Sempre que o natal se aproxima parece que a fé das pessoas se expande, se renova, e faz com que elas acreditem em muitas coisas... como na possibilidade de ter contato com seres sobrenaturais que lhe tragam boas novas ou mesmo a felicidade tão sonhada.
Para provar isto, basta olhar a literatura mundial e encontrar textos que tem o natal como pano de fundo para histórias fantásticas. Talvez a mais conhecida destas, seja o conto de natal escrito por Charles Dickens.
Porém, apesar da popularidade deste conto, Eu, particularmente, prefiro outro conto natalino, dos contos de fadas germânicos, que descreverei a seguir. O motivo que me leva a colocar esta historinha é que no natal eu sempre faço bolinhos das fadas para enfeitar a mesa natalina, elementos que decoram e surpreendem os mais refinados paladares... Mas vamos á história para que vocês entendam a minha preferência literária:
A Fada do Natal de STRASBURG
Uma vez, há muito tempo, vivia perto da antiga cidade de Strasburg, no rio Reno, um jovem e belo conde, cujo nome era Otto. Conforme os anos iam passando o jovem continuava solteiro, e nunca olhava com admiração para as belas donzelas ao redor do seu país, por esta razão as pessoas começaram a chamá-lo de "pedra de coração."
Aconteceu que o conde Otto, em uma véspera de Natal, ordenou que uma grande caçada devesse acontecer na floresta em torno de seu castelo. Ele e seus convidados e servos puseram a caçar; andaram para a parte mais longínqua de suas terras e a caça começou excitante, através dos arvoredos, e entre os trechos mais intransitáveis de floresta, até que finalmente o conde Otto encontrou-se separado de seus companheiros.
Ele foi sozinho até uma fonte de água clara e borbulhante, conhecida pelas pessoas ao redor do castelo como fonte da Fada do Bem. Lá cegando o conde desmontou do seu cavalo e se inclinou, começando a lavar as mãos na água cintilante, e para sua surpresa, descobriu que embora o tempo estivesse frio e gelado, a água estava quente e deliciosamente carinhosa.
Ele sentiu um brilho de alegria passando por suas veias, e, como ele mergulhou as mãos mais profundamente, ele imaginou que sua mão direita que foi apreendida por outra mão, macia e pequena, que gentilmente fez escorregar do seu dedo o anel de ouro que ele usava sempre. Quando ele tirou a mão da água, o anel de ouro havia desaparecido.
Ele sentiu um brilho de alegria passando por suas veias, e, como ele mergulhou as mãos mais profundamente, ele imaginou que sua mão direita que foi apreendida por outra mão, macia e pequena, que gentilmente fez escorregar do seu dedo o anel de ouro que ele usava sempre. Quando ele tirou a mão da água, o anel de ouro havia desaparecido.
Cheio de admiração a este acontecimento misterioso, montou em seu cavalo e retornou ao seu castelo. Enquanto resolvia em sua mente que, no dia seguinte, ele mandaria seus servos esvaziar a fonte da fada do bem.
No castelo, entrou em seus quarto, e, atirando-se da mesma forma que estava sobre sua cama, tentou dormir, mas a estranheza da aventura o mantinha inquieto e insone.
De repente, ouviu o latido rouco dos cães no pátio e em seguida, o ranger da ponte levadiça, como se estivesse sendo baixada. Em seguida, veio a seu ouvido o aranzel de muitos pequenos pés na escadaria de pedra, e ao lado, ouviu indistintamente o som de passos de luz na sala vizinha dele.
Conde Otto começou a ouvir dentro do seu leito uma música deliciosa, e a porta do seu quarto se abriu. Apressando-se para a próxima sala, ele encontrou-se no meio de inumeráveis Fadas, com vestes alegres e espumantes.
O conde falava, mas os seres não lhe davam ouvidos, mas começou a dançar e rir, e cantar, ao som da música misteriosa.
O conde falava, mas os seres não lhe davam ouvidos, mas começou a dançar e rir, e cantar, ao som da música misteriosa.
No centro do apartamento havia uma esplêndida árvore de Natal, a primeira já vista naquele país. Em vez de brinquedos e velas estava iluminada por estrelas e ramos de diamante; colares de pérolas, pulseiras de ouro ornamentadas com pedras preciosas coloridas, penachos de rubis e safiras, cintos de seda bordado com pérolas orientais, e adagas em ouro e cravejadas das pedras preciosas mais raras. A árvore inteira brilhava no esplendor de suas muitas luzes.
Conde Otto ficou calado, olhando para toda esta maravilha, quando de repente as Fadas pararam de dançar e caíram para trás, para dar lugar a uma senhora de uma beleza deslumbrante que veio lentamente em sua direção.
Conde Otto ficou calado, olhando para toda esta maravilha, quando de repente as Fadas pararam de dançar e caíram para trás, para dar lugar a uma senhora de uma beleza deslumbrante que veio lentamente em sua direção.
Ela usa um cabelo negro como um corvo um diadema de ouro com pedras preciosas. Seus cabelos caíram em cima de um manto de cetim e veludo. Ela estendeu a duas pequenas mãos brancas para o conde e se dirigiu a ele em com um doce tom sedutor: -"Caro conde Otto", disse ela, "Eu vim para retornar a sua visita de Natal. Sou Ernestine, a Rainha das Fadas. Trago-vos algo que você perdeu no Poço de fadas."
E como ela falava, tirou do seio um caixa de ouro, cravejada de diamantes, e colocou em suas mãos. O conde recebeu a caixa e abriu-a ansiosamente, encontrado dentro dela o seu anel de ouro perdido.
Levado pela maravilha de todo o acontecimento, e vencido por um impulso irresistível, o conde pressionou a fada Ernestine junto ao seu coração, enquanto ela, segurando-o pela mão, levou-o para o labirinto mágico da dança. A música misteriosa flutuava pelo quarto, e o resto da sociedade das fadas circulava em volta da Rainha das Fadas e do conde Otto.
Então o jovem, esquecendo toda a sua antiga frieza para com as donzelas da circunvizinhança, caiu de joelhos diante da Fada e suplicou que ela se tornasse sua esposa. Finalmente ela consentiu com a condição de que ele nunca deveria falar a palavra "morte" em sua presença.
No dia seguinte, o casamento do conde Otto e Ernestine, Rainha das Fadas, foi comemorado com grande pompa e magnificência, e os dois continuaram a viver felizes por muitos anos.
Porem, certa vez, o conde e sua esposa fada foram caçar na floresta ao redor do castelo. Os cavalos estavam selados e freados, e em pé na porta, o conde esperava impaciente pela rainha das fadas, mas Ernestine demorou muito tempo em seu quarto. Finalmente, ela apareceu na porta do salão, e o conde dirigiu a ela com raiva. "Você nos manteve esperando tanto tempo", Ele chorou, "que você seria uma boa mensageira para enviar para a morte!"
Mal havia falado a palavra proibida e fatal, quando a fada, soltando um grito selvagem, desapareceu de sua vista. Em vão o conde Otto, esmagado pela dor e remorso, procurou no castelo e na fonte da Fada do Bem, mas nao achou nenhum vestígio para achar a rainha das fadas, perdeu sua bela esposa, mas a marca da sua mão delicada ficou marcada no arco de pedra acima da porta do castelo.
Anos se passaram, e a fada Ernestine não retornou e o conde continuava a sofrer. E toda véspera de Natal ele monta uma árvore iluminada na sala onde ele havia conhecido a Fada, esperando em vão que ela voltasse para ele.
O tempo passou e o conde morreu. O castelo caiu em ruínas. Mas até hoje pode ser visto acima do portão enorme, profundamente afundado no arco de pedra, a impressão de uma mão pequena e delicada. E assim, diz o bom povo de Strasburg, que esta foi a origem da permanência da árvore de Natal.
Mais sobre os fairy cakes
Esse pequeno bolo tem origem no Reino Unido, onde são chamados até hoje de Fairy Cakes (bolo das fadas), tradicionalmente um bolinho de baunilha com cobertura de fondant, presente no famoso chá das 5, aniversários, café da manhã.
Acredita-se que chegou aos na América em meados do século XIX, e foram chamados de cupcake. Isso se deu porque todos os ingredientes da receita eram medidos por xícaras (cups), ao invés de pesados como era o costume naquela época. E esse tipo de medição foi considerado revolucionário pela facilidade que dava à dona de casa.
O termo Cupcake é mencionado pela primeira vez no livro Seventy-Five Receipts for Pastry, Cakes, and Sweetmeats de Eliza Leslie, 1828. "The Oxford Encyclopedia of Food and Drink in America" explica que o nome tem um duplo sentido, pois a receita do bolo é medida em cups (xícaras) e assada nelas. Isso foi revolucionário por causa do tempo que demorava para se assar bolos e da facilidade em medir os ingredientes que originalmente eram pesados.
Então em meados de 1900 esses bolos se tornaram populares devido a sua facilidade de cozimento. A maioria das pessoas, inclusive eu, associam os Cupcakes com a década de 1950 e 60, embora isso seja um engano. Os Cupcakes não eram mais populares durante esse período do que são hoje.
Nova York é tão apaixonada pelos cupcakes que existem até roteiros turísticos que levam aos lugares mais famosos na produção do bolinho. Um deles é o Magnólia, uma cadeia que tem lojas espalhadas por toda a cidade. A mais procurada é a do West Village. Tem fila o tempo todo e turistas de muitas partes do mundo à espera de saborear o cupcake feito na hora. Graças ao seriado e ao filme "Sex and the city", a fama do Magnólia aumentou muito. As quatro amigas de Manhattan não viviam sem um cupcake, que elas consideram o melhor da cidade.
Outro segredo guardado a sete chaves é a quantidade de calorias que existe em cada um dos cupcakes. Quem faz e quem compra prefere falar da delícia que é saborear esse bolinho com cobertura de glacê. A resposta mais comum sobre calorias é "who cares?” ou “quem se preocupa?”.
Ganharam o mundo e outros tamanhos, conquistando muitos apreciadores. O sucesso foi tanto que hoje há uma grande quantidade de blogs e comunidades que têm os bolinhos como tema principal. E o Brasil já entra na febre dos cupcakes para suas festividades.
Os sabores são variados - dos simples aos enriquecidos com frutas - , com ou sem recheios. Mas, com o passar do tempo, o maior destaque ficou por conta da decoração. Os temas variam de acordo com a ocasião em que serão servidos. Os bichos e personagens infantis, para as crianças. Como lembrancinhas de maternidade, bebês ou carrinhos. Nos casamentos, como complemento da decoração do bolo ou como lembrancinhas.
O que o torna diferenciado dos outros bolinhos, como o similar muffin, é que sua massa é mais leve e não muito doce e a cobertura e os recheios dão o toque final e criativo neles.
Massa
4 colheres (sopa) manteiga sem sal em temperatura ambiente
3/4 xícara de açúcar
1 ovo
2 e 1/2 colheres (sopa) chocolate em pó
3 colheres (sopa) corante alimenticio vermelho
1/2 colher (chá) de essência de baunilha
1/2 xícara de leite talhado*
1 xícara mais 2 colheres (sopa) de farinha de trigo
1/2 colher (chá) de sal
1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 e 1/2 colheres (chá) vinagre de vinho branco
*Para fazer: cada xícara de leite que a receita pedir, coloque 1 colher (sopa) de suco de limão ou vinagre branco em um recipiente e acrescente leite até completar uma xícara. Deixe descansar por cerca de 10 minutos antes de usar.
Cobertura:
2 e 1/3 xícara de açúcar de confeiteiro peneirado
3 colheres (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
113g de cream cheese (queijo cremoso)
1/4 colher (chá) rasa de canela em pó
Modo de Preparo: Pré-aqueça forno a 160°C. Numa batedeira, bata a manteiga e o açucar até ficar uma claro e fofo, cerca de 3 minutos. Em velocidade rápida, junte e bata o ovo, até ficar bem misturado. Numa outra tigela misture o chocolate em pó, a essência de baunilha e o corante e fassa uma pasta. Acrescente na mistura de manteiga e bata até ficar totalmente misturado. Diminua a velocidade e acrescente metade do buttermilk lentamente. Adicione metade da farinha peneirada e bata, termine de colocar o buttermilk e a farinha e bata em velocidade alta até ficar bem misturado. Diminua a velocidade e adicione o bicarbonato e o vinagre. Aumente novamente a velocidade e bata por mais alguns minutos. Despeje nas forminha untadas ou com forminha de papel e asse por 20 a 25 minutos ou até o teste do palito sair limpo. Cobertura: Bata o açucar, a canela e a manteiga em velocidade média-baixa até ficar bem misturado. Adicione o cream cheese e bata e velocidade média-alta até incorporar, cerca de 5 minutos, ou até ficar claro e fofo. Não bata demais pois a cobertura pode ficar mole. Cubra os cupcakes.
Fairy cake de Pêra e Açafrão com Lemon Curd
1 pêra pequena, madura mas firme
100grs de manteiga com sal
100grs de açúcar superfino
2 ovos médios
½ colher chá extrato baunilha
100 grs amêndoas raladas
40 grs farinha, peneirada
½ colher chá açafrão (ou mais, a gosto)
1 colher chá raspa limão
Lemon Curd
½ xícara de suco de limão
raspa de 1 limão
2 ovos
3 gemas
2 colheres sopa leite
1/3 chávena açucar
¼ colher chá sal (omita se utilizar manteiga com sal)
6 colheres sopa manteiga, cortada em pedaços
Massa: Aqueça o forno a 180ºC. Bata a manteiga com o açúcar até obter uma massa leve. Adicione os ovos gradualmente. Junte o extrato de baunilha e a raspa de limão. Envolva as amêndoas e a farinha, mexendo apenas o necessário (não trabalhe demasiadamente a massa). Coloque 16 caixinhas de papel dentro das formas ou tabuleiros. Encha cada uma até um pouco mais de metade. Descasque a pêra e fatie. Coloque 2 ou 3 pedaços em cada cupcake. Leve ao forno por 15-18 minutos ou até estarem dourados. Retire do forno. Lemon Curd: Bata todos os ingredientes até estes ligarem, exceto o sumo e raspa de limão e a manteiga. Acrescente em seguida o sumo e raspa de limão e adicione a manteiga. Leve ao fogo médio num tacho pequeno anti-aderente, mexendo continuamente até a mistura ficar a cobrir as costas da colher. (Não deixe ferver ou os ovos podem talhar) Depois de engrossar, coloque numa tigela ou em frascos e deixe arrefecer. Tape e refrigere. Finalizar os cupcakes: coloque uma colherada de lemon curd no topo de cada um e polvilhe com filamentos de açafrão.
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