sexta-feira, 29 de abril de 2011

HOJE: MEU ANIVERSÁRIO E O DIA DO CASAMENTO REAL DE WILL E KATE

Nada como chegar nesta data e ver tudo que passei; o que vivi... Muito bom saber, que os anos me tornaram mais forte!!!
Aqui estou, mais uma vez... Comemorando mais um ano de vida!
Um ciclo novo que se inicia...
Dias que se passaram...
Lembranças que ficam na minha memória guardadas com muito carinho no coração...
Amores...
Passados...
Felicidades...
Saudades...
Tudo...
Tudo me faz sentir bem... Pois olhar para trás e ver tudo o que passei... Tudo que superei... Tudo que me marcou e que me marca ainda... Faz-me perceber que apesar dos erros e dos acertos do passado... Aprendi e muito com tudo que fiz ou deixei de fazer...
Barão de Gourmandise

Hoje realmente é um grande dia, afinal de contas mais 365 dias se passaram na minha vida e com eles vieram novos sonhos, novas conquistas e lembranças com novos projetos de vida.
Que eu  caminhe sempre em busca do sucesso, alçando um futuro amplo, se aperfeiçoando e prosperando ainda mais.


E enquanto eu comemoro cá, o  meu aniversário, cruzando o Atlântico, neste exato momento a cozinha do Palácio de Buckingham já está servindo os 600 convidados do casamento Real do Duque e da Duquesa de Cambridge – William e Kate. A cozinha do Palácio, está acostumada a servir até 50 mil pessoas. Mais tarde os recém casados deveram cortar o bolo tradicional de casamento que está decorado com as flores típicas do Reino Unido: a rosa, da Inglaterra, o cardo, da Escócia, o narciso, de Gales, e o trevo, da Irlanda – Obra de Fiona Cairns. Ela faz tortas e bolos, e tem lojas exclusivas, é marcada por fazer bolos de vários andares e decorados com flores.

ROSA INGLESA
CARDO, ESCOCÊS
NARCISO, DE GALES
TREVO, IRLANDES
E apesar de eu amar um bom bolo o que me deixou mais contente, além de poder ver a felicidade estampada nos rostos do casal real, foi o artigo escolhido como lembrança para os convidados: Perfume – que tanto aprecio.
A lembrançinha do casamento do Príncipe William e Kate Middleton, conta com muito bom gosto na sua elaboração, são frascos de perfumes masculino e femininos, que contam com um medalhão em ouro no formato de coração com a foto dos dois e as iniciais gravados nos vidros que possuem a cor branca ou preta.

Não bastasse um casamento real no dia do meu aniversário, é sempre bom ver os amigos mostrando seu afeto por mim. E por isso agradeço aqui, publicamente, a todos que participam da minha vida. Obrigado por tudo!
E inspirado pela tradição Britânica deixo uma receitinha bem básica, porem, saborosa. E pra finalizar, uma musica que tanto aprecio e que foi tocada durante a cerimônia religiosa do casamento real: Fantasia on Greensleeves, by Ralph Vaughan Williams.

Bolo Inglês de Frutos Secos

4 ovos
180 gr de açúcar amarelo
100 gr de margarina derretida
280 gr de farinha
2 colheres de chá de fermento
200 gr de frutos secos (usei passas, coríntios, amêndoas, avelãs, pinhões e figos secos)
1 cálice de vinho do Porto
2 colheres de sopa de sumo de laranja
Preparação: Bater muito bem o açúcar com a margarina derretida. Deitar os ovos um a um, batendo bem entre cada adição. Adicionar o vinho do Porto e o sumo de laranja. Deitar os frutos secos, previamente passados por farinha (para não ficarem todos no fundo) e envolver. Por fim, juntar a farinha previamente misturada com o fermento e envolver delicadamente. Levar ao forno, previamente aquecido, numa forma de bolo inglês, a 170ºC por 45 minutos.

terça-feira, 26 de abril de 2011

À mesa com Monteiro Lobato: resgatando sabores da minha infância...

Eu devo confessar que eu nasci no século passado (risos). Falando assim até parece muito tempo, mas não é.
Nasci numa época boa – famosos anos 80. E dentre as muitas coisas que eu gosto de relembrar daqueles anos de infância, está uma obra muito importante pra minha vida: toda a coleção infantil de Monteiro Lobato, conhecida pelos famosos personagens do Sítio do Pica-Pau-Amarelo. Sempre fui fã daquelas histórias pela oportunidade que Lobato me dava de viajar por culturas diferentes. Porem, tendo uma visão brasileira de tudo aquilo.
Sempre assisti ao Sítio do Pica-pau-amarelo n TV Globo e pelas reprises da TV Cultura. Mas, não me contentava apenas em ver e acabava lendo e relendo todos os livros. E lembro bem: os exemplares que eu não tinha em casa, eu os alugava na biblioteca pública da minha cidade pra ler (e reler, dezenas de vezes).
Sempre gostei muito de ler. Identifiquei-me muito com vários dos personagens que viviam as reinações naquele fantástico lugar, onde tudo podia acontecer. E talvez deva a Lobato toda a formação da minha capacidade de crítica e do desenvolvimento do meu sentimento de apego pelas coisas regionais, culturais e nacionalistas – itens estes que estão impregnados em todas as histórias.
Outro fato importante que me aproxima muito de Lobato é que ele, assim como eu nascemos no mês de abril.  Monteiro Lobato nascido em  18 de abril de 1882; e eu, nascido em 29 de abril de 1982 – um século e poucos dias de diferença.
E só para completar os fatores que me atraem nas obras Lobatianas, está ainda a constante presença da gastronomia. A gastronomia em todos os momentos daquelas historias, fosse no decorrer das conversas de Dona benta e Tia Nastácia, ou mesmo nos momentos mais estranhos e perigosos.
Na descrição de um banquete oferecido por Branca de Neve ao Gato de Botas, no livro Fábulas, por exemplo, cita a carne-seca desfiada com angu de farinha de milho, suã de porco com torresmo, mandioquinha frita, lombo com farofa, cuscuz e cambuquira, pratos da melhor tradição culinária de São Paulo e Minas Gerais.
Adepto do leitão pururuca, picadinho e feijoada, entre outros petiscos da terra, apreciava a boa comida “mastigável”, que nutre e sustenta. Biscoito de polvilho, sequilhos, curau e paçoca eram seus quitutes da roça preferidos, mas não dispensava goiabada cascão, sagu, banana frita e bolo de fubá. Sem falar na rapadura que ele picava e punha no bolso para ir mastigando durante o dia.
E, como se pode ver por uma carta de 1903, enviada ao escritor mineiro Godofredo Rangel, Lobato era adepto de um tira-gosto inusitado:
“Não és capaz, nunca, de adivinhar o que estou comendo. Estou comendo... Tenho vergonha de dizer. Estou comendo um companheiro daquilo que alimentava S. João no deserto: içá torrado!”. Perdendo o medo de parecer estranho, ele divaga, exagerando: “Sabe, Rangel, que o içá torrado é o que no Olimpo grego tinha o nome de ambrosia? Está diante de mim uma latinha de içás torrados que me mandam de Taubaté. Nós, taubateanos, somos comedores de içás”, referindo-se às saúvas caçadas no verão quando saem em revoada. Para Lobato, içá era o caviar do Vale do Paraíba, que ele degustava devagar enquanto escrevia.
Tanajura (Içá)
Bundinhas de Tanajura - só o que eu uso pra farofa,
Inquieto, com a cabeça o tempo todo na busca de soluções para os grandes problemas de seu País, pouco se sentava à mesa, que rodeava, mordiscando uma coisa aqui, outra ali. Na hora do almoço ou jantar servia-se de feijão com farinha, carne moída com quiabo, picadinho, chuchu e abobrinha. Cozidos em toucinho de porco, esses pratos típicos do interior foram aprovados por Dom João VI na quinta onde, em 1808, teria comido seu primeiro jantar na América, conforme registrado em Idéias de Jeca Tatu:
“O Rei trava relações com o tutu de feijão e gosta; já a rainha assusta-se com a travessa de bananas de São Tomé assadas. Dois mordomos confabulam apreensivos. E o trono?” Diante das vacilações sobre onde colocá-lo, o “Rei percebe do que se trata e com a boca cheia de lombo resolve: aqui mesmo, ao pé do guarda-comidas”. Junto com a refeição pesada, a falta de boas maneiras é caricaturada: “Finda a janta, o primeiro arroto real ecoa. D. João, contente, de papo cheio, os pés já metidos no chinelão (...) sorve goles de café... e assina a Declaração de Guerra à França”.
O nacionalismo lobatiano, sintomático da vontade incontrolável de transformar o Brasil num país desenvolvido e próspero, levava-o a propor a exploração de plantas e frutas nativas como as grumixamas, espécie de cereja silvestre que, se cultivada a sério, não faria feio frente à similar estrangeira. Adido comercial em Nova Iorque de 1927 a 1930 chamou a atenção para o potencial econômico de produtos como o coco babaçu. De volta ao Brasil, disposto a investir no petróleo e na siderurgia, escreveu ao antropólogo e folclorista potiguar Câmara Cascudo que tomou uma bebida que o entusiasmou. “No dia em que vocês abrirem os olhos para o caju”, disse, “uma belíssima indústria poderá ser criada. Para vinho, por exemplo, creio que é o caju a única fruta capaz de competir com a uva.”
Na contramão da tendência de imitar Paris, Monteiro Lobato ensina, na sua literatura infantil, que a culinária nacional é uma das mais saborosas do planeta. Principalmente quando saída do fogão de Tia Nastácia que sabia manejar o “violino do gostoso”, tirar dele mil harmonias, transformando o mais simples guisado em perfeita obra prima. Para fazer frente aos “pratos boniteza” para “comer com os olhos”, servidos no casamento de Branca de Neve, como faisão recheado de línguas de rouxinol, javali assado ao molho de néctar furtado aos deuses do Olimpo e omeletes de ovos da Fênix, Tia Nastácia oferecia “pratos-gostosura”: mocotó à baiana, bem apimentado, quibebe e costela com angu de fubá. Assim, de Heródoto, o historiador grego, a São Jorge, para quem ela teve a “maior honra” de passar uma temporada cozinhando na Lua, não havia quem resistisse à magia de sua comida.
E para prestigiar este velho autor amigo e até memso a mim, pela proximidade do meu aniversário. Hoje velho  lhes trazer uma dica de livro  muito interessante e duas receitas que muito  gosto – advindas das minhas leituras sobre Monteiro Lobato.
Encontrei um livro muito interessante: “À mesa com Monteiro Lobato”(Editora Senac), escrito pelos jornalistas e pesquisadores Márcia Camargos e Vladimir Sachetta. Na publicação foram compiladas receitas do caderno de Dona Purezinha, esposa de Monteiro Lobato.
Em "À mesa com Monteiro Lobato" estão  64 receitas do caderno de Dona Purezinha, que data de 1908. Para isso os autores fizeram uma pesquisa para descobrir o que era servido no dia-a-dia na mesa de Monteiro Lobato. E entre as gostosuras caipiras estão farofa de torresmo, quiabo com carne, virado de feijão, bolinho caipira, o arroz com suã, bolinho caipira, canjiquinha, costela assada com banana, virado de couve, quibebe, mingau de inhame, doce de marmelo, espera-marido, bolão de fubá, queijadinha e pé-de-moleque de rapadura. Aliás, a rapadura era um de seus doces prediletos. “Monteiro Lobato colocava pedaços no bolso para comer durante o dia”, conta a pesquisadora no livro.
As receitas refletem, mais do que a defesa da cultura gastronômica brasileira, a realidade culinária da época, restrita aos alimentos produzidos na região – as receitas do livro são as típicas do Vale do Paraíba, região onde o escritor nasceu. “São predominantes carnes de vaca e porco. Só há uma receita de peixe”, diz. E ainda tem espaço para exóticas: como o içá, “chamada de caviar do Vale do Paraíba”.

CÉLEBRES BOLINHOS DA TIA NASTÁCIA

Essas maravilhas aparecem na maioria dos livros para crianças. Como conta Pedrinho em O Saci, quem os comia uma vez não podia “nem sequer sentir o cheiro de bolos feitos por outras cozinheiras”.
De fato, não há que não fique com água na boca ao ler as páginas que falam dos bolinhos. Mal saíam da frigideira eram servidos com café fresquinho, em cenas tão aromáticas como apetitosas.
Sua fama alastrou-se de tal modo que a quituteira acabou seqüestrada pelo Minotauro para garantir seu suprimento permanente. Mas, no final, acabaram por salva-la de ser devorada pelo monstro, rendido à delícia produzida no labirinto de Creta.
Ainda que apavorada, ao ver o fogão e muita farinha, Nastácia teve a idéia de fritar uns bolinhos. “Me lembrei de todos lá no sitio e disse comigo: Vou fazer pela última vez o que eles gostavam tanto, não para comer, porque numa ocasião dessas o estômago da gente até some”. De repente, a fome apertou e o Minotauro foi chegando, lambendo os beiços. Mas aconteceu um milagre.”Viu a peneira com os bolinhos e tirou um. Provou. Ah, que cara ele fez! Aqueles olhos de coisa ruim brilharam. Pegou outro, e outro e outro, e comeu a peneirada inteira. Depois me apontou para o fogão num gesto que entendi que era pra fazer mais”. Desde aquele dia ela não parou, pois o apetite do homem boi não tinha fim. E tantas peneiradas comeu que foi engordando, engordando, a ponto de acabar completamente manso, esquecido até da mania de comer gente.
 Outra que se encantou com os bolinhos foi Alice, a do País das Maravilhas. Depois de experimentar um, no livro Memórias da Emília, arregalou os olhos e pediu a receita. “Receita, dou; mas a questão não está na receita – está no jeitinho de fazer”, a cozinheira respondeu.
São justamente esses conhecimentos e especialidades que fazem de Tia Nastácia a detentora do saber popular e da tradição oral na obra lobatiana. Ela representa aqueles que, sem ter realizado um estudo formal, adquirem no cotidiano um aprendizado que não se encontra nos manuais ou enciclopédias. E que nem por isso são menos úteis e importantes como ilustra a observação de Emília em suas Memórias:
“Ciência e mais coisas dos livros, isso ela ignora completamente. Mas nas coisas práticas da vida é uma verdadeira sábia. Para um tempero de lombo, um frango assado, um bolinho, para curar uma cortadura, para remendar meu pé quando a macela está fugindo, para lavar e passar roupa – para as mil coisas de todos os dias é uma danada!”.
Uma verdadeira fada para toda sorte de doces e quitutes, como a boneca fazia questão de recordar, Tia Nastácia era imbatível nos lambarizinhos fritos e no mexido de galinha que, de tão cheiroso, fez o Barão de Münchausen, em O Pó de Pirlimpimpim, perder a cerimônia, sentar-se em torno do farnel levado por Dona Benta e dar cabo de tudo quase sozinho. D. Quixote, porém, teve que se contentar só com o café cheiroso, pois os bolinhos Sancho Pança comeu todos – junto com o quem mais havia na copa, incluindo o pernil de porco e a pamonha de milho verde da sobremesa. Ainda pior que Rabicó, o leitão adotado pelas crianças do Sítio, o fiel escudeiro reafirmava, em O Picapau Amarelo, sua gulodice e uma admiração sem precedentes: “Nasci para comer, e nesta casa os petiscos têm qualquer coisa que bole no coração da gente. Acredite, senhora Nastácia, que cozinheira como vosmecê nunca jamais houve no mundo – nem haverá. Sou entendidíssimo em toda sorte de comidas, gordas ou magras, de sal ou açúcar, de forno ou fogão, e juro sobre a lança de meu amo que petisqueiras como as daqui, nem no céu”.
O melhor prêmio que Tia Nastácia dava aos meninos nas grandes ocasiões, contudo, não eram comidas exóticas feitas de ingredientes inusitados. Este consistia numa gemada prosaica, mas tão bem batida que ficava amarela feito manteiga e macia como veludo. Vendo Pedrinho e Narizinho raspar a tigela às ‘colheradinhas’, ‘poupadamente’, Emilia e o Visconde entreolhavam-se, entristecendo-se de não serem gente de verdade – gente que come. Só nessas ocasiões a boneca falante sentia inveja da espécie humana – o que não a impediu de ter a idéia brilhante de fazer o livro comestível. Fundindo a fome de saber com a fome fisiológica, em A reforma da Natureza Emília propunha que fossem impressos em papel fabricado de trigo e muito bem temperados. A tinta inofensiva à saúde seria estudada pelos químicos. “O leitor vai lendo o livro e comendo as folhas; lê uma rasga-a e come. Quando chega ao fim da leitura, está almoçado ou jantado.”
Além disso, cada capítulo teria um sabor diferente. Às primeiras páginas com gosto de sopa, seguiriam-se as de salada, assado, arroz e tutu de feijão com torresmo. As últimas seriam a sobremesa – manjar branco, pudim de laranja, doce de batata. As folhas do índice fariam às vezes do cafezinho. “Dizem que o livro é o pão do espírito. Porque não ser também pão do corpo? As vantagens seriam imensas. Poderiam ser vendidos nas padarias e confeitarias, ou entregues de manhã pelas carrocinhas, juntamente com o pão e o leite”. Quem soubesse ler, lia, senão bastava comê-lo. “Desse modo o livro pode ter entrada em todas as casas, seja dos sábios, seja dos analfabetos”.

E depois de tanta prosa, nada melhro do que as receitinhas. Primeiro a da farofa de tanajura (Içá), comidinha que desde pirralho eu já catava pra comer – realmente uma delicia da minha infância – faz tempo que eu não como, por que aqui em Fortaleza a população das tanajuras quase não  é vista – sorte delas srsrsrsr. E depois, segue a receita dos bolinhos da Tia Nastácia, que ainda faço até hoje pra comer quando bate a melancolia.
Farofá de Içá (Tanajura)
Sal a gosto
Óleo ou Azeite
Farinha
Formigas Tanajura ou Içá (Atenção: somente as fêmeas aladas rainhas são utilizadas nesta receita)

Modo de Fazer limpam-se as içás das perninhas, asas e cabeças. Em seguida, põe-se de molho em água e sal por cerca de 1/2 hora. Escorre-se bem e leva-se ao fogo, em frigideira com gordura mexendo-se sempre para não queimar. Quando estiverem bem torradas,acrescenta-se farinha de mandioca, mexendo-se sempre, resultando a farofa, ja pronta para ser comida acompanhada de café. Se quiser, coloca-se em pequeno pilão, juntando-se farinha a gosto, daí resultando uma paçoca de içás.

Verdades sobre as tanajuras: O gosto é bom, levemente semelhante a crustáceos.Paladar crocante delicioso. Rico em ferro e proteína, já que as “bundinhas” das tanajuras na verdade estão cheias de ovas que darão origem um novo formigueiro. Mentiras: Comer tanajura faz mal à saude. Içás alimentam-se de lixo e animais em putrefação.Tanajuras fazem formigueiros em cemitérios para alimentar-se dos defuntos. (Pura mentira)
Bolinho de chuva Tia Nastácia –  do livro "À mesa com Monteiro Lobato". A receita do clássico bolinho de Tia Nastácia foi extraída dos cadernos de Dona Purezinha, esposa do escritor.
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
3 colheres (sopa) de açúcar
1 pitada de sal
1 colher (sopa) de fermento em pó
2 colheres (sopa) de leite
1 colher (sopa) de manteiga
3 ovos
1 colher de (sopa) de queijo parmesão ralado
Erva-doce a gosto
Óleo para fritar
Açúcar e canela em pó

Modo de fazer Misturar a manteiga e o açúcar, acrescentar os ovos um a um, pôr aos poucos o trigo já peneirado com o fermento, misturar; acrescentar o sal, a erva-doce e o queijo ralado. Mexer mais um pouco. Fritar em óleo quente, pingando aos poucos com colher de chá sobre papel absorvente; Abaixar o fogo, quando o óleo estiver muito quente; Salpicar os bolinhos já prontos com o açúcar e canela.


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Maracujá - O Fruto da Paixão de Cristo

Adimpleo ea quae desunt passionum Christi
Eu cumpro em mim o que falta à Paixão de Jesus Cristo

A partir desta frase atribuída ao apóstolo Paulo começarei a tecer as considerações do post a seguir. Aproveito este dia da Páixão para desejar a todos os visitantes desta confraria, uma Boa Páscoa.
Antes, porém, de falar sobre o fruto comestível que se refere a paixão, cabe aqui uma reflexão: Qual deve ser para nós o fruto da Paixão?!
Por ventura a Igreja, exibindo aos nossos olhos essas reproduções plásticas da Divina Tragédia da Paixão, tem o intuito de impressionar-nos apenas; e esses quadros que com tanto afã temos contemplado – a Agonia, a Flagelação, a Coroação de Espinhos, o Caminho do Calvário, a Crucificação – só devem ter o efeito de despertar a nossa sensibilidade e provocar a nossa condolência?! A minha resposta é: NÃO.

A Agonia - de Boticcelli

A Flagelação - de Luca Signorelli

A Coroação de Espinhos

O Caninho do Calvário
A Crucificação
Aprendi que a Paixão vai muito além disso, e nos ensina duas grandes verdades:
1.ª, os mistérios da Paixão não são somente fatos que se consumaram há dezenove séculos; são, como todos os mistérios e obras de Nosso Senhor, fatos permanentes, sempre reproduzidos, como se cada dia eles se realizassem de novo. Pois o Cristo abrange todos os séculos e tempos; o passado, o presente e o futuro: Christus heri et hodie ipse et in secula.
2.ª: Jesus Cristo, sofrendo por todos os homens, sofreu particularmente por cada um de nós, como se cada um de nós fora o único que tivesse pecado e necessitasse da Sua Paixão; de modo que a cada um foi aplicado o sangue de Jesus Cristo tão exclusivamente como se todos os outros não estivessem nas mesmas condições.
Eis em relação à Paixão as duas verdades as quais ninguém pode tirar dela o devido fruto; porque este fruto só provém da aplicação que cada um faz a si próprio dos méritos e satisfações de Jesus Cristo. Eis porque dizia o apóstolo São Paulo: “eu satisfaço em mim o que falta à Paixão de Jesus Cristo.” É preciso que cada um se aproprie dela, torne-a sua, para que então a Paixão de Jesus Cristo seja completa em relação a cada um de nós.
Que cegueira a daquele que não compreende estas palavras!
Que confusão não será a sua na eternidade!
Representa a Paixão de Cristo, o período ocorrido da traição à crucificação, as últimas 12 horas de Jesus. O episódio é relembrado pelos cristãos durante a Sexta-feira Santa, que termina com a celebração da Páscoa no domingo. A morte de Jesus antecedeu o principal evento dos judeus, também chamado Festa dos Pães Ázimos, em memória à libertação do Egito. O período entre a morte e ressurreição de Cristo foi incorporado à comemoração pascal, que remete à esperança, passagem e renovação.

O simbolismo desse evento cristão está representado no maracujazeiro. E a concepção foi definida no Brasil do século XVI, após o Descobrimento. Os missionários europeus que chegaram ao país identificaram na flor do maracujá a imagem da Paixão de Cristo. O fruto brasileiro, marcante no cheiro e paladar, foi eleito para representar a principal história bíblica.
A primeira referencia ao maracujá, no Brasil, foi em 1587 no Tratado Descritivo do Brasil como “erva que dá fruto”. Porém, foi Nic Monardis que, em 1569, descreveu a primeira espécie do gênero Passiflora (a Passiflora incarnata L.), mas sob o nome de Granadilla. Essa planta, considerada extraordinária pela conformação de suas rubras flores, foi mandada de presente para o Papa Paulo V (1605-1621) Ao ver a flor do maracujá o Papa também ficou em extasiado e então a batizou de "Fruta da paixão" fazendo uma alusão direta ao calvário de Jesus Cristo. Ele mandou cultivá-la com grande carinho em Roma e divulgar que ela representava uma relação divina.
Papa Paulo V
A palavra maracujá é de origem tupi e significa alimento em forma de cuia, os índios já a conheciam muito antes dos colonizadores chegarem ao Brasil, os jesuítas foram os responsáveis pelo seu descobrimento e catalogação, bem como a divulgação do seu sabor e propriedades calmantes.
A visão poética e religiosa deu origem ao nome como o maracujá é conhecido no exterior, fruit-de-la-passion em francês; e passion fruit em inglês. No livro “Delícias do Descobrimento – a gastronomia brasileira no século XVI” (Ed. Zahar) a autora Sheila Moura explica a associação:

“A coroa floral representava a coroa de espinhos, os três estigmas da flor simbolizavam os três cravos que prenderam Cristo na cruz; e as cinco anteras florais, as cinco chagas de Cristo; as gavinhas eram os chicotes com que o açoitaram e o fruto redondo representa o mundo que Cristo veio salvar”.

Tratou-se de uma estratégia lúdica e didática para explicar princípios bíblicos por meio da comida para os nativos, alvos da evangelização cristã. Aliás, as mais importantes metáforas da Bíblia remetem à alimentação, como por exemplo, a Última Ceia que antecede a Paixão: “E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo” (Mateus 26:26).
O maracujazeiro era louvado por suas flores, pela sombra fresca e pelos frutos, que abrigavam colonos, viajantes e missionários nas tardes quentes da América Tropical. No século XVI além de ser apreciado pelo sabor e o cheiro, era utilizado pelas propriedades medicinais. As folhas, por exemplo, eram bem pisadas e colocadas em cima de feridas para “tirar o fogo e câncer que tiver”, devido a sua natureza fria.
Além da pré-disposição religiosa, a fruta é rica em vitamina C e potássio, o que a torna um diurético natural. A polpa também é rica em fibras, tem efeito sedativo e hipotensor.

Pudim fruit-de-la-passion

Ingredientes
1 lata de leite condensado
1 lata de leite (use a lata de leite condensado vazia como medida)
1 lata de suco de maracujá concentrado (use a lata de leite condensado vazia como medida)
3 ovos
Calda
1 xícara (chá) de açúcar
6 colheres (sopa) de água
Polpa de 1 maracujá
Modo de preparo: No liquidificador, bata o leite condensado com o leite, o suco e os ovos até ficar homogêneo. Dissolva o açúcar na água e leve ao fogo baixo, sem mexer, por 12 minutos ou até formar um caramelo dourado. Misture a polpa e despeje em uma forma de buraco no meio, girando, para untar a lateral. Despeje o líquido do pudim e leve ao forno médio, pré-aquecido, por 50 minutos. Deixe esfriar completamente e leve à geladeira por 6 horas. Desenforme e sirva.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Mary Toft: A mulher que deu a luz á coelhos

Eu sou coelho.
Quer dizer, tenho coelho no sobrenome. Fico até contente com isso por que nas crenças antigas o coelho é símbolo de fertilidade, saúde e renascimento.
E pra não fugir a tradição da páscoa, falar em coelho é quase que impossível nesta época do ano. E para deixar pra vocês uma receita deliciosa á base de coelho, eu vou lhes contar, antes, um fato estranhíssimo que a história relata ao longo do tempo; e algumas curiosidades sobre este animalzinho tão lindo e saboroso. (A primeira vez que comi coelho foi na casa de um tio, que os criava aos montes... Por isso aviso, se voce for comer coelho, compre a carne nos supermercados. Porque se comprar o  bichinho pra engorda, voce vai se apegar a ele e não  vai ter coragem de comer. No meu caso, comi enganado, achei que  fosse  carne de frango...)

No oeste europeu, antes de 600 AC, os homens consideravam os coelhos animais sagrados, por crerem que espíritos habitavam o corpo de animais e também por crerem que o homem descendia diretamente desses animais.
Depois, os celtas adotaram parte dessas antigas crenças, que coelhos eram sagrados e que espíritos habitavam seus corpos. Os celtas baseavam sua crença no fato destes animais passarem muito tempo em suas tocas, acreditando que os corpos dos coelhos fossem habitados por espíritos do subterrâneo, com os quais se comunicavam.
Outra razão dos celtas acreditarem na sacralidade dos coelhos foi por causa de seu poder de procriação. Acreditavam que os coelhos eram símbolos da reprodução e, por conseqüência, da saúde e prosperidade. Já que os coelhos em si eram considerados como sendo de sorte, seguiu-se que qualquer parte de seu corpo também seria.

Desde então muitas coisas aconteceram com os coelhos. Inclusive deles nascerem de humanos. Isso mesmo, você não leu errado, eu disse “coelhos nasceram de humanos”. Como isto foi possível/ veja o relato abaixo e descubra você mesmo.
A Inglaterra do rei Jorge I (1660 – 1727) transbordava raridades, falsidades e charlatães. O próprio rei Jorge era um tipo um pouco raro, nunca se preocupou em aprender inglês e manteve a sua esposa 32 anos na prisão. Mas para coisas fora do comum, nada pode fazer sombra à famosa história de Mary Toft Godalming e seus bebês coelho.

Em setembro de 1726, Mary começou a dar à luz coelhos. O cirurgião local, John Howard, respondeu às súplicas de seus familiares e apressou-se à casa de Mary, onde para sua enorme surpresa, assistiu ao parto de nove destes animais. Todos nasceram mortos, e em realidade vinham ao mundo em porções e não um a um. Não obstante, isto não diminuía o assombro do fato em si. A senhora Toft paria coelhos!
Jon Howard escreveu excitadíssimo a outros homens da ciência do país, urgindo para que o ajudassem a pesquisar o insólito fenômeno. Logo, dois homens proeminentes enviados pelo próprio rei chegaram para pesquisar. Tratava-se de Nathanael St. Andre, cirurgião anatomista do rei, e Samuel Molyneuxm secretário do Príncipe de Gales. Mary explicou a estes ilustres homens que recentemente tinha sofrido um aborto, mas que durante a gravidez tinha tido uma vontade tremenda de comer carne de coelho. Depois de várias tentativas infrutíferas de caçar coelhos, sonhou que tinha vários em seu colo.
Na presença dos médicos, Mary continuou dando à luz mais coelhos. Os homens fizeram experiências para verificar o fenômeno. Por exemplo, pegaram um pedaço do pulmão de um dos coelhos e o submergiram em água para contemplar que flutuava. Isto significava que o coelho devia ter respirado antes de sua morte, o que por suposto não podia ter acontecido dentro de um útero. Surpreendentemente, os médicos ignoraram esta evidência e decidiram que, sim, Mary dava à luz coelhos sem nenhuma sombra de dúvidas.
Torre de Londres
Em 29 de novembro Mary foi transladada a Londres. Seu caso já se convertera em toda uma sensação nacional e na capital, uma enorme multidão rodeava a casa na qual moça ficou alojada. Assim que passou a ser constantemente vigiada, Mary deixou de dar à luz e seu caso começou a ser descoberto aos poucos.
Logo apareceram testemunhas que afirmaram ter fornecido filhotes de coelhos ao marido de Mary. Mais tarde, quando um famoso médico de Londres chamado Sir Richard Manningham ameaçou Mary com a necessidade de fazer uma inspeção cirúrgica para examinar seu útero em nome da ciência, Mary decidiu sabiamente confessar.
Explicou que simplesmente inseria os coelhos mortos na vagina quando ninguém olhava, e que sua motivação era o desejo de adquirir fama com a esperança de receber uma pensão real. Pouco depois foi presa por fraude, mas logo foi posta em liberdade sem julgamento. Contam que conseguiu dar à luz a um menino normal pouco depois de um ano após os acontecimentos.

John Howard e Nathanael St. Andre, os dois médicos que acreditaram e defenderam a história com paixão, tiveram que se mudar para bem longe onde ninguém ainda havia ouvido falar de Mary Toft Godalming.

CURIOSIDADES SOBRE OS COELHOS:
Os coelhos não são roedores, apesar de roerem tudo que vêem pela frente. Os coelhos roem de tudo para gastarem seus dentes, que não param de crescer. Os dentes da frente dos coelhos são como os dos roedores, que crescem durante toda a vida, e um dos dentes é escuro. Para que eles fiquem do tamanho certo, os coelhos roem tudo, principalmente madeira. praga.
Um coelho tem um raio de visão extremamente amplo. Podendo ver o ambiente que o rodeia atrás de si, sem mexer o pescoço.
Os coelhos não conseguem vomitar. Por outro lado, tem  que ter o estomago sempre cheio com alguma coisa, pois podem morrer se tiverem o estomago vazio.
O coelho mexe bastante o nariz porque tem o olfato muito sensível e, assim, fica sabendo se existe algum perigo por perto.

Coelho ao forno com vinho branco

Ingredientes:
1 kg de coelho (peito e pernas) em pedaços
4 colheres (sopa) de manteiga
4 colheres (sopa) de mostarda
1 copo de vinho branco seco
2 dentes de alho inteiros
1 xícara de creme de leite
1 cebola
louro, tomilho, sal e pimenta a gosto
batatas cozidas passadas  na manteiga para guarnecer

Preparação: Untar com manteiga uma travessa / assadeira / tabuleiro, que dê para levar ao forno. Cortar a cebola em rodelas e forrar o fundo da travessa. Sobre a cebola dispor os pedaços de coelho temperados com sal, pimenta e tomilho. Juntar o alho e o louro, espalhando pedacinhos de manteiga sobre o coelho. Levar ao forno quente por 5 minutos. Retirar e besuntar os pedaços de coelho com a mostarda. Regar com o vinho e cobrir a assadeira com papel alumínio. Assar em forno médio até o coelho ficar macio, regando de vez em quando com o caldo. Retirar o papel e deixar o coelho corar. Passar a carne para um prato e coar o caldo da assadeira. Levar ao fogo com o creme de leite apenas para esquentar. Servir o coelho coberto com esse molho e com batatas douradas na manteiga.

sábado, 16 de abril de 2011

Fabergé e suas jóias de páscoa


Atire a primeira pedra aquele que não gosta de ganhar ovos de páscoas, nesta época do ano. Eu sempre fico vitrificado quando vendo aquelas embalagens coloridas que escondem as maravilhas feitas com chocolate – e ás vezes, ainda tem mais surpresas dentro. Mas é triste quando  a gente não ganha nenhum ovinho, daqueles pequenininhos, na páscoa.
Tem gente que prefere dar outro tipo de coisa que não fosse os ovos de chocolate como presente de páscoa. Já vi, por exemplo, gente ganhando bolos, tortas, comidas feitas com bacalhau e frutos do mar, as colombas, vinhos e jóias. E foi exatamente por isso que este post surgiu.
Hoje vou falar sobre como a mente humana  pode transformar sonhos em  realidade, em qualquer época do ano, e transformar ícones de uma data comemorativa em jóias raras. Para tanto  fui me inspirar com os famosos ovos de Fabergé.
Peter Carl Fabergé
O explendor dos Ovos Fabergé pela sua perfeição acabaram se tornando obras-primas da joaelheira mundial produzidas por Peter Carl Farbegé e seus assistentes no período de 1885 a 1917 para os czares russos. Os ovos, cuidadosamente elaborados com uma combinação de esmalte, metais e pedras preciosas, escondiam surpresas e miniaturas encomendados e oferecidos na Páscoa entre os membros da família imperial. Disputados por colecionadores em todo o mundo, os famosos ovos de Páscoa criados pelo joalheiro russo são admirados pela perfeição e considerados expoentes da arte joalheira.
Czar AlexandreIII e Czarina Maria
Fabergé e seus ourives desenharam e construíram o primeiro ovo em 1885. Ele foi encomendado pelo czar Alexandre III como um presente de páscoa para sua esposa a czarina Maria Feodorovna. Exteriormente ele parecia um simples ovo de ouro esmaltado, mas ao abri-lo, revelava-se uma gema de ouro, que dentro de si possuía uma galinha, que por sua vez continha um pingente de rubi e uma réplica em diamante da coroa imperial. Tais características lembram os bonecos matrioskas.
Matrioskas - bonecas típicas russas
A imperatriz Maria ficou tão impressionada com o presente, que Alexandre acabou por nomear Fabergué como o "fornecedor da corte" e passou a encomendar um ovo por ano, sob a determinação de que este fosse único e contivesse uma surpresa. Seu filho, Nicolau II, deu sequência à tradição e anualmente presenteava sua esposa, Alexandra Feodorovna.

Czar NicolauII e Czarina Alexandra
Cinqüenta ovos imperiais foram produzidos para os czares Alexandre IIIe Nicolau II, ademais, outras dessas jóias também foram encomendadas por membros da nobreza.
Assim que um tema era escolhido, uma equipe de artesão - dentre os quais Michael Perkhin, Henrik Wigström e Erik August Kollin - começava a trabalhar no projeto. Dezenas de clientes particulares apareceram com fama despertada pelos ovos imperiais.

Lista de Ovos Fabergé "Imperiais"
  • 1885 Galinha
  • 1886 Galinha com pendente de safira † 
  • 1887 Relógio da serpente azul
  • 1888 Querubim e carruagem†
  • 1889 Necessaire † 
  • 1890 Palácios dinamarqueses
  • 1891 Memória de Azov
  • 1892 Diamantes incrustados
  • 1893 Cáucaso
  • 1894 Renascimento 
  • 1895 Botão de rosa
  • 1895 Doze monogramas
  • 1896 Miniaturas giratórias
  • 1896 Retratos de Alexandre III †
  • 1897 Coroação
  • 1897 Pelicano de ouro 
  • 1898 Lírios do vale

  • 1898 Muget †
  • 1899 Relógio bouquet
  • 1899 Amores perfeitos 
  • 1900 Transiberiano
  • 1900 Galinho
  • 1901 Cesto de flores silvestres
  • 1901 Palácio Gatchina
  • 1902 Folhas de trevo
  • 1902 Empire Nephrite†
  • 1903 Pedro, O Grande
 
  • 1903 Jubileu Dinamarquês†
  • 1906 Kremlin de Moscovo
  • 1906 Cisne
  • 1907 Grinaldas de rosas
  • 1907 Troféu do amor
  • 1908 Palácio de Alexandre
  • 1908 Pavão
  • 1909 Iate
  • 1909 Comemorativo de Alexandre III†
  • 1910 Colunas
  • 1910 Alexandre III equestre
  • 1911 15º Aniversário
  • 1911 Loureiro
  • 1912 Czarevich
  • 1912 Napoleónico
  • 1913 Tricentenário Romanov
  • 1913 Inverno
  • 1914 Mosaico
  • 1914 Catarina a Grande ou Grisaille
  • 1915 Cruz vermelha com tríptico da ressurreição
  • 1915 Cruz vermelha com retratos imperiais
  • 1916 Ovo militar em aço
  • 1916 Ordem de São Jorge
  • 1917 Madeira de Karelia - encomendado apenas
  • 1917 Constelação - encomendado apenas e não terminado

Ovos Fabergé Kelch
  • 1898 Galinha
  • 1899 Painel de Doze
  • 1900 Pinha em Cone
  • 1901 Floração de Maçã
  • 1902 Rocaille
  • 1903 Bonbonnière
  • 1904 Chantecler Kelch
Outros ovos Fabergé
  • 1885-1891 Esmaltado listrado Azul
  • 1902 Duquesa de Marlborough
  • 1902 Rothschild
  • 1907 Youssoupov
  • 1914 Nobel Ice
  • 1885-1889 Ressurreição
  • 1899-1903 Flores Primaveris
Fabergé Cuco
Fabergé Cristal Egg
Ovo Bétula - o último projeto, não terminado

Dos 65 conhecidos ovos Fabergé grandes, apenas 57 existem até hoje. Dez dos Ovos Imperiais de páscoa estão expostos no Palacio do Arsenal do Kremlin, Moscou, Russia. Dos 50 Ovos Imperiais, só 42 sobrevivem. Dos oito ovos Imperiais desaparecidos, há fotos apenas de dois; um de 1903, o da Realeza da Dinamarca, e um de 1909, comemorativo de Alexandre III da Rússia.
Um único dos Ovos da “Ordem de St. George”” feitos em 1916, foi tirado da Rússia bolchevique pela Imperatriz Consorte Dagmar da Dinamarca. Os demais ovos dessa série ficaram em Petrogrado.
Após a revolução russa de 1917 a ‘’Casa Fabergé’’ foi nacinalizada pelos bolcheviques, a família Fabergé fugiu para a Suiça, onde Carl Fabergé faleceu em 1920. Todos os palácios da Dinastia Romanov foram saqueados e os seus tesouros foram removidos por ordem de Vladimir Lenin e levadas para o Palacio do Arsenal do Kremlin.
Visando obter moedas estrangeiras, Joseph Stalin vendeu diversos Ovos Fabergé em 1927, depois que seu valor foi avaliado por ‘’Agathon Fabergé’’, irmão mais jovem do ourives. Entre 1930 e 1944, quatorze dos Ovos Imperiais deixaram a Rússia. Muitos dos ovos foram comprados por ‘’Armand Hammer’’, presidente da Occidental petroleum e amigo pessoal de Lenin e cujo pai havia fundado o Partido Comunista dos Estados Unidos da América e também por ‘’Emanuel Snowman’’ da ‘’Wartski’, famosos antiquários de Londres.
Depois da coleção do Palacio do Arsenal do Kremlin, o maior acervo dessas jóias foi colecionado por Malcon Forbes e exposto em New York. Num total de nove Ovos e mais cerca de 180 outras peças feitas por Fabergé, a coleção foi colocada em leilão na Sotheby’s em fevereiro de 2004 pelos herdeiros de Forbes. Antes mesmo início do leilão, toda a coleçao foi comprada pelo magnata e oligarca russo da era pós-soviético de nome Victor Vekselberg por uma soma da ordem de 90 a 120 milhões de dólares.
E que tal voce mesmo preparar sua jóia, mas uma comestivel?

Ovo Jóia de Chocolate  crocante de granola e folhas de ouro

INGREDIENTES
Material necessário:
2 formas de ovos de páscoa de 750g no total
Folhas de rosas naturais (para moldar)
50g de pasta americana de cor verde pronta para modelagem
15 unidades de bombons moldados em forma de folhas com o sabor de sua preferência
2 e 2/3 xícara de (chá) ou 800 g de Chocolate Meio Amargo
Folhas de ouro comestível (ou corante em pó ouro)
Ingredientes do crocante de granola:
2 colheres de (sopa) ou 50 g de açúcar cristal
1 colher de (sobremesa) ou 20 ml de água filtrada
1 colher de (café) ou 5 ml de vinagre de álcool
1/3 xícara de (chá) ou 50 g de granola
MODO DE PREPARO
Modo de preparo do crocante de granola: Em uma panela coloque o açúcar, aplique a água aos poucos até hidratar. Leve ao fogo baixo e quando a calda ficar na “cor de guaraná” adicione o vinagre. Deixe cozinhar um pouco mais. Quando a calda ficar na cor de caramelo misture a granola e mexa até formar uma massa de crocante. À parte passe manteiga em uma superfície lisa ou (mármore) e despeje a massa de crocante e espalhe com um “rolo de massa” untado com manteiga. Deixe esfriar, quebre bem por igual ou passe no processador de alimentos, para que fique uma farofa de crocante. Reserve para ser misturado na cobertura das cascas do ovo.
Modo de preparo do ovo de crocante de granola: À parte derreta e tempere o Chocolate Meio Amargo. Com uma concha despeje o chocolate temperado derretido até a metade da cavidade interna de uma das formas já polvilhada. Gire a forma com movimentos circulares, espalhando o chocolate em toda superfície interna. Retire o excesso do chocolate virando a forma para baixo. Leve à geladeira por 2 a 3 minutos  com a forma virada para baixo, sobre um suporte nas laterais para iniciar a cristalização do chocolate. Retire da geladeira. Misture o crocante de granola em uma parte do chocolate derretido e aplique sobre a primeira camada lisa de chocolate pré-cristalizado. Retire o excesso e leve à geladeira por 2 a 3 minutos. Caso seja necessário, aplique mais uma camada de chocolate com o crocante de granola, até atingir a espessura da casca de 5 a 7 mm. Repita todo o processo com a outra forma para que forme as duas partes do ovo. Retorne à geladeira e quando as formas ficarem totalmente opacas desmolde as cascas do ovo das formas. Com um cartucho de papel manteiga aplique vários riscos do chocolate temperado derretido sobre as cascas do ovo. Repita esta operação na outra metade do ovo. Leve à geladeira por 2 a 3 minutos com as duas metades abertas voltadas para baixo sobre uma superfície plana para cristalizar o chocolate. Retire. Com um cartucho de papel manteiga, aplique um pouco de chocolate temperado derretido nas bordas do ovo formando vários escorrimentos, dando um efeito de chocolate derretido. Cole pequenas folhas de ouro comestível ou aplique corante em pó ouro ao redor das bordas das cascas do ovo. Coloque os bombons a sua escolha dentro de uma das metades do ovo. Aplique novamente pequenos pontos do chocolate derretido e temperado sobre toda a borda de uma das metades do ovo, de preferência sobre a borda da casca que já esteja com os bombons.  Cole nessa superfície que já está com os pontos de chocolate derretido, a borda da outra casca para fechar o ovo.  Certifique-se de que as duas cascas estão coladas. Reserve em um local protegido do calor para fazer a embalagem. Para embalar, abra a folha de embalagem selecionada em uma mesa e coloque o ovo no centro.  Com as pontas dos dedos suba cada lado da folha de embalagem sempre ajeitando sobre o ovo.  Com uma fita, feche no topo e amarre um laço.