hipocrisia foi a responsável por transformar ritos de veneração aos deuses gregos em “festas profanas”.
Aí eu me coloco: Quando o homem era politeísta e se submetia aos seus ridos de adoração para agradar aos seus deuses, para a sociedade da época, ele estava cumprindo sua obrigação religiosa sem recriminação. Depois, com a intervenção do cristianismo, com seu puritanismo de fachada, tudo ganhou um sentido pecaminoso... não  estou aqui pra discutir religiosidade. Apenas queria deixar claro que, na maioria das vezes, os interesses de alguns, acabam distorcendo tudo. Por tanto não vou qualificar aqui o carnaval como festa profana. Pois o politeísmo veio antes do cristianismo em muitas sociedades.
O carnaval é uma comemoração que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C., destinada a celebração, veneração e adoração de deuses gregos, especialmente Baco, o deus do vinho e da embriaguez. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção.


Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C.. É um período de festas regidas pelo ano lunar no cristianismo da Idade Média. O período do carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "carne vale" dando origem ao termo "carnaval". Durante o período do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes.
O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas. Já o Rio de Janeiro criou e exportou o estilo de fazer carnaval com desfiles de escolas de samba para outras cidades do mundo, como São Paulo, Tóquio e Helsinque.
A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma.
A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão "carnis valles", que, acabou por formar a palavra "carnaval", sendo que "carnis" em latim significa carne e "valles" significa prazeres.
Em geral, o carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras). O termo mardi gras é sinônimo de Carnaval.


Quando o cristianismo chegou já encontrou esta festa, dita orgiástica, no uso dos povos. Pelos seus caracteres libertinos e pecaminosos, foi a princípio condenada pela Igreja Católica. Porém, em 590 d.C. ela própria oficializou o carnaval dando origem ao “carnaval cristão”, quando o Papa Gregório I, o Grande, marca definitivamente, a data do carnaval no calendário eclesiástico. A partir de então, a Igreja tolerou melhor a festa e até passou a estimulá-la. Com o Papa Paulo II (1461-1471) foi organizada a festa de carnaval, com a promoção de corridas de cavalos, anões e corcundas, lançamentos de ovos, etc. Em 1582, o Papa Gregório XII promoveu a reforma do calendário Juliano, passando a se chamar Juliano Gregoriano, em uso até hoje pelos católicos, e estabeleceu em definitivo as datas do carnaval.
Nos períodos de repressão pela Igreja, a festa do carnaval sempre acontecia, quando os noviços organizavam a “festa dos bobos” em 28 de dezembro. Durante o evento elegia-se um bispo ou “abade dos bobos”. Realizavam danças na Igreja e na rua, procissão e missa simulada. Nesse momento os clérigos usavam máscaras e roupas de mulheres, ou vestiam os hábitos de trás para frente, seguravam o missal invertido (livro que contém as orações da missa), jogavam cartas, cantavam cânticos imorais e falavam mal da congregação.

GRAVURA : A Festa dos Bobos 1560,  de Pieter Van der Heyden (*1530 +1575)  COLEÇÃO ORIGINAL : Museu de Gravelines
Igualmente, a “festa dos inocentes” era uma espécie de carnaval regada a muita bebida e comida, encenavam peças e inversões de todos os tipos. As escrituras sagradas eram totalmente travestidas e parodiadas. Os rituais eram organizados pela Igreja Católica, de modo que a Instituição era ridicularizada e questionada em eventos carnavalescos.

O Combate de carnaval e da quaresma", 1559, de Pieter Bruegel
Embora muitos Papas tenham estimulado esses festejos, outros o combateram vivamente como Inocêncio II. Esta festa pagã acontece todos os anos no mês de fevereiro, em todo o mundo. Constitui-se a época de mais uma celebração de inspiração satânica, apresentando-se como uma manifestação que dilacera a espiritualidade.
Resumo da ópera (baseado no senso comum hipócrita): São quatro dias ao som de ritmos frenéticos e alucinantes (em algumas cidades brasileiras estes dias podem ser mais que quatro), regados a muita bebida alcoólica e à prática do sexo sem limites - pois o culto a sensualidade já traça o compasso de espera e é a marca registrada dos participantes que enchem ilusoriamente seus corações, numa prática que, neste espaço de tempo, cedem, sem nenhum temor a Deus, as suas luxúrias, na ignorância de que na quarta-feira, confessando seus excessos pecaminosos, através da figuração das cinzas, serão de seus pecados perdoados, como se Deus tivesse permitido, dado o seu aval para outros deuses serem venerados e adorados nesta ocasião.


Eu pergunto: Será que os hipócritas acham que Deus não vê as hipocrisias geradas dentro da sua Igreja? Será que só os foliões são a encarnação do profano? Para mim Deus é justo – e só ele pode julgar. Um dia no futuro, talvez, o cristianismo seja considerado como uma religião pagã, como ocorreu com as religiões anteriores a ele. E aí?


Para não desagradar a ninguém e deixar todo mundo no pique do carnaval, esta Confraria vai deixar duas recitas que vão alegrar os dias dos foliões: primeiro, por sua praticidade; segundo, porque fornecem energia suficiente para os brincantes se divertirem, sem culpa.

Talharim ao molho de limão

1 colher de azeite
200g de champignon
3 dentes de alho picados
1/2 xícara de chá de  vinho branco
casca ralada e suco de 2 limões
1 xícara de chá de creme de leite
100g de queijo ralado
300g de talharim
sal a gosto

Preparo: leve ao fogo alto uma panela grande com água salgada e deixe ferver. Enquanto isso prepare o molho: aqueça o azeite, junte o champignon e o alho e refogue por 3 minutos. Adicione o  vinho , a casca e o suco de limão. cozinhe por mais  2 minutos e retire do fogo. .Coloque a massa na água fervente mexa bem e cozinhe al-dente. escorra e devolva a panela levando ao fogo baixo. adicione rapidamente o  cogumelo cozido e o creme de leite, mexendo sem parar . polvilhe o queijo ralado aos poucos  para que ele dissolva por igual. sirva  em seguida.


Tequila Sunrise

1 dose(s) de tequila ouro
3 dose(s) de suco de laranja
quanto baste de xarope de groselha para decorar

Preparo. 

Despeje num copo alto a dose de tequila e o suco de laranja. Misture bem e coloque o xarope de groselha a gosto.









Nenhum comentário:

Postar um comentário